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domingo, 13 de agosto de 2017

ESPECIAL SALMOS - 13: FINAL) A GRANDEZA DO REINO DE DEUS


"O SENHOR reina; tremam os povos. Ele está assentado entre os querubins; comova-se a terra. O Senhor é grande em Sião, e mais alto do que todos os povos. Louvem o teu nome, grande e tremendo, pois é santo. Exaltai ao Senhor nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, pois é santo. Exaltai ao Senhor nosso Deus e adorai-o no seu monte santo, pois o Senhor nosso Deus é santo" (Salmo 99:1-3, 5,9).
O Salmo 99 tem sentido passado, presente e futuro. Em poucos versículos, vemos a grandeza do Reino de Deus: sua supremacia sobre as nações; a santidade do nome do Senhor, sua justiça e juízo. Nesta lição, extraímos, apenas, uma síntese do aspecto futuro do Reino de Deus. 

Veja o que disse o apóstolo João no livro do Apocalipse:
"E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve nos céus grandes vozes, que diziam: 'os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre" (11:15).
O Reino de Deus terá como plenitude o domínio universal de Cristo.

I. O que é o Reino de Deus


O Reino de Deus é o seu domínio universal sobre todas as coisas. Podemos analisá-lo sob três aspectos.

1. Presente


Interrogado pelos fariseus acerca da vinda do Reino de Deus, que eles esperavam no futuro, Jesus disse:
"O Reino de Deus não vem com aparência exterior, porque o Reino de Deus está entre vós" (Lucas 17:20,21, grifo meu).

2. Futuro


Davi, no Salmo 22, tem uma visão escatológica do reino do Senhor, quando afirma:
"Todos os limites da terra se lembrarão e se converterão ao Senhor; e todas as gerações das nações adorarão perante a tua face. Porque o reino é do Senhor, e Ele domina entre as nações" (27,28).
É evidente que essa conversão ainda não aconteceu, mas terá lugar quando Jesus implantar o Reino Milenar.

3. Eterno


Davi, inspirado pelo Espírito Santo, registrou que o Reino de Deus é eterno e que seu domínio 
"estende-se a todas as gerações" (145:13).
Nabudonosor reconheceu que o Reino de Deus
"...é um reino sempiterno, e o seu domínio, de geração em geração" (Daniel 4:3).
Deus nunca deixou de reinar. Ele é eterno. Contudo, por sua permissibilidade, admite que outros poderes, visíveis e invisíveis, tenham sua vez, até que chegue a consumação dos séculos, quando, em hipótese alguma, haverá qualquer outro reino, a não ser o Reino de Deus.

II. A implantação do Reino de Deus

1. A vocação de Israel


Deus escolheu o povo de Israel para ser o seu representante na implantação do Reino. Falando com Moisés, no Monte Sinai, Jeová garantiu que, se aquele povo ouvisse diligentemente a sua voz, e guardasse o seu concerto, tornar-se-ia propriedade peculiar e reino sacerdotal dentre todos os povos (Êxodo 19:5,6). Pois dos israelitas
"é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente" (Romanos 4,5).

2. O fracasso de Israel


Ao longo dos séculos, o povo de Israel afastou-se de Deus, culminando por rejeitar o seu próprio rei - Jesus Cristo.
"Veio para o que era seu, e os seus não o receberam" (João 1:11; Rm 9:30; 10:21). 
Israel rejeitou e matou a Cristo (Mateus 27:22-25). Por isso, a nação hebreia foi rejeitada por Deus, ainda que temporariamente (Rm 11:1-36). Por fim (o remanescente) será salvo (11:26).

3. A vocação da Igreja


Com o fracasso de Israel, Deus implementou outra fase do seu plano para o planeta Terra. Seu reino precisa expandir-se para poder ser implantado. A famosa profecia de Daniel sobre as 70 semanas, tema de incontáveis estudos teológicos na área da Escatologia (9:24-27), indica que Deus suspendeu a contagem do tempo para Israel, por ter Israel rejeitado a Cristo (Mt 27:25). Entre a 69º e a 70º semanas, teve início a chamada Dispensação da Igreja. Este período é indeterminado. Quem se atrever a marcar datas para o seu término cairá no ridículo e na vala dos falsos profetas (que já está lotada, diga-se de passagem). Em resumo: podemos dizer que, em função do Reino, a vocação, ou missão, da Igreja é:
  • a) Ser representante, no mundo, da implantação do Reino de Deus.
  • b) Ser proclamadora do Evangelho - Sua missão é falar de Cristo a todo o mundo, e a toda criatura (Marcos 16:15), dando cumprimento à grande comissão, tarefa indispensável para a implantação do Reino.
  • c) Ser instrumento de Deus para tornar conhecida a sua multiforme sabedoria (Efésios 3:10) - A sabedoria do Reino é superior a todo o saber humano.
  • d) Ser coluna e firmeza da verdade (1 Timóteo 3:15) - Só a Igreja tem essa característica.
  • e) Servir de impedimento à manifestação do Anticristo (2 Tm 2:7,8).

4. O êxito da Igreja


Em lugar do Israel nacional, foi levantado o Israel Espiritual - A Igreja (Rm 11:11). Jesus, enviado por Deus, morreu em nosso lugar, e preparou para si um "povo seu, especial, zeloso e de boas obras" (Tito 2:14). Não poderá a Igreja fracassar como aconteceu com Israel, pois Jesus disse:
"...edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18b). 
Para que a Igreja cumpra a sua missão, precisa desenvolver seu trabalho através da evangelização, das missões, da ação social legítima, da integração e do discipulado.

