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segunda-feira, 30 de maio de 2022

A BÍBLIA COMO ELA É — ENTENDENDO HEBREUS 9 E OS SACRIFÍCIOS

"Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus" (Salmo 51:17).
Será que a prática de sacrifícios ainda se faz necessária em nosso relacionamento com Deus hoje? Existe muita incompreensão em torno do que realmente significa o sacrifício. O autor da epístola aos Hebreus, especificamente no capítulo 9, nos trás um ensinamento muito elucidativo sobre essa questão, entretanto, por uma incompreensão de análise exegética, hermenêutica e semântica, muitos são os que ainda não compreendem absolutamente nada do que lá está registrado.

Sacrifícios envolvem coisas e pessoas, então para meditar sobre eles é preciso lembrar aquilo que todo mundo sabe mas que muito poucos levam em conta na hora de sacrificar. É o que veremos no texto desse artigo, mais um capítulo da série especial A Bíblia Como Ela, onde faremos uma análise, com base exatamente no capítulo 9 da epístola aos Hebreus.

Análise contextual de Hebreus 9


O autor argumenta neste capítulo que Jesus proveu para nós a bênção do acesso direto a Deus, a "mais cobiçada" de todas as bênçãos. Vejamos:

Nos versos 1-10 — os leitores são lembrados de que no primeiro santuário e seus regulamentos de adoração, as pessoas não tinham acesso a Deus. Só uma pessoa podia entrar no Santo dos Santos, onde estava o trono de Deus, e apenas uma vez por ano. O problema era que os sacrifícios oferecidos naquele tabernáculo não podiam purificar a consciência do adorador.

Os versos 11-14afirmam, porém, que Jesus entrou uma vez por todas no santuário celestial e ofereceu um sacrifício perfeito que purifica nossas consciências.

Os versos 15-23afirmam que esse sacrifício cumpriu dois propósitos. O primeiro foi nos redimir da transgressão cometida sob a primeira aliança e o segundo foi inaugurar a nova aliança com o Seu novo santuário, o celestial.

Então, os versos 24-28 — culminam o argumento, tornando clara a importância daquilo que foi feito por Jesus. Enquanto os sacerdotes só podiam entrar uma vez por ano na presença de Deus no Lugar Santíssimo, Jesus entrou uma vez por todas no santuário celestial para dar início ao seu ministério eterno (Hb 7:25) em nosso favor.

Não só isso, Ele afastou o pecado pelo Seu sacrifício, o que nos recorda a profecia de Daniel 9:24 de que o Messias viria
"acabar com a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna" (NVI).
No verso 27, o autor menciona que há uma segunda fase no ministério de Jesus relacionada com o julgamento, mas o objetivo deste julgamento será trazer a salvação ao Seu povo.

Eu amo a maneira como Hebreus 9:24 descreve o sacrifício e a ascensão de Jesus
"...para… se apresentar diante de Deus em nosso favor" (NVI).
A expressão hebraica
"se apresentar diante de Deus"
significa pedir ajuda a Deus. A esperança era que ao estar diante de Deus o Seu rosto brilhasse com alegria (Números 6:25). Isto é certamente o que aconteceu quando Jesus apareceu perante o Pai em nosso benefício.

Entendido isto, vamos fazer uma análise sobre o significado do sacrifício, além do já não mais necessário ritual religioso.

  • Nós não criamos a vida e nossa vida não nos pertence

Experimentamos a vida, a existência, por uma concessão divina, que neste mundo pode durar minutos ou mais de um século, e pode cessar a qualquer momento, conforme queira o Autor da Vida.

Não escolhemos nada sobre o nosso nascimento: quem serão nossos pais, se seremos menino ou menina, etc. Também não escolhemos se vamos ficar doentes ou não, se precisamos ou não comer, dormir... contrariamente ao senso comum, quase nada nesta vida é decisão nossa, mas tão somente reação às situações fora de controle que nos cercam. E também a morte nos escapa ao controle.

  • Nada trouxemos a este mundo e dele nada levaremos

As coisas deste mundo ficam nele, são construídas, se deterioram, mudam de mãos, chegam até nós e, invariavelmente, passarão a alguém em algum tempo e lugar.

Tudo aquilo deste mundo pelo que sacrificarmos ficará nele, não seguirá conosco. Reis antigos queriam ser enterrados com seus tesouros, para desfrutá-los na outra vida, mas nós sabemos que esses tesouros foram parar, na melhor das hipóteses, em museus.

  • O sacrifício permeia a história da humanidade

Dos registros históricos mais antigos até os nossos dias pessoas sacrificam coisas, animais, outras pessoas e até a si próprias em função de uma crença, de um propósito que acreditam ser superior àquilo (ou àqueles) que sacrificam.

Sacrifício é, em si, qualquer ato de dedicação ou entrega a Deus, a uma divindade, religião, crença, culto, rito, ou objetivo.

Todo ser humano tende a realizar sacrifícios conforme suas crenças, sejam elas religiosas ou não, mas tudo aquilo pelo que o homem sacrifica invariavelmente assume o papel de divindade em sua vida.

Alguns sacrificam a outros ou a si próprios pelo trabalho, por dinheiro ou bens, por fama, pelo poder, pela realização pessoal... há quem sacrifique o tempo, objetos, animais, acreditando que obterá algo superior... e há também quem se sacrifique por essas coisas, acreditando ser este sacrifício, em si mesmo, algo superior...

Quando se trata de pessoas ou animais, sacrificar não significa necessariamente matar, mas não exclui essa possibilidade, pois é notório que há não poucos no mundo capazes de matar ou morrer por suas crenças, e considerarem isto um sacrifício digno de recompensa.

Invariavelmente, sacrifício é a entrega de algo que está em poder do menor (nós) para servir àquele ou àquilo que considera-se ser maior (a quem servimos com o sacrifício).

Aqueles que amam às coisas deste mundo sacrificarão por elas recursos, outras pessoas e até a si próprios. Se a meta de alguém é ficar rico a qualquer custo, o seu deus é o dinheiro e em nome da riqueza sacrificará o que tiver à sua volta.

Quando uma pessoa investe em sua carreira profissional em detrimento da família, dos filhos, é como se os estivesse entregando num altar para serem sacrificados como um gesto de adoração à sua própria realização profissional.

Parece duro, mas é real!


Da mesma forma, quando o deus da pessoa é sua família, ela é capaz de mentir, roubar e até matar para protegê-la.

Um atleta profissional certamente se dedica à prática esportiva e por ela sacrifica (dedica, entrega) aspectos de sua vida, convívio familiar, para alcançar resultados superiores.

São palavras duras, mas basta olhar em volta, no noticiário, no factual, para ver a quem e pelo que as pessoas estão sacrificando:
  • Um empresário descobre que está falido, vai para casa e resolve matar toda a família e a si próprio porque não terá mais condições de manter o padrão de vida. A quem este homem dedicava sua vida e por quem sacrificou a si mesmo e sua família?
  • Um atleta morre porque usava esteroides anabolizantes para manter sua boa forma. Quem era maior do que ele, a ponto de custar sua vida?
São histórias reais, dentre tantas outras, que demonstram que todos nós estamos sujeitos a, se não tomarmos cuidado, sacrificarmos aquilo que temos de mais precioso pela crença em coisas de pouco ou nenhum valor.

Conclusão


Mas pelo quê e a quem temos sacrificado? A quê ou a quem estamos dedicando nosso tempo e recursos? Pode-se simplificar o sacrifício assim: se eu amo algo/alguém, dedico a este algo/alguém aquilo que tenho de mais precioso.

Deus provou Seu amor por nós sacrificando Seu próprio Filho, Jesus Cristo. Porém Ele não sacrificou Jesus a nós, mas a Si mesmo, em nosso lugar, porque aquela morte na cruz maldita substituiu a morte eterna que nossos pecados merecem. Por isso que quem crê será salvo e terá vida eterna, porque somente crendo podemos desfrutar do eterno benefício desse sacrifício real.

Enquanto o sacrifício neste mundo consiste em abrir mão de coisas e pessoas para satisfação de nossas crenças, conceitos e valores, o sacrifício pedido por Deus consiste em abrirmos mão de nós mesmos, dos nossos conceitos e valores, para abraçarmos um caminhar com Ele, permeado pelo amor e por conceitos e valores eternos como Ele próprio (Sl 51:15-17; Miqueias 6:6-8).

