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sábado, 29 de janeiro de 2022

DIRETO AO PONTO — JÁ QUE ME PEDIRAM PARA FALAR SOBRE O "BBB"...

Escrevo este artigo atendendo ao pedido do seguidor e colaborador do blog, Erickson Hernandez Constantino, 27 anos, um brasileiro de Colatina, ES, residente na cidade de Aveiro, em Portugal (a identidade dele é dada com o devido consentimento). Devo confessar que falar sobre este assunto para mim é um grande desafio já que não sou espectador — POR MOTIVO ESPECÍFICO E PESSOAL DE OPÇÃO, FRISE-SE — do tal programa, tendo assistido única e exclusivamente à primeira edição, isso há mais de 20 anos atrás.

Entretanto, como não costumo negar a um pedido de meus amados seguidores, que me dão o privilégio em colaborarem comigo nesse meu cantinho e uma das razões para qual eu ainda o mantenho, eis, então, meu posicionamento despretensioso, mas sincero, não especificamente sobre essa edição atual do "Big Brother Brasil", mas, sobre o contexto geral do formato desse chamado reality show — e seus "clones" correlatos — que, ao que parece, está longe de sair da grade da principal emissora de TV aberta do Brasil.

Confirma-se a "profecia" de Orwell


Eric Arthur Blair (☆Motihari, Índia Britânica, 25 de Junho de 19031 2 –♰Londres, 21 de Janeiro de 1950), mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, foi um escritor e jornalista inglês. Sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.
É difícil encontrar um brasileiro que não conheça o "Big Brother Brasil". Mesmo que a pessoa não assista ao programa, o reality show continua sendo tão popular que há sites de notícias dedicados somente a ele, matérias escritas diariamente e opiniões divergentes sobre a qualidade do programa. 

Goste ou não, o "Big Brother" faz, de alguma forma, parte da programação televisiva brasileira, tanto que este ano chegou à sua vigésima segunda edição. Mas mesmo depois de tantos anos, muitos não sabem ou não leram o livro "1984", de George Orwell, que inspirou o reality show

Embora eu já tenha escrito um artigo aqui no blog especificamente sobre este magnífico livro (➫ aqui), vou dar aqui, a título de contextualização, um resuminho, um spoiler, para quem ainda não teve a oportunidade em lê-lo.

A primeira edição do programa aconteceu em 1999, quando o executivo John de Mol teve a ideia de criar um reality show onde pessoas comuns seriam selecionadas para conviver dentro de uma casa completamente vigiada e sem nenhum contato com o mundo externo. 

E é justamente num cenário como este embora muito mais drástico, que começa a história de "1984". Somos introduzidos ao mundo da Oceania através de Winston, um funcionário público que começa a questionar seu trabalho, o sistema em que vive e o papel das pessoas nele. 

A Oceania é uma sociedade totalitária governada pelo "Grande Irmão" ou "Big Brother", uma figura de bigodes, líder do partido, que se materializa apenas nas câmeras que vigiam os cidadãos 24 por dia, até mesmo dentro de suas casas.

O "Grande Irmão" nunca erra. O trabalho de Winston é destruir todas as evidências de que ele esteve errado em algum assunto. Explicando melhor: Winston trabalha no Ministério da Verdade, onde sua função é "corrigir" tudo o que foi publicado na imprensa, livros ou qualquer lugar sobre todos os assuntos. 

Ou seja, diariamente, Winston "muda o passado". Se o Grande Irmão disse ontem que o preço do café era x, mas no dia seguinte o preço passou a ser y, o trabalho de Winston é colocar nos jornais e registros anteriores que o preço do café sempre foi y.

Com este exercício diário, os cidadãos da Oceania perdem aos poucos sua identidade. Não conseguem lembrar-se de nenhum detalhe do passado e não têm parâmetros para contestar a sua situação atual. 

Em certo ponto, eles esquecem até mesmo que podem contestar. Winston, no entanto, ainda pode lembrar-se de elementos de sua vida anterior que não condizem com sua realidade atual e com o que é dito do passado.

