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terça-feira, 26 de novembro de 2019

ESPECIAL - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: NADA DE ORAÇÃO, LUGAR DO AGRESSOR É NA CADEIA


Muitas mulheres são mortas, por homens, pelo fato de serem mulheres. Mulheres são mortas por serem mulheres. A repetição deixa mais que claro o absurdo! A discussão sobre gênero é fundamental em todos os ambientes. E isso não é ideologia: é necessidade para que mais vidas não sejam ceifadas por más compreensões adoecidas sobre as relações. 

Em muitos discursos, vemos a insistência no refrão de que somos todos iguais, mas nossa sociedade vive imersa no machismo, na misoginia, no racismo, na intolerância religiosa e na LGBTfobia. E o pior de tudo é quando todas essas manifestações de intolerância são escondidas sob a nebulosidade religiosa.

Se fizermos o teste do pescoço, esticando-o para dentro das diversas igrejas cristãs, em suas mais variadas vertentes, perceberemos que o maior número de fiéis é composto por mulheres. Essas igrejas têm o dever ético, nascido da fé e pautado no humanismo, de propor iniciativas de cuidado e proteção desta importante e majoritária parcela do povo de Deus. 

Nessa esteira, é preciso superar discursos equivocados, pretensamente bíblicos, e investir numa hermenêutica capaz de despertar, nos fiéis, a sensibilidade para relações pautadas na igualdade, na equidade e na justiça. O feminicídio é o ato último de uma série de violências de todos os tipos. Cuidar para a erradicação dessas violências, anteriores ao ato último e trágico do assassinato de mulheres, é também papel das religiões.

Os dados e os fatos X os discursos e os dogmas


Ano após ano, milhões de mulheres e meninas em todo o mundo sofrem violência. Em alguns países, até 70% das mulheres já experimentaram violência física e/ou sexual em sua vida da parte de um parceiro íntimo. Infelizmente isso está acontecendo também nas igrejas. 

A Aliança Evangélica descobriu que a violência doméstica e o abuso físico são comuns nas igrejas do Reino Unido. A Restored respondeu a isso fornecendo pesquisa, treinamento e recursos para cristãos e igrejas do mundo inteiro, permitindo que as igrejas respondessem apropriadamente e efetivamente ao abuso doméstico. 

Além disso, a Restored lançou a única campanha global de homens cristãos, First Man Standing, para incentivar os homens bons a assumirem uma posição para acabar com a violência contra as mulheres. Nós, como igreja global, precisamos nos erguer e agir. Isso começa ao olharmos para nós mesmos e colocarmos a nossa própria casa em ordem.

Encarando a Realidade


A violência contra as mulheres é uma realidade chocante que tem permeado a maioria das culturas humanas. Seja ao "fechar os olhos" ou pela pressão religiosa subliminar para "virar a outra face", quando Jesus teria confrontado um mal. A violência contra as mulheres tem sido, muito frequentemente, não contestada pelas igrejas.

Dados dão conta de que mulheres entre 15-44 anos correm maior risco de estupro e violência doméstica do que de terem câncer, sofrerem acidentes de carro, vivenciarem guerras ou adquirirem malária.

Onde estão os agressores 


Todos os anos, milhões de mulheres e meninas em todo o mundo sofrem violência e abuso de homens em suas vidas em quem confiam. Maridos, namorados, parceiros civis; homens que são confiáveis naqueles aspectos mais íntimos da vida das mulheres com quem elas têm um relacionamento. Muitos desses abusadores estão em cargos de lideranças e até mesmo nos púlpitos das denominações, como "homens acima de qualquer suspeita".

Homens com quem as mulheres viveram romances, jantaram, dançaram e oraram, acreditando nas suas palavras poderosas de amor e de afeto. Homens em quem a confiança foi colocada para amarem "até que a morte nos separe". Duas mulheres morrem por semana, somente no Reino Unido, às vezes violentamente, nas mãos de um parceiro íntimo ou de um ex-parceiro.