Precisamos refletir, ter cuidado e vigilância permanente sobre aquilo a que temos dedicado nossas vidas, para não sermos achados idolatrando coisas, pessoas, animais, ideias ou qualquer outra coisa.

Deus não precisa de nada que proceda de nós, pois tudo é dEle. Ele valoriza o que há em nosso coração, aquilo que nos move a sacrificar, a entregar por amor aquilo que temos de melhor.

Que o Senhor nos conceda sabedoria para que nossos sacrifícios nesta vida, acima de tudo, Lhe sejam sempre agradáveis e em linha com Sua boa, perfeita e agradável vontade:
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:1,2).
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
Apesar da flexibilização no uso da máscara, onde o uso do acessório já não é mais obrigatório nos ambientes abertos em muitas regiões da Federação, o bom senso e a concientização individual, ainda é uma premissa para a segurança e a proteção coletiva.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confunda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia.

sábado, 28 de maio de 2022

ORAÇÃO: POR QUE ELA É FUNDAMENTAL PARA A SOBREVIVÊNCIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO?

"Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempor oportuno" (Hebreus 4:16).
A oração é a nossa arma espiritual mais poderosa, pois dela procedem todas as outras armas espirituais além da comunhão com nosso Deus. Orar, para nós cristãos, deve ser tão comum quanto respirar.

Se não orarmos, morreremos, assim como na respiração, se não respiramos, também morreremos. Este é o problema da maioria dos irmãos. Nós não oramos. Que a partir deste artigo você seja incentivado a orar sem cessar. Ore a Deus hoje e veja o que um Deus vivo pode fazer na sua vida.

A oração além de nos fazer sermos mais íntimos do Pai, é também uma eminente ferramenta para abençoarmos ao nosso próximo, já dizia certa frase:
"Uma das maneiras mais poderosas de se amar alguém é orando por ela."
Através de nossas orações Deus pode mudar gerações, vidas e países, que estão precisando do seu incondicional e infalível amor que um dia nos resgatou.

Assim como Jesus sendo o próprio Deus nos deu um imenso exemplo de intimidade para com o Pai através da oração, dentre a história encontramos diversos homens que seguiram o seu exemplo.

Um deles foi Tiago, o próprio meio-irmão de Jesus, Duewel ([✩1916/✞2016] 1996, p. 12) também em seu livro conta o que a história nos diz sobre a vida de oração de Tiago.
"Quando ele morreu e seu corpo foi preparado para o sepultamento, descobriram que seus joelhos estavam calejados devido às horas em que ficava ajoelhado, de tal modo que quase pareciam os joelhos de um camelo. Ele tornou-se conhecido como 'Joelhos de Camelo'".

A oração


A oração nada mais é do que o diálogo vivo e vivificante entre Deus e o homem. A oração é a arma que possuímos para nos fortalecer espiritualmente e para nos manter firmes contra todas as investidas do diabo. 

Sem a oração dificilmente viveremos a profundidade e realidade do Reino de Deus, pois acabaremos nos perdendo em muitas teorias e falácias humanas. Mas quando nos arrependemos e nos achegamos a Deus, verificamos que somos nada e que Deus em nós, é tudo.
  • A oração nos aproxima de Deus; 
  • Nos mostra quem somos;
  • nos mostra que devemos amar os nossos irmãos; 
  • Define quem somos em Deus e no meio do povo de Deus;
  • Gera em nós vontade de servir nossos irmãos;
  • Nos revela coisas inefáveis; 
  • Nos dá discernimento, conhecimento e sabedoria.
É a oração e o encher do Espírito Santo que satisfaz a nossa vida. A nossa vida humana é vazia sem que o Espírito de Deus encha os nossos corações. Esse enchimento só pode acontecer através da oração.

A oração também é o que equilibra a nossa vida cristã. Todo cristão deve, obrigatoriamente, se equilibrar sobre dois pilares: oração e leitura da Bíblia. Sem a leitura da Bíblia não conheceremos quem é Deus e qual é o caminho que devemos seguir nesta Terra.

Sem oração podemos mesmo ler e conhecer muito da Bíblia, mas nos perderemos em teorias, sem chegar ao pleno conhecimento da Verdade, que não é letra morta, mas é um Cristo ressurreto e vivo.

Por que orar?


Existem muitas razões pelas quais devemos orar sem cessar. Veremos algumas delas abaixo.

  • Nos aproximar de Deus

"De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam" (Hb 11:6).
O primeiro motivo pelo qual devemos orar é o mais óbvio possível: nos aproximar de Deus. Oramos para ter comunhão com Deus e para conhecê-lO. O texto de Hebreus nos dá um ensinamento vital quando falamos em oração para nos aproximar de Deus. Ele nos mostra que se queremos nos aproximar de Deus, devemos ter fé.

A fé é o ponto determinante que indicará se nos aproximaremos ou não de Deus. Ela determina se nossa oração será aquela oração repetitiva ou se nos encheremos do Espírito em nossa oração. Essa oração verdadeira precisa de fé. Ela é o nosso combustível para achegar a Deus através da oração.

  • Vencer a carne

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Marcos 14:38).
Outro motivo para orarmos é vencer a nossa carne e as concupiscências da vida. A única forma de vencer as tentações da carne é através das orações e jejuns. Não existe possibilidade de vencermos a carne se não oramos ou se oramos sem fé.

Devemos buscar o Senhor para vencer a nossa carne e a nossa vontade. Se nos fortalecemos no Espírito, então não daremos lugar a nossa carne. Mas se não oramos, certamente cairemos em tentação.

  • Pré-requisito para batalha espiritual

"Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos" (Efésios 6:18).
Quando falamos sobre guerra espiritual falamos, indiretamente, sobre oração. Não existe guerra espirital sem oração. Por exemplo: quando lemos sobre a armadura de Deus a oração é citada no começo e fim do texto de Efésios 6. Ela não é, necessariamente, uma das armas da armadura, mas é tão importante quanto qualquer outro item citado no nosso entendimento sobre a armadura de Deus.

  • A oração move os Céus

"Então, me disse: 'Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim'" (Daniel 10:12).
Outro texto interessante é este de Daniel que mostra que as palavras de Daniel chegaram até ao trono de Deus! Meu irmão, a oração consegue tocar o coração de Deus e é capaz de coisas que não fazemos ideia.

Tudo isso porque Daniel se humilhou e aplicou o seu coração a compreender as coisas do Senhor e falou a Deus em oração
"[...] foram ouvidas as tuas palavras;".
A oração é uma arma espiritual e, por isso, quando nos colocamos humilhados perante o nosso Deus, Ele move Céus e Terra para se achegar até nós. Veja que este homem da visão de Daniel foi interrompido pelo príncipe da Pérsia para não chegar até Daniel.

Este príncipe da Pérsia, no contexto espiritual, é o príncipe deste mundo, satanás. O diabo não deseja que conheçamos a profundidade de Deus e, por isso, tentará de todas as formas impedir que tenhamos essa comunhão com Deus.

  • Arma contra espíritos malignos e potestades

"Respondeu-lhes: Esta casta não pode sair senão por meio de oração [e jejum]" (Marcos 9:29).
A oração é uma arma espiritual. Através da oração o Senhor nos ensina que a Igreja poderá expelir até mesmo potestades inteiras. Sabemos que Jesus expelia os espíritos malignos pela ordem da sua voz e assim ele ensinou aos seus discípulo. Mas houve um caso em que o espírito maligno não foi expelido. Nestes casos devemos buscar o Senhor em oração e jejuns para que as castas sejam expulsas.

  • Para nos fortalecer

"Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder" (Ef 6:10,11).
A forma que temos de nos fortalecer no Senhor é através da oração. O texto de efésios 6 deixa claro que a oração é a forma que temos para nos fortalecer no Senhor
"e na força do seu poder".
Só conheceremos o Senhor através da oração, portanto devemos nos fortalecer nEle também através da oração.

