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terça-feira, 8 de setembro de 2020

SUAS REDES SOCIAIS E VOCÊ: SERÁ QUE AS PESSOAS SÃO O QUE EXPÕEM NAS VITRINES DAS MÍDIAS SOCIAIS?

Assisti a um debate na televisão, na CNN, com alguns psicólogos sobre o fenômeno das mídias digitais, que, com a chegada da pandemia mundial do novo coronavírus, ficou ainda mais potencializado. Achei bem interessante os posicionamentos dos especialistas sobre o quanto essa inserção abrupta no universo online, fez com que os excessos comportamentais por parte de grande parte dos indivíduos, ficassem ainda mais explícitos, afinal, quando o assunto é aparecer, de anônimos a celebridades, a "disputa" é muito acirrada (a "livemania" não me deixa mentir). Afinal, o cenário glamouroso das redes/mídias sociais/digitais, pode ser facilmente produzido e nem sempre (na quase maioria das vezes) expressam a realidade de quem o protagoniza.

"Quem não se comunica, se estrumbica!"

Abelardo "Chacrinha" Barbosa (1917/1988)


É notório que os meios de comunicação deram uma contribuição enorme para o desenvolvimento do ser humano, isso devido ao alcance significativo que têm. Com a chegada da internet, a comunicação deixou de ser um elemento social importante e passou a ser algo essencial. Agora imagine o processo de comunicação e aprendizagem depois do advento da tecnologia e da internet. 
Para a maioria dos usuários deste conglomerado de redes em escala mundial, o acesso a elas passou a ser uma necessidade constante.

Pelas estatísticas com a quantidade de acessos por dia, podemos constatar que as redes sociais deixaram de ser apenas uma forma de manter contatos, elas passaram a ser fonte de informação, atração de novos clientes, publicidade, oportunidade e também lazer.

E falando mais precisamente sobre as redes sociais, já somos mais de 2,5 bilhões de usuários ativos, como mostram os dados do Global social media research summary 2017. Ou seja: Não tem desculpa para não estar no mundo online hoje em dia. As redes sociais fazem parte de nossas vidas, ocupam um expressivo tempo de nossos dias, se tornaram muito mais do que ambientes de encontros e conversas, mas são canais de entretenimento, de comunicação, de mídia, de marketing, de atendimento e relacionamento. Somos seres conectados, digitais e sociais, isso é inegável.

Nas redes sociais cada indivíduo tem sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede e a criação de grupos de interesse como esporte, cultura, entretenimento, educação, etc. Porém, não é só porque estar nas redes sociais é fácil e rápido que devemos sair por aí criando contas em tudo quanto é lugar.

A aldeia global e seus espécimes


Atualmente temos a formação de uma nova sociedade, a qual denominamos de Aldeia Global. Ela exerce influência direta no comportamento social e o comportamento social também exerce influência sobre ela.

Mas você já se perguntou como todas aquelas imagens dos corpos de outras pessoas — sejam elas um clique das férias de um amigo ou a selfie de academia de uma celebridade — podem estar afetando a maneira como você vê sua própria imagem?

Muito tem sido estudado ao longo dos anos sobre como os principais meios de comunicação apresentam padrões de beleza irreais na forma de celebridades retocadas com Photoshop ou modelos de moda extremamente magras. Agora que influenciadores enchem nossas redes sociais, é fácil imaginar que também essa mídia seja nociva quando se trata de imagem corporal.

Cada vez as pessoas dedicam mais tempo nas plataformas digitais. Os smartphones ajudaram muito nessa popularização, mas a história das redes sociais surgiu um pouco antes desse novo meio de acesso online. O fato é que, se você tiver 30 anos ou mais, provavelmente passou a infância sem essa ferramenta nas mãos e viu nascer e morrer muitas dessas mídias.

E se alguém acha que não é influenciado pelo que está nessas mídias, se engana. As mudanças vindas desse meio afetam diretamente o cotidiano, a forma de agir e também a de pensar das pessoas. 

Nossas publicações nas redes sociais são estudadas por potenciais empregadores e gerentes de Recursos Humanos. Nossas(os) ex-namoradas(os) e os(as) ex das(os) nossas(os) namoradas(os) atuais visitam nossas páginas. E não hesitamos em fornecer informações sobre nós mesmos, sem pensar nas fraquezas que isso pode expor ao mundo.

