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sábado, 13 de abril de 2019

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES - "IMAGINE", JOHN LENNON

John Lennon (✰1940/✞1980), o líder dos Beatles, em sua carreira solo, canta temas que proclamam a paz e a igualdade racial, e suscita questões como condições de trabalho, a religião e a fome. "Imagine", a sua principal criação e considerada uma das mais belas músicas já feitas, ao questionar a religião, a propriedade, as nações, a ganância, a fome e, de certa forma, o valor de troca ("...imagine todo mundo vivendo para o dia de hoje..."), defendendo uma vida comum e fraterna entre os homens, representou, para a formação de muitos adolescentes, que ainda não tinham ouvido falar de Marx, uma espécie de prelúdio do Manifesto do partido comunista.

A passagem de setenta e nove anos do nascimento (outubro de 1940) e de quase quatro décadas da morte (dezembro 1980) de Lennon, o mentor intelectual dos Beatles e um dos mais influentes músicos pop da história do rock, dá lugar, uma vez mais, a rever aspectos relevantes do seu legado público, reconhecendo a sua extensa influência artística e recuperando o sentido crítico de seu pensamento e de sua obra. Mas será que "Imagine" é "tão linda" assim, como ficou eternizada no imaginário popular? Será que a mensagem de John Lennon era assim tão, digamos, pacifista como se pensa? Vamos à letra:

"Imagine"


Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say I'm a dreamer

But I'm not the only one
I hope some day you'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man

Imagine all the people
Sharing all the world
You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day you'll join us
And the world will live as one

Tradução

"Imagine"


Imagine não existir paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo o presente

Imagine não existir países
Não é difícil
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode dizer que sou um sonhador
Mas não sou o único

Tenho esperança de que um dia você se unirá a nós
E o mundo será como um só
Imagine não existir propriedades
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma fraternidade do Homem

Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo inteiro
Você pode dizer que sou um sonhador
Mas não sou o único
Tenho esperança de que um dia você se unirá a nós
E o mundo será como um só

Como surgiu a canção


"Imagine" é uma canção escrita por John Lennon em 1971. Foi o single mais vendido de sua carreira solo, sua letra incentiva o ouvinte a imaginar um mundo em paz, sem a divisão e barreiras de fronteiras, religiões e nacionalidades, e considerar a possibilidade de que o foco da humanidade deve ser uma vida desapegado bens materiais. Por isso é considerada o maior Hino pela Paz de todos os tempos. Foi eleita pela revista Rolling Stone a 3ª maior música de todos os tempos. John Lennon descreve a canção como sendo antirreligiosa, antinacionalista, anticonvencional e anticapitalista. 

A produção


Resultado de imagem para Imagem do disco Imagine do John Lennon
Lennon e Yoko Ono co-produziu a canção e álbum de mesmo nome, com Phil Spector. A gravação começou no estúdio da casa de Lennon no Parque Tittenhurst, Inglaterra, em maio de 1971, e finalizou no Record Plant, em Nova York, no mês de julho. 

A canção alcançou a terceira posição no Billboard Hot 100 e o LP alcançou a primeira colocação na parada do Reino Unido em novembro, mais tarde tornando-se o álbum mais bem sucedido comercialmente e aclamado pela crítica da carreira solo de Lennon. Apesar de não ser originalmente lançada como single no Reino Unido, foi lançado em 1975 para promover um LP de compilação e alcançou o sexto lugar na tabela daquele ano. 

A canção já vendeu mais de 1,6 milhões de cópias no Reino Unido, que alcançou o primeiro lugar após a morte de Lennon em dezembro de 1980. Lennon disse uma vez que Imagine era 
"o Manifesto Comunista em sua mais pura essência".

Vários poemas de Yoko Ono do livro de 1964 Grapefruit inspirou Lennon para escrever a letra de "Imagine", em particular, uma que a Capitol Records reproduziu na contracapa original de "Imagine" intitulado "Cloud Piece". Lennon disse que a composição deve ser creditada como uma canção de Lennon/Ono.