Conclusão


Devemos compreender que a oração além de nos saciar interiormente, irá nos trazer forças para vencermos as tentações e aflições do dia-a-dia, quanto que a respeito de vencermos as tentações através da oração, Jesus bem afirmou isso no Getsêmani para Pedro, Tiago e João, conforme descrito em Mateus 26:41:
"Vigiem e orem para não caírem em tentação…",
assim devemos fazer como disse Jesus para não cairmos em tentação, pois como Ele diz na sequência do versículo, o nosso espirito está pronto, mas a nossa carne é fraca, ou seja, se nós estivermos fortalecendo dia a após dia o nosso espirito através da oração, ele se tornará cada dia mais forte, e assim consequentemente venceremos mais facilmente a nossa carne que é fraca, e é tendenciosa para nos fazer afastar de Deus.
Sei que já disse isso anteriormente, aqui mesmo neste texto, porém, como é algo que parece termos tendência natural em esquecer, nunca é demais enfatizar.
O próprio Apóstolo Paulo nos alertou em 1 Tessalonicenses: 5:17, quanto o viver no espirito de oração, quando ele diz nesse versículo:
"Orai sem cessar."
Ou seja, estarmos orando constantemente, diariamente vivendo no espirito de oração.

E muitos outros servos de Deus como: Christmas Evans (✩1766/✞1838), Henrique Martyn (✩1781/✞1812) Charles Spurgeon (✩1834/✞1892), Martinho Lutero (✩1483/✞1546), Jônatas Edwards (✩1703/✞1758), e tantos outros cristãos que encontramos na história e na Bíblia, que entenderam a importância da oração e as colocou em prática.

Concluímos, respondendo à pergunta que dá título a este artigo, que a oração é de extrema importância e essencial na vida cristã, para assim estarmos mais íntimos de Deus, mas mesmo tendo esse conhecimento, muitas vezes temos a negligenciado em nosso cotidiano, por isso convido a cada um de nós, fazermos uma aliança com o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a partir de hoje, buscarmos e nos entregarmos mais a Deus por intermédio da oração.
[Fonte: Compartilhando Cristo, por Hiran Amorim; DUEWEL, Wesley L. "Toque o mundo através da Oração". São Paulo: Editora Candeia, 1996]

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quarta-feira, 25 de maio de 2022

PERSONAGENS BÍBLICOS — JOSÉ DE ARIMATEIA: MAIS QUE UM REPRESENTANTE POLÍTICO, UM "APÓSTOLO SECRETO"

Em tempo de eleição o nome de José de Arimateia algumas vezes é lembrado por alguns candidatos e políticos cristãos evangélicos para convencer seus eleitores de que a Igreja necessita de representação política para a sua sobrevivência. Nada mais equivocado!

José de Arimateia era um discípulo de Jesus e membro do Sinédrio, o Supremo Tribunal de Jerusalém para julgar questões do povo judeu de acordo com a Lei de Moisés, que era a Constituição dos judeus. Ele, José de Arimateia, não consentiu na decisão e no procedimento dos outros quanto à condenação de Jesus, sendo, porém, voto vencido. 

Após a morte de Jesus dirigiu-se a Pilatos e pediu o corpo de Jesus para sepultá-lo. Algumas traduções bíblicas chamam a esse Conselho Supremo de "Senado" e, José de Arimateia, senador. A idéia é que José de Arimateia era um crente na política.

O fato de José de Arimateia ter sido uma pessoa de influência na sociedade judaica e membro do mais importante Conselho de Jerusalém, o Sinédrio, e alguém com acesso ao governador Pilatos para intermediar o pedido do corpo de Jesus, para muitos candidatos religiosos, constitui uma indicação de que a Igreja, para ter êxito, precisa também se fazer representar politicamente em todas as esferas e em todos os poderes. Mas, terá sido mesmo essa, a importância da representatividade desse personagem, na história de Jesus? É o que veremos no texto deste artigo.

A história de José de Arimateia


José de Arimateia foi um judeu, "senador", ou seja, membro do Sinédrio (a Suprema Corte dos judeus) e um homem rico da época. Vale lembrar que "Arimateia" não é seu sobrenome, e sim sua cidade de origem. Alguns defendem que essa cidade seria a antiga Ramataim-Zofim, onde Samuel nasceu (1 Sm 1:1,19), entretanto sua localização é incerta.

José de Arimateia é mencionado no Novo Testamento nos quatro Evangelhos. São exatamente essas passagens que nos fornecem detalhes acerca de seu perfil. O Evangelho de Lucas o descreve como um "homem bom e justo" (Lc 23:50), e que, apesar de ser membro do Sinédrio, ele não votou a favor da condenação de Jesus. 

Lucas ainda completa nos dizendo que José de Arimateia era alguém que esperava o Reino de Deus (23:51). Na passagem paralela no Evangelho de Marcos, José de Arimateia é descrito como um "senador honrado" (Mc 15:43).

No Evangelho de Mateus temos a informação acerca de seu poder aquisitivo, sendo descrito como um homem rico e também discípulo de Jesus (Mt 27:56). O Evangelho de João ressalta que José de Arimateia era um 
"discípulo de Jesus, mas ocultamente, por medo dos judeus" (Jo 19:38).

Discípulo secreto


O medo que José de Arimateia sentia, e que o levava a ser um discípulo "secreto"  de Jesus, era semelhante ao de Nicodemus e estava relacionado à possibilidade de que, caso descoberto, os outros membros do Sinédrio o expulsariam do conselho, e até mesmo da sinagoga. Comportamentos semelhantes ao de José podem ser notados em outras passagens bíblicas (Jo 7:13; 9:22; 20:19).

Muitas histórias e lendas são contadas sobre José de Arimateia em relatos extra-bíblicos. Tais relatos contam que José de Arimateia era um grande comerciante que possuía uma frota de navios que faziam exportações entre a Palestina até a Britânia (uma província no centro-sul da atual Grã-Bretanha). Segundo tais relatos, José de Arimateia teria sido preso culpado pelo desaparecimento do corpo de Jesus, sendo abandonado por sua família e tendo seus bens confiscados.

Após treze anos de prisão, ele teria sido solto por Tibério Alexandre (✰10 d.C./✞70 d.C.), governador da Judeia. Em liberdade, José teria conseguido reconstruir sua fortuna e teria investido seus recursos na obra de evangelização. 

Ainda segundo essas lendas, José de Arimateia fundou a primeira congregação cristã na Britânia, ao ser enviado para lá por Filipe da Gália, em 63 d.C. Outra lenda, talvez de 1.200 d.C., conta como José de Arimateia levou para a Inglaterra o Santo Gral.

José de Arimateia e o sepultamento de Jesus


A Bíblia nos informa que, após a morte de Jesus, José de Arimateia foi a Pilatos para pedir o seu corpo a fim de que pudesse sepultá-lo (Mt 27:57,58; Mc 15:43; Lc 23:52; Jo 19:38). O Evangelho de Marcos enfatiza que essa foi uma atitude ousada por parte dele. Talvez essa ousadia esteja relacionada com o fato de que José tinha sido um discípulo oculto de Jesus, e, com tal atitude, seus colegas do Sinédrio ficariam sabendo do ocorrido.

Contexto profético-histórico


Após comprovar que Jesus realmente estava morto (Mc 15:44), Pilatos concedeu a permissão para que José de Arimateia o sepultasse. José, juntamente com outras pessoas, se dirigiram ao Calvário para que pudessem retirar o corpo da cruz.

Na tarefa de preparação do corpo, José contou com o auxilio de outro membro do Sinédrio, Nicodemos, que forneceu as especiarias que serviram para a unção do corpo, enquanto José de Arimateia preparou o linho fino que envolveu o corpo de Jesus, e também providenciou o seu próprio tumulo particular.

Aqui, vale ressaltar que os judeus preparavam seus mortos de maneira diferente dos egípcios. Os judeus enrolavam o linho fino envolta do corpo, como uma bandagem, que espalhava pelo próprio corpo as especiarias, no caso a mistura de mirra e aloés. Já os egípcios, embalsamavam seus mortos removendo o cérebro e as entranhas.

Outro ponto que também merece atenção, é o sepulcro fornecido por José de Arimateia. Sabemos que esse sepulcro era cavado na rocha, e que até então não havia sido usado (Mt 28:57-60), um lugar propício para receber um corpo que não sofreria decomposição (Salmo 16:10). O fato de ter sido cedido por José de Arimateia, nos faz lembrar claramente do que fora dito pelo Profeta Isaías de que
"com o rico esteve em sua morte" (53:9).
Após depositarem o corpo de Jesus no tumulo, uma pedra muito pesada foi usada para lacrá-lo. A entrada do túmulo era bem baixa, como fica evidente na descrição de Maria precisando abaixar-se para olhá-lo por dentro (Jo 20:11).

