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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

PAPO RETO — "SÍNDROME DO REIZINHO": SOBRE AQUELES QUE NÃO SE SUBMETEM ÀS MUDANÇAS

"Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2, ênfase acrescentada por mim).
A transformação é essencial na vida do ser humano. Devemos todos buscar ser transformados e melhorar nas várias áreas das nossas vidas. Mas a maior e mais importante transformação só pode ser feita por Deus.

Uma das muitas reclamações das mulheres em seus relacionamentos, é sobre aqueles homens mimados, aqueles caras que pensam que o universo gravita em torno de seus umbigos. Tais indivíduos não suportam confrontos e, ser desafiados então, nosso Pai, é comprar briga na certa ou o motivo para um ataque crônico de birra.

Muitas mulheres cristãs, pensam equivocadamente que tal problema só acontece com os homens "do mundo". Ledo engano! Nas fileiras evangélicas, o que não falta é homem mimado. E eles não se limitam a fazer birras apenas com as pessoas, mas, têm a coragem — ou seria a cara-de-pau? — de fazer o mesmo no relacionamento com Deus, como se o Altíssimo estive sempre disposto a passar a mão na cabeça de alguém e/ou fosse obrigado a satisfazer as suas vontades, em detrimento da dEle, a única que é descrita como sendo boa, perfeita e agradável. É este o tema desse capítulo da série especial de artigos Papo Reto. E aí, vai "se sentar no divã" ou correr fazendo beicinho e pedindo colo?

Nunca é tarde para mudar


Ninguém está livre de falhas e a vida não é um conto de fadas, um livro de aventuras ou um filme dos super-heróis da Marvel em que alguém lança uma palavrinha mágica e muda da noite para o dia.

O homem geralmente é considerado teimoso quando o assunto é mudança. Ele tende a conservar consigo manias e costumes ruins que põem em perigo sua saúde, seu trabalho, seu relacionamento amoroso e até o mais importante de tudo: a vida espiritual. Mesmo sabendo que está errado, ele acha que dar o braço a torcer e admitir o erro é fraqueza, quando, na verdade, fazer isso é somente não agir com sabedoria.

Porque tantas pessoas resistem às mudanças?


A expressão "fulano é resistente à mudança" tem sido amplamente utilizada para descrever pessoas que não se abrem para a necessária transformação.

O problema intrínseco desta afirmativa é que a mesma atribui a responsabilidade de mudar ou não mudar ao outro, eximindo quem faz a proposta de mudança, do seu papel fundamental.

Há vários estudos sobre resistência à mudança que nos trazem luz sobre este ponto. Um objetivo chave destes estudos era o de entender a natureza da "resistência". Descobriram que usualmente a resistência não está associada aos aspectos externos da mudança, mas sim aos seus aspectos internos, relacionais e sociais. 

Dois fatores receberam especial atenção nos primeiros estudos sobre o tema: participação e qualidade das relações. Nos experimentos realizados, os grupos que, a partir de um direcionamento, tinham a possibilidade de ajudar a criar soluções e caminhos para se chegar nos objetivos, apresentavam resultados significativamente superiores quando comparados aos grupos que recebiam somente as determinações do que fazer a partir daquele momento. Os resultados também mostraram com clareza que, quando esta troca era genuína e as pessoas percebiam que as relações demonstravam cuidado, atenção e apreciação pelo que cada um contribuía, a predisposição para o novo era muito maior.

Adicionando um pouco de complexidade aos processos de mudança, sabemos que muitos medos surgem naturalmente. Medos ligados à sobrevivência, às mudanças de poder, à ansiedade com novos aprendizados, à necessidade de se estabelecer novas relações, com novas pessoas, novos grupos. E pessoas com medo despertam seu sistema de defesa fisiológico onde as respostas naturais são lutar, fugir ou congelar. Para baixar a guarda é preciso criar um ambiente de segurança psicológica e espiritual onde elas podem acessar seus talentos e recursos e assim ajudá-las a se mover pelos estágios naturais de medo, negação e frustração para um novo cenário de aceitação e engajamento com o futuro.

Na Bíblia, temos exemplos de resistência à transformações, tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento. No AT, vemos os problemas enfrentados por Moisés, quando ele teve que liderar o povo em sua nova vida da liberdade do cativeiro egípcio. Os desafios foram tantos que, para "por ordem na casa", foi necessária a intervenção divina em estabelecer a Lei.