Os psicólogos sociais acreditam que toda publicação representa uma mensagem definitiva para o mundo. E a ausência de mensagens também. Baseados em estudos, esses especialistas comportamentais traçaram os perfis dos internautas, de acordo com o conteúdo de suas postagens em redes sociais. O resultado desse estudo é muito interessante. Veja abaixo em qual (ou em quais) você se enquadra e, se prepare, pois, o resultado pode não ser do seu agrado.
  • 1. O usuário reservado  — O proprietário de uma conta desse tipo não fornece muita informação sobre si mesmo, inclusive para seus amigos. Na sua conta, há apenas algumas fotos e páginas sendo seguidas. Muito provavelmente, neste caso, trata-se de uma pessoa introvertida, que tem dificuldade de falar sobre sua vida e compartilhar informações sobre si mesma.
Além disso, esse tipo de comportamento reservado pode indicar que o usuário está enfrentando dificuldades emocionais. É possível que esteja deprimido e não queira entrar em contato com o mundo.
  • 2. "Somos um casal feliz"  — Os psicólogos estão convencidos de que aqueles que compartilham muitas fotos da intimidade a dois nas redes sociais, na verdade, se sentem inseguros em seus relacionamentos. A quantidade enorme de fotos do casal demonstra a necessidade de convencer a todos que você é feliz e amado. Essa pode ser uma mensagem para a ex, para os possíveis rivais ou até para os amigos menos afortunados. 
Casais felizes não se distraem com as redes sociais para mostrar constantemente ao mundo como são felizes e como se divertem. Eles simplesmente não veem sentido nisso.
  • 3. Miss/Mr. Selfie  — Um grande número de selfies no perfil indica baixa autoestima do usuário. E também egoísmo. "Olhe quem está no centro do mundo", querem transmitir nessas publicações. O proprietário dessa conta precisa de uma grande quantidade de reconhecimento e aprovação de outros na forma de curtidas e comentários lisonjeiros. E ainda tenta se convencer de que é realmente lindo.
  • 4. "Minha vida é um sucesso"  — Hotéis bacanas, restaurantes top de linha e até as academias mais caras. Quando você entra no perfil de um usuário desse tipo nas redes sociais, parece que sua vida é incrível e repleta de felicidade. As imagens, uma após outra, querem mostrar que a vida dele é ótima. Cada uma diz: "Veja como tenho uma vida feliz e ocupada! Veja tudo o que posso me permitir". Atrás dessas imagens está o desejo de que os outros sintam inveja de sua riqueza e sua posição.
E muitas vezes essa demonstração de "boa vida" é apenas uma tentativa de escapar de si mesmo e da sensação de falta de sentido em tudo o que está acontecendo.
  • 5. Notícias em tempo real  — Esse tipo de usuário compartilha em sua página receitas, notícias, imagens, seu humor, detalhes sobre sua vida e fotos pessoais. Os psicólogos dizem que esta forma de publicar mostra que seu autor se sente solitário e rejeitado pela sociedade ou que tem medo e tenta se encaixar no mundo. Se a página estiver cheia de compartilhamento de matérias, pensamentos e citações de outras pessoas, significa que o usuário não é uma pessoa criativa e prefere reproduzir as ideias dos outros. Outra possibilidade é que seja tímido e simplesmente sinta vergonha de se manifestar em público.
  • 6. #SouMãe / #SouPai  — A página está cheia de fotos da criança, suas conquistas, as primeiras palavras e os primeiros passos, vídeos do jardim de infância, do jogo de futebol e muito mais. Muito provavelmente, a(o) proprietária(o) do perfil quer convencer os outros e, a si mesma(o), que há vida durante a licença maternidade/paternidade. Essa é uma tentativa de autopromoção e de auto-afirmação social por meio da criança. Mas não se deve deixar de perceber que essa mãe ou esse pai se esqueceu de si mesma(o) e que, além de ser mãe e pai, ela ainda é mulher, ele ainda é um homem, esposa(o) e profissional. Se você é dona(o) dessa conta, é importante se perguntar de tempos em tempos: "Onde eu estou nisso tudo? O que quero? Com o que sonho?"
  • 7. Miss/Mr. Corpo perfeito  — No perfil desse tipo de gente, você verá um corpo esportivo perfeito, filmado e fotografado nos melhores ângulos. E muitas fotos todos os dias. E não estamos falando de atletas profissionais, mas de pessoas comuns, obcecadas pela aparência. Esse é um indicador de que essa pessoa está insatisfeita com o seu corpo ou talvez esteja super satisfeita, mas não basta ter um corpo perfeito: é preciso mostra-lo. Essas pessoas precisam melhorar continuamente. E, para isso, usam o treinamento esportivo, a cirurgia plástica e a dieta. E também é uma forma de competição. Parece que o proprietário da conta pergunta: "Você tem esta barrida de tanquinho?" Ah, e a quantidade de likes, views e compartilhamentos, obviamente, são o respirador artificial de pessoas assim. Ignorá-los é cometer eutanásia existencial.
  • 8. Miss/Mr. Provocante  — Nestas contas, você pode ver muitas fotos dos proprietários das páginas no ângulo mais favorável e muitas vezes de bikíni ou com pouca roupa. As garotas, fazendo isso, estão passando a seguinte mensagem: "Estou em busca de um(a) namorado(a)". E, independentemente do sexo, isso indica baixa autoestima e que o proprietário do perfil deseja aprovação e que curtam suas publicações.
  • 9. A alma da festa  — Se há muitas fotos desse tipo no perfil, indica que o proprietário da conta gosta de pertencer a algum setor social, ser aceito e reconhecido por esse grupo de pessoas. Esse é o seu caminho para se promover socialmente. E também é um indicador de vazio interior e solidão. Uma grande quantidade de imagens assim aos 30 anos de idade pode ser um indicador de que a pessoa é infantil. Afinal, é típico da adolescência encontrar seu lugar num grupo.
Ficou surpreso com o resultado? Pois é. De acordo com o estudo dos especialistas, pode parecer que quase todas as nossas publicações ou a ausência delas representam um determinado diagnóstico. Na verdade, este não é o caso. Os psicólogos e especialistas no assunto acreditam que se uma pessoa não muda muito seu avatar, não publica fotos repetitivas e prefere viver sua vida de forma plena, em vez de olhar na tela brilhante do aparelho, isso indica maturidade e que tem uma autoestima elevada. Ou seja, o resultado do estudo nos sinaliza para algo que é necessário e importante em todos os aspectos da nossa vida: o equilíbrio.

Conclusão


Dito isso, o uso das redes sociais parece estar relacionado com preocupações com a imagem do corpo. Uma revisão sistemática de 20 artigos publicados em 2016 identificou que atividades baseadas em fotos, como rolar a tela do Instagram ou postar fotos de si mesmo, são particularmente problemáticas quando acompanhadas de pensamentos negativos sobre o próprio corpo.

Outra coisa boa a se fazer seria analisar criticamente quem você está seguindo. Se você se deparar com um fluxo interminável de fotos focadas na aparência da próxima vez que navegar pelo seus feeds nas redes sociais, adicione um pouco de natureza e realidade nessa mistura.

Afinal de contas, abrir mão das redes sociais provavelmente é um passo grande demais para a maioria das pessoas  —  especialmente enquanto os efeitos do uso em longo prazo ainda não estão claros. Mas encontrar paisagens inspiradoras, que correspondam a sua realidade de vida para preencher seu feed do Instagram pode ajudar você a lembrar que há mais coisas na vida do que aparências e ostentações. Difícil? Sem dúvida! Impossível, absolutamente não! 

A Deus, toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não é opcional, é obrigatório! 
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A BÍBLIA COMO ELA É — ENTENDENDO ECLESIASTES 4:12 (O QUE SIGNIFICA O "CORDÃO DE TRÊS DOBRAS"?)

"Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade" (Eclesiastes 4:12).
O uso dessas figuras de linguagem enriquecem muito os textos bíblicos e trazem lições grandiosas para os leitores. As figuras de linguagem são um recurso muito usado pelos escritores bíblicos e entender o uso dessas figuras aprofunda em muito nosso conhecimento. Antes de discorrermos sobre o versículo acima, vamos, primeiro entender como é enriquecedor para nossa interpretação textual, o uso das figuras de linguagem.

Conceito de Figura de Linguagem


Figuras de linguagem são recursos usados para dar mais expressividade às mensagens e textos. Existem muitas figuras de linguagens que são usadas na Língua Portuguesa, porém, não tínhamos a noção de que a Bíblia que existem diversos tipos de figuras de linguagem.

Talvez algumas que você mesmo, que tenha estudado Português na escola, nos cursinhos, na faculdade, nunca tenha visto. No geral, nos fazemos uso da figura de linguagem, quando queremos nos desviar dos padrões da norma para dar mais impacto a nossa expressão. As figuras de linguagem no texto bíblico são chamadas de Tropologia.

Tropo... o que?


Tropologia é como é chamado o emprego da linguagem figurada para atrair a atenção, tornar o abstrato mais concreto, para se tornar de fácil armazenamento na mente, é um estímulo a reflexão e também resume uma ideia. Essa foi uma estratégia linguística muito usada por Jesus, principalmente nas parábolas.

