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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

ESPECIAL SALMOS - 9) DEUS É A VERDADEIRA SEGURANÇA DO CRISTÃO

O cristão fiel encontra-se sob a proteção mais eficaz que existe no Universo: o Deus Altíssimo. 
"Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia. Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos" (Salmos 91:1,2,4,5,7,10,11).
Não se sabe ao certo quem foi o autor deste salmo nem quando foi composto. Uns dizem que foi Davi. Outros, que teria sido Moisés. Uma coisa é certa: foi o próprio Deus quem inspirou o salmista a escrever esta bela porção das Escrituras.

I. O inquietante problema da segurança

1. A insegurança nos dias do salmista


Na época em que o Salmo 91 foi escrito, havia muita insegurança. Pode-se notar, entre os versículos do texto, várias expressões de perigos e ameaças, tais como "laço do passarinheiro", "peste perniciosa", "espanto noturno", "seta que voe de dia", "mortandade", "mal", "praga", "leão", "áspide", "serpente". Tudo isso indica que havia perigos de ordem material, humana e espiritual.

2. A insegurança em nossos dias


Se não fosse a proteção divina, ninguém, nos dias de hoje, poderia sentir-se seguro, nem mesmo em sua própria casa. Há insegurança dentro e fora do lar, principalmente nas grandes cidades. Diz o patriarca Jó:
"Desde as cidades gemem homens" (24:12).
Há assaltos, assassinatos, estupros, sequestros e violência por toda a parte. O cristão conta, incondicionalmente, com a proteção de Deus, mantendo-se em constante vigilância. É indispensável mantermos a postura de um verdadeiro servo de Deus. Não podemos, jamais, confiar plenamente em homens. Só a proteção de Deus é plenamente confiável. 

3. A atitude do cristão em relação à insegurança


Diante do problema da insegurança, que é real e constante, o crente em Jesus precisa saber comportar-se como filho de Deus.

a) Reconhecer que só Deus dá segurança - Não adianta confiar em sistemas de segurança sofisticados, nem em cães amestrados, nem em vigilantes profissionais. A primeira ministra da Índia, Indira Ghandi, tinha bons guarda-costas. Mas um deles acabou por assassiná-la. Cumpre-se, pois, a Bíblia:
"Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela" (Sl 127:1b).

b) Confiar nos Senhor - O salmista diz:
"Bem-aventurado o homem que põe no Senhor a sua confiança..." (40:4a).
As ameaças à vida do crente são muitas. O inimigo procura levantar pessoas para prejudicar o servo de Deus quer em relação à sua integridade física e emocional, quer em relação ao seu patrimônio e negócios. Mas, na Bíblia, temos este consolo: 
"Em Deus tenho posto a minha confiança; não temerei o que me possa fazer o homem" (56:11).
O Salmo 8:4 traz uma declaração de fé na proteção divina: 
"Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança."

c) Fazer a sua parte - Há pessoas, na igreja, que agem de modo errado. Certo irmão, imprudentemente, deixou sua casa toda aberta, e saiu para a igreja, dizendo que Deus guardaria os seus bens. Quando retornou, os ladrões haviam levado tudo. Ele ficou triste, achando que Deus não cumprira a sua palavra. Mas, o que realmente aconteceu, foi que esse irmão deixou de fazer sua parte. Deus nos guarda, sim, mas aquilo que nos compete fazer, Ele não o fará. Não podemos, pois, alimentar uma fé ingênua e sem fundamento bíblico. A atitude desse irmão, denota a característica de uma total falta de vigilância.

