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sábado, 17 de outubro de 2020

LIVROS QUE EU LI — "AMIGOS OU INIMIGOS DE DEUS"?, JONATHAN EDWARDS

Jonathan Eswards (✰1703/✞1758) foi um pastor, teólogo, missionário, filósofo e acadêmico, chegando a ocupar a presidência da Universidade de Princeton. Um escritor talentoso e prolífico, publicou livros nas áreas de teologia, filosofia, vida e doutrina cristãs e foi uma figura de grande proeminência durante o Grande Despertamento do século XVIII, na Nova Inglaterra. Ele ainda hoje é considerado o principal e maior teólogo nascido nos Estados Unidos. No livro "Amigos ou Inimigos de Deus?", Edwards faz um pequeno, porém rico e profundo comentário à partir de Romanos 5:10. O confrontador versículo diz:
"Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com Ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida!"
A leitura do livro, me levou a uma reflexão sobre o significado de ser amigo ou inimigo de Deus e a uma análise pessoal sobre qual categoria eu tenho me enquadrado, se tenho sido amigo ou inimigo de Deus. Uma coisa é certa: é impossível ser as duas coisas.

Amigos de Deus


Sou mesmo amigo de Deus? Como saber isso? Jesus disse aos seus doze discípulos: 
"O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei [...] Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (João 15:12,14).
Então o que é este "amar"? É um sentimento? Como Jesus amou? A palavra grega traduzida como "amor” nesse verso é "Agapao" ou "Ágape". A palavra grega agapao significa a direção ou vontade em que ou para que alguém encontra a sua alegria (Hebreus 12:2), e é revelada em como a pessoa gasta o seu tempo e sua energia.

O evangelho nos mostra exatamente como Jesus gastou seu tempo e energia. Ele não tinha nenhum pensamento para si mesmo. Sua atenção era sempre pelos outros. Estava sempre servindo os outros, ensinando-os, encorajando-os, e os corrigindo. Esse era o seu "cargo". E então Ele morreu por eles, e consequentemente por todos nós.

Um pouco antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim (Jo 13:1).

Assim foi como Jesus nos amou, até o fim. E assim é como Ele nos manda amar uns aos outros.
"Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros" (13:34,35).
Eles deveriam entregar suas vidas, suas vontades, para amar uns aos outros, dar a vida pelos outros como Ele fez, em beneficio do corpo de Cristo, a Igreja.
"O meu mandamento é este: Amem-se uns aos outros como eu os amei. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos" (15:12,13).
Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus? (1 João 3:16,17).

Jesus dizia a todos: 
"Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me" (Lucas 9:23).
Essa era pra ser o nosso "cargo", o nosso trabalho, nosso emprego, nossa missão. Não foi por um engano ou por um erro, que a Igreja começou como sendo um comunidade, como está no livro de Atos (2:44-47).

Vivendo juntos em comunidade é a única maneira que podemos obedecer ao mandamento de Jesus, de deixar tudo para trás e o seguir (Marcos 10:29,30), e amar uns aos outros como Ele nos amou (Jo 13:34,35), e procurar primeiro o Reino de Deus, sem se importar em como vamos conseguir comida ou o que vestir (Mt 6:31-33).

Como alguém pode não se preocupar sobre a comida do dia a dia ou suas roupas? Apenas se seus irmãos e irmãs estiverem todos unidos. No verdadeiro Corpo de Cristo todos estão continuamente servindo uns aos outros de acordo com as necessidades de cada um e de acordo com a Graça de cada um (Efésios 4:15-17), fazendo as obras que foram preparadas para nós (2:10; 2 Corintios 5:15).

É assim que alguém pode obedecer literalmente a procurar "em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça", e como resultado todos nós teremos exatamente o que precisamos.

É assim que discípulos amam uns aos outros. Eles tem a sua alegria em Cristo, que vive em seus irmãos e irmãs. Apenas amando e servindo nosso irmãos, podemos realmente amar a servir a Deus (1 Jo 4:20).

Jesus vive onde seus verdadeiros discípulos vivem, na comunidade dos redimidos. Esses são seus amigos, e ele se revela a eles porque eles obedecem os seus mandamentos (Jo 12:26; 14:21; 15:12-15).

Deu pra entender quem são os amigos de Deus? E quem ama a Deus? E aí, você se enquadra nessa categoria? Agora vamos ver quem são os…

Inimigos de Deus


Acredito que ninguém em sã consciência se assumiria um inimigo de Deus. Mas, é triste que cheguemos à conclusão de que não faltam que o seja pelas atitudes, inclusive, muitos dos que enumeram as fileiras evangélicas. A leitura deste livro é, sem dúvida uma imperdível oportunidade que temos de avaliar como temos nos portado perante a sociedade. Uma coisa é certa, apenas ostentar títulos e atividades eclesiásticas, ser praticante de ritos religiosos ou ter o nome incluído no roll de membros de alguma denominação, não faz de ninguém um autêntico seguidor de Cristo: 
"No dia do juízo, muitos me dirão: 'Senhor! Senhor! Não profetizamos em teu nome, não expulsamos demônios em teu nome e não realizamos muitos milagres em teu nome?'. Eu, porém, responderei: 'Nunca os conheci. Afastem-se de mim, vocês que cometem iniquidades'" (Mt 7:22,23).
Mas, afinal, quem são os inimigos de Deus? Eles são aqueles que dizem ser seus amigos, mas não obedecem a sua palavra (1 Jo 2:4). Eles dizem que amam a Deus, e que amam seus irmãos em Cristo, mas todo seu tempo e energia é gasto para conseguir uma vida confortável nesse mundo.

