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segunda-feira, 12 de outubro de 2020

ESPECIAL DIA DAS CRIANÇAS — SENHORES PAIS, AS CRIANÇAS NÃO SÃO SÓ A IGREJA DO FUTURO, ELAS SÃO A IGREJA HOJE!

"Então lhe trouxeram algumas crianças para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreenderam. Jesus, porém, disse: Deixai as crianças e não as impeçais de virem a mim, porque de tais é o reino dos céus" (Mateus 19:13,14).
A Bíblia nos mostra, em algumas passagens do Novo Testamento, como era a relação entre Jesus e as crianças. Com a atitude de chamá-las para junto de Si, abençoando e curando, Ele nos convida a refletir sobre os cuidados e atenção que as crianças merecem de nós. No fragmento textual acima, quando Jesus ordena que deixem as crianças chegarem até Ele porque delas é o Reino dos Céus, a Bíblia nos revela uma mensagem importante. É sobre ela a proposta de reflexão do texto deste artigo especial em comemoração ao Dia das Crianças.

Mais do que uma responsabilidade social, um dever espiritual


Num mundo tão desatento às necessidades infantis no qual falta amor, cuidado e respeito pelas crianças, que lições podemos aprender com Jesus? Qual é o valor que as crianças têm para Ele? Que olhar estamos dando às crianças? Elas são uma página em branco ou já estão tão "espertas"  que parecem ter suas páginas já escritas?

Fato é que as crianças já não vêm como uma folha A4 totalmente em branco, mas também não vêm escritas. Talvez possamos dizer que elas chegam para nós como uma folha pautada e enumerada, esperando por alguém que as estimule a escrever a própria história.

Uma Igreja que se preocupa com as crianças é uma igreja que se importa com o seu presente e que se preocupa com o seu futuro. As crianças são o futuro da Igreja, sim; mas também são o presente da Igreja. Elas adornam, animam e são parte viva do Corpo de Cristo. O louvor da boca dos pequeninos é maravilhoso, pois é sincero! Os testemunhos muitas vezes trazem o pai, a mãe e não raramente toda a família para Jesus e para a Comunidade do Povo de Deus!

Diante de uma realidade como a que vivemos no Brasil, onde nascem 321 crianças por hora (dados estimativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística — IBGE), pensamos no grande desafio deixado a nós, na condição de pais e igreja, que é o de facilitar o caminho para que nossas crianças conheçam Jesus. O problema é que muitas vezes agimos ao contrário, como fizeram os discípulos, e acabamos por impedir que as crianças se aproximem do Senhor, se descubram como indivíduos espirituais e tenham suas experiências pessoais com Ele. 

Não podemos ignorar o fato de que nossas crianças estão sendo colocadas num mundo de pouca estrutura espiritual cristã, onde o inimigo tem investido suas habilidades para desviar o foco da sociedade, apresentando meios facilitadores para uma vida glamourosa, cujo resultado é uma sociedade mergulhada num oceano de pecado, com altas ondas de egoísmo, individualismo e futilidades.

As crianças estão se desenvolvendo na vida, aprendendo o que a música diz quando valoriza a vulgaridade da mulher ao ponto de acreditar que ser "piriguete" ou uma "novinha" (como são chamadas as menores no movimento funk) é o modelo de mulher a ser copiado; quando nossos meninos aprendem palavras obscenas que, para eles, são apenas elogios; são crianças crescendo na escola do tráfico, da prostituição, do dinheiro fácil e de tantas outras coisas negativas, do ponto de vista moral e espiritual, que só conduzem nossos pequeninos ao sofrimento da perdição.

É triste a gente ver que em muitas famílias, há críticas, deboches e resistências em se levar uma criança para uma reunião de culto na congregação, mas, é totalmente normal, "bonito" e comum levá-las a botecos e bares, onde elas ouvem e veem imoralidades, assim como  pessoas fumando e bebendoNa internet, vídeos de crianças dançando funk viralizam, já vídeos de crianças adorando ao Senhor são quase que praticamente ignorados. 

E tem mais: muitas crianças de famílias cristãs, não sabem se comportar no ambiente eclesiástico. São irreverentes, desrespeitosas e deixam evidente seu descontentamento durante as ministrações dos cultos. Porque será? A Bíblia responde:
"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele" (Provérbios 22:6).

Constituição biológica da criança


Segundo o psicólogo e filósofo Henri Wallon (1879/1962), 
"o meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá corresponder às suas necessidades e aptidões sensório-motoras; depois, psicomotoras. 
Não é menos verdadeiro que a sociedade coloca o homem em presença de novos meios, necessidades e recursos que aumentam possibilidades de evolução e diferenciação individual. 
A constituição biológica da criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha pessoal. 
Os meios em que vive a criança e aqueles com o qual ela sonha constituem a 'forma' que molda sua pessoa" (Wallon, 1975).