II. A segurança que Deus proporciona

1. Sob a proteção do Altíssimo (v. 1-9)


a) Habitando no esconderijo (v. 1a) - O salmista inicia o texto, dizendo daquele que "habita no esconderijo do Altíssimo". O verbo habitar fala da contínua permanência na presença de Deus.

b) Descansa à sombra do Onipotente (v. 1b) - Assim como a sombra de uma árvore frondosa e benfazeja propicia refrigério ao que abriga sob sua folhagem, o crente fiel pode encontrar descanso para a fadiga da vida à vida sombra da proteção divina, pois esta lhe serve de refúgio e cobertura. Lembra-nos o que Jesus (Mateus 11:29).

c) Refúgio e Fortaleza (v. 2) - O salmista professa a si mesmo que Yahweh (Javé, o Senhor) é o seu refúgio e fortaleza, e n'Ele há de sempre confiar. Deus não prometeu ao crente um "mar de rosas", ou seja: uma vida sem problemas. Jesus precaveu-nos de que, no mundo, haveríamos de ter aflições (João 16:33). Paulo escreveu:
"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2 Timóteo 3:12).
Entretanto, o crente fiel tem, a seu dispor, refúgio e fortaleza no Senhor, onde se abriga, seguramente, diante das adversidades. 

d) Livre do laço do diabo (v. 3) - O salmista, aqui, passa a falar na segunda pessoa, levando a outrem a mensagem de confiança na segurança do Senhor. Sob a proteção de Deus, o crente livra-se do "laço do passarinheiro e da peste perniciosa". Laço fala de armadilha, e passarinheiro é uma figura do diabo. Diante disso, Paulo exorta-nos a que fiquemos firmes no Senhor, revestidos da armadura de Deus, para não cairmos nas "astutas ciladas do diabo" (Efésios 6:10,11).

e) Sob as asas do Altíssimo (v. 4) - Aqui, temos uma interessante metáfora. Deus é comparado a uma ave-mãe que tudo faz para proteger a seus filhotes. Diante de um perigo, a galinha, por exemplo, chama os seus pintainhos e abriga-os sob as asas: "...debaixo das suas asas estarás seguro, a sua verdade é escudo e broquel". Ou seja: dois escudos estão a proteger o crente: um grande e outro pequeno. Isto mostra que a proteção divina proporciona-nos abrigo contra as ameaças e perigos desta existência. Quanto à verdade divina, serve-nos esta como poderosa arma de defesa.

f) Vencendo o medo (vs. 5,6) - Um médico crente explicou que o medo e a ignorância são as piores pragas na vida de um filho de Deus. Sob a proteção do Senhor, o crente não deve temer estas quatro coisas: 
  • 1) "...espanto noturno..." Durante a noite, os demônios procuram, com as suas incursões e ataques, intimidar o crente fiel, mas este encontra-se devidamente protegido pelo Altíssimo.
  • 2)"Seta que voe de dia". Isto é: obras malignas que, lançadas à distância, têm por objetivo atingir o crente em plena luz do dia. Eis alguma destas setas perigosas: uma tentação, vinda não se sabe de onde; uma enfermidade repentina; uma palavra que fere, de quem não se espera etc.
  • 3) "Peste que ande na escuridão". A versão grega do Antigo Testamento hebreu, conhecida como Septuaginta, interpreta que, tanto a seta que voa de dia como a peste que anda na escuridão são demônios.
  • 4) "...mortandade que assole ao meio-dia". O nome diz tudo: são epidemias de enfermidades mortais. Mas o nosso Deus serve de proteção inexpugnável contra tais agentes.

2. Os inimigos caem vencidos (v. 7)

"Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido."
Esta é uma promessa extraordinária. Crer nela, e colocá-la em prática no viver diário, é algo que encerra grande significado para o crente. Conheci um irmão que, certa vez, foi ameaçado de morte por uma "mãe-de-santo". Esta, para materializar o seu intento, enviou-lhe um emissário armado para matar o pastor. 

Mas o assassino, ao entrar no templo, caiu de joelhos, e foi-se arrastando até o púlpito, sem poder levantar-se. Diante de todos, ele explicou que, ao chegar à porta, duas mãos potentes empurraram-no para baixo, impedindo que ele se levantasse. Este elemento não pôde fazer nada, absolutamente nada, contra o pastor. A promessa divina cumpriu-se de maneira plena: o servo de Deus não foi atingido.

