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terça-feira, 7 de agosto de 2018

RACISMO, UMA DOENÇA SOCIAL


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"Portanto, não há distinção entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam. Pois todos quantos em Cristo fostes batizados, de Cristo vos revestistes. Não há judeu nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e plenos herdeiros de acordo com a Promessa" (Romanos 10:12; Gálatas 3:28,29).
Biblicamente dizendo, pelos versículos acima, fica evidente e inquestionável o fato de que racismo e qualquer tipo de preconceito é essencialmente contrário a todos os ensinamentos e frontalmente contra a doutrina cristã. Mas, infeliz e vergonhosamente essa prática hedionda é mais comum do que se possa imaginar dentro dos círculos cristãos.

Entretanto, não irei valer-me de argumentos bíblicos - apesar de eles serem bem robustos - para abordar esse tema aqui. Irei ater-me a uma abordagem de cunho mais sociológico e histórico. O racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças humanas por considerarem algumas superiores a outras.

Preto, branco, amarelo...



Quando se fala de racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente das pessoas é contra os negros, mas o racismo é um preconceito baseado na diferença de raças das pessoas.

Pode ser contra negros, asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos, por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema racismo.

O racismo em uma pessoa tem diversas origens, depende da história de cada um. Em alguns casos, pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale ressaltar que se ele for provado, é um crime inafiançável, com pena de até 3 anos de prisão.

Igualdade, ainda que tardia


Além disso, algumas pessoas valorizam tanto a superioridade de raças que acreditam na purificação delas, onde dominariam o meio em que vivem. Essa justificativa apareceu na escravidão, em que os negros trabalhavam em condições precárias e eram vendidos como objetos. No nazismo, o foco principal eram os judeus, mas também perseguiam negros, homossexuais, entre outras minorias, para serem executados nos campos de concentração.

Com isso, percebe-se como o racismo fez parte da história, e como alguns grupos sofreram muito com isso.

Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Em alguns casos, ele ocorre de forma sutil, em que nem é percebido pelas pessoas. Pode acontecer em forma de piadas, xingamentos, ou simplesmente evitar o contato físico com a pessoa. A verdade é que nenhum lugar está protegido do racismo.

É estranho pensar que o Brasil seja um país onde o racismo tenha tanto destaque, diante de uma população de maioria negra, que ainda é chamada de minoria discriminada. A realidade não condiz com os discursos.

Enquanto a mídia veicula milhares de imagens de um Brasil com estilo europeu, nas ruas a diversidade estética é enorme, o que nada se assemelha aos loiros de sangue azul. Como pode uma ideia ser mais forte do que a realidade?

Uma ideia que parece ser doentia. Que força o povo a seguir um padrão inalcançável, torturando milhares de pessoas na busca incansável de ser alguém externamente que elas nunca serão. E em buscar uma vida de ostentação sem grandes responsabilidades. Afirmando que a estética física e um bom discurso, é mais importante do que o caráter e o trabalho diário para se ter uma vida melhor.

E com esse cenário, o fato dos negros terem sido escravizados para algumas pessoas é apenas um acontecimento do passado que não influência o nosso presente. A sensação é que participamos de um enorme #mannequinchallenge. Como se os acontecimentos parassem no tempo e não gerassem consequências nas gerações futuras. Os manifestos contra o racismo não são apenas a favor do negro. É uma discordância com o sistema escravocrata vigente. É a busca pela igualdade social. Um basta aos falsos privilégios.

Diferenças entre Raça e Etnia


Embora seja dito muitas vezes como sinônimos, existem certas diferenças entre raça e etnia. Raça se expressa nas características visíveis da pessoa, ela engloba as características físicas, tais como tonalidade de pele, formação do crânio, rosto e tipo de cabelo.

A etnia também refere-se a isso, mas ela vai além das características físicas da pessoa, ela inclui a cultura, nacionalidade, afiliação tribal, religião, língua e tradições.