Com esta angústia o consumindo, Winston arrisca-se em um ato criminoso: começa a escrever um diário. Sim, na Oceania, eternamente vigiada pelo Grande Irmão, pensar e refletir são "crimes do pensamento". A nova língua que está sendo desenvolvida nesta sociedade quer eliminar conceitos que possam dar brecha para contradição. O sexo e o amor são proibidos. Ter desejos é proibido.

O título do livro, "1984", inclusive, vem da incerteza de Winston: Em que ano estavam? Baseado em cálculos imprecisos e lembranças escassas de sua infância, Winston deduz que estão no ano de 1984. Mas não tem como ter certeza, porque qualquer registro disto já foi destruído ou "corrigido".

Mas é claro que Winston não era a única pessoa insatisfeita na Oceania. Nem a única que queria fazer alguma coisa para mudar, mesmo sentindo-se impotente frente ao "Grande Irmão". É ai que Winston conhece a personagem Julia. Militante do partido, exemplar na suas obrigações, Julia é uma rebelde em segredo.

Com ela, Winston descobre os prazeres do sexo e de desobedecer as regras do partido. Com Julia, ele descobre que não é o único na Oceania que odeia o Grande Irmão. E este é apenas um pequeno trecho do que é "1984".

Com linguagem simples e prosa dinâmica, George Orwell trata neste livro de temas complexos de uma forma muito clara. Em algumas partes, seus dizeres são como uma navalha. Ele descreve situações e "grandes verdades" como se qualquer pessoa pudesse fazer o mesmo, tamanha é a precisão com que ilumina os "podres e angústias" humanas. O livro foi publicado em 1949 e já é considerado um clássico da literatura universal.

Mesmo sete décadas depois de sua publicação, "1984" continua sendo uma leitura atual, precisa e afiada (como uma navalha). Mais atual ainda quando pensamos que todos os anos há uma tentativa de reproduzir a sociedade descrita no livro em vários países, todos sob os olhos vigilantes do "Big Brother".

De "1984" para o "BBB"

Freud explica?


O programa televisivo "Big Brother Brasil (BBB)" é conhecido por proporcionar o aumento da visibilidade da maioria de seus participantes.

Quem entra na "casa mais vigiada do país" – slogan como é conhecido o local onde os integrantes de cada edição permanecem confinados durante cerca de 3 meses –, costuma ver o número de seguidores e fãs aumentar significativamente nas redes sociais.

Como tem acontecido já há duas longevas décadas, a 22ª edição do tal "BBB" já está no ar e o público consumidor desse programa já está preparado para os apelidos criativos dos casais, a alternância de amor e ódio por determinados participantes e, claro, ouvir sobre o reality em casa, no trabalho, na faculdade, na feira, na fila do banco, na fila do pão... e até na igreja!

Medindo as doses


Entretanto, se você faz parte do grupo dos que odeiam o programa – e não se cansam de exaltar sua opinião contrária –, entenda que tal atitude não lhe torna uma pessoa melhor.

Pelo contrário. De acordo com os especialistas em psicologia comportamental, alardear todo ano a sua indignação com a atração só mostra uma coisa: você se identifica com ela de alguma forma.

Eles dizem que quem se importa em denegrir os assuntos relacionados ao "BBB", certamente, vê em algum dos personagens – sim, pois, fala sério, você não acredita que haja mesmo um resquício sequer de realidade naquilo é mostrado ali – da edição algo que reconhece em si mesmo e não suporta ver exposto.

Afinal, traições entre amigos e casais, inveja, tudo isso provoca autoconhecimento e é o que as pessoas não querem.

Ainda de acordo com os especialistas em seus ensaios sobre psicologia cognitiva comportamental, alguns indivíduos têm a sensação de que, ao emitir um parecer ofensivo sobre algo, são superiores.

É como se ao falar mal eu negasse pertencer àquilo. Mas, afinal, se não diz nada para você, não deve perturbar e, portanto, é só mudar de canal e seguir a vida – aliás, não dá pra entender o porquê de que muitos simplesmente não fazem isso.

Examine-se, pois, a si mesmo


Em vez de tentar convencer o outro de que o programa é ruim, questione o motivo de se sentir tão incomodado com o que acontece lá.

Vejo que a internet e suas tais redes sociais dão mais espaço para o depósito de "lixos" pessoais e a manifestação do lado narcisista.