III. Acontecimentos finais

1. O arrebatamento


a) O arrebatamento será real - A Igreja será arrebatada, literalmente da terra. Isto se dará na primeira fase da volta de Jesus, conforme predito nas Escrituras (Dn 2:44-46; Zacarias 14:1-7; Mt 24:36-44; Jo 14:1-3, 28-31). Tal acontecimento é necessário para que os participantes do Reino de Deus estejam em outra dimensão -espiritual, gloriosa.

b) Os mortos ressuscitarão primeiro (1 Tessalonicenses 4:16) - O Rei concederá o privilégio àqueles que morreram, sendo fiéis, de subirem primeiro ao seu encontro. Desde Abel, passando pelos santos profetas e pelos mártires da Igreja, todos os salvos ressuscitarão (1 Co 15:22) em corpo glorioso (Filipenses 3:21; 1 Co 15:44).

c) Os vivos serão transformados (1 Ts 4:17) - Ato contínuo, ocorrerá o milagre da transformação dos salvos que estiverem vivos quando do arrebatamento. Paulo previu isso (1 Co 15:51). O que é mortal se revestirá de imortalidade (15:53). As limitações humanas desaparecerão.

2. As bodas do Cordeiro e o Tribunal de Cristo


Nos céus, dar-se-á o encontro de Jesus, o Noivo, com a Igreja - a Noiva do Cordeiro (1 Ts 4:17). Em seguida, haverá o Tribunal de Cristo (Rm 14:10; 2 Co 5:10) e as Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7).

3. A Grande Tribulação


Na Terra, haverá a Grande Tribulação (Mt 24:21; Lc 21:24-26). Tudo isso tem de acontecer para que o Reino de Deus seja implantado definitivamente ão só nos céus, mas também na terra e em todo o Universo.

4. A volta de Jesus em glória


Quando a Grande Tribulação estiver no auge, Jesus voltará com a sua Igreja. Derrotará o Anticristo na batalha do Armagedom (Ap 19:11-21); prenderá satanás (20:1-3) e realizará o Julgamento das Nações (Mt 25:31-46). Assim, estará pronto o cenário mundial para o Reino Milenar.

5. O Milênio


Será um período real, concreto, em que Cristo reinará com a sua Igreja (Dn 2:44,45; Lc 1:32,33; Ap 20:4,6).

a) Um governo teocrático - Os líderes das nações terão de ir a Jerusalém, capital do mundo, para inteira-se das determinações do Reino (Isaías 2:2-4; Jeremias 31:6; Zc 8:21-23).

b) Jesus, o Supremo Juiz - A justiça é a base do seu trono (Sl 72).

c) A Igreja no Milênio - A igreja glorificada (Ap 19:11,12), juntamente com a igreja martirizada (20:4), reinará com Cristo por mil anos. Sua morada será na Jerusalém Celeste (Hb 12:28; Ap 21:2). Será uma cidade que virá dos céus (21:20), e ficará nos ares, acima da Jerusalém terrestre.

d) Bênçãos do Reino Milenar - Haverá saúde para todos os povos (Is 35:5,6). As pessoas terão longevidade (65:20,23; Zc 8:3,4). O desenvolvimento mundial será tremendo; não haverá injustiça social, pois não serão nomeados administradores e políticos desonestos no Reino. A reconstrução será total (Sl 67:6; Amós 9:13). Os animais não farão mal ao homem (Is 11:6,7,9; 65:25). Toda a tecnologia a serviço do mal ficará obsoleta. Não haverá guerras nem armas (2:4; Zc 9:10). Haverá harmonia entre as nações (Is 11:3).

e) Satanás será solto - Mas só por um pouco de tempo (Ap 20:2,3). Isto ocorrerá para que as pessoas nascidas no Milênio sejam provadas. Como prova de que a natureza humana não terá mudado (exceto para os salvos), gente de todas as nações se deixará enganar pelo diabo, voltando-se contra Cristo e seus santos (Ap 20:8,9). Mas Cristo, o Rei dos reis, derrotará a rebelião satânica, lançará satanás para sempre, no lago de fogo, onde já estarão o Anticristo e o Falso Profeta (Rm 16:20; Ap. 19:20).

6. O Juízo Final


Será o Juízo do Grande Trono Branco (20:11). Dar-se-á a segunda ressurreição para a "segunda morte" (20:6). Os ímpios serão julgados e lançados no lago de fogo - todos, desde Caim até o último dos iníquos (20:13).

Os que não tiverem acompanhado satanás durante a rebelião deste no Milênio, também comparecerão perante o Trono Branco, mas para serem julgados de outra forma; eles juntar-se-ão à Igreja Glorificada (3:5; 13:8). No Juízo Final, o Reino de Deus não admitirá advogado de defesa. Quem não tiver o nome Livro da Vida, será condenado à perdição eterna (20:15).

7. O perfeito estado eterno


Após a implantação final do Reino de Deus, com o aniquilamento de todos os poderes das trevas, haverá novo céu e nova terra (21:1).
"Eis que faço novas todas as coisas" (21:5a).
Isto se refere à renovação e purificação do céu e da terra. Não haverá mais morte, nem pranto, nem dor (21:1-4). Na Nova Jerusalém (21:9-27), estará a árvore da vida. Nela, não haverá maldição, nem noite. Todos os salvos poderão contemplar a doce e gloriosa presença de Deus. Uma nova e maravilhosa vida será destinada àqueles, cujos nomes estiverem no Livro da Vida.

Conclusão


Nada se poderá comparar ao que será o Reino Eterno quando da consumação de todas as coisas. Ali, os salvos desfrutarão daquilo que o poeta sacro um dia cantou:
"Metade da glória celeste, jamais se contou ao mortal". 
Vale a pena ser crente fiel, santo e salvo para um dia ser integrante do Reino de Deus, e desfrutar de sua grandeza inimaginável. 



A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.

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