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quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A REALIDADE DO AMOR

"Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine..." 1 Co 13:1

Como é profundo o texto do verso 1º, capítulo 13, da primeira carta de Paulo aos coríntios. Ao escrever esse texto inspirado pelo Espírito Santo, o apóstolo dos gentios descreve várias habilidades que nós homens (gênero) podemos ter. Habilidades piedosas como: profetizar, conhecer todos os mistérios, distribuir o que temos em sustento de outros, entregar o nosso corpo para ser "queimado"...

Mas com a profunda sabedoria que o Senhor Deus deu a Paulo e pela inspiração do Espírito, especificamente neste texto, o apóstolo usa todas essas habilidades para exemplificar a existência de uma realidade maior, maior que coisas visíveis e tangíveis, do que situações manifestáveis, simplesmente. O apóstolo nos mostra nesse texto tão maravilhoso a realidade do amor.

O amor de Deus está além de tudo aquilo que podemos fazer para expressar que amamos, pois o verdadeiro amor é um conteúdo de vida. Infelizmente muitas pessoas têm justificado sua falta de amor com atitudes que manifestam, mas não se caracteriza como amor.

Podemos ver em nossos dias, instituições filantrópicas que fazem doações para os pobres, levam alimento para mendigos nas ruas etc. Porem, muitas vezes, as mesmas pessoas que praticam essas benfeitorias sociais maltratam familiares - cônjuges, filhos, pais etc. Vemos também pessoas que pregam amor em congregações e aglomerações, contudo no dia-a-dia não compreendem os de seu convívio diário. Por tantas controvérsias, podemos observar grande ambiguidade entre o belo discurso e a falta da prática do mesmo. Por isso o apóstolo Paulo enfatiza com tanta beleza esse texto da sua primeira carta aos coríntios, onde as manifestações dos dons do Espírito era grande, mas não havia amor. Um ditado popular afirma que para quem sabe ler um pingo é letra. E nós afirmamos o que diz a Palavra: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!"

Paulo está dizendo que não adianta querer "tapar o sol com a peneira" tendo atitudes belas pois elas podem ser enganosas. Só Deus sabe qual a intensidade do amor dEle existe dentro do coração (interior) das pessoas. A "regra" do Senhor sempre foi: falar pouco, fazer menos publicidade e viver mais, pois Ele, o Senhor, sabe de todas as coisas, e nada fica oculto aos Seus olhos.

O verdadeiro amor é compartilhar de vida, é investir em relacionamentos, é priorizar pessoas e não coisas. Quem ama verdadeiramente anda a outra milha, oferece o outro lado da face, abre mão de seus interesses com sinceridade em prol de seu próximo. Na realidade do amor não existe espaço para o engano muito menos para o auto-engano. Só temos duas opções: vivermos uma vida de manifestações exibicionistas e enganarmos aos outros e à nós mesmos - mas nunca a Deus - ou amamos de verdade e agrademos ao Pai que vê em secreto. Na segunda opção, somente Deus e nós mesmos saberemos o nível desta realidade de amor em nossa vida.

Não nos preocupemos somente em falar a língua dos homens e dos anjos, em decifrar mistérios. Muito menos em fazer grandes coisas. Nos empenhemos em amar profunda e verdadeiramente. Nos preocupemos com as pessoas que nos cercam, compartilhemos vida, vivamos momentos intensos e saibamos que o amor cura a alma ferida e transforma nossas vidas. Não há mistério algum, o amor do tipo de Deus foi expresso e  manifesto através do sacrifício de Jesus Cristo na cruz do calvário. Basta que absorvamos a essência desse ato singular e encontraremos a "fórmula do amor".

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