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quarta-feira, 5 de junho de 2019

FILMES QUE EU VI - 49: "A LISTA DE SCHINDLER"


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Pense em um filme marcante, que impacta desde o primeiro minuto de exibição e não te permite levantar da cadeira nem para ir ao banheiro. O filme parece hipnotizante, você não consegue tirar os olhos da tela nem para uma piscadela. Os sentimentos que nos invadem são um misto de emoção e torpor. 

Estou falando de "A Lista de Schindler". Só de ter sido dirigido pelo fenomenal Steven Spielberg já valeria a indicação - não conheço um filme assinado por ele que tenha sido ruim -, mas esse longa sobrepuja todas as expectativas e, na minha opinião, está com honra ao mérito sob todos os aspectos na galeria dos melhores filmes do cinema.

O que disse a crítica especializada


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Cena do filme
O filme "A Lista de Schindler" é narrado durante a segunda guerra mundial, enquanto Hitler tentava dominar o mundo e erradicar as raças impuras, nesta mesma época teve um alemão que se sensibilizou com a situação dos judeus e destinou toda a sua fortuna para salvar o máximo de pessoas da morte.

A história do filme teve muitas críticas negativas, pois ele era baseado na vida de Oskar Schindler, um empresário alemão ganancioso que somente após conhecer os campos de concentração decide ajudar as pessoas. Porém, as diversas críticas que foram feitas não é voltadas para as histórias em si, mas como ela foi narrada, exaltando a versão do alemão em vez de mostrar as dificuldades que os judeus enfrentavam, fazendo com que eles ficassem em segundo plano na história.

Sinopse


Na trama, durante o período nazista, Oscar Schindler é um alemão que tenta a todo custo conseguir ser bem sucedido na vida. Quando decide investir em uma fábrica, ele decide, inicialmente, contratar judeus para trabalhar em seu empreendimento, já que esta era a mão de obra mais barata existente na época e naquele local. 

Conforme os meses passam, Schindler começa a ser inserido, com sua mente e coração sobre o que realmente estava acontecendo com o povo judeu, seja durante o massacre no "Gueto", a ida aos campos de concentração ou o transporte para Auschwitz. 

Acompanhado por seu amigo e contador, Stern, e se utilizando de sua influência perante Goeth (principal demandador de mortes dos judeus daquela área), Schindler decide abrigar o máximo possível de judeus em sua fábrica, para que não sejam mortos, mesmo que para isso ele tenha de perder tudo pelo que sempre sonhou.

Há cenas extremamente fortes, mas necessárias ao contexto e aos olhos de cada um que assista ao filme. A crueldade expressa no longa traz à tona tudo o que a humanidade um dia pode esquecer. É interessante notar a evolução de Schindler, inicialmente pensando somente em lucrar e depois, quando se vê inserido no contexto nazista, o filme mostra perfeitamente suas ações tomadas inteiramente no coração. Diversas frases e cenas marcam este filme, que provavelmente viverá para sempre, como um verdadeiro "livro de história".

Quem foi Oskar Schindler


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Foto de Oskar Schindler
Oskar Schindler nasceu em Svitavy, em 1908, na antiga província da Austro-Húngara e atual República Checa. Em 1936, ele começou a trabalhar no Escritório Alemão de Inteligência Militar Estrangeira, e em fevereiro de 1939, se juntou ao Partido Nazista.

Foi em novembro de 1939 que a sua vida iria mudar de um negociante oportunista para um herói. Neste ano, Schindler e sua família se mudaram para a cidade de Cracóvia e comprou uma fábrica de utensílios esmaltados de judeus destituídos, reinaugurando com o nome de Emalia. Esta foi a única fábrica de Schindler que empregou escravos judeus, durante o fechamento de um gueto perto da fábrica, em 1943, Schindler permitiu aos trabalhadores judeus uma relativa segurança durante as noites na fábrica.

Sustentado a alegação que seus trabalhadores eram essenciais para a iniciativa de guerra alemã, Schindler interviu por seus funcionários quando eram submetidos às condições brutais do campo de concentração de Plaszow, através de subornos e diplomacia pessoal.

Por causa da proteção que oferecia aos judeus, as autoridades alemãs chegaram a suspeitar diversas vezes que Schindler fornecia auxílio não autorizado aos judeus, e por isso foi preso por três vezes, porém nunca conseguiram provas para condená-lo.