Dentre as várias raças humanas, as quatro principais são:
  • Caucasianos: De origem europeia, norte-americana, árabes e até indiana. Com exceção dos mediterrânicos, tem nariz estrito, lábios delgados e cabelos ondulados ou lisos. Tem como principais características pele e olhos claros.
  • Mongoloides: De origem asiática, apresentam a tonalidade de pele amarelada, cabelos lisos, rosto achatado ou largo e nariz de forma variada. Variaram dessa raça os esquimós e índios americanos.
  • Australóides: Tem como características os olhos escuros, cabelo encaracolado e nariz largo. A tonalidade da pele é escura, quase negra.
  • Negros: De origem africana, apresentam as características de pele escura, olhos escuros, lábios grossos, nariz achatado e cabelos crespos.
Como no Brasil há uma mistura de raças muito forte, algumas se tornaram principais no país, além das quatro citadas acima. São elas:
  • Mestiços: Mistura de duas ou mais raças.
  • Mulato: Descendente de branco com negro. 
  • Caboclo: Descendente de branco com índio.
  • Cafuzo: Descendente de negro com índio.
Racistas são pessoas que acreditam que características inatas, herdadas biologicamente, determinam o comportamento humano. A doutrina do racismo afirma que o sangue é o marcador da identidade étnica nacional. O racismo, incluindo o anti-semitismo racial (preconceito ou ódio contra os judeus baseados em teorias biológicas errôneas e falsificadas), sempre foi uma parte essencial do Nacional-Socialismo Alemão (Nazismo).

Os nazistas acreditavam que toda a história humana era a história de uma luta biologicamente determinada entre povos de diferentes raças [para que os mais fracos fossem subjugados pelos mais fortes]. Depois que os nazistas subiram ao poder, em 1935 eles aprovaram as Leis de Nuremberg, as quais codificavam uma definição biológica, sem validade científica, do que era ser judeu. 

A estupidez nazista


Segundo as teorias nazistas, os alemães e outros europeus do norte daquele continente eram "arianos", que eles consideravam uma raça superior. Durante a Segunda Guerra Mundial, os "médicos" nazistas efetuaram inúmeras experiências "médicas" para tentar provar a superioridade ariana e a inferioridade dos não arianos. Apesar de assassinarem cruelmente inúmeros prisioneiros no curso daquelas experiências, os nazistas não foram capazes de encontrar nenhuma prova de suas teorias de diferenças raciais biológicas [e hierárquicas] entre os seres humanos.

O racismo nazista foi responsável por mortandades em uma escala sem precedentes na história humana. Durante a Segunda Guerra Mundial, a liderança nazista iniciou o que eles denominaram "limpeza étnica" [matando e escravizando os eslavos] nos territórios orientais por eles ocupados na Polônia e na União Soviética. 

Aquela política incluía o assassinato e extermínio das chamadas "raças" inimigas, incluindo o genocídio de judeus europeus e a destruição das lideranças dos povos eslavos. Os racistas nazistas viam os doentes mentais e físicos como um risco biológico à pureza da raça ariana. Após um planejamento cuidadoso, os "médicos" alemães iniciaram o assassinato de deficientes internados em instituições especializadas por toda a Alemanha, em uma operação eufemisticamente chamada de "eutanásia".

Conclusão


Voltando a nossa realidade, para concluir (se é que isso é possível...), como se não bastasse a exclusão do negro, existem outras formas de exclusão ocorrendo no meio corporativo no momento da admissão de novos funcionários, em que favorecem os que tem "QI" - Quem Indica. Geralmente, os que tem "Quem Indique" são pessoas que nem sempre atendem os requisitos da vaga ou é alguém ligado a chefia do departamento, continuando o cenário de privilégios aos familiares ou amigos aduladores.

O sistema de privilégios ainda existe. E escraviza moralmente todos aqueles que se esforçam em estudar e trabalhar para ter uma vida melhor e que não tem um "padrinho". E muitas vezes, nem a cor da pele favorece para conseguir uma melhor colocação.

Por esse motivo é importante pensar nas consequências que a escravidão nos deixou de herança. Pois o racismo e outras formas de preconceito e injustiças continuarão ocorrendo na nossa sociedade.

O que aconteceu no passado nunca será desfeito, já virou história. Quem pensa que o racismo é um problema somente dos negros se engana. Esse é um problema a ser resolvido por todos os brasileiros. O sistema que escraviza moralmente ainda está vigente. Pra provar que o racismo gera danos para todos!


A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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