As figuras de linguagem são classificadas em 4 grupos principais:
  1. Figuras de som — também chamadas de figuras de harmonias, que são figuras relacionadas à sonoridade. Deixa o texto mais expressivo por causa da repetição do som.
  2. Figura de palavra — também usada para produzir maior expressividade à comunicação.
  3. Figura de construção — também chamada de figura de sintaxe. É usada para demonstrar maior expressividade ao texto, como também interfere na instrução gramatical da frase.
  4. Figura de pensamento — usada para dar maior expressividade à comunicação, também trabalha com combinação de ideias e pensamentos.
Todas essas figuras de linguagem com seus respectivos integrantes (nos faltaria tempo aqui para listar todos eles e também não é esse o objetivo do artigo) são fartamente usados tanto nos textos do Antigo, quanto do Novo Testamento. No versículo que estamos estudando, é usado a Metáfora, uma integrante da Figura do pensamento, e nos dá a ideia de resistência. Entendido isso, vamos à explicação do versículo de Eclesiastes 4:12. 

Vamos ao aprendizado sobre o cordão de três dobras? 


Esse tipo de cordão era algo já bastante comum na época de Salomão. Se alguém desejasse resistência e força, deveria usar um cordão desse tipo ao invés de um único fio, que era simples e bem mais fraco.

O ser humano não demorou muito tempo na história humana para começar a usar fios (geralmente pegos na própria natureza, como os cipós, por exemplo) para fazer amarrações, fixação de objetos, etc. Mas algo era bastante óbvio: esse fio precisava ser forte para aguentar amarrações e fixações que exigiam muita tensão sobre o fio.

Logo se percebeu que os fios usados individualmente não eram tão fortes e resistentes quanto se precisava. Arrebentavam com certa facilidade. Não se sabe quando e nem como, mas alguém começou a trançar mais de um fio, o que resultava em um cordão que tinha uma resistência extremamente maior do que o uso de um fio único.

Desde Eclesiastes 4:9 Salomão está construindo a ideia do companheirismo nas relações humanas. Ele diz: 
"Porque se caírem, um levanta o companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante" (Eclesiastes 4:10). 
Ter um único companheiro, alguém com quem contar já é uma grande vantagem se comparado a pessoa estar sozinha nas lutas da vida. Estar solitário no enfrentamento das adversidades não é bom.

Ter companheiros é algo extremamente bom para o ser humano, algo extremamente positivo nas lutas diárias de cada um. A solidão não é algo positivo no que se refere ao enfrentamento das lutas da vida. É sábio quem se associa a bons companheiros. Esse é o tema central tratado por Salomão aqui.

Porém, Salomão parece ir além quando fala do cordão de três dobras. Se uma parceria de duas pessoas já é algo muito positivo, trazendo força à dupla e capacidades que sozinhos não teriam, imagine uma parceria com três pessoas? Será ainda maior! 

A ideia contida nesse texto é que amplas parcerias nos torna ainda mais fortes, mais capazes. Essa é uma ideia realmente grandiosa e vinda de Deus! Podemos perceber a força que as parcerias têm, as grandes coisas que as parcerias fizeram o homem construir. 

A forma como nos tornamos fortes quando nos juntamos nos mesmos objetivos é real e grandiosa! Nos tornamos um cordão de três dobras, forte, resistente, quando, ao invés de perder tempo nas picuinhas da vida, nos dedicamos a ajudar uns aos outros em parcerias positivas e abençoadas!

A aplicação do versículo no contexto do relacionamento conjugal

Deus, você e seu cônjuge!


É impressionante ver o encantamento de um casal quando começa a namorar. Ambos dormem e acordam pensando um no outro. Mandam mensagens o dia inteiro e quando vão dormir, primeiro passam horas a fio ao telefone. Que fascínio é esse?

Enquanto namoram, o casamento é visto como o ápice da relação. É tudo o que se quer!
"Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade. Como cerva amorosa, e gazela graciosa, os seus seios te saciem todo o tempo; e pelo seu amor sejas atraído perpetuamente" (Provérbios 5:18,19).
Uma relação firmada em Deus é uma relação madura, estável, harmônica, prazerosa; onde ambos se respeitam mutuamente e se amam; sim, se amam muito!
"O meu amado fala e me diz: Levanta-te, meu amor, formosa minha, e vem" (Cânticos 2:10).
É perfeitamente possível conviver com seu cônjuge e amá-lo a cada dia como se ainda fossem aquele casal jovem que acabara de se conhecer. A grande diferença é que agora são uma só carne! E isso é fantástico!
"E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne" (Marcos 10:8).
A proximidade com Deus fortalece o amor entre o casal. Pense na sua relação como um triângulo, onde você e seu cônjuge são as cabeças inferiores e juntos são fortalecidos pelo cabeça superior, representado aqui por Deus. Então, quanto mais buscarem a Deus, mais estarão próximos um do outro (Ec 4:12).

Portanto, namore seu cônjuge e se enamore dele todos os dias.
"Beije-me ele com os beijos da sua boca; porque melhor é o teu amor do que o vinho" (Ct 1:2).
E verá que quanto mais estreitar os laços de amor com seu amado, mais desejo de estar perto sentirá.
"O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele" (5:4).
Um bom casamento não é um contrato entre duas pessoas, mas uma aliança sagrada entre três!
"Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine" (1 Coríntios 13:1).
Ou seja, em entendimento espiritual, compreendemos que a terceira dobra do cordão é:
  • 1. A presença de Deus — A Bíblia nos ensina que o inimigo pode querer prevalecer conta um, mas, se estiverem dois em unidade, oferecerão maior resistência. Se, por desventura, um vier a cair, o outro poderá levantá-lo, mas, se estiver um só, quem o levantará? Quando estamos sós, nos tornamos mais vulneráveis aos ataques do inimigo.
Por vezes, discorremos sobre o texto acima como sendo direcionado exclusivamente para o matrimônio, mas, em verdade, ele fala do relacionamento de um modo geral, entre pessoas. Como cristãos, entendemos que a terceira dobra representa a presença de Deus, tanto no relacionamento conjugal, como no relacionamento entre irmãos.
  • 2. O Espírito Santo — A presença do Espírito Santo deve representar a terceira dobra a ser cultivada nos relacionamentos entre líder e liderado, esposo e esposa, pais e filhos, e, como falamos acima, entre irmãos, aqueles que professam a mesma fé. Deus deve ser sempre o referencial para podermos andar em unidade.
"Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados" (Efésios 5:1).
Ele não nos criou para vivermos isolados um dos outros. Todos nós precisamos do apoio e ajuda dos nossos irmãos na fé. Isto aprendemos quando também 
"...chegamos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo" (4:13). 
  • 3. A união fraternal — O Senhor nos mostra a vida em unidade, entre irmãos, como algo muito agradável aos Seus olhos. Somos diferentes um dos outros, mas foi assim que Deus nos fez. Por isso, como seres humanos, temos dificuldade de vivermos relacionamentos verdadeiros uns com os outros. Contudo, isto não nos dá legalidade para andarmos em desunião. 
Nisto está o nosso grande desafio: não anularmos as nossas diferenças, pois é nessa diversidade que o amor atuará, nos ajudando a viver em união. Pelo Sangue de Jesus fomos resgatados das trevas para sua maravilhosa luz para, em unidade, compormos a igreja, a qual representa o Corpo de Cristo, onde devemos viver unidos para Sua honra e glória.

