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sábado, 11 de setembro de 2021

SETEMBRO AMARELO — COMO A IGREJA TRATA A QUESTÃO DO SUICÍDIO?

Estamos vendo pelas redes sociais várias campanhas referentes ao "Setembro Amarelo". Muitas pessoas ainda não sabem o que isto está significando, apesar de ser algo muito importante para todos nós. A questão sobre o suicídio é daquelas que só nos sobressalta quando infelizmente ocorrem com alguém bem próximo a nós.

Fatos que precisamos saber sobre o suicídio


Tendo em vista o crescente número de suicídios em nosso país, comunidades terapêuticas resolveram entrar na onda dos meses coloridos para dedicar o setembro à cor amarela e à prevenção de mais casos em que pessoas perdem o sentido de suas vidas e acabam por se matarem.

E, com a pandemia, o número de pessoas que tiraram suas próprias vidas, aumentou de uma forma assustadora, apesar de não haver divulgação do registro oficial de números.

Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio, chamado também de Setembro Amarelo. O assunto, que já foi um tabu muito maior, ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais, oferta e busca por ajuda, justamente pelos preconceitos e falta de informação.

É de fundamental importância mobilizar as comunidades de fé — independente do credo — a falarem sobre o grande problema do suicídio no país e no mundo. Especificamente no dia 10 de setembro é lembrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, e por isso é mais que razoável que a igreja apoie a mobilização nacional promovida pelo Centro de Valorização da Vida (CVV). 

Segundo o relatório atualizado da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. O ato de interromper a própria vida também é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Depressão é doença espiritual?


Sim, além de uma doença psicossomática, a depressão é também uma doença espiritual, apesar de muitas pessoas quererem ignorar este fato. Temos, como cristãos, uma grande missão dentro desta realidade. 

Nós, que compreendemos a vida como dom de Deus, que só o próprio Criador pode conceder e tirar de nós esta dádiva, precisamos lutar contra esta cultura de morte que se implanta hoje em nosso meio, para que cada pessoa consiga enxergar o sentido de sua vida e não a desperdice.

A fé faz exatamente esta função de iluminar aquilo que está obscurecido ao nosso redor.

O psiquiatra austríaco Viktor Frankl escreveu obras acerca do sentido da vida e ele frisa muito bem que nunca perdemos o sentido, nós apenas, por vezes, não o enxergamos. Talvez precisemos, em nossa missão com os irmãos, levar a luz da fé para aquelas pessoas que não estão conseguindo enxergar bem a sua frente o sentido de suas vidas. A fé faz exatamente esta função de iluminar aquilo que está obscurecido ao nosso redor. Muitos, por falta de fé, acabam por deixar a escuridão da depressão tomar conta do seu ser.

Tamanho do problema


Segundo relatórios da OMS e de Programas de Saúde Mental, cerca de 1 milhão de pessoas cometem suicídio por ano. Nas estatísticas de tentativas (suicídios não concretizados) este número sobe para entre 15 a 25 milhões por ano

Para cada pessoa que comete suicídio, cerca de seis a dez pessoas próximas sofrerão de adoecimento emocional decorrente desta situação. Atualmente é a segunda maior causa de morte entre jovens (15-29 anos), um alto índice também em idosos e grupos populacionais que incluem pessoas que foram vítimas de violência. 

Apesar de sua maior incidência ser em países de baixa renda e desigualdade social, vem apresentando crescimento em países desenvolvidos com o aumento de quadros depressivos e abuso de álcool/drogas. O Brasil é hoje o oitavo país do mundo em número de suicídios.

Tabu dentro e fora da igreja


O tema da morte é historicamente um tabu ao ser abordado e em muitas culturas é evitado a todo custo. Mas o custo do silêncio é alto. O tema da "morte voluntária", como no caso do suicídio, encontra ainda mais estigma e dificuldade de abordagem, por ser muitas vezes atribuído desordenadamente à temática da loucura, ou em círculos religiosos, ao pecado.

Se o tema do suicídio é tabu em muitos ambientes e culturas, imagine em comunidades cristãs! Muitas comunidades cultivam um discurso triunfalista que busca afastar qualquer vestígio de sofrimento e fragilidade, discurso que não condiz com o que realmente vivemos em nossa jornada de discipulado, intimidade com Deus e transformação contínua, tantas vezes permeada pela dor em um mundo caído. Outros tantos atribuem cruelmente as fragilidades à falta de fé, agravando ainda mais o quadro emocional.

O estigma, a vergonha, a impotência, a dificuldade em se compreender os fenômenos em saúde mental, as distorções teológicas que não abrem espaço para o diálogo. Como seres humanos, não estamos imunes aos sofrimentos psíquicos e angústias da alma. Leia sua Bíblia e encontrará uma diversidade de pessoas em sofrimento e questionamento, vivendo todas estas situações na companhia e amparo do Eterno.

