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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

717 MULÇUMANOS MORTOS EM PEREGRINAÇÃO À MECA

Cerca de 2 milhões de peregrinos participam do Hajj deste ano

Com certeza muita gente pensou que já era o mundo se acabando. Há muitos os que acreditam que não passaremos de setembro. Bom, por vias das dúvidas, é bom que fiquemos espertos, afinal, setembro só acaba a semana que vem... se ela chegar a vir.

Um tumulto durante a peregrinação muçulmana do Hajj nesta quinta-feira, 24, deixou ao menos 717 mortos e mais de 800 feridos perto da cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, num dos piores incidentes na história recente da celebração.

Ritual do apedrejamento registrou diversos tumultos com peregrinos que se empurram para estarem à frente de multidão

O incidente ocorreu no último ritual em Mina, onde peregrinos atiram pedras a pilares que representam o diabo. Autoridades não informaram o que causou o tumulto. Mina é localizada entre o monte Arafat e a Grande Mesquita de Meca, o lugar mais sagrado do Islã.

O Hajj é o último dos cinco pilares do islamismo, e seguidores devem realizar a peregrinação anual pelo menos uma vez na vida, se tiverem saúde e condições financeiras. Mais de 2 milhões de muçulmanos participam da peregrinação neste ano.

A imagem dos corpos amontoados chocaram o mundo
O órgão de defesa civil saudita disse em comunicado que a confusão começou no momento em que peregrinos caminhavam rumo à estrutura, de cinco pavimentos, ao redor dos pilares - conhecida como ponte Jamarat. O incidente ocorreu porque houve um "aumento repentino" no número de peregrinos. Isto "resultou" em um pisoteamento de visitantes, disse.

O Hajj tem sido marcado por tragédias como essa - corre-corres e pisoteamentos resultando em número alto de mortes - no passado, por causa da alto número de pessoas que visitam o local.

As autoridades sauditas tinham investido maciçamente em infraestrutura e transporte nas áreas do Hajj, e os incidentes caíram - até o desta quinta. O Rei da Arábia Saudita já pediu uma investigação: “Quero expressar as minhas condolências a mim, a vós todos e aos peregrinos pelo que aconteceu em Mina. Quero também dar os meus pêsames às famílias das vítimas. Pedimos às autoridades para investigar as causas deste incidente trágico e para divulgar os resultados dessa investigação o mais rapidamente possível”, disse o Rei Salman à imprensa.

Cerca de 160 mil barracas foram instaladas para acomodar 
peregrinos em Mina, que fica a 3 km de Meca

O último grande tumulto durante o evento tinha sido em 2006, quando 364 pessoas morreram no mesmo ritual de apedrejamento. Veja abaixo uma lista das principais tragédias ocorridas no Hajj. 

12 de janeiro de 2006

Um tumulto matou ao menos 364 pessoas. Autoridades disseram que o incidente teve início após bagagens caírem de um ônibus em movimento em frente a uma das entradas da ponte de Jamarat, usada por pedestres em Mina durante o ritual do apedrejamento.

1º de fevereiro de 2004

251 pessoas morreram em um pisoteamento que durou 27 minutos. Autoridades disseram que a maioria das vítimas não tinha autorização para participar do ritual de apedrejamento, após novos procedimentos terem sido adotados para evitar pisoteamentos.

9 de abril de 1998

Ao menos 118 pessoas morreram e mais de 180 ficaram feridas durante o ritual de apedrejamento. Os peregrinos, a maioria da Indonésia e da Malásia, morreram pisoteados após participantes caírem de um viaduto.

23 de maio de 1994

Um tumulto deixou 270 mortos.

2 de julho de 1990

No mais grave incidente no local até agora, 1.426 peregrinos, a maioria asiáticos, morreram pisoteados dentro de um túnel que levava a locais sagrados em Meca. Autoridades disseram que a maioria morreu asfixiada após a ventilação do túnel ter parado de funcionar.

Solidariedade além das diferenças religiosas


O papa Francisco enviou nesta quinta-feira, em Nova York, uma mensagem de solidariedade aos muçulmanos pela "tragédia" provocada por um tumulto durante a peregrinação em Meca, no qual morreram mais de 700 pessoas.

O pontífice expressou aos muçulmanos sua "proximidade diante da tragédia que seu povo sofreu hoje em Meca" no início de uma missa vespertina na Catedral de São Patrício, em Manhattan.

"Neste momento de oração, me uno e nos unimos em súplica a Deus, nosso pai, todo poderoso e misericordioso", acrescentou.

O pontífice argentino chegou na tarde desta quinta-feira a Nova York, a segunda etapa de uma viagem aos Estados Unidos, carregada de política e emoção, que começou na quarta-feira em Washington e terminará no fim de semana na Filadélfia.

E os grande líderes protestantes? Simplesmente não se manifestaram.

[Fonte: EuroNews e BBC]

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