Uma Epidemia Global


Relações adoecidas começam dentro de casa. Crianças, muitas vezes, são deseducadas convivendo com as relações tóxicas entre seus pais; crescem tratadas em situações desiguais, no que se refere ao tratamento dispensado às meninas e aos meninos... 

O machismo é estrutural e precisa ser combatido nas bases, e esse combate precisa ser assumido por muitas frentes, inclusive pelas religiões. É mais que urgente o investimento em relações mais saudáveis entre os gêneros, de modo a superarmos toda e qualquer pretensão de apropriação da vida, numa pretensa superioridade masculina. O próprio lar deve ser um lugar seguro para as mulheres, que já vivem sob o medo constante nas ruas.

Com uma em cada três mulheres sofrendo abuso em sua vida nas mãos de um parceiro íntimo, há muitas mulheres que sofrem em silêncio, com a vergonha e o estigma que envolve o abuso. A Diretora Executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo Ngcuka  recentemente declarou: 
"Todos os países me preocupam por causa da universalidade da violência contra as mulheres. O fato de que 75% da violência contra as mulheres é violência doméstica é a questão... A casa é o lugar menos seguro para uma mulher estar." 
O fato é se houvesse uma outra epidemia que afeta uma em cada três mulheres em todo o mundo, haveria um clamor. Temos que nos perguntar por que esse clamor está ausente e por que somos tão lentos para nos envolvermos com um assunto que afeta tantos membros de nossas congregações. 

Precisamos ser honestos e reconhecer que muitos de nós e muitas de nossas igrejas evitam confrontar a questão do abuso doméstico. É mais um assunto enfiado pra debaixo do já montanhoso tapete da omissão.

Em nome de Cristo, que repetidamente defendeu a dignidade da mulher, todo cristão tem o mandato de se manifestar contra qualquer forma de agressão contra mulheres e meninas, onde quer que se encontre. Mas temos nos manifestado? Os líderes da fé têm o potencial de fazer parte do problema ou parte da solução.

Como cristãos, temos uma escolha. Podemos escolher caminhar do outro lado, ignorar a questão ou não fazer nada. Não fazer nada é uma escolha. Ou enfrentaremos a feia realidade de que o abuso doméstico está em nossas igrejas também e começaremos a desafiar e mudar a cultura da aceitabilidade do abuso dentro de nossas igrejas?

Uma coisa é clara: a violência contra as mulheres é completamente evitável. Em certo sentido, é simples; os homens precisam parar de abusar das mulheres. São as atitudes e ações dos homens que têm de mudar se quisermos que a violência contra as mulheres termine.

Como identificar a violência contra a mulher


A violência pode assumir muitas formas, tais como violência doméstica, violência verbal, estupro, violência sexual - em todos estes casos, fora e dentro do matrimônio -, tráfico, mutilação genital feminina, noivas crianças - ambas práticas comuns em muitas religiões -, sequestro de noivas, herança de viúva e assassinatos relacionados ao dote (esta lista não é exclusiva). Em alguns países até 70% das mulheres sofreram violência física e/ou sexual em sua vida, perpetrada por um parceiro íntimo.

A escala dessas estatísticas é chocante e esmagadora. Pode levar a uma paralisia na ação, à medida que percebemos a profundidade e a amplitude da questão da violência contra as mulheres em todo o mundo. Na verdade, ao refletirmos que cada estatística representa um indivíduo feito à imagem de Deus, a realidade é devastadora.

Definindo Violência e Abuso


As Nações Unidas definem a violência contra as mulheres como 
"Violência que resulta ou pode resultar em dano ou sofrimento, físico, sexual ou psicológico para as mulheres, incluindo ameaças de tais atos, coerção, privações arbitrárias de liberdade, ocorrendo em público ou na vida privada".
A violência sexual afeta aproximadamente uma em cada cinco mulheres em todo o mundo. O impacto e consequências de uma violação íntima do corpo pode resultar em extenso trauma físico e psicológico, juntamente com gravidezes indesejadas. 

A violência sexual durante conflitos tem sido há tempo muito reconhecida como uma tática de guerra. Na República Democrática do Congo (RDC), uma média de 36 mulheres e meninas são estupradas todos os dias. Estima-se que 200.000 mulheres tenham sido estupradas na RDC desde o início do conflito. 