Conclusão


Atentemos para a oração que Jesus fez ao Pai pelos seus discípulos, e pelos que haveriam de n’Ele crer, entre os quais estamos nós hoje: 
"E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:20,21). 
Concluindo, sem Deus (presente, intervindo e como nosso referencial) nos relacionamentos humanos será impossível viver a plenitude do propósito divino da unidade. Mesmo um casal que nunca se divorcie, viverá toda sua vida conjugal aquém do plano de Deus; por melhor que pareça sua relação matrimonial aos olhos humanos, ainda estará distante do que poderia e deveria viver.

Mesmo que as pessoas colecionem milhares de "amigos" e seguidores em perfis de redes sociais; ou "troquem cálices" nas celebrações dos cultos da Ceia do Senhor, se não houver sinceridade e essência, isso não irá em absoluto refletir a realidade do princípio divino da unidade. É algo para refletirmos e muito.

[Fonte: Esboçando Ideias, por Presbítero André Sanchez; Metamorfose Cristã; Ferramentas da Teologia]

A Deus, toda glória. 
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sábado, 5 de setembro de 2020

SUICÍDIO: UM TEMA DESCONFORTÁVEL, DESAGRADÁVEL, PORÉM, NECESSÁRIO DE SE ABORDAR

"Como é precioso o teu amor, ó Deus! Os homens encontram refúgio à sombra das tuas asas. Eles se banqueteiam na fartura da tua casa; tu lhes dás de beber do teu rio de delícias. Pois em ti está a fonte da vida; graças à tua luz, vemos a luz" (Salmos 36:7-9).
Setembro é o mês dedicado à prevenção do suicídio. Por mais desconfortável e desagradável que seja, é urgente a necessidade de entendermos mais sobre o tema. Trata-se de um assunto complexo e que não está nem de longe perto de acabar (se é que um dia acabará...). Mais do que uma questão espiritual ou pessoal, o suicídio é uma importante questão de saúde pública. 

Escrever sobre suicídio é uma tarefa bastante difícil — ainda mais atualmente, com o advento das redes/mídias sociais/digitais, onde parece que as pessoas vivem uma vida utópica, sem problemas, de alegria constante e, claro, muita ostentação , pois não existem motivos que justifiquem este ato. 

Não sei qual é a sua opinião, caro leitor, mas creio não haver respostas para as indagações quanto aos motivos que levam uma pessoa ao suicídio. Apesar das diversas especulações, o assunto é, na verdade,  inesgotável. Todavia, podemos contar com o parecer científico de psicólogos, médicos, pesquisadores e, principalmente, com a visão bíblica a respeito. Mas a pergunta que sempre permanecerá é: Por quê?

Setembro Amarelo


O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que tem como objetivo alertar a população a respeito da realidade do problema no Brasil e no mundo, e discutir as formas de prevenção. A prevenção precisa começar nas famílias, nas escolas e também nas comunidades, como as igrejas.

Segundo relatórios da OMS (Organização Mundial da Saúde) e de Programas de Saúde Mental, cerca de 1 milhão de pessoas cometem suicídio por ano. Nas estatísticas de tentativas (suicídios não concretizados) este número sobe para entre 15 a 25 milhões por ano. Para cada pessoa que comete suicídio, cerca de seis a dez pessoas próximas sofrerão de adoecimento emocional decorrente desta situação. 

Dados estatísticos


Atualmente é a segunda maior causa de morte entre jovens (1529 anos), um alto índice também em idosos e grupos populacionais que incluem pessoas que foram vítimas de violência. Apesar de sua maior incidência ser em países de baixa renda e desigualdade social, vem apresentando crescimento em países desenvolvidos com o aumento de quadros depressivos e abuso de álcool/drogas. O Brasil é hoje o oitavo país do mundo em número de suicídios.

Tirar a própria vida já é a segunda principal causa da morte em todo mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade  ainda que, estatisticamente, pessoas com mais de 70 anos sejam mais propensas a cometer suicídio. Os dados são do relatório publicado em 2014 pela OMS.

Recentemente, uma revista de grande circulação nacional divulgou dados alarmantes do relatório que a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou em 2016: a cada quatro segundos, uma pessoa comete suicídio no mundo. Em nosso país, o Jornal Brasileiro de Psiquiatria publicou um estudo do Scielo chamando a atenção para o aumento da tendência de suicídio entre adolescentes e jovens de 10 a 19 anos.

Em todo o planeta, as mortes por suicídio chegam a 800.000 por ano, segundo a OMS. Esse panorama demonstra que a realidade do risco global de mortes por suicídio na juventude induz à busca de medidas que diminuam o avanço dessa problemática.
"O suicídio é um assunto complexo. Normalmente, não existe uma razão única que faz alguém decidir se matar. E o suicídio juvenil é ainda menos estudado e compreendido"
disse à BBC Ruth Sunderland, diretora do ramo britânico da ONG Samaritanos, que se especializa na prevenção de suicídios.

No Brasil, o índice de suicídios na faixa dos 15 a 29 anos é de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa se comparada aos países que lideram o ranking – Índia, Zimbábue e Cazaquistão, por exemplo, têm mais de 30 casos. O país é o 12º na lista de países latino-americanos com mais mortes neste segmento.

A boa notícia é que a OMS afirma que os suicídios são preveníveis. Entretanto, essa prevenção só será efetiva mediante a adoção de estratégias mais efetivas. É necessário, portanto, implementar ações mais eficazes de prevenção do ato suicida nos programas voltados à educação e à saúde, principalmente nas regiões cuja população jovem compõe o grupo de risco.

Um resumo panorâmico sobre a morte


Por quê, por quê... perguntamos. E não encontramos respostas. Ou melhor, elas não existem. O suicídio é uma separação extremamente abrupta. Nenhuma teoria seria capaz de explicar e desvendar os motivos que levam uma pessoa a se matar, a tirar a própria vida. O suicídio é um ato ambíguo (de insegurança), e suas razões, complexas. Obviamente, é impossível falar em suicídio sem falar em morte, os dois estão intimamente ligados. Impossível é também refletir sobre a vida sem deixar de pensar na morte.

Em muitas culturas, a morte é encarada como uma fase natural da vida, pois trata-se de algo necessário para o equilíbrio da sobrevivência do grupo, sendo considerada um elemento intrínseco à natureza. Há civilizações em que a pessoa, ao ficar doente, se mata. Faz isso simplesmente porque não pode mais produzir, ou seja, ser útil à sua comunidade. Nas primitivas sociedades tribais, a morte era encarada como parte integrante do viver diário. Isto é, as pessoas lidavam com a morte sem bani-la, com naturalidade. Para elas, a morte era um ato contínuo da vida.

No final do século XVIII, o luto leva a família a manifestar uma dor que nem sempre era sentida. A partir de então, tornou-se comum as pessoas chorarem muito, desmaiarem e jejuarem. Tudo isso por conta da morte. Ainda nessa época, em vez de os entes queridos dos falecidos confiarem seus mortos à Igreja, como era costume, eles passaram a se preocupar com o local da sepultura. Queriam um lugar em que pudessem ir livremente fazer suas visitas melancólicas e devotas, além de depositarem flores nos túmulos, em homenagem à lembrança do morto. Então, os cemitérios foram planejados.

