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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

AIDS: O PRECONCEITO TEM CURA; A PREVENÇÃO, GRAÇAS A DEUS, NÃO!

Hoje é comemorado o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. Esta é uma data importante e que não pode deixar de ser divulgada. Ainda mais nos dias atuais onde, infelizmente, a infecção pelo vírus HIV está alcançando pessoas de todas as idades e classes sociais. Segundo estimativas do Ministério da Saúde (MS), o número de pessoas infectadas pelo HIV no Brasil é de aproximadamente 530.000. Dessas pessoas, 25,4% não sabem que estão infectadas, e cerca de 30% dos pacientes ainda chegam ao serviço de saúde tardiamente.

A campanha deste ano dará enfoque nos jovens gays de 15 a 24 anos das classes C, D e E. A ação busca discutir as questões relacionadas à vulnerabilidade ao HIV/aids, na população prioritária, sob o ponto de vista do estigma e do preconceito. Além disso, a ideia é estimular a reflexão sobre a falsa impressão de que a aids afeta apenas o outro, distante da percepção de que todos estamos vulneráveis. Ou seja, NÃO EXISTE UM GRUPO DE RISCO.

A campanha visa ainda alcançar os chamados públicos secundários, que são: profissionais de saúde, gestores, profissionais da área de educação e comunidade escolar. Para veiculação da campanha, as mídias sugeridas são: TV, rádio, internet, cartazes, fôlderes e mobiliários urbanos. Com este artigo estou fazendo minha parte nessa importante prestação de serviço.

A importância do 1º de dezembro

Origem do Dia Mundial da Luta contra a AIDS


O Dia Mundial da Luta contra a AIDS é comemorado anualmente em 1º de dezembro. A data tem o objetivo de conscientizar a população sobre uma das doenças que mais mata no mundo: a AIDS.

A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), em uma Assembleia realizada em outubro de 1987. O governo brasileiro, através do Ministério da Saúde, começou a promover campanhas de apoio ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS desde 1988.

A AIDS, até o momento, é uma doença que não possui cura, portanto, é necessária uma proteção eficiente contra ela. Ao criar um Dia Mundial de Combate à AIDS, o objetivo era chamar a atenção sobre esse problema, desde sua prevenção até seu tratamento, e, principalmente, acabar com o preconceito, que, na minha opinião é muito mais nocivo do que a doença propriamente dita.

É importante mostrar para a população que não se contrai AIDS com um simples aperto de mão ou abraço em um paciente. É importante mostrar também que uma pessoa com o vírus pode relacionar-se e trabalhar normalmente. Além disso, deve-se mostrar que, hoje, a AIDS não é uma sentença de morte e que é possível, sim, viver bem com a doença. Porém, também devemos nos preocupar com sua transmissão, uma vez que é uma doença sem cura e que pode afetar a qualidade de vida de uma pessoa.

O dia 1º de dezembro serve, portanto, como um alerta sobre a AIDS e como uma forma de repensarmos nossas atitudes com os portadores da doença. Não se trata de um dia exclusivo para informações de saúde, é um dia que também nos remete à compaixão e solidariedade.

Não apenas informar as pessoas sobre os sintomas, perigos e formas de se prevenir da doença, o Dia Mundial de Luta contra a AIDS também tem a função de auxiliar no combate contra o preconceito que os portadores de HIV - vírus humano de imunodeficiência - sofrem na sociedade por causa da doença.

A sigla AIDS vem do inglês Acquired immunodefiecience syndrome, que em português significa "Síndrome da Imunodeficiência Adquirida". O vírus da AIDS (HIV) destrói as células brancas do organismo, responsáveis em proteger e combater doenças no corpo humano.

Com a destruição das defesas do organismo, o corpo fica bastante fragilizado e propício a ser atacado por inúmeras doenças, como pneumonias, infecções, herpes e até mesmo alguns tipos de câncer. A AIDS pode ser transmitida através do contato de fluídos corporais do infectado com o sangue de uma pessoa saudável, por meio de relações sexuais sem preservativo (camisinha), transfusões de sangue ou compartilhamento instrumentos perfurocortantes (alicates de unhas, seringas e agulhas).
  • Curiosidade  O laço vermelho utilizado na luta contra a AIDS foi criado em 1991 pela Visual AIDS de New York, que queria fazer uma homenagem aos amigos com a doença. A cor vermelha remete ao sangue e à paixão.


Mas, afinal, o que é AIDS?

Breve Histórico da AIDS


Os primeiros casos de AIDS foram descobertos nos Estados Unidos, Haiti e África Central em 1977 e 1978, mas só foram classificados como a síndrome em 1982, quando se compreendeu melhor a doença. No Brasil, o primeiro caso foi diagnosticado em São Paulo, em 1980.

As formas de transmissão da doença começaram a ser entendidas em 1982. Nessa época, o preconceito ainda era muito grande. A falta de conhecimento sobre a doença levou à adoção do nome Doença dos 5H: homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (que usam heroína) e hookers (termo em inglês que se refere a prostitutas). Somente em 1985 começou-se a falar em comportamentos de risco em substituição ao termo grupos de risco.

Em 1991, iniciou-se a compra de medicamentos antirretrovirais para distribuição gratuita e, em 1993, o Brasil começou a produção do coquetel que trata a AIDS (AZT). Somente em 1996 foi criada uma lei sobre o direito do doente de receber o medicamento gratuitamente, o que impulsionou a melhora da qualidade de vida dos milhares de infectados. 

A AIDS é uma doença que não mata por si só. Por causar um grande impacto no sistema imunológico, o paciente fica sujeito a doenças oportunistas, como a pneumonia, que surgem no organismo nesse momento de fraqueza. Assim sendo, não se morre de AIDS, morre-se das complicações geradas pelas doenças oportunistas.