Representação política?


Entretanto, a Igreja/Corpo de Cristo, de acordo com o Evangelho, não surge a partir de intervenção humana, não procede de carne ou sangue, mas nasce da revelação de Deus no coração do homem, e que tem como resposta a confissão de que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. 

E contra esta convicção no coração nem as portas do inferno, com sua espada degolante, podem prevalecer contra essa Igreja, que não é formada de tijolo, de madeira, de CNPJ, mas de pessoas cujos corações não conseguem mais negar o senhorio de Cristo ainda que sob a ameaça da espada da morte. 

Só isto já seria o suficiente para demonstrar que a Igreja de Jesus, não a Instituição chamada "igreja", não necessita de representação político-partidária, pois seu representante é Cristo. Cristo é o Cabeça (representante) da Igreja. A Igreja é dEle e Ele mesmo a edifica e a defende (Mt 16:18b).

Outra razão é que Jesus nunca precisou de uma bancada cristã dentro do Sinédrio para defendê-lO. No dia em que foi preso, Jesus disse a Pedro, que tentava defendê-lO com uma espada: 
"Basta, Pedro! Você acha que eu não poderia pedir a meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição, não uma legião de Josés de Arimateias, nem uma legião de representantes no Sinédrio para me defender, mas legiões de anjos (Mt 26:52,53)?"
Mas, suponhamos que na época de Jesus, o Sinédrio possuísse uma bancada evangélica para representar Jesus — pois já sabemos que o voto do discípulo José de Arimateia (e talvez também o de Nicodemos), o qual votou contra a condenação de Jesus, foi voto vencido —, então eles teriam conseguido impedir que Jesus fosse condenado. 

Contudo, ainda assim, não teriam resolvido o problema. Pelo contrário, teriam arrumado um problema ainda maior, pois agora estariam lutando contra os desígnios do próprio Deus, que propunha na morte de Cristo a nossa redenção, sendo, portanto, Sua morte, necessária. 

Neste caso a bancada, sem conhecimento do eterno propósito de Deus estabelecido em Cristo e na Sua morte, estaria prestando um desserviço ao reino de Deus. Jesus lhes diria: 
"Eu vim para esta hora" (Jo 12:27). 
"Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer desta forma (Mt 26:54)?"
Isto não significa que devemos viver alienados politicamente; que, numa sociedade democrática, não devamos participar da vida pública ou nos importar com aqueles que nos representam; não! 

É evidente que o bem da cidade, do Estado e do País é o bem de todos e, o mal da cidade... é o mal de todos (incluindo os cristãos). A sociedade (incluindo os cristãos) precisa de bons representantes, de pessoas honestas e competentes que nos representem. 

Mas isto é para o bem da sociedade, incluindo os cristãos. Já a Igreja, Corpo de Cristo, nasce e se mantém unicamente pela fé em Jesus, e isto "com" ou "sem" perseguição, "com" ou "sem" representação política.

Conclusão

Onde ficava o tumulo de Jesus cedido por José de Arimateia?


Apesar de muita especulação acerca da localização do sepulcro fornecido por José de Arimateia, nada se sabe de concreto. Na verdade, essa dificuldade ocorre pelo fato de que também não se sabe onde exatamente ficava o Calvário. Tudo o que sabemos é que o sepulcro fica nas proximidades do Calvário.

Atualmente em Jerusalém, alguns pontos turísticos são identificados como sendo os locais originais descritos nos relatos bíblicos, entretanto nada pode ser comprovado com exatidão. Muitos estudiosos defendem que a localização original do tumulo em que Jesus foi sepultado é impossível de ser determinada.

Creio que é melhor assim, pois se o local fosse conhecido com exatidão não consigo imaginar tamanha honra que lhe seria atribuído. Para nós, o importante não deve ser a localização, mas a certeza de que Ele não está mais lá.

Por fim, a instituição igreja pode vir a fechar as portas — e em alguns casos seria até bom que fechasse mesmo as portas para o bem do Evangelho, como clama o profeta Malaquias: 
"Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês, diz o Senhor dos Exércitos, e não aceitarei as suas ofertas" (1:10) —, 
mas a Igreja/Corpo-de-Cristo jamais deixará de existir.

[Fonte: Estilo Adoração, por Daniel Canegero; Blog do Hiel Levy, por Ismar Sahdo é funcionário público federal e Professor de Geografia pela Seduc]

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sábado, 21 de maio de 2022

DIRETO AO PONTO — REDES SOCIAIS, SUAS AMIGAS OU INIMIGAS?

As redes sociais são uma excelente alternativa para divulgar ações e interagir com o público-alvo. Fato! Quando as redes sociais surgiram, elas serviam para estimular o pensamento, porque todos em tese teriam uma voz. Porém, claramente algo está errado. Apesar de seus defeitos, as redes sociais e os ambientes online têm benefícios claros que também vale a pena preservar.

Não há dúvida de que as plataformas, por exemplo, aumentam o acesso a uma vasta quantidade de conhecimento, criam valiosas comunidades auto-gerenciadas e estimulam movimentos culturais importantes. Você conhece os cuidados necessários nas redes sociais? Sabia que sua vida profissional e pessoal pode estar exposta demais? Veja mais detalhes no texto deste artigo.

Vida na vitrine midiática


Existem alguns cuidados necessários nas redes sociais que não podemos abrir mão, tais como evitar passar informações pessoais para terceiros, manter nosso número de telefone em segredo, e até recusar alguns pedidos de amizade.

Hoje, uma organização que não apresenta um perfil no Facebook ou Instagram, por exemplo, está perdendo grandes oportunidades de aumentar a visibilidade dos serviços.

Outro fator importante é que uso inadequado pode causar um grande prejuízo para a imagem tanto pessoal, quanto de uma instituição. Por isso, muitas são as empresas que orientam que seus colaboradores tenham uma conduta adequada não apenas no ambiente de trabalho, mas também na internet.

Inclusive — e isso é muito importante que se saiba —, há muitas corporações, que já incluíram como regra de seleção, as pesquisas nas redes sociais de seus candidatos.

Não ignore os limites impostos pelo bom senso


Um exemplo recente de como a falta de bom senso no mundo virtual pode prejudicar uma organização foi um post publicado sobre o curso de formação de agentes penitenciários do Distrito Federal. 

O conteúdo apresentava um vídeo com uma paródia daquela música pavorosa, que virou hit mundial, a tal "Despacito", cuja letra chamava os detentos de "burros" e mencionava o uso de armas letais e de gás nas celas.

Compartilhado nas redes sociais, o vídeo teve uma grande repercussão negativa e foi notícia em vários veículos de comunicação em nível nacional. O caso, inclusive, foi alvo de apuração pela Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal (SSP-DF) e os servidores responsáveis pela publicação foram passíveis de punições.

Outro exemplo bem recente do quanto as redes sociais são um terreno pantanoso, foi o fato envolvendo uma conhecida psêudo-cantora pop, que foi casada com um também psêudo-humorista — ambos, obviamente, influciadores digitais, com um universo de fãs/seguidores.

A tal moça, de um view a outro, foi transformada de musa a bruxa, sofrendo verdadeiro linchamento virtual, quando foi acusada por uma orda de pessoas que devem ter um número negativo de neorônios, de ser a culpada pelo fato do tal psêudo-humorista e sua então nova esposa, terem perdido o filho que esperavam. Um verdadeiro absurdo, que só revela o quanto as redes sociais, se não forem bem usadas, podem ser nocivas.

O que pode ser feito?


Se você quer evitar problemas com o que divulga em uma mídia social, é melhor adotar as seguintes ações:
não faça críticas sobre a empresa e os colegas de trabalho, mesmo que já tenha saído da organização;

cuidado com as opiniões ou comentários que você faz sobre diversos assuntos (política, religião, esportes, etc.);

●evite postar fotos, vídeos ou informações que demonstrem uma postura inadequada;

● atenção para não escrever posts com erros ortográficos e linguagem ofensiva;

●faça posts que chamem a atenção dos seus amigos e de outras pessoas de maneira positiva, mas não exagere na exposição;

● esteja atento para não participar de discussões inúteis e que não te agreguem nenhum valor;

evite ao máximo discussões e debates de cunhos políticos e religiosos, tais discussões, não raramente acabam em polêmicas vazias que em absolutamente nada agregam e/ou edificam;

e, por último, analise bem as publicações que você está comentando, compartilhando e curtindo.

