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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

PERSONALIDADE RELIGIOSA - BP. SAMUEL FERREIRA

Natural de Garça, interior de São Paulo, Bacharel em Direito pela UNIP. Sua formação teológica iniciou-se pelo IBAD (Instituto Bíblico da Assembleia de Deus), posteriormente se formou como bacharel, mestre e doutor em teologia.

O Bispo é Presidente da Assembleia de Deus no Brás (SP) e também Presidente da CONEMAD-SP (Convenção Estadual das Assembleias de Deus – São Paulo), Presidente Executivo da CONAMAD (Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil – Ministério de Madureira), Presidente da Junta Conciliadora do Estado de São Paulo, e diretor Executivo da Editora Betel, com sede na capital do Rio de Janeiro e filiais em Campinas, São Paulo e Goiânia (GO). 

Casado há mais vinte anos com a Bispa Keila Ferreira, é pai de Manoel Ferreira Netto, hoje pastor da Assembleia de Deus em Campinas e da evangelista Marinna Ferreira, líder da Frente Jovem do CORAFESP e integrante do ministério de louvor Brás Adoração. 

É autor de livros do segmento de autoajuda, como: "Os três grandes conselhos", "Como superar a Crise de Esperança no Mundo" e "Inveja, a síndrome do Punhal". 

Inovação e crescimento 

Pastor ou coach

 
Culto liderado pelo Bp. Samuel, na ADBrás, em São Paulo 

A Assembleia de Deus é a maior denominação pentecostal do País – estima-se que tenha 15 milhões de adeptos, cerca de metade dos protestantes brasileiros –, historicamente ela foi caracterizada pela postura austera e tradicional. 

Em 2006 ao assumir a Assembleia de Deus no Brás, o Bispo Samuel Ferreira de imediato implantou o plano de crescimento, sendo um dos responsáveis por uma grande mudança de mentalidade e costumes na estrutura da Assembleia de Deus. A postura inovadora do Bispo Samuel, obviamente gerou resistência e até mesmo protesto por parte dos fiéis mais tradicionais, já acostumados à austeridade referente aos usos e costumes no compêndio doutrinário da Assembléia de Deus. 

Nem tudo é vaidade 


O evangélico desavisado que entrar no número 560 da avenida Celso Garcia, no bairro paulistano do Brás, poderá achar que não está entrando em um culto da Assembleia de Deus. Historicamente ela foi caracterizada pela postura austera, pelo comedimento na conduta e, principalmente, pelas vestimentas discretas de seus membros. 

Por conta dessa última particularidade, tornou-se folclórica por forçar seus fiéis a celebrarem sempre, no caso dos homens, de terno e gravata e, entre elas, de saia comprida, camisa fechada até o punho e cabelos longos que deveriam passar longe de tesouras e tinturas ou tradicional coque. 

Era a igreja do "não pode". Não podia, só para citar algumas interdições extratemplo, ver tevê, praticar esporte e cultuar ritmos musicais brasileiros. A justificativa era ao mesmo tempo simples e definitiva: eram "coisas do capeta". 

No templo do Brás, porém, às 19h30 ao domingos, um grupo de cerca de vinte fiéis fazem coreografias, ao lado do púlpito, ao som de uma batida funkeada. Seus componentes – mulheres maquiadas e com cabelos curtos tingidos, calça jeans justa e joias combinando com o salto alto; homens usando camiseta e exibindo corte de cabelo black power – outrora sofreriam sanções, como uma expulsão, por conta de tais "ousadias". 

Mas ali eram ovacionados por uma plateia formada por gente vestida de forma parecida, bem informal. Palmas, também proibidas nas celebrações tradicionais, são requisitadas pelo bispo Samuel de Castro Ferreira, líder do templo e um dos responsáveis por essa mudança de mentalidade na estrutura da Assembleia de Deus, denominação nascida em Belém, no Pará, que festejou seu centenário em 2011. 
"Muitos chamam de revolução, mas o que eu faço é uma pregação de um evangelho puro, sem acessórios pesados... A maior igreja evangélica do País está vivendo um redescobrimento."
afirmou ele em entrevista de três páginas, concedida à revista IstoÉ, (edição 2603, 14/11). 

Novos tempos, novos hábitos

 
Com roupas de grife, Ferreira lê a Bíblia e consulta o iPad no mesmo culto 

Sentado em uma cadeira logo ao lado do coral, Ferreira, que assistiu à televisão pela primeira vez na casa do vizinho, aos 7 anos, escondido do pai, Manoel Ferreira, pastor assembleiano, desliza o dedo indicador em um iPad segunda geração enquanto o culto se desenrola.

Acessa a sua página no Twitter por meio da qual, em apenas um mês, amealhou mais de 110 mil seguidores. É também adepto de outras plataformas digitais e diz acreditar que a tecnologia, através das redes sociais, o aproxima mais das pessoas. Quando se levanta para pregar a palavra, deixa visível o corte alinhado de seu terno e a gravata que combina com o conjunto social. Não que o pastor se furte em pregar de jeans, tênis e camisa esporte – tem predileção por peças da Hugo Boss –, como faz em encontros de jovens. 
"Samuel representa a Assembleia de Deus moderna, com cara de [Igreja] Renascer [em Cristo]... Os mais antigos, porém, acham o estilo dele abominável."
opina o doutorando em ciências da religião Gedeon Alencar, autor de "Assembleias de Deus – Origem, Implantação e Militância" (1911-1946), editora Arte Editorial.

