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domingo, 4 de janeiro de 2015

GENTILEZA: OFEREÇA ESSE DEDO QUANDO TE OFERECEREM OUTRO

Vivemos em uma sociedade bem distinta e caracterizada pelas diversas classes sociais.  O Brasil é um país composto por milhões de habitantes. Logicamente, nem todos vivem a mesma vida. Sendo o maior país da América Latina e tendo passado por várias mudanças políticas e econômicas ao longo dos anos, não podemos esperar que todos possuam a mesma condição social, pois são muitas as desigualdades. 

No Brasil existem pobres, ricos e muito ricos, cada uma dessas pessoas faz parte de uma classe social, ou seja, um grupo de pessoas que tem o mesmo poder aquisitivo, a mesma função, os mesmos interesses. Para Karl Marx, existe em toda sociedade caracterizada por um capitalismo desenvolvido, a classe dominante e a classe dominada, como conseqüência desta divisão, a humanidade presenciou várias lutas de classes, ou seja, cada uma tentando impor o seu jeito e sua maneira de viver para tentar superar e dominar as demais. Com a ascensão do capitalismo, as classes sociais foram divididas em 3 níveis: baixa, média e alta.

As Classes Sociais


Encontrar uma definição de classe social não é tarefa nada fácil, ainda mais quando o tema não gera uma definição consensual entre estudiosos das mais diferentes tradições políticas e intelectuais. Porém, uma coisa é certa! Todos estão de acordo com o fato de as classes sociais serem grupos amplos, em que a exploração econômica, opressão política e dominação cultural resultam da desigualdade econômica, do privilégio político e da discriminação cultural, respectivamente.

Os principais conceitos de classe na tradição do pensamento social são: classe social e luta de classes de Karl Marx e estratificação social de Max Weber. De modo geral, no cotidiano, o cidadão comum tende a confundir as definições de classe social. A concepção de organização social de Karl Marx e Friedrich Engels se baseia nas relações de produção. 

Nesse sentido, em toda sociedade, seja pré-capitalista ou capitalista, haverá sempre uma classe dominante, que direta ou indiretamente controla ou influencia o controle do Estado; e uma classe dominada, que reproduz a estrutura social ordenada pela classe dominante e assim perpetua a exploração. Numa sociedade organizada, não basta a constatação da consciência social para a manutenção da ordem, pois a existência social é que determina a consciência. No Brasil assim são definidas as Classes Sociais:

Baixa (à qual pertenço) - Possuem um baixo poder aquisitivo e uma baixa qualidade de vida. Suas necessidades básicas, como saúde e alimentação, são supridas com muita dificuldade, e muitas vezes são impossibilitados de ter lazer e entretenimento. É formada em sua maioria por operários e serventes, desempregados, moradores de rua, vigias, faxineiras, ambulantes, bóias-frias, trabalhadores rurais, entre outros.

Média - Ao longo dos anos, aprendemos a tratar a classe média como detentora de um poder aquisitivo e um padrão de vida e consumo razoáveis. Assim, podemos concluir que a classe média, tanto consegue se manter suprindo as suas necessidades básicas de sobrevivência, quanto as necessidades não tão básicas, como lazer e cultura. A noção de classe média varia de país para país, de acordo com o desenvolvimento econômico, logo existem muitas classes médias diferentes. É composta geralmente por pequenos proprietários, universitários, graduados e executivos de pequenas empresas.

Alta - Indivíduos com alto poder aquisitivo. É composta por pessoas que não tem nenhuma dificuldade para suprir as suas necessidades. Podem ser enquadrados nesta classe os autônomos de renda alta, empresários e industriais, descendentes de famílias tradicionais e ricas.

Muitos estudiosos, conseguem ainda fazer uma subdivisão, e dentro destas classes, encontram outras, como: elite, classe média-alta, classe média-baixa, miseráveis e classe operária. O Critério de Classificação Econômica no Brasil é um instrumento usado para diferenciar a população e classificá-la em classes que vai de A1 a E. Sendo A1 a classe mais alta e E a classe mais baixa. Na verdade a classificação completa é: A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E. O fato é com todos esses aspectos que as definem, as classes sociais, dadas as devidas proporções, ainda conseguem conviver com razoável tolerância, apesar da má distribuição de renda, que coloca, literalmente, uns "lá em cima" e outros "cá em baixo".

As peculiaridades nas classe sociais são as responsáveis pelos problemas de relacionamento ou nos relacionamentos entre seus integrantes. Dessa forma, a falta de gentileza urbana faz com que cresça a intolerância. Atitudes como cumprimentar ao porteiro, ao assenssorista ou ao gari é algo muito raro de acontecer. Mas, afinal, o que significa ser gentil? 

Segundo definição do dicionário Aurélio, gentileza significa “delicadeza, amabilidade, cortesia”. Trazendo este conceito para nosso ambiente urbano, esta é uma qualidade que pode fazer a diferença no convívio diário. Por isto, mais do que um conceito, este é um convite a uma tomada de conscientização e mudança de hábitos e atitudes. Através de iniciativas que estão ao alcance de cada um. Vamos praticar a cidadania e convocar todos a fazê-lo. Vamos incentivar a não violência, qualidade de vida, atitudes positivas no ambiente de trabalho, valorização do meio ambiente, trabalhar pela educação, discutir a mobilidade urbana e muito mais. Não nos omitir já é um grande passo. Estou dando meu ao postar esse artigo aqui no meu blog.

