Muitos não sabem, mas no dia 30 de junho, é comemorado o Dia Mundial das Redes Sociais. É até incompreensível como que a despeito da cada vez mais crescente popularização das redes sociais, essa data tenha passado praticamente "offline".
A tal data busca celebrar o impacto dessas redes como parte essencial das comunicações atualmente. Fato incontestável é que essas mídias digitais criou um fenômeno diretamente ligado a esse tipo de plataforma: a superexposição dos usuários. É o que analisaremos no texto deste artigo.
Superexposição nas redes sociais é vista como algo inocente
Instagram, Facebook, Snapchat, YouTube, Twitter, Tik Tok entre outras, as redes sociais podem se tornar vilãs na vida não só de crianças como também de adultos. Muitas pessoas ocupam seu tempo livre na Internet, resultando na dependência das redes sociais.
Da hora que acordam até a hora que vão dormir, elas postam os lugares que frequentam, os horários, entre muitas outras informações pessoais — há, inclusive, inúmeras pessoas que não hesitam em compartilhar sua intimidade nas redes. Porém, se esquecem que pessoas de má índole estão vigiando e com isso, se tornam potenciais vítimas de criminosos. E não é só isso. Há muitas pessoas que perderam completamente o senso do ridículo e se tornam alvos de chacotas, mas nem se tocam, pois, vale tudo por seguidores, visualizações e curtidas.
Entre as questões que deixam alguns pais — não todos, não muitos — mais aflitos, está a superexposição de seus filhos nas redes sociais. Por serem jovens demais, não conseguem discernir determinados comportamentos, como sendo certos ou errados.
É claro que, com a evolução digital, podemos receber informações em tempo recorde. Os aplicativos nos ajudam em diferentes questões, desde a comunicação com familiares e amigos, até em pesquisas de conteúdos relevantes. Mas a falta de atenção ao conteúdo que acessamos, pode se tornar um problema, e as redes sociais acabam se voltando contra nós.
De um extremo ao outro
Vivemos em uma época em que tudo é compartilhado, em que o surgimento de sites e de plataformas de rede sociais abriram uma nova maneira de compartilhar todos os tipos de informações pessoais, a tal ponto que a divulgação de uma grande quantidade de detalhes pessoais na Internet passou a ter uma importância secundária para os usuários.
A ansiedade das pessoas por querer compartilhar não é algo novo. Esse comportamento é uma evidência do desejo humano intrínseco de querer se conectar com os outros. Portanto, talvez possamos dizer que esse "problema" não é responsabilidade do fenômeno digital em si, mas sim que a incidência do digital está mais relacionada ao tipo de informação que compartilhamos e a quem permitimos o acesso.
Muitos usuários não param para pensar nos riscos aos quais estão expostos ao compartilhar informações pessoais em plataformas sociais. O mesmo se aplica às poucas restrições ao configurar as permissões dos aplicativos utilizados pelos usuários nesses sites para filtrar quem pode ver suas atividades.
Se levarmos em conta que a maioria dos usuários geralmente usa mais de uma rede social, é muito provável que um criminoso possa construir um perfil bastante detalhado de um alvo de ataque, coletando apenas informações sobre seus perfis e atividades em cada uma de suas contas das redes sociais.
Sobressaturadas de informações pessoais, as redes sociais se tornaram um território ideal para os criminosos, golpistas e predadores sexuais. Tendo usado esses sites como ferramentas de reconhecimento, um cibercriminoso pode enviar uma mensagem direcionada (spearphishing) na qual ele tenta fazer com que a vítima visite uma página falsa, que parece ser legítima, com o objetivo de roubar seus dados de acesso e dinheiro.
Eles também podem manipulá-lo para cair na armadilha de abrir um anexo infectado com um malware (software malicioso) que atua como um dropper (um falso protetor de tela, que quando aberto, simplemente exibe uma mensagem de erro) para outro malware capaz de fazer todos os tipos de coisas, incluindo o vazamento de dados ou a gravação de tudo o que digitamos no computador através de um keylogger (termo usado para se referir a um dispositivo capaz de capturar as teclas digitadas no computador).
Essas mensagens podem ser extremamente personalizadas para dar a impressão de que foram enviadas por um colega, uma vez que esse tipo de estratégia é provavelmente mais bem-sucedida do que as realizadas de maneira massiva e automática.
É importante entender que o conceito de networking (a ação de trabalhar sua rede de contatos, trocando informações relevantes com base na colaboração e ajuda mútua) que está no centro das plataformas sociais não promove um estado de cautela, mas sim o oposto. Muitas pessoas ficam desatentas nas redes sociais e clicam em links (é o "endereço eletrônico" de um documento [ou recurso] na web) maliciosos que dificilmente seriam clicados se fossem recebidos em um e-mail.