Formado em direito e com uma faculdade de psicologia incompleta, Ferreira é vice-presidente da Convenção de Madureira, que é comandada por seu pai há 25 anos e da qual fazem parte 25 mil templos no Brasil, entre eles o do Brás. Os assembleianos não são uma comunidade unificada em torno de um líder. Há, ainda, os que seguem a Convenção Geral, considerada o conglomerado mais poderoso, e o grupo formado por igrejas autônomas. 

Ferreira assumiu o templo da região central da capital paulista há treze anos e passou a romper com as tradições. Ao mesmo tempo, encarou uma cirurgia de redução de estômago para perder parte dos 144 quilos. 
"Usar calça comprida era considerado um pecado absurdo que recaía sobre as irmãs. Mas, entendo que isso não agride a Deus, então liberei"
diz o pastor, 81 quilos, que até hoje não sabe nadar e andar de bicicleta porque, em nome da crença religiosa, foi proibido de praticar na infância e na adolescência. Sua Assembleia do "pode" tem agradado aos fiéis. 

Quebrando tabus

 
A relativização dos costumes da Assembleia de Deus se dá em uma época em que não é mais possível dizer aos fiéis que Deus não quer que eles tenham vaidade. A denominação trabalha para atender a novas demandas da burguesia assembleiana, que, se não faz parte da classe média, está muito perto dela, é urbana e frequenta universidades. 

É esse filão que está sendo disputado. Uma outra igreja paulista já promoveu show no Playcenter. No Rio de Janeiro, uma Assembleia de Deus organiza o que chama de "Festa Jesuína", em alusão à Festa Junina. Há uma outra que promove uma "balada gospel", com direito a um cenário que não deixa nada a desejar de uma balada convencional, exceto, obviamente, à ausência do consumo de cigarros, bebidas alcoólicas e substâncias entorpecentes ilícitas, mas, até mesmo uma paquera - sem excessos, claro - é permitida. 

Segundo o estudioso Alencar em seu livro, as antigas proibições davam sentido ao substrato de pobreza do qual faziam parte a grande maioria dos membros da Assembleia de Deus. 
"Era confortável para o fiel que não tinha condição de comprar uma televisão dizer que ela é coisa do diabo. Assim, ele vai satanizando o que não tem acesso." 
O pastor disse ainda que as proibições estavam mais fortemente colocadas sobre o mundo feminino. 
"As irmãs não podiam cortar os cabelos, usar calças compridas, jóias ou adereços que as mulheres tanto gostam, o que fazia com que muitas até saíssem da igreja.  
Sabemos que não são essas coisas que levam à salvação, mas uma vida reta e santa diante de Deus, e isso está em aceitar a Cristo como Senhor, congregar, ser ministrado por meio da palavra de Deus nos Cultos.  
Então, não podemos excluir pessoas simplesmente porque gostam dessa ou daquela forma de se trajar"
pondera.

Escândalo e ordenação a bispo 


Devido algumas dificuldades de saúde, o pastor Jabes Alencar, até então presidente e fundador da Assembleia de Deus do Bom Retiro, foi jubilado no dia 13 de março de 2017, durante o culto de comemoração de 29 anos de fundação do ministério do Bom Retiro. Na mesma ocasião, o designado para assumir o cargo de presidente foi o pastor Samuel Ferreira, vindo a ser ordenado bispo alguns dias após a posse em seu novo cargo. 
"É uma grande responsabilidade suceder o pastor Jabes Alencar, que foi o fundador desta igreja, um grande pastor, o apóstolo da unidade da igreja; com absoluta humildade, chego para servir e não para ser servido, para ser cooperador, para ser o pastor, e o meu compromisso diante de Deus é cuidar destas almas com a minha própria vida"
disse Ferreira, na ocasião, que também é o diretor Executivo da Editora Betel. 

Mas o bispo Samuel Ferreira também teve seu envolvido em um escândalo de corrupção. Ele foi investigado na Operação Lava Jato, devido a suspeita de lavagem de dinheiro para o deputado federal suspenso Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-presidente da Câmara dos Deputados. Apesar de ainda não haver qualquer comprovação, a investigação apontava que o ex-presidente da Câmara dos Deputados teria movimentado parte dos US$ 5 milhões recebidos ilicitamente em negócios com a Petrobrás, usando a igreja ADBrás como fachada para lavagem de dinheiro. 

Conclusão

 
Importante figura no mundo assembleiano, o pastor José Wellington Bezerra da Costa, 84 anos, presidente da Convenção Geral, não é adepto da corrente liberal. 
"Samuel é um menino bom, inteligente, mas é liberal na questão dos costumes e descambou a abrir a porta do comportamento"
afirma. 

Ferreira, por outro lado, se diz conservador, principalmente na questão dos dogmas. Em suas celebrações, há o momento do dízimo, do louvor, da adoração e um coral clássico. Ao mesmo tempo, é o torcedor do Corinthians que tuita pelo celular até de madrugada – já chegou a postar que saboreava um sorvete às 4h30 –, viaja de avião particular e não abre mão de roupas de grife. Enfim, um legítimo pastor do século XXI. 

[Fonte: IstoÉ] 

A Deus, toda glória. 
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