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terça-feira, 18 de junho de 2019

O EVANGELHO DA GRAÇA


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A graça divina - 1 Timóteo 1:3-10


O apóstolo Paulo foi o principal instrumento para transmitir o pleno significado da graça em Cristo. O Novo Testamento oferece a graça a todos, ao contrário do Antigo Testamento, que geralmente restringe a oferta de graça ao povo eleito de Deus, Israel. A graça em sua mais completa definição é o favor imerecido de Deus ao nos dar seu Filo, que oferece a salvação a todos, e dá àqueles que o recebem como Salvador pessoal uma graça acrescentada para esta vida e uma esperança para o futuro.

Ao se despedir dos anciãos de Éfeso, Paulo expressou seu sentimento de preocupação com o rebanho de Deus, pois tinha receio de que na ausência as ovelhas do Senhor fossem atacadas (Atos 20:29,30). Sem dúvida, foi um sentimento dado pelo Senhor, pois sete anos depois, Paulo estava deixando Timóteo em Éfeso para combater os "lobos cruéis", que queriam "devorar" o rebanho sob seus cuidados pastorais. Nos dias de hoje, há igrejas que abrigam falsos obreiros, que pervertem a sã doutrina matando ou dispersando as ovelhas.

As falsas doutrinas corrompem o evangelho da graça

1. O evangelho da graça 


É o Evangelho libertador que Cristo trouxe ao mundo, por bondade de Deus independente das obras humanas (Efésios 2:8,9). Paulo se referiu a esse Evangelho de maneira muito eloquente (At 20:24). Ele conhecia esse Evangelho, não apenas na teoria, mas por experiência própria. De modo inexplicável, o blasfemo e perseguidor dos cristãos, foi escolhido para ser um dos maiores pregadores do Evangelho de Cristo (1 Tm 1:12-14). Será que daríamos oportunidade a um indivíduo com tal histórico? Acredito que não.

2. As falsas doutrinas (v.3)


Os falsos mestres seriam presbíteros, a quem cabia a tarefa de ministrar o ensino à igreja (3:2; 5:17). As falsas doutrinas eram apresentadas como "fabulas ou genealogias intermináveis" (1:4). As "fábulas" (gr. mythoi) eram narrativas imaginárias, lendas, ficção. Na literatura, têm seu lugar. Mas, na Igreja, não deve haver espaço para fábulas ou mitos. 

No texto, não fica claro qual o conteúdo das "genealogias", mas, ao lado das fábulas, eram ensinos que traziam especulações e controvérsias inúteis que não edificavam os irmãos em nada. Timóteo foi o mensageiro enviado por Paulo, para enfrentar e combater tais ensinos. 

Há igrejas ditas evangélicas que aceitam esse tipo de ensino e permitem que o emocionalismo tome lugar do verdadeiro avivamento espiritual, que é caracterizado por frutos permanentes de justiça que glorificam ao nome do Senhor e não se desassociam em uma vírgula das Escrituras Sagradas.

3. O "fim do mandamento" e a finalidade da Lei


Paulo chamo a atenção de Timóteo, seu enviado a Éfeso, para a doutrina de Deus e de Cristo, a que Ele resumiu no "mandamento" e sua finalidade (1:5,6). Em seguida, Paulo ensina acerca do objetivo da Lei, e para quem ela se destinava, discriminando, no texto uma longa lista de tipos de pessoas ímpias que eram alvo dos preceitos legais (1:9-11).

A graça superabundou com a fé e o amor

1. Gratidão a Deus


Uma das características marcantes do caráter de Paulo é o ser grato a Deus (Romanos 7:25; 1 Coríntios 1:4; 14:18; 2 Tm 1:3). Nesta parte da Epístola enviada a Timóteo, o apóstolo expressa sua gratidão a Cristo por t^-lo escolhido e posto no ministério apostólico e pastoral, apesar de ter sido um terrível opositor do Evangelho de Jesus (1 Tm 1:12,13). É mais uma demonstração do que o "evangelho da graça de Deus" pode fazer na vida de um homem. 

O evangelho é a expressão do amor de Deus, em Cristo Jesus, que alcança um homem no mais baixo nível de pecado e o faz uma "nova criatura" (2 Co 5:17), e mais, ainda, o faz parte da "família de Deus" (Ef 2:19). Paulo reconhece que 
"[...] a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor que há em Jesus Cristo" (1 Tm 1:14).
Foi Jesus quem o salvou e o transformou mediante sua graça.

2. Humildade


Paulo não era mais um novo convertido ou neófito quando escreveu suas cartas a Timóteo. Ele não estava usando de falsa modéstia quando declarou ser o principal pecador que Jesus veio salvar (1 Tm 1:15). Paulo tinha convicção de que fora salvo pela graça, e não por seus méritos. Mesmo na condição de salvo, o crente deve saber que não merecíamos o dom (presente) da salvação.

Como salvos em Jesus Cristo, não temos mais prazer no pecado. Aquele que ainda tem prazer no pecado, não experimentou o novo nascimento:
"Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus" (1 João 3:9).

Um convite a combater o bom combate (vv. 18-20)

1. A boa milícia


Depois de orientar Timóteo sobre a difícil missão de combater as heresias, na igreja de Éfeso, Paulo dá uma palavra de ânimo, encorajamento e incentivo ao jovem pastor. Como um verdadeiro "pai na fé", o apóstolo diz:
"Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia" (1:18).

2. A rejeição da fé e suas consequências (1:5)


Quem rejeita "a fé não fingida" e a "boa consciência" cristã colhe os resultados de sua má escolha. O resultado é o "naufrágio na fé". Paulo toma como exemplo Himeneu e Alexandre, obreiros que entraram por esse caminho. Quanto a Himeneu, sua postura é tão terrível que ele é citado em 2 Timóteo 2:17

Seu nome deriva de Himen, "deus do casamento", na mitologia grega. Não se sabe ao certo qual "doutrina" falsa semeava. Estudiosos dizem que ambos eram representantes do gnosticismo no meio da igreja de Éfeso. 

Com relação a Alexandre, aliado de Himeneu na semeadoura das falsas doutrinas, era tão pernicioso, que Paulo o considera desviado ou "naufragado" na fé. Sua influência era tão maliciosa que Paulo os entregou 
"a satanás, para que aprendam a não blasfemar" (1 Tm 1:20).
Que o Senhor livre sua Igreja dos falsos mestres.

Conclusão


O cristianismo nasceu debaixo de perseguição e confronto com heresias e ensinos desvirtuados. Na consolidação de igrejas abertas em suas viagens missionárias, Paulo teve que oferecer resistência e ação decidida contra "lobos vorazes", que haveriam de surgir, até mesmo no seio das igrejas, como no caso da igreja de Éfeso. 

Com a graça de Deus e o apoio de homens fiéis, como Timóteo e Tito, o apóstolo Paulo fez frente aos falsos mestres que se levantaram para prejudicar o trabalho iniciado e desenvolvido em muitas igrejas cristãs.

[Fonte: Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD]

Ao Senhor Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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