Benefícios das redes sociais

Como usar as mídias digitais ao seu favor


Tanto profissionalmente quanto pessoalmente, as redes sociais podem proporcionar vantagens para os usuários. Além de ser um canal para encontrar boas oportunidades de contratação e de qualificação, é viável ampliar o networking e conhecer as principais tendências do mercado de trabalho.

No aspecto pessoal, manter o contato com os parentes e encontrar amigos são algumas das vantagens de ter um perfil em uma mídia social. Com bom senso e sabedoria, é possível evitar problemas, ficar bem informado e se divertir bastante ao publicar, curtir e compartilhar posts.

Essas medidas podem nos livrar de:
● Pessoas mal-intencionadas, que só usam as redes sociais para realizar golpes e cibercrimes; 
● Ter nossa identidade roubada, principalmente para uso em robôs que atuam na internet; 
● Invasão de seu perfil na rede social, seja por páginas de acesso falsas, força bruta ou por dispositivos infectados; 
● Uso de informação contra nós mesmos, como uma má interpretação de algo que foi publicado em nossa página, e que pode render uma ação penal; 
● Redução de nossa privacidade, pois é normal publicarmos coisas de nossos interesses na internet, mas devemos sempre evitar divulgar informações pessoais ou meios para obtê-las; 
● Mensagens maliciosas disseminadas por bots (robôs), que é uma prática "na moda" atualmente; 
● Danos a sua imagem ou a de terceiros, visto que informações se propagam muito rapidamente pelas redes sociais e, em alguns casos, torna-se impossível excluir todo o conteúdo disseminado.

Nosso comportamento dentro das redes sociais


Algumas atitudes que parecem inocentes na verdade podem causar problemas de privacidades perigosos.

Um outro fato recente, também gerou polêmica e deu o que falar no universo onilne. Um certo pastor e influenciador digital — ele também, que se diz "coach", acumula seus milhares de seguidores em redes sociais —, em viagem de férias para um paraíso litorâneo no norte do Brasil, resolveu tirar e postar uma foto usando apenas uma minúscula sunga de banho, ostentando seu corpo bronzeado e bombado.

O que ele não esperava, mas aconteceu, foi alguém chamar a atenção para sua protuberância genital na tal foto. Bastou isso para que os sites gospel de fofocas (Sim, existem essas aberrações!) começarem a fazer matérias escabrosas, dando ênfase ao volume sob a sunga do tal pastor. O triste foi quando ele gravou um vídeo para se explicar. A emenda saiu incomparavelmente pior que o soneto.

A análise aqui é: mesmo sendo lícito ao tal pastor fazer a postagem da famigerada foto — a princípio, a rede social é dele e ele, portanto, posta o que bem entender (não é assim que a maioria de nós pensa?) , será que foi uma atitude conveniente?

Dessa forma, é bom ficar atento a alguns comportamentos dentro das redes sociais. Veja os principais:
Sempre aja como se estivesse em um lugar público. Dessa forma, cuidado com o que posta em sua rede — na verdade, as redes sociais são mesmo de domínio público, a maioria das pessoas parece se esquecer disso
● Cuidado ao divulgar alguma coisa nas redes sociais, pois pode não ser possível voltar atrás, no futuro, nossa memória pode ser curta, mas a dos arquivos da internet, não; 
● É importante usar as configurações mais restritivas possíveis dentro do site, pois irá manter suas informações guardadas com zelo; 
● Não disponibilize seu e-mail pessoal. No entanto, caso sinta a necessidade de ser encontrado por e-mail, crie um somente para isso; 
● Tenha cuidado em dobro ao aceitar pessoas em sua rede de amigos, assim como aceitar convites para grupos; 
● Evite divulgar sua localização, e isso significa até mesmo fotos em locais conhecidos; 
● Não divulgue viagens que irá realizar no futuro, pois isso pode significar um período de ausência em sua residência, facilitando o trabalho de bandidos; 
● Evite ao máximo realizar check-in, mas caso não seja possível, só o faça depois que saiu do local; 
● Se estiver interessado em algum evento organizado na rede social, marque as informações pertinentes em algum lugar físico, evitando usar a opção de "marcar presença" da rede social.

Conclusão


Estes são alguns cuidados que se deve ter ao navegar pelas redes sociais e internet. Uma maneira simples para ponderar se você está exagerando na exposição de sua vida e família nas postagens é pensar da seguinte maneira:
● Ao comprar algum novo bem para sua casa ou família, abriria as portas da sua casa e ficaria convidando a todos que passassem para entrar e ver o que acabou de comprar? 
● Colocaria fotos de sua família em eventos que fizeram expostas na calçada para que todos pudessem ver, e se quisessem pudessem levar embora?
Quando não se toma os cuidados necessários com as postagens é exatamente isso que se faz, estamos expondo nossa vida a qualquer um, pois você não sabe quem está do outro lado e muitas vezes nem mesmo que a pessoa é quem diz ser.

Vou terminar este artigo, citando a orientação do apóstolo Paulo:
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas covêm. Todas as coisas me são lícitas, ma eu não me deixarei dominar por nenhuma. [...] Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. [...] Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (1 Coríntios 6:12; 10:23,31).
[Fonte: Prodest; Estilo AP, por Anderson Pinheiro; Ciberfly]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
Apesar da flexibilização no uso da máscara, onde o uso do acessório já não é mais obrigatório nos ambientes abertos em muitas regiões da Federação, o bom senso e a concientização individual, ainda é uma premissa para a segurança e a proteção coletiva.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confunda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

QUAIS VOZES VOCÊ TEM DADO OUVIDOS?

  • O texto deste artigo é uma adaptação do esboço da mensagem que eu ministrei em culto realizado no dia 06 de março de 2022, na congregação onde sirvo no exercício ministerial.
Todos os dias ouvimos muitas vozes, desde o momento que acordamos até a hora em que nos deitamos. Tem sempre alguém falando algo que pode afetar de maneira positiva ou negativa o dia e até mesmo a vida de quem paut nossas escolhas em opiniões alheias. Essas vozes podem vir de alguém do círculo familiar, de colegas de trabalho, de amigos e até pessoas desconhecidas na internet.

Há quem seja tão dependente de vozes de terceiros que não consiga dar um passo na vida sem antes consultar alguém para saber p qie a pessoa acha a respeito ou o que faria no lugar dela.

No meio desse mar dessa hecatombe de vozes e opiniões são lançadas palavras de dúvida que agem diretamente contra a Fé. Por isso, a questão que não deve ser ignorada é em relação à voz de Deus: será que a temos ouvido? Essa é a única voz que traz a grantia que, se for obedecida, trará bons resultados. Cabe a cada pessoa escolher a voz que o guiará, mas é importante destacar o que diz a palavra de Deus:
"E todas estas bênção virão sobre ti e te alcançarão, quando ouvires a voz do Senhor teu Deus" (Deuteronômio 28:2).

Cuidado com as vozes que tem ouvido


Conforme já dito acima, diariamente estamos sujeitos a ouvir várias vozes. Ainda mais nos tempos atuais, onde todos se julgam no direito de falar o que querem, quando querem, a quem querem, sem, contudo, estarem dispostas a ouvirem na mesma proporção.

Uma das coisas que mais vemos atualmente, principamente nas redes sociais, são pessoas exigindo o direito à chamada liberdade de expressão, que, diga-se de passagem, é um direito constitucional:
"IX – É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença" (Constituição Federal, Artigo 5º, inciso IX).
A partir do enunciado, podemos concluir que, no Brasil, todos têm o direito de expressar suas ideias, opiniões e sentimentos das mais variadas formas, sem que essa expressão seja submetida a um controle prévio, por censura ou licença.

Por isso, é importante ter cautela ao dar mais atenção a determinada voz. Isso exige certo cuidado e estar alerta, já que é preciso ter dedicação naquilo que se faz, além de muita concentração.