Quando perguntado sobre o significado da canção durante uma entrevista em dezembro 1980 - pouco antes de sua morte -, com David Sheff para revista Playboy, Lennon disse a Sheff que Dick Gregory tinha dado para Ono um livro de oração cristã, que o ajudou a se inspirar. Com a influência combinada de "Cloud Piece" e o livro de orações que lhe foi dada por Gregory, Lennon escreveu um "Hino humanista para o povo". 
"Lennon afirma que a harmonia global está dentro nosso alcance, mas só se rejeitar os mecanismos de controle social que restringem o potencial humano ".
Lennon declarou ainda:
"'Imagine', que diz: "Imagine que não tem mais religião, não tem mais países, não tem mais política", é praticamente o manifesto comunista, mesmo que eu não sou particularmente um comunista e eu não pertenço a nenhum movimento." 
E continuou: 
"Não há um estado comunista real no mundo, você tem que perceber que o socialismo que falo não é a forma como alguns russo idiota ou algum chinês podem fazer." 
Ono descreveu a declaração lírico de "Imagine" como 
"exatamente o que John acreditava: Que todos nós somos um país, um mundo, um só povo".
A revista Rolling Stone descreve sua letras como 
"22 linhas graciosa de fé, de fala simples em o poder de um mundo, unidos em propósito, para reparar e mudar a si mesmo ".

Análise e interpretação

Contexto


O final da década de 1960 e o começo da década de 1970 foram marcados por diversos conflitos internacionais, que envolviam as duas grandes potências nucleares, os Estados Unidos e a então União Soviética. O longo período de tensão vivido entre esses dois países ficou conhecido como Guerra Fria.

Essa época foi muito fértil para a música e a cultura em geral. Os movimentos do anos sessenta, como a contracultura, influenciaram a música pop e revolucionaram a industria cultural. O próprio John Lennon teve um papel importante nesta mudança com os Beatles. 

Yoko Ono também era uma artista conceituada que participou de diversas vanguardas nos anos sessenta. Com destaque para o movimento Fluxus, que tinha propostas libertárias e politizadas para a arte. Foi em 1964, quando fazia parte dessa vanguarda, que Yoko lançou o livro Grapefruit, grande inspiração para a composição de "Imagine".

Interpretação


Toda a letra da música faz uma imagem utópica de um mundo onde há mais igualdade entre as pessoas. Um mundo onde não existem os grandes fatores que causam conflitos. Nesta canção, John Lennon nos propõe imaginar um mundo sem religião, sem países e sem posses. Ele, ao menos na letra da canção, acreditava que estes são as principais causas de conflitos e que, para se viver em paz, é preciso acabar com elas.
"Imagine que não há paraíso 
É fácil se você tentar, 
Sem inferno abaixo de nós 
E acima só o firmamento"
Na primeira estrofe, John Lennon fala sobre as religiões, que, segundo ele, "usam a promessa de um céu e a ameaça de um inferno para manipular as ações das pessoas"
"Imagine todas as pessoas 
Vivendo para o hoje"
A segunda estrofe é uma continuação do tema da primeira. Se não existe céu ou inferno, as pessoas não precisam viver pensando nas consequências após a morte e podem viver o hoje.
"Imagine que não há países 
Não é difícil de imaginar 
Nada pelo que matar ou morrer 
E nenhum religião também"
As nações sempre foram o maior motivo de conflitos amardos no mundo. Nesta estrofe, o compositor propõe um mundo sem países, onde não há nações que justifiquem a guerra ou matar e morrer. Ele volta novamente a falar de religião, dessa vez de uma forma mais explícita.
"Imagine todas as pessoas 
Vivendo a vida em paz"
A próxima estrofe segue o mesmo tema. Um mundo sem nações é um mundo onde as pessoas podem viver em paz.
"Você poderá dizer que eu sou um sonhador 
Mas eu não sou o único 
Espero que um dia você se una a nós 
E o mundo vai ser como um só"
Essa é a estrofe mais marcante e famosa da música. Nela, o compositor refuta a ideia de ser um sonhador por mais que o que ele imagine pareça uma utopia. Ele acredita ser possível um mundo de paz como ele descreve. Basta que mais pessoas consigam "imaginar" um mundo assim e se juntarem. A força coletiva das pessoas é o fator essencial para a mudança.
"Imagine nenhuma posse 
Eu imagino se você consegue 
Sem precisar de ganância ou de fome 
Uma Irmandade dos homens"
Nessa estrofe John Lennon propõe uma visão quase comunista do mundo, onde não há posses. Sem posses não há ganância nem fome e os homens podem finalmente viver como irmãos. 