Hoje em dia, quando alguém morre, as pessoas (na maioria) procuram conter o choro, não demonstrando suas emoções. As manifestações de sentimentos, como o luto, por exemplo, foram abandonadas. O uso de roupas pretas nessas ocasiões, nem pensar. Pois dão um aspecto de morbidez. E ressurgem também as mortes mais, digamos, até certo ponto, aceitáveis, ou seja, por velhice, pelas chamadas causas naturais ou por doenças incuráveis. Nesses dois casos, a morte é aceitável por ser um fato irreversível, é claro!

Alguns idosos, por serem considerados improdutivos, estão sendo terrivelmente marginalizados por suas famílias. Sem dó nem piedade, são enviados aos asilos para ali morrerem sem nenhuma dignidade e carinho de seus parentes. O que é lamentável!
  • Escrevi especificamente sobre este assunto ➫ aqui.

Suicídio entre pastores


Mais recentemente, um assunto gerou bastante polêmica no segmento cristão: o suicídio de pastores. De acordo com o Instituto Schaeffer, 
"70% dos pastores lutam constantemente contra a depressão, 71% se dizem esgotados, 80% acreditam que o ministério pastoral afeta negativamente suas famílias e 70% dizem não ter um amigo próximo".
A causa mais comum noticiada para o suicídio de pastores e líderes é a depressão, associada a esgotamento físico e emocional, traições ministeriais, baixos salários e isolamento por falta de amigos.

Por que pastores se deprimem? Como pode um homem de Deus ficar tão abatido assim?
  • A Bíblia menciona homens e mulheres fiéis que ficaram neste estado e que desejaram morrer — entre esses estão Rebeca, Jacó, Moisés e Jó. — Gênesis 25:22, 37:35; Números 11:13-15; Jó 14:13. Especialmente Elias (1 Reis 19:4)
  • Elias teve um ministério de sucesso: previsão da seca; ressuscitou uma criança; enfrentou os profetas de Baal; etc.
  • Tinha vigor físico — correu à frente do carro de Acabe (18:46) — ou seja, não tinha problemas físicos;
  • Uma ameaça real — jurado de morte — fez perder o sentido da vida em um escalonamento (19:3,4):
  1. Preocupação com a vida
  2. Isolamento social
  3. Desistência da vida
  • Escrevi especificamente sobre este assunto ➫ aqui.

Tabu dentro e fora da igreja


O tema da morte é historicamente um tabu ao ser abordado e em muitas culturas é evitado a todo custo — inclusive, inexplicavelmente, até mesmo no segmento cristão. Mas o custo do silêncio é alto. O tema da "morte voluntária", como no caso do suicídio, encontra ainda mais estigma e dificuldade de abordagem, por ser muitas vezes atribuído desordenadamente à temática da loucura, ou em círculos religiosos, ao pecado.

Se o tema do suicídio é tabu em muitos ambientes e culturas, imagine em comunidades cristãs! Muitas comunidades cultivam um discurso triunfalista que busca afastar qualquer vestígio de sofrimento e fragilidade, discurso que não condiz com o que realmente vivemos em nossa jornada de discipulado, intimidade com Deus e transformação contínua, tantas vezes permeada pela dor em um mundo caído. Outros tantos atribuem cruelmente as fragilidades à falta de fé, agravando ainda mais o quadro emocional.

O estigma, a vergonha, a impotência, a dificuldade em se compreender os fenômenos em saúde mental, as distorções teológicas que não abrem espaço para o diálogo. Como seres humanos, não estamos imunes aos sofrimentos psíquicos e angústias da alma. Leia sua Bíblia e encontrará uma diversidade de pessoas em sofrimento e questionamento, vivendo todas estas situações na companhia e amparo do Eterno.

Temos dificuldade em abordar questões emocionais, da subjetividade, que por tantas vezes nos parecem inacessíveis e inomináveis. Os sofrimentos de ordem psíquica mostram-se multifatoriais, sejam desequilíbrios químicos, aspectos biológicos, socioculturais e até mesmo "religiosos".

Como comunidade cristã, sofremos de maneira geral com a dificuldade de integração entre temas da saúde mental e espiritualidade cristã, tão necessária e urgente nos dias atuais. Precisamos incentivar o diálogo para auxiliar na prevenção desta questão do suicídio, por exemplo, bem como de tantas outras que assolam a saúde emocional. A depressão, a ansiedade, o burnout, os transtornos de personalidade, o suicídio, o trauma, a violência, entre outras questões, afetam pessoas de todas as nações, classes sociais e crenças.

Afetam líderes e liderados, pastores e ovelhas. Precisamos cuidar uns dos outros e de nossas lideranças, tantas vezes exauridas em seus ministérios e necessitando de atenção e tempo disponível para cuidar dos aspectos de sua saúde física, mental ,espiritual, etc. Precisamos atuar tanto na prevenção quanto no cuidado com aqueles que já sofrem e os que são impactados pelas consequências desta realidade.

O papel da comunidade cristã


O papel da comunidade no auxílio à prevenção é de singular importância nestes processos de adoecimento multifatoriais. Não podemos caminhar sozinhos em meio à dor. Quando a comunidade sai da postura da negação ("isso não acontece com discípulos de Jesus" — quantas vezes escuto isto...) e as pessoas se percebem humanas, frágeis, parte de um mundo caído e que necessita de restauração e ressurreição interior, aí sim, começamos a dialogar. 

Quando nos percebemos tão necessitados da Graça de Deus e tão dependentes Dele, buscando sentido para a vida e razão para a existência, nos aproximamos do sofrimento do próximo com uma escuta mais amorosa e misericordiosa. 

Quando nos tornamos conscientes acerca destas questões, a comunidade se torna um espaço potencial que pode promover cuidado e restauração. A construção de vínculos de apoio mútuo, o senso de pertencimento, o contexto para a busca de sentido da vida e o espaço frutífero para nutrir a esperança, desfrutando da intimidade de Deus e uns dos outros.

Precisamos da comunidade de amigos e irmãos que nos incentivem na vida devocional, nos integrem em serviço ao próximo. Comunidade que esteja atenta para discernir os sinais de adoecimento psíquico e fatores de risco. Que respeite as fragilidades, que caminhe na direção do outro com ação e oração. O primeiro passo é nossa abertura para ouvir sobre estes temas e falar abertamente sobre eles. Esta realidade está presente em todas as nossas comunidades.

É importante pontuar que precisamos reconhecer nossos limites. Deus age de diversas maneiras. Precisamos de abertura às parcerias e encaminhamentos, agregando todos os recursos que Deus nos doou e disponibilizou nas diferentes áreas de conhecimento e atuação, para que o cuidado seja integral. 