Ainda que quando não ouvimos a voz de Deus, corremos o risco de darmos ouvidos até aos problemas. De repente até vamos à Igreja, mas depois nos envolvemos a tal ponto com os problemas que toda aquela força que encontramos na Fé se evapora. Por quê? Deus diz:
"Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os vossos ouvidos às palavras da minha boca" (Salmo 78:1).
Isso revela que Deus está vendo quem escutamos e a quem nos inclinamos. Ele, como Deus, não pode interferir em nossas escolhas. Ele sabe o que é melhor, mas, muitas vezes, achamos que as coisas são muito dependentes de nós e que, se não nos ocuparmos primeiro com aquilo, vamos perecer.

Como reconhecer a voz de Deus?


Quando somos próximos a uma pessoa é fácil reconhecermos sua voz. O mesmo ocorre com o relacionamento com Deus: quem tem intimidade com Ele O reconhece.

O sumo sacerdote Eli já era velho quando Samuel foi servir e morar com ele no templo. Embora seus filhos devessem assumir o sacerdócio quando Eli morreu, eles não tinham interesse em servir a Deus. 

Em vez disso, eles trataram as leis e rituais judaicos com desprezo e Eli não tinha força ou vontade para puni-los por sua maldade (1 Sm 2:12-17). Como resultado, Deus não foi capaz de se comunicar de coração a coração com Eli da maneira que ele fazia com os outros, como Moisés.

Quando o pequeno Samuel chegou ao templo, Deus estava prestando muita atenção. A mãe de Samuel prometera levar Samuel ao templo para que ele pudesse servir a Deus desde a infância. Deus se lembrava disso, e estava apenas esperando o momento certo para falar com Samuel de uma maneira que ele não era capaz de fazer com Eli e seus filhos.

O jovem Samuel, no templo, estava destinado a um imaginário sobre o que estava sendo desenvolvido para acordar aos chamados de seu nome (3:4) Três vezes ele se apresentou diante de Eli, o sumo sacerdote. Somente na terceira vez que Eli discerniu que era o Senhor. A palavra do Senhor era rara naquele tempo (v.1) e o povo não estava em sintonia com a Sua voz. Mas Eli instruiu Samuel sobre como responder (v.9).

Ouvindo a voz de Deus hoje


O Senhor fala muito mais agora do que nos dias de Samuel. A carta aos Hebreus nos diz: 
"Havendo Deus, outrora, falado […] aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho…" (1:1,2). 
E, em Atos 2, lemos sobre a vinda do Espírito Santo no Pentecostes (vv.1-4), para nos orientar sobre o que Cristo nos ensinou (João 16:13). Mas aprender a ouvir a Sua voz e responder agora. 

Assim, devido ao mar de vozes estranhas, podemos ouvir como se estivéssemos submersos. Por isso, é importante testar se o que pensamos ser a orientação do Senhor com a Bíblia com outros maduros. Como filhos amados de Deus, nós ouvimos a Sua voz. Ele ama pronunciar vida sobre nós.

É fundamental recordarmos que ouvir Deus é um convite contínuo nas Escrituras. Dentre diversos benefícios de tal disciplina espiritual, está o fato de que o conhecimento livra o cristão de pecados que o afastam da boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

No Novo Testamento, nos ensinamentos de Jesus, ouvir a voz de Deus é muito importante. Jesus fala em linguagem metafórica sobre o relacionamento entre Ele (o Pastor) e as pessoas que pertencem a Ele (as ovelhas): 
"As ovelhas ouvem a sua voz […] ele vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, pois conhecem a sua voz" (Jo 10:3,4).
Ouvir o que Deus quer nos dizer exige um relacionamento pessoal com o Senhor. Deveríamos ler Sua Palavra, sintonizando nEle. O Espírito Santo abre nossos olhos para a Palavra viva e nos guia diariamente: 
"Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus" (Romanos 8:14). 
O verbo grego usado no texto original é um tempo presente que enfatiza que somos levados continuamente. Em obediência a Ele, deixamos que Ele guie nossas vidas. Sabemos que Deus dará o Espírito Santo àqueles que Lhe obedecem (At 5:32).

Confirme o que você ouve


Como podemos ter certeza de que entendemos bem a voz de Deus e em que direção Ele deseja que nossas vidas sigam? As seguintes verificações são extremamente importantes.

Primeiro, temos que verificar nossa convicção interior contra a Palavra de Deus, pois a orientação de Deus nunca contradiz Sua Palavra. Como existem muitas vozes ao nosso redor, existe o perigo de se enganar. Isaías 8:20 contém um aviso importante: 
"Se eles não falarem de acordo com esta palavra, nunca verão o amanhecer".
Se estamos vivendo de acordo com a vontade de Deus, pode ser que vejamos uma confirmação de nossas escolhas em determinadas circunstâncias. Desse modo, o Senhor quer mostrar que estamos no caminho certo.

Um tipo importante de confirmação de nossa convicção interior de que Deus falou conosco, recebemos de nossos irmãos (Provérbios 11:14). É sensato pedir conselhos a pessoas que andam com o Senhor há muito tempo.

Quando finalmente temos que tomar uma decisão, se estamos em uma encruzilhada e nos perguntamos qual caminho devemos tomar, a experiência da paz é crucial. 
"Que a paz de Cristo reine em vossos corações" (Colossenses 3:15). 
A palavra traduzida como regra significa algo como um árbitro que toma uma decisão.

Obviamente, ouvir a voz de Deus pode causar certa inquietação. Por exemplo, se for necessária uma mudança radical em nosso estilo de vida. Mas, no final, as palavras de nosso Pai celestial levarão a uma profunda paz interior. 

Portanto, não mude a direção de sua vida se você ainda não recebeu essa profunda paz interior
"...a paz de Deus, que supera todo entendimento" (Filipenses 4:7).

Conclusão

Promessa de Deus


Deus quer o melhor para nós, se seguirmos Suas orientações; se ouvirmos a Sua voz no silêncio da nossa adoração: 
"Somente em Deus a minha alma espera em silêncio" (Salmo 62:1). 
Essa é uma atitude de humildade e de estar aberto à correção. 
"Mas este mandamento lhes dei: obedeçam à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vocês serão o meu povo. E anda por todo o caminho que eu te ordeno, para que corra bem contigo" (Jeremias 7:23, grifo acrescentado). 
Que promessa incrível de nosso Pai, se obedecermos à Sua voz e direcionarmos nossos caminhos de acordo! 

Leitor(a), se o seu desejo é ouvir a voz de Deus, analise se você não tem se distraído com as vozes ao redor. Deus é o maior interessado em falar conosco, mas Ele só falará se estuvermos em Espírito, ou seja, se tivermos a mente conectada a Deus e à meditação em Sua palavra.

A voz de Deus deve ser ouvida com ouvidos espirituais, porque 
"...Deus é Espírito..." (Jo 4:24a).
Procure desenvolver um relacionamento com Ele para não depender mais de vozes de terceiros, mas da voz do Espírito Santo. 

O primeiro passo é abaixar – e/ou mesmo eliminar – o volume de outras vozes, ou seja, se dedicar a momentos a sós com Ele e buscá-lO em oração. Quando Deus fala em nossa mente, Ele traz uma certeza tão grande que não resta a mínima margem para quaisquer tipos de duvídas.

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
Apesar da flexibilização no uso da máscara, onde o uso do acessório já não é mais obrigatório nos ambientes abertos em muitas regiões da Federação, o bom senso e a concientização individual, ainda é uma premissa para a segurança e a proteção coletiva.
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quarta-feira, 18 de maio de 2022

BIOGRAFIA DOS HERÓIS E HEROÍNAS DA FÉ — GUILHERME CAREY (✰1761/✞︎1834)

Poucos nomes na história de missões mundiais são tão conhecidos quanto o nome de William Carey. Chamado "o Pai das Missões Modernas", Carey nasceu na pobreza, mas deixou sua marca em missões que duraria por centenas de anos. Seu renome se dá principalmente pelo trabalho na área de tradução das Escrituras e pela fundação do primeiro seminário bíblico na Índia. Carey viveu uma vida longa e fascinante. E o que iremos conhecer em mais um capítulo da série especial de artigos Biografia dos Heróis e Heroínas da Fé.

Nasce um herói


O menino Guilherme Carey, era apaixonado pelo estu­do da natureza. Enchia seu quarto de coleções de insetos, flores, pássaros, ovos, ninhos, etc. Certo dia, ao tentar al­cançar um ninho de passarinhos, caiu de uma árvore alta. Ao experimentar a segunda vez, caiu novamente. Insistiu a terceira vez: caiu e quebrou uma perna. Algumas semanas depois, antes de a perna sarar, Guilherme entrou em casa com o ninho na mão. 
— "Subiste à árvore novamente?!" 
exclamou sua mãe. 
— "Não pude evitar, tinha de possuir o ninho, mamãe"  
respondeu o menino.