Em outubro de 1944, Schindler obteve autorização dos alemães para mudar a fábrica para Morávia, e seu assistente elaborou várias versões de uma lista com os nomes de 1.200 prisioneiros judeus necessários para trabalhar na nova fábrica. Estas listas ficaram conhecidas, entre os judeus, como "A lista de Schindler".

Após a mudança da fábrica que produzia armamento, em quase oito meses foram fabricados somente um vagão de munição. Para que as autoridades não suspeitasse do seu empreendimento, Schindler apresentava relatórios alterados de produção quando eram solicitados.
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Memorial construído em homenagem a Oskar Schindler
Em 1949, com o término da guerra, Schindler e sua esposa emigraram para a Argentina. Somente em 1962, o memorial Israelense do Holocausto, Yad Vashem, concedeu a Schindler o título de "Justo entre as Nações" pelos seus esforços de resgate na época de Guerra. Em outubro de 1974, Schindler vem a falecer na Alemanha, pobre e quase desconhecido.


E o roteiro, como foi desenvolvido?


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Cena do filme
O judeu Poldek Pfefferberg que esteve nos campos de concentração em Auschwitz, e foi uma das pessoas salvas pela lista de Schindler, decidiu que a história do homem que o salvou não poderia ficar em branco, e foi através de diversos escritores para que alguém escrevesse a história das empresas de Schindler, porém ninguém aceitou o desafio.

Somente em 1982, quase 40 anos depois, Pfefferberg consegue persuadir o autor australiano Thomas Keneally para escrever a história sobre Oskar, o qual foi transformado no livro "A Arca de Schindler". Foi através deste livro que foi desenvolvido a base do roteiro para o filme, ou seja, "A Lista de Schindler",  o filme, é baseado em fatos reais.

Porque o filme é gravado em preto e branco


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Cena do filme
O diretor Steven Spielberg, baseado na referência visual de um documentário do Holocausto, decide gravar as cenas dos filmes em preto e branco para intensificar a dor e o sofrimento da época. Abordando as referências visuais do estilo do expressionismo alemão, o estilo que marcou os filmes europeus durante a guerra.

A menina de casaco vermelho


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Cena do filme com Oliwia Dabrowska, a garota de casaco vermelho
Em alguns momentos do filme aparecia uma menina usando um casaco vermelho, sendo que dentro das cenas preto e branco ela se destacava entre todos os outros personagens. Está garotinha foi Oliwia Dabrowska que na época tinha somente três anos de idade.

Estas cenas foram inspiradas em uma menina que esteve no holocausto, e conseguiu sobreviver e, em 2002, escreveu o livro "A Menina de Casaco Vermelho" contando sobre os seus dias na guerra.

As premiações


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Sendo indicado a 12 prêmios no Oscar, ganhou sete deles incluindo melhor fotografia, melhor diretor, melhor edição, melhor cinematografia, melhor adaptação, melhor direção artística e melhor trilha sonora original.

Conclusão


Trailer oficial do filme

O filme é com certeza uma das maiores obras-primas do cinema, tanto por resgatar, a qualquer um que assista, todas as piores obras que aconteceram durante o nazismo, mas também por despertar o que há de melhor no ser humano. Embora a trama se prenda a poucos personagens principais, tudo parece tão natural e ao mesmo tempo tão fictício (o longa em preto e branco auxilia essa ilusão) que nem parece que tudo isso realmente possa ter acontecido.


Ficha Técnica


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  • Título original: "Schindler's List" 
  • Ano: 1993 
  • Produção: Universal Pictures, Amblin Entertainment. 
  • Direção: Steven Spielberg 
  • Elenco: Liam Neeson, Ben Kingsley, Ralph Fiennes, Caroline Goodall, Embeth Davidtz, Mark Ivanir, Andrzej Seweryn, Elina Löwensohn, Erwin Leder, Olaf Lubaszenko, Wojciech Klata. 
  • Gênero: Histórico, Drama, Guerra e Biografia.
  • Nacionalidade: EUA
  • Avaliação: ★★★★★ (Perfeito)
[Fonte: Medium, por Jaqueline Peixer; Meta Galáxia, por Rodolfo Bezerra]

A Deus toda glória e gratidão.
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E nem 1% religião

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