Somos seres bio-psico-sociais-espirituais e precisamos cuidar de todos estes aspectos que compõe o todo. Sejam líderes, membros da comunidade, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, etc, todos contribuindo para que este cuidado seja mais amplo e eficaz.

Conclusão

O que podemos fazer para dar suporte a quem sofre com pensamentos suicidas?


Como cristãos conscientes de nossas limitações e fragilidades humanas (o ser cristão não nos transforma em seres de uma casta especial da humanidade) , devemos agir com compaixão, misericórdia, empatia e amor, apresentando a esta pessoa o refúgio que somente em Deus produzirá paz. 

Textos bíblicos que apresentem o Senhor como refúgio, castelo forte, fonte de esperança, e como alguém poderoso para abrir um caminho onde não parece ser possível haver saída. Além disso, é importante que, sempre em amor, incentivemos esta pessoa a procurar um médico, a fazer exames, a tomar os medicamentos prescritos e a cumprir tudo o que lhe foi aconselhado biblicamente.

O que não podemos fazer é nos distanciarmos ou nos portamos com superioridade, como se fôssemos mais espirituais, melhores ou tentar parecer que isso nunca poderá nos acontecer (mesmo porque, isso é uma grande mentira). 

Algumas ideias para evitar isso podem ser convidar esta pessoa para um passeio, para uma caminhada, para correr numa praça, para cozinhar com você algum prato do qual ela goste, incentivá-la a fazer boas e saudáveis refeições, compartilhar com a pessoa como você mesmo tem encontrado esperança e força em Deus para vencer suas próprias tribulações.
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A Deus, toda glória. 
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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

FILMES QUE EU VI — 60: "INSTINTO SELVAGEM"

Já se vão quase quatro décadas em que a tecnologia digital e a internet surgiram, engatinhando ainda como ferramentas ao mesmo tempo impressionantes e ainda então um tanto inúteis. A década de 1990 foi bem marcante para Hollywood em suas produções cinematográficas. Assim, o cinema nos anos 1990 trabalharam com louvor para retratar e ajudar a criar nas telas um futuro tecnológico, que naquele tempo, nos enchia os olhos e nos fazia pensar em algo até inimaginável.

Hoje, a tecnologia faz de tal forma parte de nossas vidas — algo que foi ainda mais evidenciado na quarentena — que não é exagero afirmar que em muitos sentidos já vivemos nos cenários que os filmes de ficção científica do passado imaginavam. Mas nem só de filmes apocalípticos de ficção científica e aventuras com dinossauros tecnológicos viveu o cinema nos anos 90

Há 28 anos, em 20 de março de 1992, estreava "Instinto Selvagem" ("Basic Instinct"). Não só a cruzada de pernas fatal de Sharon Stone e o beijo lésbico na pista de dança (entre ela e Leilani Sarelle, "Dias de Trovão", 1990), mas todas as sequências sexuais chocaram o público na época — da abertura ao encontro derradeiro dos protagonistas.

A sinopse


Pin em Filme Instinto Selvagem
Muitos devem se surpreender ao se lembrar que já faz um quarto de século desde o lançamento de "Instinto Selvagem". Considerado ousado para a época, o longa conta a história do assassinato de um cantor de rock que chama a atenção da policia de São Francisco e a principal suspeita é a escritora Catherine Tramell (Sharon Stone, "Invasão de Privacidade", 1993). Em São Francisco, o policial Nick Curran (Michael Douglas, "Um Dia de Fúria", 1997) fica fortemente atraído por Tramell, a principal suspeita assassinato. 

Mesmo com os protestos de seus companheiros de profissão, como Gus (George Dzundza, "Mentes Perigosas", 1993) e a Dra. Beth (Jeanne Tripplehorn, "A Firma", 1993), que assim como Catherine, é formada em psicologia e apesar de ter consciência dos riscos que corre, Curran se expõe cada vez mais, mesmo quando novas mortes ocorrem. O suspense erótico sobre as investigações para encontrar um assassino em São Francisco, cuja arma era um picador de gelo, chamou atenção pelo estilo, ótimo elenco e a ousadia no uso do sexo. 

Apresentando um interessante jogo psicológico, o polêmico e perturbador thriller "Instinto Selvagem" surpreendeu positivamente ao explorar mais do que a sensualidade de sua atriz principal, a bela Sharon Stone. O diretor Paul Verhoeven ("O Vingador do Futuro", 1990) soube utilizar cenas realmente eróticas numa narrativa inteligente, fugindo do lugar comum das grandes produções de Hollywood que normalmente suavizam o sexo, e de quebra, entregando uma das cenas mais emblemáticas da década de 90. Mas, infelizmente, como um feroz picador de gelo, a indústria cinematográfica resolveu eliminar este tipo de trabalho ousado nos anos seguintes.

Riqueza no roteiro


Top 3 – Paul Verhoeven – espinafrando
Escrito por Joe Eszterhas ("Flashdance — Em Ritmo de Embalo", 1983), o roteiro de "Instinto Selvagem" é bastante ambíguo, nunca deixando claro se Catherine é mesmo a assassina. Sendo assim, a partir de determinado momento o espectador se vê num delicioso jogo de adivinhação, tentando descobrir quem é a misteriosa criminosa, através da introdução de uma série de subtramas que criam novas possibilidades, como o ciúme de Roxy (Sarelle) ou a relação amorosa que Catherine viveu com a Dra. Beth no passado. Além disso, o longa faz um intrigante estudo psicológico de Nick através dos jogos de Catherine e Beth, que deixam tanto o personagem como o espectador constantemente em dúvida sobre qual delas está falando a verdade.

A sensualidade que permeia "Instinto Selvagem" aparece logo na primeira cena, mas a trilha sinistra de Jerry Goldsmith ("Gremlins", 1984) também indica que nem só de erotismo viverá a narrativa, dando o tom do que veremos em poucos segundos, quando um movimento de câmera nos levará ao picador de gelo utilizado como arma letal para fazer a primeira vítima do filme.
INSTINTO SELVAGEM (1992) | Cinema & Debate 
Aliás, a primeira cena de "Instinto Selvagem" condensa bem o espírito desse neo-noir de Verhoeven. O sexo, movimento intenso que precede o gozo, é rondado pela iminência do crime, este consumado após a mulher, por cima, assassinar a golpes de picador de gelo o ex-roqueiro de mãos atadas na cabeceira da cama.

Esta cena deixa claro desde então o nível de realismo que veremos tanto nas cenas eróticas quanto nas cenas violentas, além de servir também para introduzir a misteriosa assassina na trama, nos mostrando do que ela é capaz. E apesar de inserir algumas sequências com bastante ação, como a eletrizante perseguição de Nick na estrada, é na criação da perfeita atmosfera de erotismo e suspense que Verhoeven se destaca, explorando com habilidade as nuances do relacionamento entre Nick e Catherine, desde o momento em que ela fala sobre seu novo livro pra ele no carro e o close do diretor capta a tensão existente entre eles.

