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sábado, 15 de junho de 2019

O CRISTÃO E A INCLUSÃO SOCIAL DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS

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O texto desse artigo é em atendimento ao pedido de um amado pastor amigo - aliás, bem mais que um amigo, um verdadeiro pai - meu. Além do tema ser bem relevante, propício e oportuno, é um dos grandes desafios dentro e fora das fileiras eclesiásticas.

Jesus e o desafio da inclusão social em meio à "Teologia da prosperidade"


"Não são do mundo, como eu do mundo não sou" (João 17:16).
Onde Jesus estava com a cabeça quando falou um negócio desses? Será que estava considerando os danos psicológicos da exclusão social? Se o fez, parece que não deu a importância devida. Acontece que a dita inclusão social é palavra de ordem atualmente, de modo que, em seu nome, arruaceiros são tachados cidadãos, tal sua importância.

Em todo o Brasil existem uns assentamentos fantasmas, onde os chamados "sem terra" - massa de manobra de grupos partidários de esquerda - que foram incluídos, dão no pé, quando recebem oportunidade de trabalhar para, enfim, fazerem parte da sociedade produtiva. 

Aristóteles disse que a pior forma de desigualdade é considerar iguais, os que são diferentes. Foi o caso, marginais foram equiparados a trabalhadores e deu no que deu.

Mas, meu foco é a preceituada alienação espiritual dos valores do mundo, que Jesus disse que deveria acompanhar aos seus. Quando Pedro disse e reiterou que importa mais obedecer a Deus que aos homens, parece que caminhou nos passos do Mestre. Hoje, o temor mais visível é de ser criticado pela imprensa, tachado de "politicamente incorreto", isso, assombra aos neocristãos.

Mas se Jesus se revelou um "sem noção", claro que deve sua doutrina passar por uma reforma. Imagine que Ele chegou a afirmar que, 
"...a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui" (Lucas 12:15).
Felizmente, isso foi corrigido pela "Teologia da prosperidade", e agora podemos apregoar livremente que Ele é um mestre de auto-ajuda, e que "nEle" podemos prosperar grandemente inda nessa terra.

Ele chegou a sugerir que se fizesse um banquete convidando os pobres e mendigos, algo dispendioso demais; a igreja moderna ensina a enriquecer para ficar mais em conta. Além de não carecer mais o tal banquete, os novos ricos que ela produz servem de estímulo à cobiça dos que estão na base da pirâmide que os sustenta.

E pensar que Cristo disse que não tinha onde reclinar a cabeça... não teve um que se compadecesse e lhe desse um "carnê da prosperidade" ou um "martelo da justiça de Deus" povo ingrato!

Mas o pavor à exclusão não se resume às finanças. Temos ministros gays, para apregoar o evangelho, afinal quem suportaria a pecha de homofóbico (ainda mais agora, com a decisão do STF - Supremo Tribunal Federal - de tornar a homofobia como crime de racismo)? Quem teria coragem de falar contra gaysização ensinada nas novelas da Globo? Se eles colocam assassinos de gays no mesmo balaio dos que apregoam a Palavra, urge saltarmos fora, legitimando o que Deus disse ser um erro, afinal, se não fizermos isso, poderemos ser excluídos.

Na verdade, muitos dos "heróis da fé" foram rejeitados ao seu tempo, e a Palavra não acusa o mundo de os ter excluído, mas, de ser indigno dos tais; 
"Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra" (Hebreus 11:37,38).

Alguém disse que a unanimidade é burra, pode ser que tenha razão, em se tratando de coisas humanas, mas, essa parece ser a meta; um individualismo unânime; cada qual faz o que quer a despeito da consciência alheia, não se pode censurar, a não ser aqueles que ousarem censurar(?).

Pensar que o salmista ousou dizer que Deus se agrada dos que desprezam maus comportamentos. 
"Senhor, quem morará no teu santo monte?... Aquele, a cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, contudo, não muda" (Salmo 15:1,4).
Outro sem noção, esse Davi!

A inclusão social segundo o entendimento e a prática de Jesus


Jesus, em sua vida prática de amor e libertação, apresenta uma crítica a toda postura conservadora, mantenedora do status quo social, ditada pelo Império Romano na Palestina,sob conivência de grupos político-religiosos.

Jesus foi duramente perseguido, preso e condenado injustamente á morte porque incomodava as pessoas conviventes "Com o sistema":
  • Denuncia a incredulidade das pessoas que não assumem o projeto de Deus (Marcos 4:15-20).
  • Crítica a tradição e a hipocrisia dos fariseus e escribas (7:6-13).
  • Alerta contra quem escandaliza os pobres que se mantém fieis (9:42-48).
  • Alerta para o perigo da riqueza (10:5-9).
  • Ensina que a autoridade deve ser para servir e não para dominar e tiranizar os outro (10:42-45).
  • Rompe o circulo diabólico da exclusão, pondo-se ao lado do povo (2:15-17).
  • Movido pela compaixão cuida das pessoas (1:41).
  • Faz refeição com as pessoas consideradas impuras, acolhe á todos,começando pelas crianças, numa atitude inclusiva, (10:13-15).

Analisando o evangelho de Marcos, podemos afirmar que a prática de Jesus deve ser qualificada como subversiva no sentido mais restrito da palavra: mudança realizada a partir de baixo,da base do povo, a partir da raiz do problema.

Sua prática especificamente religiosa, perturba a lógica dominante e incide no econômico e no político de sua época, por essa foi e sempre será a pratica do Reino de Jesus, Ele sempre falou "meu Reino não é daqui", e ensinou aos seus discípulos a oração do Pai nosso em que tem um pedido forte para nós cristãos. "Venha à nós o teu reino", mas parece que queremos viver apenas o reino desta terra o reino humano foi aí que Judas Iscariotes se decepcionou com Jesus, e o preferiu traí-lo.

Claro que há pleitos sociais legítimos de minorias que urgem ser atendidos pelos devidos canais e a igreja do Senhor deve se ocupar em socorrer aos necessitados; aos homossexuais cumpre ensinar a vontade de Deus com amor e compreensão; mas, se o preço de nossa aceitação for espezinhar valores eternos, dou uma banana para o "politicamente correto", e outra de dinamite para a patifaria gospel que deturpa a Palavra para construir impérios de mídia usurpando a doutrina do Santo.

Conclusão


Afinal, receber a rejeição do mundo não é motivo para pular da ponte, como ensinou João: 
"E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 Jo 2:17).
Por aí se consegue entender melhor porque Jesus foi duramente perseguido, pois os políticos da época pensaram que Jesus queria a posição de mestre, governador, senador, Jesus até tinha amigos políticos como o senador José de Arimateia.

Mas o que Jesus sempre quis foi inclusão social, socorrer os aflitos, e fazer que todos se tornassem os bons samaritanos. Mas Ele encontrou apenas um bom, que era Ele próprio.

E quando teve a oportunidade de ler perante os sacerdotes e sábios da época Ele não exitou e leu:
"O ESPÍRITO do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos"(Isaías 61:1).
Quer melhor passagem que sintetiza a importância da inclusão social do que essa? Só que o viés inclusivo dessa passagem é renegado a segundo plano. Geralmente só se dá ênfase ao seu aspecto de poder e autoridade. Porque será? Há, sempre, um limite além do qual deixa de ser virtude a tolerância.

[Fonte: Revista Ultimato, por Leonel Elizeu Valer dos Santos]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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