III. Proteção ao lar e à família

1. Nenhum mal nem praga (v. 10)


É preciso crer nesta promessa: "Nenhuma mal te sucederá, nem praga alguma chegará a tua tenda". Nesta passagem, temos uma maravilhosa promessa para os nossos lares. O mal pode ser entendido como todo tipo de adversidade, no seu sentido mais amplo possível. Já a praga tem significado bem mais compreensível: refere-se às doenças que se espalham e matam muita gente. A promessa assegura-nos que nem mal nem praga podem atingir a tenda (ou a casa) do crente fiel.

2. Os anjos (v. 11, 12)


Há uma guerra espiritual, declarada e quase sempre invisível, que ameaça a integridade espiritual e física dos crentes. Mas o nosso Deus tem exércitos formados por anjos, cuja missão é guardar-nos em todos os nossos caminhos (conforme v. 11). Eles são ministros de Deus a serviço dos que hão de herdar a salvação (Hebreus 1:13a,14).

IV. Vitória sobre o adversário (v. 13)

1. Pisando o leão, a áspide, o leãozinho e a serpente


O leão representa todo tipo de inimigo violento; a áspide, que é um animal venenoso, representa os inimigos cuja língua é como a peçonha: são aqueles que caluniam, mentem, difamam, e injuriam para prejudicar o crente; o leãozinho representa aquele tipo de inimigo que, aparentemente, não faz mal, por ser pequeno, mas tende a crescer e a ficar feroz e indomável; a serpente é bem o tipo do diabo ou de seus seguidores, que só visa atacar para matar.

Sob a proteção do Altíssimo, porém, o crente fiel tem o poder para vencê-los e pisá-los. Cristo, nosso Salvador, esmagou a cabeça da serpente, cumprindo o que fora previsto em Gênesis 3:15. Ele despojou nossos inimigos espirituais (Colossenses 2:15). Ele nos garante a vitória. Os inimigos são fortes, mas em Cristo e por Cristo, somos mais que vencedores (Romanos 8:37).

V. Fala o Altíssimo (vs. 14-16)


Nos versículos 14 a 16, o salmista silencia, e passa a ouvir Deus fala sobre aqueles que vivem sob proteção do Senhor.
  • 1. Ressaltando o amor de Deus (v. 14)
"Porque tão encarecidamente me amou..." Esta palavra, dita pelo próprio Deus, mostra que, aquele que nem a proteção do Altíssimo, ama-o de todo o coração. Por isso, torna-se alvo do livramento divino.
  • 2. O alto retiro
"Também eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o meu nome". Deus dá o livramento, e ainda coloca, em elevada posição espiritual, aquele que conhece, valoriza, reverencia e exalta o seu santo nome.
  • 3. Invocação e resposta (v. 15)
"Ele me invocará e eu lhe reponderei." Certamente, não há coisa que mais o crente deseje do que esta: saber que suas orações e súplicas são respondidas pelo Senhor. Mas Deus só atende a súplica daquele que tão encarecidamente o ama. Ele livra o seu servo na angústia; e, mais que isso: glorifica o que conhece o seu nome.
  • 4. Longevidade e salvação (v. 16)
Como fecho de ouro deste salmo, Deus, falando pelo escritor,, promete longos anos de vida "aquele que habita no esconderijo do Altíssimo" de modo que possa ver a salvação do Senhor.

Conclusão


A proteção de Deus é tão grande, que o crente, embora na terra cumprindo a sua missão, é imortal. Mesmo que passe por tribulações, perigos e ameaças, só há de morrer, quando o Altíssimo quiser ou permitir. 

Fidelidade e subserviência ao Senhor são pontos fundamentais para que possamos contar com a proteção divina. Sabemos que o inimigo ronda-nos em todo o tempo, tentando encontrar brechas para entrar e atuar. Se permanecermos com a vida no altar, em constante oração e vigilância, munidos de toda a armadura de Deus (Ef 6:10-20), não há como satanás agir contra nós. Que o Senhor nos faça dignos, em Cristo, de desfrutar dessa maravilhosa segurança que somente Ele pode oferecer.


A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

Um comentário:

  1. Amei o esclarecimento muito bom, fiquei muito satisfeita , tirei minhas dúvidas Deus continue te abençoando

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