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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

REFLEXÃO: AINDA EXISTE UMA CRUZ. VAI QUERER OU NÃO A SUA?


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"Então disse Jesus aos seus discípulos: 'Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; pois, quem quiser salvar a sua vida por amor de mim perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida?'" (Mateus 16:24-26).
Estamos vivendo os últimos dias. Jesus mostrou aos discípulos que este tempo seria marcado por vários sinais. Vemos terremotos, maremotos, guerras, rumores de guerras, pais contra filhos e filhos contra pais e o amor se esfriando sem igual. Além disso, presenciamos a apostasia como nem mesmo os profetas veterotestamentários presenciaram. O dicionário da Bíblia de Almeida define Apostasia como: 
"Negação e abandono da fé; Revolta final contra Deus". 
Mas em meio a tantas celebridades se "convertendo" - fato que a grande mídia comenta sem dar muita importância, mas que a mídia gospel celebra como se fosse um grande acontecimento - e entre tantas afirmações de avivamento, como podemos dizer que vivenciamos a apostasia? Basta verificar com mais cautela o que se passa no nosso dia-a-dia.

Tem muita gente nas tão aclamadas multidões das fileiras evangélicas que está querendo ir frontalmente contra uma das principais condições impostas por Jesus para todo aquele que quisesse segui-lO: carregar a cruz!

O significado da cruz


A cruz possui um significado inegociável para o cristianismo. É somente por meio do Cristo crucificado que se pode compreender "o poder de Deus" (1 Coríntios 1:24) e a sua ação salvífica entre os homens. Por isso, na pregação evangélica de Jesus, tudo se resume a esta exortação: 
"Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me" (Mt 16:24). 
É fundamental que entendamos que aqui Jesus não estava fazendo um convite ou dando uma opção: Ele estava apresentando uma IMPOSIÇÃO! Não se trata de mera retórica, mas da apresentação de um dado incontestável: não há redenção sem cruz. O homem que quiser se salvar, deverá, necessariamente, apegar-se às cruzes do dia a dia, renunciando-se a si mesmo, tal qual o Filho do Homem fez no lenho perene da salvação.

O exemplo de Saulo de Tarso


Após aquele encontro fatídico na estrada para Damasco, Saulo pôde perscrutar o significado autêntico da renúncia anunciada por Jesus. Viu que a lógica da cruz consiste num abandono confiante no "Evangelho da graça", o qual nos apresenta a salvação não como prêmio que se conquista por meio de esforços puramente humanos. É dom gratuito; Deus confunde a "sabedoria" humana ao doar-se inteiramente ao homem — 
"...o que é tido como debilidade de Deus é mais forte que os homens" (1 Co 1:24). 
Saulo, por sua vez, fazendo frente às tendências de sua época, não deixou de anunciar aos seus interlocutores a "loucura" e o "escândalo" do madeiro santo: 
"Porque a linguagem da Cruz é loucura para aqueles que se perdem; mas poder de Deus para os que se salvam, isto é, para nós" (1:18-23).
Como nos tempos de Paulo, a sociedade moderna não é simpática à mensagem da cruz de Cristo.

Nas pegadas do Apóstolo dos gentios, a Igreja sempre procurou incutir na sociedade o necessário e urgente apelo do Crucificado, sobretudo quando estes esforços sofriam oposição da mentalidade pagã e autossuficiente do período. Ela testemunhou pelo derramamento de sangue — tal qual Pedro, que se deixou crucificar de cabeça para baixo, achando-se indigno de ter uma morte igual à de Jesus —, pela vida abastada e longe das comodidades do mundo, como também pela atualização memorial e milagrosa do próprio sacrifício de Jesus, através da celebração da Ceia do Senhor.

Em poucas palavras, pode-se dizer que a pregação da Igreja se fundamentou ordinariamente neste pequeno, mas não menos verdadeiro, princípio: 
"Quando vires uma pobre Cruz de madeira, só, desprezível e sem valor... e sem Crucificado, não esqueças que essa Cruz é a tua Cruz".

Alguém quer uma cruz?