Durante o genocídio em Ruanda, em 1994, estima-se que entre 250.000 e 500.000 mulheres foram estupradas. A mutilação genital feminina (MGF) afeta entre 100 e 140 milhões de meninas em todo o mundo, com mais três milhões de meninas estimadas em risco de MGF.

Sem respeitar idade, cultura, etnia ou riqueza, a violência contra as mulheres tem suas fundações na desigualdade de gênero e discriminação contra as mulheres. Em seu coração está o abuso de poder e controle sobre outro indivíduo.

O Reino Unido atualizou e expandiu recentemente a definição de violência doméstica, que agora inclui um "padrão de incidentes" e controle coercitivo. Isso reflete a realidade vivida de muitas vítimas de abuso doméstico, observando que, embora a violência física possa ser o gatilho em relatar o abuso, muitas vezes há um acúmulo e um padrão de abusos anteriores. 

A inclusão de abuso financeiro também pode desafiar a pensar sobre o que constitui abuso. Por exemplo, uma mulher pode não ter acesso ou controle sobre a renda da família e pode ser coagida ou forçada a fazer sexo com seu marido ou parceiro simplesmente para obter o alimento e os suprimentos básicos da casa.

A consequências da violência contra a mulher


O impacto e as consequências da violência sobre as vítimas e sobreviventes podem ser devastadores e duradouros. Juntamente com a violação da confiança da pessoa conhecida pela mulher, na maioria dos casos - resultando em profundas cicatrizes emocionais - as mulheres podem sofrer terríveis consequências do abuso, tais como ossos quebrados, problemas de saúde ao longo da vida, posições diminuídas na vida pública e privada, perda de relações com amigos e familiares, perda de autoconfiança e trauma psicológico. 

Nos piores casos, a violência contra as mulheres resulta na perda da própria vida. Women's Aid UK informou que "em média, duas mulheres são mortas por um parceiro ou ex-parceiro violento por semana".

Nas Igrejas também


Com uma em cada três mulheres no mundo sofrendo violência em sua vida, isso significa que as mulheres que sofrem abuso doméstico também estão nas igrejas. Muitas por causa da vergonha, do estigma ou da falta de um lugar seguro para revelar esse abuso, permanecerão e sofrerão em silêncio em nossas igrejas.

Uma Pesquisa na Igreja Evangélica na América Latina


É difícil encontrar estatísticas sobre os níveis de violência contra as mulheres em nossas igrejas. As organizações Paz y Esperanza no Peru e Comunidad y Cambio na Argentina, em conjunto com a Restored, conduziu pesquisas de base sobre a violência familiar em igrejas evangélicas em quatro países: Peru, Bolívia, Equador e Argentina. 

O relatório final Within four walls destacou a extensão da violência ocorrida nas famílias advindas de igrejas evangélicas. Quatro em dez mulheres em igrejas no Peru relataram ter sofrido violência de seu parceiro em algum ponto durante seu relacionamento. 

Na Argentina, a estatística foi de 2 mulheres em cada 10. No Equador, 4 em cada 10 mulheres relataram ter sofrido abuso sexual quando eram crianças.

Within four walls também descobriu que havia uma maior probabilidade de violência psicológica em igrejas evangélicas do que na população em geral. De maneira preocupante, quatro entre 10 (40%) dos cristãos evangélicos entrevistados na pesquisa do Peru, e dois em cada dez no Equador e na Argentina, negaram a existência de abuso doméstico em lares cristãos. 

Há claramente uma barreira para reconhecer a realidade da violência dentro das famílias da igreja. A pesquisa também descobriu que a maioria das vítimas procurou ajuda de seu pastor ou líder da igreja. Isso destaca a necessidade essencial de treinamento quanto à identificação e resposta ao abuso doméstico para os líderes da igreja, bem como para a congregação em geral.