Apesar da letra fazer fortes críticas às religiões, à nações e ao capitalismo, ela possui uma melodia suave. O próprio John Lennon acreditava que esse melodia fez com que uma música tão subversiva fosse aceita por um grande público. 

Mas para além da visão de mundo que o compositor propõe, a letra tem um poder imenso em sugerir que a imaginação é capaz de melhorar o mundo. Por mais inalcançáveis que as propostas pareçam, elas podem ser atingidas, e o primeiro passo é ser capaz de imaginar que aquilo é possível.

Imagine se John Lennon fosse normal


Muitos, ao ouvirem essa canção, a tem como "inocente", acham linda sua melodia - e realmente é -, ela, inclusive, costuma ser entoada como hino de início de ano. Mas, convenhamos, sem querer apelar, mas fazendo uma reflexão coesa, essa música é um verdadeiro manifesto frontalmente contra a mensagem do Evangelho de Jesus Cristo. Conforme dito anteriormente, o próprio Lennon descreveu sua canção como sendo anti-religiosa, anti-nacionalista, anti-convencional e anti-capitalista. 

A letra foi inspirada em um desejo de Lennon de ver um mundo em paz. Mas curiosamente, os países que mais se afastaram do capitalismo foram os maios violentos. As nações socialistas iniciaram inúmeras guerras com outros países, fora o regime de terror adotado em casa, impedindo até que o próprio povo possa sair livremente.

Os "pacifistas" ignoram que a própria pomba virou símbolo da paz por uma litografia que Picasso fez em 1949 para o Congresso Mundial da Paz, cujos patrocinadores eram paradoxalmente os assassinos de Moscou. A religião pode gerar violência sim, principalmente pelo fanatismo. Mas a URSS, formada por comunistas ateus, foi mais violenta que muitos países religiosos.

Analisando mais atentamente os principais trechos da música de Lennon, que virou hino dos "pacifistas", podemos notar uma dose cavalar de ilusão, com total descaso da realidade dos fatos.
"Imagine there’s no countries 
(Imagine que não há nações) 
It isn’t hard to do 
(Não é difícil de fazer) 
Nothing to kill or die for 
(Nada para matar ou morrer) 
And no religion too 
(E nenhuma religião também) 
Imagine all the people 
(Imagine todas as pessoas) 
Living life in peace" 
(Vivendo a vida em paz)
Ora, nessa passagem o autor ignora totalmente que não é a existência de nações que fomenta as guerras e a violência. Nação foi um conceito relativamente recente na história da humanidade, e qualquer antropólogo sabe que as tribos primitivas eram tão ou mais violentas que qualquer nação possa ter sido. Uns literalmente matavam os outros, sem qualquer critério de justiça ou direitos humanos, conceito bem recente. Acrescento que o ateísmo militante do comunismo, ele mesmo uma seita fanática religiosa, não trouxe mais paz, e sim cem milhões de mortes.

"Imagine no possessions 
(Imagine sem posses) 
I wonder if you can  
(Eu me pergunto se você pode) 
No need for greed or hunger 
(Não há necessidade de ganância ou fome) 
A brotherhood of man 
(Uma irmandade do homem) 
Imagine all the people 
(Imagine todas as pessoas) 
Sharing all the world" 
(Compartilhando todo o mundo)
Nesse trecho a utopia cede lugar à hipocrisia mesmo. Afinal, eis um sujeito defendendo o fim das posses enquanto morava num caro edifício em frente ao Central Park em Nova York, endereço nobre para qualquer padrão mundial. Temos inúmeros exemplos de socialistas defendendo a igualdade material enquanto desfrutam do que há de mais luxuoso no mundo. 