Por outro lado, grande e persistente foi a oposição sofrida pelo anúncio do Cristo crucificado ao longo da história. Algo que não surpreende, todavia. Dada a realidade do pecado original, que faz com que os homens tenham os pensamentos do mundo e não os de Deus (Mt 16:23), o ser humano 
"...é continuamente tentado a desviar o seu olhar do Deus vivo e verdadeiro para o dirigir aos ídolos..." (1 Tessalonicenses 1:9), "...trocando 'a verdade de Deus pela mentira..." (Romanos 1:25). 
De fato, para uma mentalidade submissa àquilo que São João chamava de "concupiscência da carne", "concupiscência dos olhos" e "soberba da vida", isto é, os ídolos que o mundo oferece, a cruz pode parecer uma realidade muito pouco atraente e sem sentido. 

Nestes dois últimos séculos, em que não raras vezes o povo de Deus teve de lidar com propostas subversivas, dentro e fora da Igreja, cuja finalidade principal era substituir o Cristo crucificado por uma concepção cristã praticamente ateia, esse drama se revela ainda mais grave. Também dentro da Igreja esses confrontos contra a cruz de Cristo não faltam. Este é o desafio diário de cada um de nós.

Não se trata de mera retórica, mas da apresentação de um dado incontestável: não há redenção sem cruz


Como nos tempos de Paulo e dos apóstolos, a sociedade moderna não é simpática à mensagem da cruz de Cristo. Ao contrário, há certamente aquele número de indivíduos que, ludibriados pelas promessas ideológicas, depositam a própria esperança em obras e esforços humanos, a fim de alcançar um utópico e ilusório paraíso aqui na terra. É a tentação do neopelagianismo. Mutatis mutandis, como também não pensar nos "profetas" da técnica, verdadeiros gurus do modernismo, que, "fiando-se demasiadamente nas descobertas atuais", julgam desnecessária a mensagem evangélica, dando margem ao ceticismo e ao agnosticismo? 

And last, but not least, que dizer das seitas e heresias que proliferam, fazendo com que o cristianismo e, por conseguinte, a Igreja deixem de ser a Mater et Magistra da sociedade, como gostava de definir o papa João XXIII, para se converter em uma mera instituição filantrópica ou sentimentalista?

Conclusão


A Igreja hoje tão negada, que, quer queiram ou não, quer aceitem ou não é a coluna e a firmeza da verdade (1 Timóteo 3:15) deve seguir o caminho do Esposo. Renegar a cruz seria como que um adultério. A tentação de apresentar um cristianismo sem cruz, no intuito de satisfazer o gosto da clientela, aos poucos, mostra-se frustrante. Sem o Cristo crucificado se perde o dom gratuito do Pai que, amando o mundo de tal maneira, entrega Seu Filho único em holocausto.

É nisto que conhecemos o amor. Não há mensagem mais urgente, mais necessária, mais imprescindível para o homem que a mensagem do amor de Deus. Nenhum esforço humano, nenhuma sabedoria humana, nenhuma teologia da "libertação" ou da "prosperidade", nenhum "discurso triunfalista" é realmente capaz de libertar o homem e fazer com que ele progrida na santidade. É Cristo crucificado que nos traz a redenção, porque foi para isto que Ele se manifestou: 
"...para destruir as obras do demônio" (1 João 3:8b).

Parábola contemporânea


Lembro-me de uma história ilustrativa bastante conhecida no meio evangélico e que analisando este cenário, passa a fazer muito sentido. Um homem carregava sua cruz, mas a achava pesada e pedia sempre a Deus para que cortasse um pedaço. Desta forma, cortou uma parte da cruz. Depois de mais uma caminhada, fez o mesmo, arrancando outro pedaço, a fim de aliviar o peso. Após outros cortes, deparou-se com um precipício onde via pessoas atravessando-o com a cruz que carregavam, utilizando-a como ponte. 

Muitas denominações estão tentando fazer isso com a cruz de seus fiéis, querem aliviar o peso da caminhada com Cristo e abrem um pouco mais o caminho que é estreito. Porém, quando menos esperam, seguem pelo caminho largo que na verdade conduz à perdição e não à salvação. Ser membro de uma igreja, ser batizado ou simplesmente dizer que acredita em Jesus não é o suficiente para herdar a vida eterna. Gostaria de deixar enfatizado neste momento para você amado leitor: 
  • Ainda existe uma cruz. Não negocie sua caminhada, não negocie a Palavra do Deus Altíssimo, não negocie a unção, negue a si mesmo, tome sua cruz e siga a Jesus!!!
É, pois, na morte crucificada que se encontra a verdadeira vida.

A Deus, o Pai, toda glória.
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