Temos dificuldade em abordar questões emocionais, da subjetividade, que por tantas vezes nos parecem inacessíveis e inomináveis. Os sofrimentos de ordem psíquica mostram-se multifatoriais, sejam desequilíbrios químicos, aspectos biológicos, socioculturais e até mesmo "religiosos".

Como comunidade cristã, sofremos de maneira geral com a dificuldade de integração entre temas da saúde mental e espiritualidade cristã, tão necessária e urgente nos dias atuais. Precisamos incentivar o diálogo para auxiliar na prevenção desta questão do suicídio, por exemplo, bem como de tantas outras que assolam a saúde emocional. A depressão, a ansiedade, o burnout, os transtornos de personalidade, o suicídio, o trauma, a violência, entre outras questões, afetam pessoas de todas as nações, classes sociais e crenças.

Afetam líderes e liderados, pastores e ovelhas. Precisamos cuidar uns dos outros e de nossas lideranças, tantas vezes exauridas em seus ministérios e necessitando de atenção e tempo disponível para cuidar dos aspectos de sua saúde física, mental ,espiritual, etc. Precisamos atuar tanto na prevenção quanto no cuidado com aqueles que já sofrem e os que são impactados pelas consequências desta realidade.

O CVV reforça a importância de promover conversas sobre esse tema


O Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo, em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.

A instituição é associada ao Befrienders Worldwide, que congrega entidades congêneres de todo o mundo, e participou da força-tarefa que elaborou a Política Nacional de Prevenção do Suicídio, do Ministério da Saúde, com quem mantém, desde 2015, um termo de cooperação para a implantação de uma linha gratuita nacional de prevenção do suicídio.

A linha 188 começou a funcionar no Rio Grande do Sul e, em setembro de 2017, iniciou sua expansão para todo o Brasil, que foi concluída em 30/06/2018, com a integração de todos os estados.

Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas e sem custo de ligação), pessoalmente (nos 110 postos de atendimento) ou pelo site www.cvv.org.br, por chat e e-mail. Nesses canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2,4 mil voluntários(as), localizados em 19 estados mais o Distrito Federal.

Além dos atendimentos, o CVV desenvolve, em todo o país, outras atividades relacionadas a apoio emocional, com ações abertas à comunidade, que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo.
"É preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda. A pessoa que está numa crise suicida se percebe sozinha e isolada. Se um amigo se aproximar e perguntar 'tem algo que eu possa fazer para te ajudar?'"
a pessoa pode sentir abertura para desabafar. 

Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. E qualquer um pode ser esse "ombro amigo", que ouve sem fazer críticas ou dar conselhos. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai falar. O importante é estar preparado para ouvir — Falando abertamente sobre suicídio – CVV.

Porque setembro amarelo


O Setembro Amarelo começou nos EUA, quando o jovem Mike Emme, de 17 anos, cometeu suicídio, em 1994.

Mike era um rapaz muito habilidoso e restaurou um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. Por conta disso, ficou conhecido como "Mustang Mike". Seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.

No dia do velório, foi feita uma cesta com muitos cartões decorados com fitas amarelas. Dentro deles tinha a mensagem "Se você precisar, peça ajuda". A iniciativa foi o estopim para um movimento importante de prevenção ao suicídio, pois os cartões chegaram realmente às mãos de pessoas que precisavam de apoio.

Em consequência dessa triste história, foi escolhido como símbolo da luta contra o suicídio, o laço amarelo.

Iniciado no Brasil pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria, o Setembro Amarelo realizou as primeiras atividades em 2014 concentradas em Brasília. 

Em 2015 já conseguiu uma maior exposição com ações em todas as regiões do país. Mundialmente, o IASP – Associação Internacional para Prevenção do Suicídio estimula a divulgação da causa, vinculado ao dia 10 do mesmo mês no qual se comemora o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

Poço te ajudar?


Vamos nos comprometer com esta luz amarela que se acende neste mês e que deverá perdurar todos os dias. Não se esqueça de sempre observar ao seu redor os irmãos que convivem com você, às vezes, eles podem precisar de ajuda. 

Ofereça abraços, ombros, ouvidos e coração! Seja um propagador da vida! Faça com que as pessoas optem pela vida, assim como Deus quer que façamos. Que esta realidade obscurecida pela tristeza seja mudada pela luz da fé, do amor e da alegria.

Mais números estatísticos


Falar de suicídio ainda é um tabu para boa parte da população e com a falta de informação o número de casos cresce a cada ano. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 3 mil pessoas cometem suicídio no mundo diariamente, ou seja, a cada 40 segundos um caso é registrado. 