A antológica cena: uma cruzada de pernas que entrou para a história do cinema


Instinto Selvagem. – Mauricio Georgevitch
Muitos são os filmes com cenas marcantes, aquelas que qualquer pessoa, ainda que não tenha assistido ao filme, reconheceria a cena, ou já teria ouvido falar sobre ela. Faltaria tempo para listar muitos, mas, deixo como exemplo, a inesquecível cena do sensacional longa "Platoon", realizado por Oliver Stone ("Scarface", 1983) em 1986 e protagonizado por Charlie Sheen ("Todo Mundo em Pânico 3", 2002), Tom Berenger ("A Origem", 2010), Willem Dafoe ("Homem Aranha",2002) e Forest Whitaker ("Pantera Negra", 2019), quando o sargento Elias (Dafoe), ferido anteriormente à traição por Barnes (Berenger), a fugir de um pelotão inimigo, olhando desesperado para o helicóptero americano que viera buscar as forças em retirada — escrevi sobre este filme aqui. No longa dirigido por Verhoeven a famosa cena que marcou "Instinto Selvagem" e alçou Sharon Stone ao estrelato acontece ainda na primeira metade do filme, o que é bom, pois o espectador deixa de aguardar aquele momento e passa a se concentrar na narrativa. 

Nesta cena, apenas pela disposição dos personagens, Verhoeven cria uma incrível atmosfera de tensão e erotismo, com Catherine no centro da sala cercada de homens ávidos por uma confissão, mas sempre firme e contundente em suas respostas, que invariavelmente deixam estes mesmos homens desconcertados. Na medida em que as perguntas acontecem, o espectador sente o nervosismo crescente dos policiais, inconformados com a frieza daquela mulher. E então, repentinamente, ela cruza as pernas, deixando marmanjos eufóricos e os investigadores literalmente sem rumo, algo que o diretor capta com precisão através de um close rápido na reação deles. Desde então, fica evidente que a espontânea e astuta Catherine sabe muito bem utilizar a sensualidade a seu favor. Sempre insinuante e sensual, Sharon Stone oferece um desempenho eficiente, olhando diretamente nos olhos das pessoas e falando com muita firmeza, além de dizer palavrões e frases que os homens não esperam ouvir com tanta frequência da boca de uma mulher ("Gostava dele?", pergunta Nick e ela responde "Gostava de transar com ele!").

A polêmica sobre a cena, não ficou apenas fora das telas. Sharon Stone acusou Paul Verhoeven de ter incluído a cena sem o consentimento dela. Em entrevista, a atriz disse que se assustou quando viu a cena sendo exibida em uma sessão premier do longa. Verhoeven, lógico, nega tudo e a polêmica se arrasta.  Mas, cá entre nós, do que Stone está reclamando? A cena é um dos grandes momentos do filme — muitos são os que foram ao cinema só para vê-la — e, como eu disse acima, a responsável por dar um up na carreira dela, que até então, tinha feito participações consideradas medianas tanto por público quanto por crítica. E mais, se ela se sentiu assim tão incomodada, como diz, com a cena, porque anos depois, quando já estava com 59 anos, ela voltou a reproduzi-la, causando um verdadeiro auê midiático? Com a palavra, miss Sharon Stone!

Conclusão


Instinto Selvagem, 25: Por trás da cruzada de pernas mais famosa do cinema  - BOL Fotos - BOL Fotos
Apesar do fato de que "Instinto Selvagem" é lembrado até hoje como o filme no qual Sharon Stone faz a famosa cruzada de pernas, onde deixa entrever seu hábito de não usar calcinha, não há qualquer arbitrariedade no longa. O filme é todo calculado para aditivar o suspense de uma sexualidade feminina latente, tão forte que se configura em ameaça real ao dominante universo masculino.

Paul Verhoeven — embora tendo feito carreira falando a respeito de aparências, revestindo ele mesmo o cinema de um caráter complexo por debaixo de tramas aparentemente simplistas ou de relativo mau gosto — é, contudo, um grande cineasta, daqueles que produzem arte sem descuidar do público — assim como Alfred Hitchcock (1899/1980) — e que, por isso mesmo, às vezes é tão incompreendido e atacado.

Morte e sexo (algo mais para o lúdico, do que para o promíscuo e vulgar), assim, desde o início, andaram juntos numa narrativa que alude ao cinema de Hitchcock ao mesmo tempo em que o subverte por incorporar o sexo (em Hitch tão velado) de maneira mais intensa. Por isso "Instinto Selvagem" é um filme que merece, por honra ao mérito, estar incluído entre os melhores thrillers de suspense, não só da década de 1990, como da sétima arte. Lógico, vai receber o meu carimbo de
  • O filme está disponível na plataforma de streaming Netflix (eu o revi lá, para escrever este artigo).
  • Em 2006, o filme teve uma segunda parte, trazendo novamente a Sharon Stone no papel de Catherine Tramell, porém, a sequência, que foi dirigida por Michael Caton-Jones ("O Despertar de um Homem", 1993), não obteve o mesmo êxito que o primeiro e quase nem mais lembrado.
  • Título Original: "Basic Instinct"
  • Elenco: Michael Douglas, Sharon Stone, George Dzundza, Jeanne Tripplehorn, Denis Arndt, Leilani Sarelle, Bruce A. Young, Chelcie Ross, Dorothy Malone, Wayne Knight, Daniel von Bargen, Stephen Tobolowsk
  • Direção: Paul Verhoeven
A Deus, toda glória. 

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

ESTAMOS PREPARADOS PARA RECEBER O "NÃO!" DE DEUS?

  • O texto deste artigo é baseado na palavra que eu ministrei ontem, 30/8, no culto dominical realizado no salão congregacional do Ministério Evangélico Gilgal, a congregação onde sirvo ao Senhor como pastor.
"Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão" (Filipenses 2:13-16).
Uma das grandes dificuldades do ser humano é lidar com os "nãos" da vida. A grande verdade é que não somos treinados para lidar com as negativas que a vida nos oferece. Apesar de ser algo muito natural e cotidiano (ou, ao menos deveria ser) dizermos e recebermos "nãos" todos os dias, não é algo que aceitamos com muita naturalidade, principalmente quando recebemos "nãos" de Deus.

Fomos ensinados que Deus está sempre pronto a nos atender em nossos desejos e, com essa doutrina equivocada que é insistentemente levada em sermões ministrados em muitos púlpitos evangélicos, o que vemos é o crescimento descontrolado de uma geração de crentes manhosos, birrentos, a geração "crente Nutella" e seus enfadonhos mimimis. 