No Brasil mesmo vemos cantores famosos idolatrando Fidel Castro de suas mansões luxuosas, ou escritores de crônicas do cotidiano pregando o socialismo entre uma viagem e outra para Paris (preciso citar nomes?). No meu dicionário, isso tem um único nome, que é hipocrisia. Pelo visto, o problema não é a riqueza desigual, mas sim como ela foi obtida. Se for um milionário que prega a "igualdade material" de seu luxuoso apartamento não tem problema algum, mas já se for um empresário trabalhando para oferecer os produtos demandados que geram maior conforto para as massas, é pecado na certa.

Fora isso, essa visão tola ignora que a ganância não existe por causa da existência da posse, e sim é algo natural dos homens. Nos países socialistas ou em comunas israelenses, onde tentaram acabar com o direito de propriedade privada, a ganância e a inveja não deixaram de existir, nem de perto. E a fome aumentou. As nações socialistas foram máquinas de mortes por inanição. Por fim, fica a pergunta de como essas pessoas todas iriam "dividir o mundo todo"? Não é por acaso que todas as tentativas de seguir no rumo socialista levaram ao despotismo.

"You may say that I’m a dreamer 
(Você pode dizer que sou um sonhador) 
But I’m not the only one 
(Mas eu não sou o único) 
I hope someday you'll join us 
(Eu espero que um dia você se junte a nós) 
And the world will live as one 
(E o mundo viverá como um)
Sem dúvida aqueles que abraçam esses movimentos "pacifistas" 
  • - Em tempo: pacifista é diferente de pacificador, sendo o primeiro apenas título de ideologia partidária subjetiva e o segundo ação objetiva de um agente (Jesus, no sermão do monte, nos chamou a ser pacificadores, atitude que nos identificaria como filhos de Deus [Mateus 5:9]) -
podem ser divididos basicamente em dois grupos: os sonhadores e os hipócritas.

E Lennon, infelizmente, está correto quando afirma que não é o único. Pelo contrário: milhões e milhões preferem abdicar da razão e mergulhar na solução fácil, apenas repetindo que sonham com a paz e que seria maravilhoso se todos deixassem a ganância de lado. Atacam os inimigos errados, o capitalismo, a existência do lucro, da propriedade privada. "I hope someday you'll join us" (Eu espero que um dia você se junte a nós). Não, obrigado! Eu fico com a razão. "And the world will live as one" (E o mundo viverá como um). Sim, como um enorme formigueiro, que é o sonho dos socialistas.

Conclusão


Mas sejamos francos: essa música "Imagine" é um lixo! E é ela que é tocada pra tudo quanto é lado assim que algo violento ocorre no mundo. O problema é que, além de ser uma música "linda" apenas por repetir duas notas óbvias ad nauseam, sua letra é, na mais franca das hipóteses, de uma masturbação mental adolescente de matar de vergonha qualquer pessoa vacinada, alistada, com alguma obrigação na vida e com contas a pagar.

E isto é considerado um "hino da paz" por qualquer um que aja 102% do seu tempo em desacordo com a música (os únicos que podem agir de acordo com ela são mendigos, hippies e terroristas). Só por ser aquela música que diz "Imagine o mundo inteiro vivendo em paz" para pessoas que se odeiam dançarem juntinhas fazendo sinal de paz e amor se não precisarem conversar entre si, e apenas repetir roboticamente o hino lobotomizado do sir Lennon enquanto melam suas peças íntimas.

Se você é dos que gostam dessa canção e dos que se emocionam às lágrimas toda vez que a ouve, me perdoe, mas o fato de ela ter se tornado eterna e merecer um lugar aqui nessa série especial de artigos, não a faz nem pouco melhor. Mas porque então é eterna, sr. Leonardo? Ora, sabemos como o lixo embalado de romantismo ainda seduz, não é mesmo?

A Deus, o Pai, toda glória! 
E nem 1% religioso.

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