Mitos


As igrejas podem acrescentar outra dimensão aos mitos do abuso. A combinação do uso, do mau uso e o mau entendimento das Escrituras pode fornecer um ambiente tóxico para que o abuso continue e para uma vítima ficar mais tempo, mesmo quando não é seguro. Esta combinação pode aparecer da seguinte forma: 
  • "se eu só orar mais, me submeter mais, Deus pode transformar alguém, meu marido é o 'meu cabeça' e eu deveria obedecê-lo, o divórcio é errado."
Esta combinação pode fazer com que a mulher espere e ore para que seu marido seja transformado, enquanto ele continua a abusar dela e, em alguns casos, coloca sua vida em risco. 

Em essência, essa situação pode ser chamada de "esperança assassina". Deus raramente anula a vontade de uma pessoa. Um perpetrador de violência precisa reconhecer que ele está escolhendo abusar, que o abuso é uma escolha, e reconhecer o dano que está causando a sua vítima, bem como a si mesmo. O arrependimento é um ponto de partida chave em uma jornada de transformação que inclui responsabilidade, justiça e restituição pelo mal feito.

Somos chamados a amar uns aos outros. Este não é um amor de mão única, mas um relacionamento de amor. O amor não abusa. O amor não é violento. No modo como trata as mulheres com dignidade e respeito, oferecendo escolhas e nunca forçando sua vontade sobre as mulheres, Jesus é um exemplo de como operar em relacionamentos uns com os outros. 

Os líderes da igreja têm a oportunidade de dissipar a teologia confusa e falar da verdade e do amor na vida das pessoas. Deus pode odiar o divórcio, mas Deus também odeia um homem se cobrindo com violência (Malaquias 2:16).

O papel da Igreja


É preciso que as igrejas sejam claras de que a violência contra as mulheres acontece também nas igrejas, e que a comunidade da igreja precisa abordar a questão. Quando a cultura da nossa igreja acredita nos mitos, silencia sobreviventes, permite que o uso indevido da Escritura não seja contestado; quando a cultura da nossa igreja é cúmplice, quando nossa cultura de igreja pode levar à morte, então é a cultura da nossa igreja que precisa mudar. Precisamos quebrar o silêncio e falar sobre abuso.

A igreja precisa falar que a Escritura não pode ser usada para justificar a violência, que a igreja tem uma resposta e pode ser parte da solução, e que homens e mulheres podem trabalhar juntos para acabar com a violência contra as mulheres.

O que as Igrejas podem fazer?

Teologia


As primeiras ações que as igrejas podem tomar são: reconhecer a realidade das estatísticas e reconhecer que o abuso doméstico e a violência contra as mulheres acontecem também nas igrejas. Isso pode levar a discussões e soluções apresentadas pelas igrejas, dependendo de seu próprio contexto e recursos.

Fazer com que líderes e pastores usem teologia e sermões para desafiar o abuso pode fazer toda a diferença para uma vítima ou um sobrevivente, e pode desafiar os perpetradores de abuso, que podem muito bem estar sentados na congregação. Dar uma mensagem clara e autoritativa de que toda a violência contra as mulheres é errada e deve parar, quebra o mito de que o abuso não pode acontecer nas igrejas.

Os líderes da igreja têm a responsabilidade de ensinar bem a teologia e abordar claramente a teologia, confusa ou erroneamente aplicada. Isto é particularmente relevante, e pode salvar vidas, quando se trata da violência doméstica. 

Os pastores precisam estar cientes da combinação tóxica de teologia mal interpretada de submissão, perdão e divórcio que pode deixar uma mulher se sentindo impotente, incapaz de manter a si mesma e as crianças seguras, em um relacionamento onde seu marido está escolhendo abusar dela. 

Subconscientemente ou inadvertidamente, a igreja pode colocar a instituição do casamento acima da própria vida, dizendo que a esposa deve ficar com seu marido abusivo, colocando-a em risco de sofrer mais danos e, pior ainda, de morte.

Isso pode parecer extremo e nos levar a pensar "certamente não na minha igreja" e "isso não aconteceria aqui", mas a realidade nos conta uma história diferente.