Comportamentos humanizados


Como é válido nos questionarmos sobre o que estamos oferecendo aos filhos, em qual enculturação os estamos introduzindo! Crianças inseridas em um ambiente cristão tendem a desenvolver comportamentos mais humanizados, como compaixão, companheirismo, solidariedade, disciplina, respeito, amor fraternal, reconhecimento dos limites, clareza do certo e errado e inúmeras outras características, pois acreditam no ser humano. Não o criticam e são capazes de amar mesmo quando são decepcionadas, e isso faz toda diferença para sua vida adulta.

Grande segredo


No entanto, sempre é válido ressaltar que a imposição de forma agressiva a uma vida comunitária (congregacional) pode gerar aversão a tais vivências e despertar comportamentos opositores aos mencionados anteriormente. Saber equilibrar e estimular a criança na medida certa é o grande segredo. Mas como saberemos isso? Participando com ela, pois só assim reconheceremos a resposta que ela tem dado a esse estímulo. Não adianta cobrar e não participar e, principalmente, não dar exemplo. Fiquemos atentos.

É o que ensinamos hoje às nossas crianças com nossas palavras e sobretudo com nossa conduta e testemunho, que vai marcar que tipo de pessoa, cristão e igrejas elas serão. O futuro se constrói agora. E pelo nosso trabalho e cuidado com nossas crianças podemos ter uma ideia do tipo de igreja que somos e do tipo que seremos amanhã.

Por isso é muito importante que nossa igreja (instituição) cuide ainda mais de nossas crianças. Cuidar, amando; cuidar, acolhendo; cuidar, educando; cuidar, disciplinando e corrigindo cuidar, estimulando e apoiando. Ser as Mãos de Deus que orientam o crescimento delas em estatura, sabedoria e graça Divina. 

Não só as pertencentes à comunidade da fé, mas a todas as crianças que tivermos acesso e às quais, em nome e no poder de Deus, pudermos fazer o bem. Quem sabe começando pelas crianças que vivem na comunidade (ruas próximas, bairro, região, cidade, etc.) onde a nossa congregação está localizada, inserida. 

Precisamos abrir o salão congregacional e todas as nossas dependências para prestar serviços à comunidade em nossa volta, à todas as crianças. Esses desafios devem ser do(a) pastor(a) e da liderança, mas devem ser sobretudo desafios de toda a Igreja de Jesus, sempre, fundamentalmente, com a participação interativa dos pais. De cada Grupo Societário, de cada Ministério, de cada pessoa. Ninguém pode afirmar que esse problema não afeta sua área de ação ou que não lhe diz respeito. Todos devem se envolver!

Agindo em favor das crianças e também de sua família, estaremos realmente trabalhando em favor da extensão do Reino de Deus. Assumindo a causa das crianças estaremos trabalhando em favor de um mundo melhor, em favor da própria Igreja; estaremos, enfim, assumindo e trabalhando em prol do Reino de Deus, a causa de Cristo. Não uma questão de religião, é um princípio de fé; não é apenas um dever social, é um princípio humanitário.

Conclusão

O papel da igreja e a comunidade


É assustador o número de crianças que são vítimas de abuso sexual, vítimas de pedófilos e predadores sexuais (e esses criminosos podem estar em qualquer ambiente social: no seio familiar, na comunidade escolar e até mesmo na comunidade eclesiástica). Cabe a nós, enquanto cristãos, seguirmos o exemplo de Jesus e levarmos cuidado, amor e atenção às crianças. Buscar no Cristo ressurreto a sabedoria para conduzir e cuidar de cada caso específico, suprindo as necessidades desses pequeninos. Não podemos continuar assistindo na mídia as crianças sendo vítimas do descaso, da falta de amor e da falta de políticas que garantam a sua integridade. Temos que agir hoje em benefício delas, se quisermos ver um mundo melhor!

A igreja e a comunidade também têm papel fundamental no cuidado com as crianças. Todos devemos trabalhar de forma que não falte nada a elas. A comunidade deve ser um local no qual os pequenos se sintam amparados e em família. A Igreja precisa dar prioridade à criança, é por meio delas que construiremos um novo paradigma para a sociedade e a melhor maneira para isso é educando as crianças. Quanto mais a igreja e a comunidade investirem nas crianças, mais a humanidade viverá o amor e a solidariedade comprovadas na história de Jesus.

Olhar para essa realidade é dizer que o caminho que nossas crianças têm de trilhar até Jesus será cheio de empecilhos, ao ponto de não acreditarmos que elas conseguirão vencer. De fato, esperar que elas façam isso sozinhas é o mesmo que esperar que uma formiga possa derrubar um elefante. É num cenário desses, cheio de obstáculos, que nós, pais e igreja, somos convocados a facilitar o caminho para nossas crianças e conduzi-las até Cristo. A importância de evangelizar e discipular nossas crianças é dar a elas a oportunidade de conhecer Aquele que um dia corrigiu os próprios discípulos, dizendo que delas, as crianças, é o Reino de Deus. 

[Fonte: Comunidade Canção Nova, por Aline Rodrigues psicóloga Terapia Cognitiva Comportamental; Igreja Metodista, por Pr. Ronan Boechat de Amorim]

A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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