  • Atenção  beijos de língua, abraços ou contatos com a pele da pessoa portadora de HIV não transmite a doença!
Diferentemente do que muitos pensam, ser HIV positivo não é o mesmo que ter AIDS. A AIDS é o estágio mais avançado da doença, quando o sistema imunológico encontra-se bem debilitado. A doença não tem cura, mas pode ser tratada com coquetéis antiaids (os antirretrovirais), quando diagnosticada a tempo, melhorando a qualidade de vida do infectado. O Brasil avançou na luta contra a doença e, em 1999, já disponibilizava 15 diferentes medicamentos para tratar a AIDS. Hoje o tratamento é feito com apenas um comprimido diário, onde se concentra a combinação de remédios para o controle do HIV.

O que é HIV


É o causador da AIDS. O HIV (vírus da imunodeficiência humana) recebe esse nome, pois destrói o sistema imunológico. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Há portadores do vírus (soropositivos) que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. 

Como se pega o HIV


Como o HIV, está presente no sangue, sêmen (esperma), secreção vaginal e leite materno, o vírus pode ser transmitido de várias formas: 
  • Sexo sem camisinha (oral, vaginal ou anal);
  • Compartilhando agulhas e seringas contaminadas;
  • Da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, na hora do parto e/ou amamentação;
  • Transfusão de sangue contaminado com o HIV;
  • Instrumentos que furam ou cortam (perfurocortantes), não esterilizados. 
 Portanto, prevenir e evitar a doença não é difícil. Basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. 

Como sei se tenho HIV


Basta fazer um dos testes existentes para diagnosticar a doença. O resultado é seguro e sigiloso. É realizado a partir da coleta de sangue. Hoje já estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde (SUS) o teste rápido para a detecção do HIV. O resultado sai em poucos minutos. Os pacientes que tiverem o resultado positivo devem fazer acompanhamento médico. 

Por que fazer o teste de AIDS


Saber do contágio pelo HIV precocemente aumenta a expectativa de vida do soropositivo. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações do médico ganha em qualidade e expectativa de vida. Além disso, as mães soropositivas têm 99% de chance de terem filhos sem o HIV se seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e pós-parto. 

A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue. Esse período é chamado de janela imunológica. 

Como é o tratamento


O Brasil já encontrou um modelo de tratamento para a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, que hoje é considerado pela OMS uma referência para o mundo. 

O tratamento inclui acompanhamento periódico com profissionais de saúde (infectologistas) e a realização de exames. A pessoa só vai começar a tomar os medicamentos antirretrovirais quando exames clínicos e de laboratório indicarem a necessidade. Esses remédios buscam manter o HIV sob controle o maior tempo possível. 

A medicação diminui a multiplicação do vírus no corpo - tornando-o indetectável - e recupera as defesas do organismo. Para que o tratamento dê certo, o paciente não pode se esquecer de tomar os remédios ou abandoná-los, pois dessa forma o vírus pode criar resistência e, com isso, as opções de medicamentos diminuem. A adesão ao tratamento é fundamental para a qualidade de vida. 

Acompanhamento médico


O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial, tanto para quem não apresenta sintomas e não toma remédios (fase assintomática), quanto para quem já exibe algum sinal da doença e segue tratamento com os medicamentos antirretrovirais, fase que os médicos classificam como AIDS. 

Tomar os remédios conforme as indicações do médico é fundamental para ter sucesso no tratamento. O uso irregular dos antirretrovirais acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que acompanha o paciente. 

É possível viver bem com a AIDS


Atualmente, existem os medicamentos antirretrovirais - coquetéis antiaids que aumentam a sobrevida dos soropositivos. É fundamental seguir todas as recomendações médicas e tomar o medicamento conforme a prescrição, ou seja, aderir ao tratamento. Há, também, outras atitudes que oferecem qualidade de vida, como praticar exercícios e ter uma alimentação equilibrada. 

 Mesmo em tratamento, a pessoa com AIDS pode e deve levar uma vida normal, sem abandonar a sua vida afetiva e social. Ela deve trabalhar, namorar, beijar, passear, se divertir e fazer amigos. 

Conclusão

Reforçando: o Dia Mundial de Luta contra a AIDS foi criado para informar a população sobre a necessidade de prevenção da doença. O preconceito e a discriminação são as maiores barreiras no combate à doença, e os estigmas são provocados principalmente pela falta de conhecimento, mitos e medos. 

A Campanha do Dia Mundial de Luta contra a AIDS do Ministério da Saúde deste ano irá realizar uma mobilização nacional para testagem de sífilis, HIV e hepatites virais (B e C). Durante 10 dias, todas as pessoas que desejarem saber sua condição podem procurar as unidades da rede pública e os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) em todo o país. 

Parabéns ao Pe. Fábio de Melo pela participação na campanha
de prevenção e combate ao HIV/AIDS
A Igreja Cristã, em todas as suas vertentes, não está preparada (e em sua maioria não tem se preparado) para lidar com indivíduos soropositivos que ingressam em suas fileiras. Ou ela ignora a realidade do problema, cometendo o pecado da omissão, ou não o trata de forma responsável - cometendo o pecado da negligência, ou, pior, age de maneira preconceituosa, deixando de cumprir o segundo mandamento ensinado por Jesus Cristo: 
"Amarás, portanto, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força’. E o segundo é: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. Não existe qualquer outro mandamento maior do que estes" (Mateus 12:30,31; grifo meu).

[Fonte OMS (Organização Mundial da Saúde)]

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