Educação e Conscientização


Os líderes da Igreja, e particularmente as pessoas envolvidas no cuidado pastoral, podem achar útil participar de um treinamento básico de conscientização sobre abuso doméstico, o que é e como abordá-lo. 

Cada igreja pode ter procedimentos de salvaguarda contra o abuso doméstico, e pode ser adicionada uma linha de telefone referente somente à violência doméstica, para que as mulheres que são abusadas saibam quem podem contatar na igreja e saibam que serão ouvidas em segurança. 

Políticas e Procedimentos


Uma carta para as igrejas é outra ação que pode ser tomada, com a carta destacadamente exibida ou distribuída na igreja. Isso significa que a igreja está ciente da questão do abuso doméstico e que está preparada para agir. 

Para as vítimas e sobreviventes que entram na igreja, ela sinaliza que a igreja é um lugar seguro, e para os perpetradores, que há tolerância zero à violência doméstica. Esta carta precisa ser fruto de uma política e procedimento formalmente adotado pela igreja sobre o abuso doméstico, para que todos saibam o que fazer e a quem contatar quando uma pessoa revela o abuso.

Conexão com Serviços Profissionais Locais


É importante que as igrejas, quando for possível e viável, estejam conectadas aos serviços profissionais locais disponíveis. Apoiar as ‘casas seguras’ locais a partir de um conjunto de limites e diretrizes previamente acordados, pode ser um verdadeiro suporte a sobreviventes de abuso que poderiam estar isoladas e sozinhas. Algumas igrejas forneceram itens de cuidados pessoais para estas ‘casas seguras’, observando que as mulheres muitas vezes saem de casa com poucas roupas ou itens essenciais.

Modelar Relacionamentos Saudáveis


Congregações e líderes de igrejas podem modelar relacionamentos positivos e saudáveis que rompem estereótipos culturais e tratam as mulheres com dignidade e respeito, como feitas à imagem de Deus. Podem comprometer-se a não se calar diante de uma cultura que diminui e denigre as mulheres, e a desafiar os outros quando as mulheres são tratadas como menos do que feitas à imagem de Deus.

Conclusão


A violência contra as mulheres é generalizada em todas as sociedades e culturas, e as igrejas não são excluídas do problema. É vital que as igrejas se levantem frente ao desafio e tomem seu lugar respondendo bem às sobreviventes, oferecendo espaço e também providenciando espaço para responsabilização e suporte aos perpetradores de abuso à medida que assumem a responsabilidade por suas atitudes e ações. 

As igrejas não devem fazer isso sozinhas, mas devem buscar ativamente os conselhos e serviços profissionais onde eles estão disponíveis e acessíveis. É importante que as pontes sejam construídas com serviços profissionais, para melhorar a compreensão mútua e estabelecer um processo de referência para situações de abuso quando estas surgirem.

Que a igreja se levante para agir. Não mais silenciosa; não mais justificando a violência contra as mulheres com nossos pensamentos ou Escrituras; não mais pensando que "não está nesta igreja". Que a igreja no mundo inteiro e os cristãos se levantem e assumam uma posição e digam: "Esta é a nossa obra, esta é a nossa igreja". Toda a violência contra as mulheres é errada e deve parar.

Serviço


No Brasil, existe um canal de atendimento para a mulher vítima de violência por meio do número telefônico 180, central telefônica para atendimento às vítimas criada pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM). O serviço é gratuito e funciona 24 horas todos os dias, inclusive nos finais de semana. 

Por meio do Disque 180, a mulher receberá apoio e orientações sobre os próximos passos para resolver o problema. A denúncia é distribuída para uma entidade local, como a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ou Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), conforme o estado.

Para finalizar, um conselho: você, mulher, irmã em Cristo, seja lá membro de que denominação for, se estiver sendo vítima de qualquer tipo de violência doméstica - quer seja o homem abusador quem for, "crente" ou não - rompa o silêncio e denuncie o abusador. Não é uma questão de oração, é uma questão de ação. Lugar de homem que abusa de mulher é na cadeia. E, fique atenta, pois os dados dão conta que, o homem que agride uma primeira vez, está disposto a agredir outras e até mesmo matar.
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A Deus, toda glória.
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