No NT, vemos a resistência dos religiosos judeus em oposição às transformações propostas e geradas pela mensagem do evangelho anunciado por Jesus. Não por acaso, o evangelho é chamado de Boas Novas e, sobre isso, Jesus vaticinou:
"Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam" (Mateus 9:16,17).

Áreas nas quais precisamos estar abertos à mudanças


Na vida amorosa há os extremamente ciumentos, que tentam monitorar cada passo da mulher amada: cercear as amizades, o relacionamento com a família e com os amigos, o trabalho dela e têm aquela mania infantil de querer atenção o tempo todo — e depois reclamam quando elas se sentem sufocadas e querem terminar a relação.

Também existem aqueles teimosinhos que não se rendem a um bom argumento contrário, mesmo que este seja plausível, ou têm dificuldade de respeitar uma opinião diferente, apesar de não concordar com ela. Isso mostra imaturidade e egocentrismo. O reizinho da mamãe não pode estar errado, não pode ser contrariado, afinal.

Aliás, esse tipo "mimadinho", infelizmente, existe. Ele sempre recebeu todos os cuidados e não se move para conquistar nada. Ao contrário, acha que o mundo deve servi-lo. E aí daquele que o repreender por algo errado que fez ou não lhe der o que ele deseja.

Esses são exemplos cotidianos de falhas grandes ou pequenas, mas há piores ainda, as de caráter: o sujeito não é fiel, tem vícios, come mal, é "maria-vai-com-as-outras" e segue os maus costumes do grupo só para se enturmar, gasta mais dinheiro do que deveria, negligencia os filhos e tantas outras péssimas atitudes que têm efeito cumulativo negativo em sua vida e na de todos os que o cercam. Sim, uma conduta errada nunca causa danos só para quem as pratica, mas os irresponsáveis e imaturos não dão a mínima para isso.

Há solução? Sim, há! É fácil? Não, não é!


Como mudar essas e outras "bolas foras"? É só querer? Certamente não. Reconhecer os pontos errados é bom começo, claro, mas saber que existem e não procurar uma solução não vai surtir efeito positivo e a mania continuará a causar danos e a multiplicá-los dia a dia, até que chegue o inevitável fim dramático de quem tem essa conduta: perder algo, alguém ou a si mesmo.

É como diz o versículo bíblico:
"Como as águas profundas é o conselho no coração do homem: mas o homem de inteligência o trará para fora" (Provérbios 20:5).
Ele mostra que vale a pena procura a sabedoria, ouvi-la e colocá-la em prática e não fazer o que muitos têm feito, como já descrito aqui: deixar uma boa lição entrar por um ouvido e sair pelo outro.

O capítulo 20 do livro de Provérbios é repleto de outros ótimos conselhos. Vale a pena fazer uma boa leitura, meditando e deixando que ela faça efeito em sua vida. A Palavra de Deus nos dá sabedoria, força de vontade e forma nosso caráter para reconhecer quando precisamos mudar algo. Com ela, podemos contar com um poder muito maior do que o que pensamos ter: o de Deus.

O primeiro passo para experimentar transformação é aceitar Jesus como Senhor e Salvador. Quando você reconhece e confessa os seus pecados e pede a Jesus para entrar na sua vida, você passa a ser um filho ou filha de Deus. Essa é a transformação mais poderosa: em vez de passar uma eternidade longe de Deus, você vai louvar a Deus no céu para sempre!

Conclusão


Processos de mudança podem ser muito complexos, sendo, portanto, um enorme desafio. Para se gerar o movimento desejado, muitas dimensões precisam ser cuidadas com atenção. Bons convites são fundamentais para a construção do futuro escolhido, com narrativas claras que façam sentido e que se conectem com os valores e propósitos dos convidados. A coparticipação na construção do futuro, numa dinâmica de relações com base no cuidado e apreciação genuínos são ingredientes catalisadores para o sucesso. 

Além dos conteúdos racionais, é preciso atenção aos conteúdos emocionais e, principalmente, aos conteúdos espirituais, pois muitos sentimentos e medos emergem com novos cenários. Ademais, faz-se necessário usar uma lente atenta e curiosa para aquilo que pode estar direcionando priorizações e tomadas de decisão de forma totalmente inconsciente. Assim, da próxima vez que você se deparar com uma situação de "resistência à mudança", obedeça o versículo com o qual abri esse artigo (Rm 12:2), abra sua mente e coração para as inúmeras possibilidades que podem estar presentes neste tabuleiro.

[Fonte: Revista Exame; Portal Folha Universal, por Marcelo Rangel]

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

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