Gentileza Urbana


Vamos entender o que é gentileza urbana. Faça um rápido teste de memória. Você cumprimentou seu vizinho hoje de manhã no elevador, ou ao cruzar com ele na rua? Desejou bom dia ao porteiro quando cruzou com ele na portaria como faz todas as manhãs? Deu passagem para o carro que precisava mudar de pista para entrar numa rua transversal? Esperou pacientemente o carro da frente andar sem buzinar quando o sinal ficou verde? Cumprimentou ao responsável pela limpeza da rua do seu bairro? Se respondeu negativamente a alguma das perguntas acima, saiba que, além de agir de forma tremendamente mal-educada, você está fazendo mal à sua própria saúde e a das pessoas que o cercam. Você não praticou a gentileza urbana.

Retomar a delicadeza relegada ao esquecimento melhora a qualidade de vida e as relações cotidianas. Segundo o livro "A arte da gentileza", de Piero Ferruci (ed. Alegro), pesquisas científicas confirmam que pessoas gentis são mais saudáveis e vivem mais, são mais amadas e produtivas, têm mais sucesso nos negócios e são mais felizes. ''Ser gentil nos faz tão bem quanto ser alvo de uma gentileza'', garante o autor. Por outro lado, a não-gentileza gera sentimentos negativos, atrapalha as relações e pode até deixar a pessoa doente, já que quando alguém é alvo de grosseria, falta de educação, o sistema nervoso reage liberando hormônios como a adrenalina, que desequilibram o organismo. Até a musculatura é afetada e reage à falta de gentileza se contraindo, deixando o corpo cada vez mais tenso.

Segundo a psicologia, a falta de gentileza, caracterizada por um ambiente de grosseria e violência, se constitui em um fator estressor que leva o indivíduo ao desenvolvimento do estresse crônico. Por conseqüência, a qualidade de vida acaba sendo afetada, incluindo a saúde. O que a ciência agora comprova vai ao encontro do que o profeta Gentileza passou grande parte da vida pregando e escrevendo nos 55 murais que criou sob o viaduto do Gasômetro, próximo à Rodoviária Novo Rio no Rio de Janeiro. Sua mensagem podia ser resumida na frase-síntese ''gentileza gera gentileza''.

É fácil constatar que a gentileza anda fora de moda nos dias que correm. O profeta Gentileza (morto em 1996, aos 79 anos) denunciava uma crise ética, de valores. Segundo ele, tudo passa pelo favor. O simples fato de pedirmos "por favor'' e agradecer com um ''obrigado'' denotava que adotamos a troca na base do toma-lá-dá-cá, típico do mundo individualista.  Para o profeta, ficamos cegos e surdos e perdemos a capacidade de ver e ouvir o outro. Segundo psicoterapeutas e educadores, o pronome nós, nesse mundo tão individualista, agrega no máximo o núcleo familiar. 'Então, como esperar que um seja gentil com o outro em pequenas ações cotidianas, se as pessoas não conseguem nem perceber o outro? questiona. Até em uma discussão é possível manter a gentileza. Basta prestar atenção ao que a outra pessoa diz e se expressar considerando suas razões e seu ponto de vista. 

Gentileza no trabalho


Um dos ambientes onde a falta de delicadeza e gentileza mais se manifesta é no local de trabalho. Muitas vezes, as pessoas confundem relações profissionais com frieza e rispidez. E deixam de agradecer um serviço só porque este está sendo pago. É coisa raríssima aquele que ocupa um cargo de chefia ter a delicadeza de dizer um "muito obrigado" ou um "por favor" aos seus subordinados Hoje já existem empresas que têm como meta o bem-estar dos seus funcionários. Não porque sejam boazinhas, pois toda empresa precisa gerar lucros, mas, sim, porque descobriram que onde há bem-estar, há produtividade, pois as pessoas trabalham felizes. Neste novo mundo corporativo que está surgindo, há uma ferramenta que tende a ser a mais importante na convivência profissional. Trata-se da afetividade. E a gentileza é um dos frutos da árvore do afeto.

Gentileza gera bem estar


Sidarta Gautama, o Buda - cuja filosofia é regida pela busca do equilíbrio e da serenidade -, também identificou alguns benefícios de se cultivar a gentileza, como dormir bem, ser amado, ter proteção dos seres divinos, e uma mente serena. De nada adianta, no entanto, começar a ser gentil para obter tais resultados e melhora da qualidade de vida, pois falsidade é algo diametralmente oposto à proposta. E, por princípio, a gentileza é necessariamente desinteressada. Como o escritor britânico Aldous Huxley afirmou, no fim da vida. ''É desconcertante que, após anos e anos de pesquisas e experimentações, eu tenha que dizer que a melhor técnica para transformar nossas vidas seja ser mais gentil''.

Conclusão

Algo bastante urgente de ser lembrado nos dias de hoje. Pois se gentileza gera gentileza, a sua falta só pode produzir uma carência ainda maior, daí o cenário aterrador de um mundo de rispidez e impaciência, e seus assustadores índices de violência - não como causa única, evidentemente. A falta de gentileza e a hostilidade nas relações podem contribuir para um mundo estressante, na medida em que essas atitudes são contagiosas. Violência gera violência, hostilidade gera hostilidade, raiva gera raiva. Está nas minhas mãos e também nas suas mudar o quadro atual. Podemos começar abandonando a grosseria no trânsito, respeitando os assentos preferenciais no transporte coletivo, jogando o lixo nas lixeiras, abaixando o volume do som do carro... e tantas outras atitudes que comumente vemos ser praticadas no nosso estressado dia-a-dia. Não adianta colecionar diplomas acadêmicos, pós graduações, mestrados e doutorados se não conseguimos aprender a ter um mínimo de educação, se não conseguimos ser minimamente gentis.

Fonte: InfoEscola

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