No Brasil mais de 11 mil pessoas cometem suicídio por ano. O autocídio é hoje uma das três principais causas de morte entre os jovens e adultos, mas o maior número de casos ocorre com pessoas acima de 60 anos. Estudos mostram ainda que as mulheres tentam mais suicídios que os homens.

Estes números apontam que o suicídio é um problema de saúde pública e deve ser debatido e tratado como tal pela sociedade.

Atualmente essas são as 10 principais causas de suicídio:
  • Solidão
  • Depressão
  • Problemas de saúde
  • Problemas conjugais e de relacionamento
  • Dificuldades financeiras ou profissionais
  • Bullying
  • Problemas na adolescência e início da vida adulta
  • Luto ou perdas afetivas
  • Abuso de drogas
  • Timidez (Transtorno de Ansiedade Social)
Cerca de 90% das pessoas que cometeram suicídio foram ou poderiam ter sido diagnosticadas com algum transtorno psiquiátrico. A depressão é o quadro psiquiátrico mais associado ao suicídio, mas existem outros transtornos que levam a este desfecho, como; a bipolaridade, a esquizofrenia, o abuso de álcool e outras substancias.

Caso você conheça alguém que sofra algum desses transtornos psiquiátricos, verifique se esta pessoa tem demonstrado esses sinais abaixo:
  • Ansiedade
  • Instabilidade emocional
  • Impulsividade
  • Desesperança
É possível prevenir; uma vez identificado o sintoma a pessoa deve buscar tratamento com um especialista, mas no dia a dia qualquer pessoa pode ajudar; seja um ouvinte, não esquive de assuntos delicados.

A importância da empatia


Os vínculos são fatores protetores contra o suicídio; boa estrutura familiar, apego afetivo, amigos e vínculo com o trabalho.

Caso a pessoa fale em se matar, avise profissionais de saúde e familiares. Neste contexto preocupe-se mais com a integridade física da pessoa do que com a confidencialidade. 
"Quando uma pessoa pensa em suicídio ela quer matar a dor, mas nunca a vida".
Falar de suicídio não é nada fácil, nos dias atuais ainda consiste em um tabu para a grande maioria das pessoas; pouca informações encontramos a respeito do assunto, mais mesmo assim a cada ano o número de casos aumentam.

Dados da OMS dizem que só no Brasil mais de 11 mil pessoas cometem suicídio por ano!

Entre a população jovem e adulta, o autoextermínio é hoje uma das três principais causas de morte, mas o maior número de casos ocorre com pessoas acima de 60 anos. Estudos ainda apontam que as mulheres tentam mais suicídios que os homens.

O suicídio deve ser debatido e tratado como tal pela sociedade, e nós como igreja não podemos ficar de fora desse debate. Se a sua dor é grande, não deixe o desespero assaltar a sua vida. Creia que há uma saída! Na Bíblia encontramos uma maravilhosa promessa de Jesus: 
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve" (Mateus 11:28-30).
Jesus oferece alívio para o desespero, oferece um novo caminho, uma nova esperança. Ele oferece descanso para a sua alma. A doença não é o fim, a dívida não é fim, a solidão e o abandono não é o fim. Esta vida não é o fim.

Muitos de forma errônea imaginam que tirando a vida terão paz e alívio. NÃO! O alívio está em Jesus. O suicídio não resolve, Jesus sim. Ele curou doentes, levantou mortos, transformou água em vinho, multiplicou pães, perdoou e continua perdoando pecados. A solução para os seus problemas está em Jesus e não no suicídio.

Conclusão

Tome uma decisão agora mesmo!

Troque os pensamentos ruins pela esperança de uma vida de paz. Tenha esperança de encontrar o alívio que você tanto deseja. Entregue sua vida a Jesus, confie nEle, pois Ele é capaz de transformar a sua vida, assim como Ele já transformou a vida de muitas pessoas, inclusive a minha, que, sim, em certo momento da minha vida que não é oportuno dar mais detalhes aqui, também já pensei em por fim na minha vida. Você que está nessa situação, não se envergonhe, não se culpe, você não está sozinho.
  • CVV
  • Ligue 188 ou 141 (nos estados Bahia, Maranhão, Pará e Paraná)
  • Você é atendido por um voluntário/a, com respeito, anonimato, que guardará estrito sigilo sobre tudo que for dito e de forma gratuita.
  • Se em sua cidade não há um posto de atendimento do CVV, você pode utilizar o atendimento por chat e e-mail disponível no link: https://www.cvv.org.br/ligue-141/.
  • Horário: 24 horas, 7 dias por semana.
Escrevi mais sobre esse tema nos seguintes artigos:
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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