Porém, onde na Bíblia está escrito que Deus se comprometeu a atender todos os nossos desejos? Em lugar algum! Os mais afoitos, podem querer vir me indicar um fragmento do Salmo 37, para basear essa utopia religiosa, entretanto, vejamos o que realmente diz o versículo usado de forma descontextualizada:
"Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração" (v. 4, grifo acrescentado para efeito de ênfase).
Parece que a parte grifada do versículo é ignorada por quem o usa como uma garantia divina para só receber o "sim" de Deus. Mas, o fato é que Deus iniciou seu relacionamento com o homem, justamente com uma restrição, um "não" (Gênesis 2:15-17). Veja abaixo, outras passagens nas quais o Senhor diz "não", com propósito de preservar a soberania de sua boa, perfeita e agradável vontade (Romanos 12:2b):
  • O "não" de Deus a Davi — 1 Crônicas 17:1-4;
  • O "não" de Deus ao culto do povo — Amós 5:21-23;
  • O "não" de Jesus à mulher cananeia — Marcos 7:24-27;
  • O "não" de Jesus às irmãs de Lázaro — João 11:1-6; 21 (aqui, o verso 21, deixa evidente que Marta não conseguiu entender o "não" do Mestre);
  • O "não" do Espírito Santo a Paulo — Atos 16:6-8 (eis aqui uma passagem perturbadora, pois, nela, vemos claramente o Espírito Santo proibindo temporariamente ao apóstolo ir pregar o evangelho em algumas regiões).
Nesse contexto, eu poderia ainda citar o "não" de Deus ao profeta Jonas, quando ele, por questões pessoais, queria ir pregar em Társis e Deus o estava enviando para pregar em Nínive (Jonas 1) ou quando Jesus não deixou os discípulos "tocar o terror" na aldeia dos samaritanos (Lucas 9:51-56).

Entendendo o propósito dos "nãos" de Deus


A maioria dos "nãos" não estavam em nossos planos, que não desejávamos, que não aceitamos, muitas vezes. O "não" é certamente uma resposta de amor da parte de nosso Pai Celestial, quando pedimos a Ele por coisas que não são realmente para o nosso bem e para a Sua glória. Nem sempre Ele nos dá o que queremos. Ele nos dá o que sabe que realmente precisamos e que, consequentemente, nos aproximarão ainda mais dEle.

Dois personagens bíblicos chamam a atenção sobre receber "nãos" de Deus. Um deles, Paulo, recebeu três "nãos" de Deus a três orações que fez: 
"Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim" (2 Coríntios 12:8). 
Deus disse não para as três vezes em que ele pediu. Outro personagem, ainda mais famoso que Paulo, foi Jesus Cristo. Ele estava a pouco tempo de ser entregue para passar pela dolorosa crucificação, e orou a Deus por duas vezes, pedindo que Deus o livrasse daquele momento: 
"E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e sim o que tu queres" (Mc 14:36 — veja também o versículo 39). 
Deus também respondeu não a Jesus, pois a missão dEle era morrer naquela cruz.

O que Jesus e Paulo têm a nos ensinar a respeito dos "nãos" de Deus e de como devemos encará-los? Vejamos algumas lições preciosas, pois todos nós receberemos nãos de Deus em nossa vida em algum momento:

O que devemos aprender quando Deus diz não?

(1) Aprenda a hora de parar de orar por algum pedido


A nossa maior dificuldade na vida e nos livrar de coisas que Deus não quer que tenhamos. Algumas de nossas orações são insistentes, e devem ser assim, a menos que saibamos que Deus nos disse um não. Nesse caso, é hora de parar de orar por aquilo, é hora de aceitar o não de Deus, de voltar os olhos para o caminho que Deus indicou e não o nosso. 

Paulo, depois de ter orado por três vezes, entendeu que Deus tinha um propósito com aquele espinho na carne e que, mesmo na dor, Deus o levaria a ficar fortalecido para vencer aquilo. Jesus Cristo também teve em mente que era a hora de parar de orar por aquilo e enfrentar a via dolorosa. Devemos buscar ter essa sensibilidade para estarmos afinados com a vontade de Deus.

(2) Aprenda a confiar na vontade de Deus


Quando a vontade de Deus é diferente daquilo que queremos, isso gera desconfiança em nosso coração. Gera desconfiança porque achamos que os caminhos que desejamos devem ser os melhores caminhos a trilharmos. Nesse caso, Jesus nos ensina algo precioso para enfrentarmos os preciosos "nãos" de Deus: 
"… contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua" (Lc 22:42). 
Jesus confiava na vontade de Deus acima da Sua, ainda que ela não fosse o que desejava o coração atribulado dEle naquele momento. A vontade de Deus é a nossa fortaleza, é a certeza de que estaremos no melhor caminho, na melhor direção. 

Não é fácil confiar na vontade do Pai, principalmente nos momentos de dor, angustias e tristezas. Mas é necessário fazermos isso e enfrentarmos os "nãos" de Deus como bênçãos para as nossas vidas e não como maldições.

(3) Aprenda a enfrentar o não de Deus com a cabeça erguida


Alguns, ao receberem um não ficam desanimados, na linguagem infantil "ficam de mal" de Deus, da vida, das pessoas. Fazem birra, beicinho, como se tudo isso servisse para alguma coisa positiva. A atitude de Paulo e Jesus é um exemplo.

Ao receberem o não de Deus eles não ficaram se lamentando, murmurando, antes, levantaram a cabeça, entenderam o propósito de Deus e seguiram firmes. Jesus foi ser crucificado. 

Paulo foi plantar igrejas e pregar o evangelho aos gentios. O que você faz quando recebe um não de Deus? Que não seja abaixar a cabeça e virar um murmurador!

(4) Aprenda a viver plenamente em cenários desafiadores


Paulo e Jesus são exemplos de grandes homens de Deus. Diante dos "nãos" que receberam de Deus aprenderam a enfrentar os cenários dolorosos e desafiadores que passaram. 

Jesus Cristo ergueu a cabeça e enfrentou a morte de cruz, com todas as dores que ela lhe trouxe. Paulo, com seu espinho na carne, enfrentou a sua fraqueza e fez dela força para desbravar os mais difíceis terrenos para evangelizar. 

Qual é o cenário desafiador que Deus está te dando? Viva plenamente nele! Viva com Deus nele. Faça dele uma bênção para sua vida e para o próximo! Foi isso que Paulo e Jesus fizeram.

Dessa forma, não veja os "nãos" de Deus como se Ele tivesse o prazer de te negar coisas apenas para te fazer sofrer. Não! Deus tem planos para a sua vida! E esses planos incluem, muitas vezes, que sejamos podados em nossas pretensões que vão contra o que Deus quer para nós. 

Deus, amorosamente, nos coloca de volta no caminho que Ele quer quando nos diz um não. Saibamos reconhecer isso, ainda que difícil, para que tenhamos uma vida abençoada na presença de Deus.

Conclusão 


Você está ouvindo "NÃO" de Deus hoje? Deus não tem confirmado os seus planos? Deus não abriu a porta que você pensava que era boa? Deus não fez como você queria? Deus não aprovou o seu projeto? Então chegou a hora de você deixar Ele assumir o controle e realizar em sua vida os planos dEle e não os seus! Afinal, que é o Senhor nessa história? Creia, Deus tem o melhor pra você! O "NÃO" de Deus irá te fazer crescer, assim como também fará de você um filho obediente e dependente do Pai. 
"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará" (Sl 37:5). 
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