As pessoas gostam de mostrar que são intelectuais e, por isso, precisam opinar – algumas delas com textões recheados de palavras rebuscadas, das quais, muitas vezes, o próprio escritor desconhece completamente o significado – e deixar claro que não se deixam influenciar pela massa, já que o "BBB" é popular.

Esses indivíduos não pensam no outro ao ofender, apenas em si mesmos.

O "BBB" simplesmente não é digno da minha preocupação


Com uma mudança apenas em seu elenco, o enredo em todas as edições do "BBB" é sempre o mesmo: sexualidade de algum participante sendo questionada em rede nacional. O resultado? Sua permanência – compulsória – ou saída (tudo dependerá do termômetro de aceitação ou repúdio do personagem escolhido: o público! – do programa.

Dependendo de como se comporta esse termômetro, o personagem se torna o mocinho ou vilão da trama, podendo mesmo ser, então, como dizem, "cancelado" (que, neste contexto, significa ser expulso).

E essa construção do cancelamento ou de expulsão não começou ontem. Ela começou lá atrás, quando a emissora chamou a atenção pelo o seu engajamento na diversidade dentro da casa do "BBB".

Só que, baseado nos comentários que invadem a internet como uma nuvem de gafanhotos em uma plantação, as edições desse programa têm demonstrado como a manutenção dessas discriminações (crimes) adoece a todos aqueles considerados a classe minoritária da sociedade.

Tanto nós, negros e não negros; como a luta secular pela manutenção de espaços de poder faz com que corpos que não reflitam, minimamente, os padrões eurocentrados sejam compelidos a se retirar da vida em sociedade; como, por exemplo, somos o país mais inseguro para a população LGBTQIA+ viver no mundo.

Estamos adoecidos, atentos à televisão, sem conseguir enxergar nossa própria face.

Julgamos e condenamos comportamentos, sem pensarmos na subjetividade de cada um – entendendo-a como o espaço íntimo de cada ser, aquele lugar onde opiniões são formadas, com base no que nos é dito/imposto – e como, a partir disso, nos relacionamos com o mundo externo.

Conclusão


Em ruínas, ainda somos incapazes de reconhecer que em nossa sociedade a tolerância de uma pessoa é construída através de mimetismos – adaptações físicas e comportamentais que somos obrigados a fazer para que possa transitar pelos espaços aos quais estamos predominantemente inseridos, em consonância com seu nicho social.

O que quer dizer que, ainda que uma pessoa venha a se tornar reconhecida, inerte, assisti a mais um episódio de bifobia, onde, por exemplo, a orientação sexual de alguém é confortavelmente questionada.

Ao apagar dos holofotes midiáticos, ou seja, ao término de mais uma temporada do reality, adoecidos, seguidos e seguidores são retirados de cena, voltando novamente para o limbo do ostracismo existencial.

Enquanto isso, a história e atuação de movimentos ditos sociais que há muito dizem lutar pelos direitos humanos dessas pessoas é colocada em xeque, como se ali estivessem militantes da causa.

Desconsiderando a origem típica de um reality show, a discussão de temas importantíssimos para construção de um avanço social entra nos lares brasileiros completamente distorcida e não fundamentada.

A cada edição do "BBB", o país que orgulha-se em ser conhecido mundialmente por sua diversidade, fazendo disso seu lobby político e ideológico, escancara a todos, invariavelmente, que não sabe conviver com ela.

Demonstra que a inclusão da diversidade não será realizada sem que seja compreendida de forma interseccional – analisando gênero, raça e classe como elementos de uma só equação – e realizada do micro para o macro, do espaço privado de cada um para os espaços públicos.

Enfim vejo com tudo isso que na verdade, estamos doentes e adoecendo uns aos outros há anos. Precisamos agir e isso no nada fácil e desafiador cenário da vida real.

[Fonte: Olhar Conceito, por Stéfanie Medeiros]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

PAPO RETO — INFLUENCIADORES DIGITAIS, HERÓIS OU VILÕES?

Se você ainda não sabe o que são influenciadores digitais, não se preocupe. Muita gente também não tem a menor ideia do que seja isso, embora nos últimos tempos, este tenha se tornado um adjetivo muito usado, de forma muitas vezes errada.