O avô e o pai do pequeno Guilherme eram sucessiva­mente professor e sacristão (Igreja Anglicana) da Paró­quia. Assim o filho aprendeu o pouco que o pai podia ensi­nar-lhe. Mas não satisfeito com isso, Guilherme continuou seus estudos sem mestre.

Aos doze anos adquiriu um exemplar do Vocabulário Latino, por Dyche,. o qual decorou. Aos quatorze anos ini­ciou a carreira como aprendiz de sapateiro. Na loja encon­trou alguns livros, dos quais se aproveitou para estudar. Assim iniciou o estudo do grego. Foi nesse tempo que che­gou a reconhecer que era um pecador perdido, e começou a examinar cuidadosamente as Escrituras.

Diz-se que Guilherme Carey, fundador das missões atuais, não era dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens. Entretanto, foi essa característica de persistir, com espírito indômito e inconquistável, até completar tudo quanto iniciara, que fez o segredo do maravilhoso êxito da sua vida.

Apesar de não ter educação formal, Carey se tornou conhecido por seu trabalho de tradução. Aos doze anos de idade, enquanto aprendia latim por conta própria, Carey descobriu uma paixão e talento para línguas. Aos 21 anos, ele havia aprendido sozinho latim, grego, hebraico, e italiano. Até o momento da sua morte, tinha traduzido a Bíblia para as línguas Bengali, Sânscrito, Panjabi, e Marata.

Quando Deus o chamava a iniciar qualquer tarefa, per­manecia firme, dia após dia, mês após mês e ano após ano, até acabá-la. Deixou o Senhor utilizar-se de sua vida, não somente para evangelizar durante um período de quarenta e um anos no estrangeiro, mas também para executar a fa­çanha por incrível que pareça, de traduzir as Sagradas Es­crituras em mais que trinta línguas.

Chamado


Não muito depois da sua conversão, com 18 anos de idade, pregou o seu primeiro sermão. Ao reconhecer que o batismo por imersão é bíblico e apostólico, deixou a deno­minação a que pertencia. 

Tomava emprestados livros para estudar e, apesar de viver em pobreza, adquiria alguns li­vros usados. Um de seus métodos para aumentar o conhe­cimento de outras línguas, consistia em ler diariamente a Bíblia em latim, em grego e em hebraico.

Enquanto trabalhava como sapateiro, Carey passava o tempo lendo. Um livro em particular mudaria sua vida para sempre. Em 1785, Carey leu os diários pessoais do famoso explorador britânico do mar, Capitão James Cook (✰1728/✞︎1779). Imediatamente, ele ficou preocupado, pois enquanto o império britânico foi se expandindo para as partes desconhecidas do mundo, o Evangelho não foi.

Foi durante o tempo que ensinava geografia em Moul­ton, que Carey leu o livro "As Viagens do Capitão Cook" e Deus falou à sua alma acerca do estado abjeto dos pagãos sem o Evangelho. Na sua tenda de sapateiro afixou na pa­rede um grande mapa-mundi, que ele mesmo desenhara cuidadosamente. 

Incluíra neste mapa todos os dizeres dis­poníveis: o número exato da população, a flora e a fauna, as características dos indígenas, etc., de todos os países.Enquanto consertava sapatos, levantava os olhos, de vez em quando, para o mapa e meditava sobre as condições dos vários povos e a maneira de os evangelizar. Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus para preparar a Bíblia, para os muitos milhões de indus, na própria língua deles.

Ousadia e Superação


Com a idade de vinte anos, casou-se. Porém os membros da igreja onde pregava eram pobres e Carey teve de continuar seu ofício de sapateiro para ganhar o pão coti­diano. O fato de o senhor Old, seu patrão, exibir na loja um par de sapatos fabricados por Guilherme, como amostra, era prova da habilidade do rapaz.

Sua paixão pelos povos perdidos do mundo continuou a crescer. Ele se preocupava em ver que a igreja precisa fazer mais para alcançar o mundo. 

A denominação a que Guilherme pertencia, depois de aceitar o batismo por imersão, achava-se em grande deca­dência espiritual. Isto foi reconhecido por alguns dos mi­nistros, os quais concordaram em passar "uma hora em oração na primeira segunda-feira de todos os meses" pe­dindo de Deus um grande avivamento da denominação. De fato esperavam um despertamento, mas, como aconte­ce muitas vezes, não pensaram na maneira em que Deus lhes responderia.

As igrejas de então não aceitavam a idéia, que conside­ravam absurda, de levar o Evangelho aos pagãos. Certa vez, numa reunião do ministério, Carey levantou-se e su­geriu que ventilassem este assunto: O dever dos crentes em promulgar o Evangelho às nações pagãs. O venerável pre­sidente da reunião, surpreendido, pôs-se em pé e gritou: 
"Jovem, sente-se! Quando agradar a Deus converter os pa­gãos, ele o fará sem o seu auxílio, nem o meu."
Mas Carey continuou a sua divulgação pró-missões estrangeiras e, tomando Isaías 54:2 como texto, em maio de 1792, pregou seu memorável sermão: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."

Porém o fogo continuou a arder na alma de Guilherme Carey. Durante os anos que se seguiram esforçou-se inin­terruptamente, orando, escrevendo e falando sobre o as­sunto de levar Cristo a todas as nações. 

Discursou sobre a importância de esperar grandes coi­sas de Deus e, em seguida, enfatizou a necessidade de ten­tar grandes coisas para Deus.

O auditório sentiu-se culpado de negar o Evangelho aos países pagãos, a ponto de "levantar as vozes em choro." Foi então organizada a primeira sociedade missionária na história das igrejas de Cristo para a pregação do Evangelho entre os povos nunca evangelizados. Alguns como Brainerd, Eliot e Schwartz já tinham ido pregar em lugares distantes, mas sem que as igrejas se unissem para susten­tá-los.

Apesar de a sociedade ser o resultado da persistência e esforços de Carey, ele mesmo não tomou parte na sua for­mação. O seguinte, porém, foi escrito acerca dele nesse tempo:
"Aí está Carey, de estatura pequena, humilde de espí­rito, quieto e constante; tem transmitido o espírito missio­nário aos corações dos irmãos, e agora quer que saibam da sua prontidão em ir onde quer que eles desejem, e está bem contente que formulem todos os planos".
Nem mesmo com esta vitória, foi fácil para Guilherme Carey concretizar o sonho de levar Cristo aos países que ja­ziam nas trevas. Dedicava o seu espírito indômito a alcan­çar o alvo que Deus lhe marcara.

A igreja onde pregava não consentia que deixasse o pastorado: somente com a visita dos membros da sociedade a ela é que este problema foi resolvido. No relatório da igreja escreveram: 
"Apesar de concordar com ele, não achamos bom que nos deixe aquele a quem amamos mais que a nos­sa própria alma."
Entretanto, o que mais sentiu foi quando a sua esposa recusou terminantemente deixar a Inglaterra com os fi­lhos. Carey estava tão certo de que Deus o chamava para trabalhar na Índia que nem por isso vacilou.

Índia, aqui vou eu!


Havia outro problema que parecia insolúvel: Era proi­bida a entrada de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar. Nestas condições, conseguiram embarcar sem esse documento. In­felizmente o navio demorou algumas semanas e, pouco an­tes de partir, os missionários receberam ordem de desem­barcar.

A sociedade missionária, apesar de tantos contratem­pos, continuou a confiar em Deus; conseguiram granjear dinheiro e compraram passagem para a Índia em um navio dinamarquês. Uma vez mais Carey rogou à sua querida es­posa que o acompanhasse. 

Ela ainda persistia na recusa e nosso herói, ao despedir-se dela, disse: 
"Se eu possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos queridos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar para trás sem incorrer em culpa a minha alma."
Porém, antes de o navio partir, um dos missionários foi à casa de Carey. Grande foi a surpresa e o regozijo de todos ao saberem que esse missionário conseguiu induzir a espo­sa de Carey a acompanhar o seu marido. Deus comoveu o coração do comandante do navio a levá-la em companhia dos filhos, sem pagar passagem.

