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terça-feira, 1 de maio de 2018

NOVOS TEMPOS?

Parece mesmo que as coisas estão mudando, pelo menos na Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Não é novidade para ninguém que durante muito tempo a igreja do bispo Edir Macedo foi grande opositora das religiões afrodescendentes. A guerra entre a Iurd e os seguidores dessas religiões já valeram episódios polêmicos que culminaram inclusive em inúmeros processos contra a igreja de Macedo, acusada de intolerância e perseguição religiosa.
É comum os líderes da Iurd se referirem aos sacerdotes do candomblé e a seus pares, denominados de pai/mães de santo, como "pais/mães de encosto" e aos orixás de demônios.

O negócio ficou tão sério que em 21 de fevereiro de 2017, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa entregou ao presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Martin Uhomoibai, e à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial relatório que dizia existir uma "ditadura religiosa" promovida pelos neopentecostais no Brasil.

O documento apontava a Igreja Universal do Reino de Deus como propagadora da intolerância religiosa no país, incitando a perseguição, o desrespeito e a "demonização", especialmente da umbanda e do candomblé. O documento relatava 15 casos atendidos pela comissão que se transformaram em 34 ações judiciais no Rio de Janeiro, além de três vítimas que viviam ameaçadas e outros 10 casos de intolerância religiosa em outros quatro Estados.

Mais recentemente, em abril de 2018, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou a Iurd a indenizar em R$ 145 mil os filhos e o marido da ialorixá (mãe-de-santo) baiana Gildásia dos Santos e Santos, a mãe Gilda, por danos morais. A decisão, por unanimidade, foi da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A origem da ação judicial contra a Iurd foi a publicação, em 1999, de uma foto da religiosa em uma reportagem do jornal 'Folha Universal', da Iurd, intitulada "Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes".

Mãe Gilda e seus filhos entraram com uma ação na 17ª Vara Cível da Estado, que condenou a Igreja Universal ao pagamento de R$ 1,4 milhão como indenização. A decisão tomou como base a ofensa ao artigo 5º, inciso X, da Constituição Federal (proteção à honra, vida privada e imagem). Além disso, a Folha Universal também foi condenada a publicar, em dois dos seus números, uma retratação à mãe-de-santo.

No recurso ao STJ, a Universal alegou que a decisão da Justiça baiana ofenderia os artigos 3º e 6º do Código de Processo Civil (CPC) por não haver interesse de agir dos herdeiros e que apenas a própria mãe-de-santo poderia ter movido a ação. A defesa argumentou que a "suposta" ofensa não teria efeitos neles. A Igreja Universal também não seria parte legítima, já que a Folha Universal é impressa pela Editora Gráfica Universal Ltda., que tem personalidade jurídica diferente daquela da igreja.

De acordo com o STJ, a decisão é inédita no país. Mãe Gilda morreu de infarto em 21 de janeiro de 2000, um dia após assinar a procuração para a abertura do processo. Ainda cabe recurso da igreja de Edir Macedo.

Do Candomblé ao Templo de Salomão


Pois é, mas ao menos aparentemente essa história está tomando outros contornos. Após o cantor e pastor da Igreja Batista Soul, que tem sede na Barra da Tijuca (RJ), causou polêmica ao cantar em uma reunião realizada num terreiro de candomblé, agora foi a vez, quem diria, da Iurd estreitar seu relacionamento com os representantes da religião afrodescendente.

Ontem (01 de maio) Cinco seguidores do candomblé vindos da Bahia visitaram o Templo de Salomão, no Brás (centro de São Paulo), na manhã de sábado (28). Eles estavam acompanhados pelo Bispo Eduardo Bravo, que apresentou a história de Israel e destacou a importância da tolerância religiosa.

É a primeira vez que representantes de religiões afro-americanas estiveram no local, sede da Igreja Universal do Reino de Deus.
"Este encontro é muito importante para nós porque estamos quebrando os muros do preconceito e da intolerância. Queremos promover o diálogo e o respeito entre as religiões"
afirma Bravo.

Para a yalorixá do Terreiro ilê Axé de Jibahia, de Salvador, fé e discriminação não combinam. 
"Vivemos em tempos difíceis e só podemos mudar tudo isso quando existe amor e respeito", 
diz.

O grupo realizou uma visita na área externa do Templo, onde puderam mergulhar na história do povo judeu e ouviram as explicações dadas por um sacerdote usando trajes de época. Passaram pelo tabernáculo e memorial, onde puderam conhecer os elementos da tradição do Antigo Testamento. 
"A fé viva no deus vivo está acima de qualquer religião. O Templo de Salomão e todas as igrejas da Universal estão abertos para todas as pessoas, independentemente do seu credo religioso", 
afirmou o bispo Eduardo Bravo. Então tá!


A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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