Lembre-se que o que a Bíblia chama de "amor" não é apenas um sentimento. É a direção e vontade em que, ou para que alguém encontra a sua alegria. Seu amor é medido pelo o que captura a sua atenção e seus esforços, em que você se alegra em fazer, em que você gasta o seu dinheiro, tempo e energia. Isso é o que importa, é isso que a Palavra "agapao" que é traduzido como "amor" quer dizer. Não é apenas um sentimento.

Quem ou o que você ama? Em que você encontra sua alegria? Em que você gasta seu tempo e energia (2:15)? O que é o mundo? o que são as coisas do mundo (2:16-17)?

Existem as coisas óbvias do mundo: sexo, filmes, luxuria, gula, ganância e poder. Essas são apenas algumas manifestações de "viver" em função do seu próprio ego. Você deve odiar a sua vida nesse mundo (Jo 12:25). Enquanto você não chega a esse ponto, você continua sendo um inimigo de Deus, e amigo do mundo (Tiago 4:4; Jo 12:25).

Amor X ódio


Assim como "amor" no Evangelho não é apenas um sentimento ou uma afeição por alguém, o "ódio" também não é apenas um sentimento. Quando Jesus chamou seus discípulos para o seguirem, ele estava ordenando nada menos que 100% de mudança na direção de suas vontades e desejos. Isso é o que significa se arrepender, odiar sua vida nesse mundo, e começar a servir a Jesus onde quer que você esteja (João 12:25,26).

Os discípulos de Jesus mudaram suas vidas 100%, abandonaram tudo, a direção e vontade dos seus corações, a alegria deles, seu tempo e sua energia eram 100% para a causa de Jesus. Os parentes e amigos dos discípulos podem ter "ficado com ciume", ou desapontados com a escolha deles de deixar tudo pra trás (Mt 10:34-39, Lc 12:51-53), mas eles não podiam servir a dois Mestres (Mt 6:24)

Eles tiveram que deixar tudo para trás, provavelmente entraram em conflitos com seus pais pois estavam deixando eles. Mas o fizeram pela causa de Jesus (Marcos 3:21). O próprio Jesus teve que fazer essa escolha, com o risco de ofender a sua mãe humana, mas tudo pela vontade do seu Pai, nosso Deus (Mc 3:31-35).

E foi assim com os discípulos, como disse Pedro 
"Nós deixamos tudo para seguir-te" (Mc 10:28). 
E a resposta de Jesus para Pedro revela o resultado da direção e vontade do seu coração, em que você encontra a sua alegria, o resultado de odiar a sua vida nesse mundo para obedecer e amar Jesus (10:29-31). E o resultado disso é a vida descrita em Atos 2:44-47 e 4:32-35.

Conclusão


E nós como estamos vivendo? Nada parecido com isso concordam?

Amigo ou inimigo? Eis a questão


Ao final da leitura de "Amigos ou Inimigos de Deus?", algumas perguntas nos veem à mente: Qual a direção e vontade do nosso coração? O que consome o nosso tempo e energia? É o amor pelas coisas do mundo? Ou o amor pelo povo e coisas de Deus (1 Jo 3:14-18)?

Ele NÃO fala "Sabemos que já passamos da morte para a vida porque pedimos a Jesus para entrar no nosso coração". Como sabermos se Ele aceitou o convite? (Jo 2:23-35)

O que fazemos e demonstramos, pela direção e vontade do nosso coração, em que gastamos o nosso tempo e energia, e não por como nos sentimos, é assim que nossa fé e nossa crença é testada.
"Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos. [...] Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem" (João 13:15, 17 e conforme 14:21,24).
É baseado em nós fazermos o principal, que Jesus disse que iria distinguir seus verdadeiros discípulos (13:34-35). Se não formos "um", os que realmente acreditam vivendo em unidade (17:20-23), demonstrando que o amor de nosso Pai está em nós, todo o resto é o "amor pelo [ao] mundo", e às coisas do mundo, e a vida destes estará… (Ef 2:12)

Ao termino do livro me fiz as seguintes perguntas: "E então você chegou a uma conclusão? Você é um amigo ou inimigo de Deus? Você é por ele, ou contra ele? está juntando ou espalhando?
["Aquele que não está comigo, está contra mim; e aquele que comigo não ajunta, espalha" (Mt 12:30).]
Qual a direção e vontade do seu coração? Em que você gasta seu tempo e energia?

As minhas respostas eu já obtive. E você que leu até aqui, já obteve as suas?





A Deus toda glória.


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E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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