Certamente a viagem a vela não era tão cômoda como nos vapores modernos. Apesar dos temporais, Carey apro­veitou-se do ensejo para estudar o bengali e ajudar um dos missionários na obra de verter o livro de Gênesis para a língua bengaleza.

Guilherme Carey aprendeu suficiente o bengali, duran­te a viagem, para conversar com o povo. Pouco depois de desembarcar, começou a pregar e os ouvintes vinham para ouvir em número sempre crescente.

Carey percebeu a necessidade imperiosa de o povo pos­suir a Bíblia na própria língua e, sem demora, entregou-se à tarefa de traduzi-la. A rapidez com que aprendeu as línguas da Índia é uma admiração para os maiores lingüis­tas.

Ninguém sabe quantas vezes o nosso herói se mostrou desanimadíssimo na Índia. A esposa não tinha interesse nos esforços de seu marido e enlouqueceu. A maior parte dos ingleses com quem Carey teve contato, o tinham como louco; durante quase dois anos nenhuma carta da Inglater­ra lhe chegou às mãos. Muitas vezes faltava aos seus di­nheiro e alimento. Para sustentar a família, o missionário tornou-se lavrador da terra e empregou-se em uma fábrica de anil.

Durante mais de trinta anos Carey foi professor de línguas orientais no colégio de Fort Williams. Fundou tam­bém, o Serampore College para ensinar os obreiros. Sob a sua direção, o colégio prosperou, preenchendo um grande vácuo na evangelização do país.

Ao chegar à Índia, Carey continuou os estudos que co­meçara quando menino. Não somente fundou a Sociedade de Agricultura e Horticultura, mas criou um dos melhores jardins botânicos, redigiu e publicou o "Hortus Bengalensis". O livro "Flora Índica", outra de suas obras, foi consi­derada obra-prima por muitos anos.

Não se deve concluir, contudo, que, para Guilherme Carey, a horticultura fosse mais do que um passatempo. Passou, também, muito tempo ensinando nas escolas de crianças pobres. Mas, acima de tudo, sempre lhe ardia no coração o desejo de se esforçar na obra de ganhar almas.

Quando um de seus filhos começou a pregar, Carey es­creveu: 
"Meu filho, Félix, respondeu à chamada para pre­gar o Evangelho". Anos depois, quando esse filho aceitou o cargo de embaixador da Grã Bretanha no Sião, o pai, desa­pontado e angustiado, escreveu para um amigo: "Félix en­colheu-se até tornar-se um embaixador!"
Durante o período de quarenta e um anos, que passou na Índia, não visitou a Inglaterra. Falava, embora com di­ficuldade, mais de trinta línguas da Índia, dirigia a tradu­ção das Escrituras em todas elas e foi apontado ao serviço árduo de tradutor oficial do governo. 

Escreveu várias gra­máticas indianas e compilou notáveis dicionários dos idio­mas bengali, marati e sânscrito. O dicionário do idioma bengali consta de três volumes e inclui todas as palavras da língua, traçadas até a sua origem e definidas em todos os seus sentidos.

Tudo isto era possível porque sempre economizava o tempo, segundo se deduz do que escreveu seu biógrafo:

"Desempenhava estas tarefas hercúleas sem pôr em risco a sua saúde, aplicando-se metódica e rigorosamente ao seu programa de trabalho, ano após ano. Divertia-se, passando de uma tarefa para outra. Dizia que se perde mais tempo, trabalhando inconstante e indolentemente do que nas interrupções de visitas. Observava, portanto, a norma de entrar, sem vacilar, na obra marcada e de não deixar coisa alguma desviar a sua atenção para qualquer outra coisa durante aquele período."
O seguinte escrito pedindo desculpas a um amigo pela demora em responder-lhe a carta, mostra como muitas das suas obras avançavam juntas:
"Levantei-me hoje às seis, li um capítulo da Bíblia hebraica; passei o resto do tempo, até às sete, em oração. Então assisti ao culto doméstico em bangali, com os cria­dos. Enquanto esperava o chá, li um pouco em persa com um munchi que me esperava; li também, antes de comer, uma porção das Escrituras em industani. 
Logo depois de comer sentei-me, com um pundite que me esperava, para continuar a tradução do sânscrito para o ramayuma. Tra­balhamos até as dez horas, quando então fui ao colégio para ensinar até quase as duas horas. 
Ao voltar para casa, li as provas da tradução de Jeremias em bengali, só findan­do em tempo para jantar. Depois do jantar, traduzi, ajuda­do pelo pundite chefe do colégio, a maior parte do capítulo oito de Mateus em sânscrito. Nisto fiquei ocupado até as seis. 
Depois das seis assentei-me com um pundite de Te­linga, para traduzir do sânscrito para a língua dele. Às sete comecei a meditar sobre a mensagem para um sermão e preguei em inglês, às sete e meia. Cerca de quarenta pes­soas assistiram ao culto, entre as quais, um juiz do Sudder Dewany'dawlut. 
Depois do culto, o juiz contribuiu com 500 rupias para a construção de um novo templo. Todos os que assistiram ao culto tinham saído às nove horas; sentei-me para traduzir o capítulo onze de Ezequiel para o bengali. 
Findei às onze, e agora estou escrevendo esta carta. De­pois, encerrei o dia com oração. Não há dia em que dispo­nha de mais tempo do que isto, mas o programa varia."
Com o avançar da idade, seus amigos insistiam em que diminuísse os seus esforços, mas a sua aversão à inatividade era tal, que continuava trabalhando mesmo quando a força física não dava para a necessária energia mental. 

A humildade era uma das características mais destaca­das da sua vida. Conta-se que, no zênite da fama, ouviu certo oficial inglês perguntar cinicamente: 
"— O grande doutor Carey não era sapateiro?" 
Carey, ao ouvir casual­mente a pergunta, respondeu: 
"— Não, meu amigo, era apenas um remendão."
Quando Guilherme Carey chegou à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. Ao morrer, po­rém, o governo mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que to­dos os generais britânicos.

Carey serviu por mais de 40 anos na Índia. Durante esse tempo no campo missionário, ele lutou contra o sistema de castas da Índia, a prática da auto-imolação das viúvas e o infanticídio. 

Ele traduziu a Bíblia inteira para 5 línguas indianas e partes da Bíblia para mais de 20 línguas. Com os colegas, ele fundou a faculdade de Serampore, uma escola de treinamento para pastores e missionários. Além disso, ele ajudou a conduzir mais de mil indianos a Cristo, os quais abandonaram o sistema de castas.

Mas talvez o legado mais duradouro de Carey seja a marca que ele deixou na Igreja Ocidental. Carey nos traz à lembrança que Deus ainda não terminou Seu plano de redimir o mundo. 

Durante o século XIX, houve um grande ressurgimento de esforços missionários nas igrejas protestantes. Não apenas na Inglaterra, mas também nos Estados Unidos, no Canadá, e nos países da Europa. Novas sociedades missionárias foram criadas e começaram a enviar missionários para os campos.

Conclusão


Por fim, viu-se obrigado a ficar de cama, onde continuava a corrigir as provas das traduções. Finalmente, em 9 de junho de 1834, com a idade de 73 anos, Guilherme Carey dormiu em Cristo.

Verdadeiramente, Carey estava certo quando disse que deveríamos: "Esperar grandes coisas de Deus e praticar proezas para Deus." Calcula-se que traduziu a Bíblia para a terça parte dos habitantes do mundo. 

Assim escreveu um de seus sucesso­res, o missionário Wenger: 
"Não sei como Carey conseguiu fazer nem a quarta parte das suas traduções. Faz cerca de vinte anos (em 1855), que alguns missionários, ao apresen­tarem o Evangelho no Afeganistão (país da Ásia central), acharam que a única versão que esse povo entendia era o Pushtoo, feita em Sarampore por Carey."
O corpo de Guilherme Carey descansa, mas a sua obra continua a servir de bênção a uma grande parte do mundo.

Eu o encorajo a ler mais sobre esse homem incrível e o inspirador trabalho que ele fez por e com o nosso Senhor. 

[Fonte: Perspectivas Brasil; Fiel Testemunha: Vida Vida e Obra de William Carey — George, Timothy, 1997, 296 páginas, Editora Vida Nova]

A Deus toda glória.
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