Embora as técnicas de Engenharia Social tenham surgido antes das plataformas sociais on-line, com a chegada das redes sociais, elas ganharam força e abriram novos caminhos para o roubo de identidade, fraudes on-line e outros tipos de crimes.
Com o advento da popularização da era tecnológica, onde todas as informações são encontradas rápidas e facilmente, se comunicar com o mundo, agora não é barreira. Há muitas ferramentas e aplicativos que facilitam nosso trabalho e cotidiano. Mas será que estamos sabendo manusear tanta tecnologia? Será que essa fácil acessibilidade a tanta informação nos beneficia ou pode ser um grande problema? Essas são reflexões plausíveis e urgentes de se fazer.
Todo excesso é prejudicial
Várias pesquisas recentes sobre esse tema nos confirmam que os jovens brasileiros estão entre os que mais permanecem conectados às redes sociais como: Facebook, Twitter, Instagram, Skype, WhatsApp e Tik Tok entre outras, com um uso extremo que chega a mais de 6 horas diárias. Muitos deles parecem ficar mais à vontade em relacionar-se no mundo virtual. E justo aí está o perigo, pois acabam expondo suas vidas pessoais em tais aplicativos.
Por não saberem lidar corretamente com essas ferramentas podem se tornar alvos fáceis de hackers (ladrões de identidades e outros criminosos virtuais). Os riscos de alta exposição na Internet são imensos, esses criminosos se aproveitam das informações ali postadas para: possíveis sequestros, clonagem de cartões, assédios morais e sexuais, furtos, pedofilia e muitos mais.
Um dos fatores predominantes que induz a exposição desses jovens no mundo digital está relacionada a necessidade de serem reconhecidos no meio social ou se sentirem importantes; questões totalmente ligadas ao psicológico e que devem ser tratadas adequadamente e não expostas publicamente.
E mesmo sabendo as consequências que geram a superexposição nesses aplicativos, frequentemente pessoas divulgam dados íntimos, fotos de bens materiais, conflitos pessoais, sonhos e conquistas, ou seja, questões que fazem parte da sua privacidade.
O que possibilita aos hackers caminho livre e ambiente ideal para maquinarem seus crimes, sem nenhuma dificuldade ou esforços, pois as informações necessárias para isso estavam ali: fácil e simples, só precisou de um clique.
Quais são os perigos das redes/mídias sociais/digitais?
- Golpes — Com a finalidade de adquirir determinados objetos a um preço bastante atrativo, podemos fornecer dados de cartões de créditos, por exemplo. A internet está cheia de golpistas que esperam a oportunidade para conseguir o que querem. Com isso, nos tornamos financeiramente vulneráveis.
- Cyberbullying — Ofensas que são enviadas, geralmente, por mensagens anônimas, bem como constrangimentos e ameaças, são alguns exemplos. O assédio virtual é muito perigoso e tratado como uma violência virtual. Principalmente os pais, precisam estar atentos e deixar claro aos filhos para que, se ocorrer, contar a eles. Além disso, é necessário denunciar os culpados o quanto antes.
- Autoestima baixa — As selfies precisam estar perfeitas para que as postagens recebam muitos likes (curtidas) e views (visualizações). Com isso, surge a necessidade de aprovação constante, o que acarreta em diferentes tipos de consequências. Além disso, especialmente no caso dos adolescentes, estão sempre se comparando com outras pessoas, se deslumbrando com a vida perfeita dos amigos e não conseguem perceber que essas postagens são apenas imagens, e que nem sempre são reais. Muitas delas, me arrisco a afirmar que a maioria delas, passam pelo tal photoshop (tipo de filtro artístico que, como o próprio nome já diz, são voltados a transformar uma foto que é comum em algo que foi feito com intuito artístico). Isso afeta a autoestima, além de acabar se tornando uma pessoa arrogante por querer sempre ser popular e receber elogios. É preciso entender que a perfeição sugerida pela Internet NÃO EXISTE na vida real.
- Dependência — A dependência pelo celular, especialmente o aplicativo WhasApp, é algo que pode gerar transtornos mentais. É fundamental que saibamos limitar esse tempo gasto na Internet. Sem contar que, no caso das crianças e adolescentes, acabam por não se desenvolver, socialmente.
Conclusão
Portanto as redes sociais devem ser nossas aliadas para busca de informações, estudos, trabalhos, mobilizações, notícias, socializações culturais, mas utilizadas com sabedoria, privacidade e segurança na web.
Faça uso de tantas ferramentas que facilitam a comunicação e interação com o mundo com prudência; e lembre-se: a privacidade é sua e não pública. Em resumo, apesar de sermos seres sociais por natureza, devemos usar as redes sociais de forma responsável, ou no afã de conseguir destaque, sermos transformados em apenas mais um na multidão de palhaços no picadeiro das mídias digitais. Pense nisso!
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.