Com o advento das mídias sociais e sua influência sobre a opinião das pessoas, muita gente passou a se auto denominar "influenciador digital" como forma de se destacar e de conseguir uma relevância, seja ela social ou profissional, que nem sempre lhe é devida.

Por falta de referências técnicas caímos então no dilema de o que são influenciadores digitais e quem na verdade só está o que chamo de "fazendo espuma" nas mídias sociais. Quem realmente influência o mercado e quem está apenas fazendo um show?

Quer saber então quem são os influenciadores digitais e quem são os fanfarrões? Existem critérios técnicos e lógicos para definir quem é quem no universo online e eu convido você a acompanhar o raciocínio.

Os influenciadores


Antigamente apenas um seleto grupo de pessoas, na maioria artistas ou jornalistas, eram tidos como "relevantes". Famosos eles formavam opinião e ditavam moda, por meio de jornais, revistas e da televisão. No entanto, a realidade mudou. 

Com a internet passou a ser muito mais fácil criar conteúdos áudio visuais e assim, tornar-se uma pessoa pública. Hoje os famosos da vez são o vlogueiros e blogueiros. O Instagram, o YouTube e o Tik Tok abriram espaço e atingem um número gigantesco de pessoas. E você, como pai, está preparado para enfrentar com sabedoria a onda  — ou melhor, o tsunami — dos influenciadores digitais?

Nesses tempos de mídias sociais tão intensamente impregnadas no cotidiano, a todo momento o homem é bombardeado por informações que tentam ocupar sua mente e, muitas vezes, moldam suas ações e reações. Já era assim antes da internet, mas agora a coisa ganhou uma proporção inimaginável. E dá-lhe jogadores de futebol, cantores, comediantes, atores, youtubers e até gente que nem existe, como os super-heróis de filmes e animações para dar palpites.

Não há nada de errado em gostar de boas referências, mas nem sempre os exemplos seguidos são bons e, em alguns casos, essa admiração beira a idolatria. E lá vêm os tais influencers, coachs formados em coisa nenhuma e gurus cheios de "sabedoria" colhida de literaturas alheias para que outros possam se inspirar, se espelhar e tomar decisões baseadas no que essas pessoas falam, gostam e fazem. 

Alguns chegam a comprar o que elas indicam, vestem-se como elas (que muitas vezes recebem roupas e acessórios para fazer propaganda, sem nem terem realmente escolhido nada), fazem tatuagens e as mesmas plásticas, pensam conforme elas pensam, falam como elas falam, acreditam em tudo e querem levar uma vida parecida com a delas.

Os influenciáveis


Crianças e jovens são extremamente influenciados por tudo aquilo que assistem. A infância e adolescência são fases de amadurecimento e descobertas. Nossos filhos parecem até esponjas! Absorvendo tudo ao redor — inclusive muita bactéria e germe mentais. Principalmente na primeira infância, quando o cérebro ainda está aprendendo a base das regras e concepções do mundo adulto. 

Até os 3 anos de idade o cérebro se desenvolve numa velocidade assustadoramente rápida. Nessa fase a criança aprende a enxergar, detectar sons, andar, falar e desenvolver uma série de outras habilidades. À partir dos 6 anos a criança passar a desenvolver a sua personalidade. Aqui o caráter e outras habilidades mais específicas passam por transformações intensas e profundas.

No entanto é bom lembrar que o aprendizado não se restringe a um único período da vida, todos nós continuamos a desenvolver as nossas habilidades no decorrer do tempo. Porém na infância os estímulos são muito mais intensos e estruturais. 

Tanto os estímulos positivos quanto os negativos acabam influenciando diretamente a vida adulta. Voltando agora aos influenciadores. O que vemos atualmente é a tênue linha entre o real e o virtual. Tudo que crianças e adolescentes fazem, falam ou pensam gira em torno das redes sociais. Muitas delas imitam seus ídolos digitais e sonham um dia ser como eles. Mas será que eles são bons exemplos?

Você sabia que YouTube dispõe de um modo de segurança que pode bloquear conteúdo indevido, por exemplo material pornográfico ou comentários obscenos? Porém o Google admite que o recurso de segurança não tem "100% de precisão", isso porque ele depende em parte como os usuários classificam como vídeos inapropriados.

Ou seja, mesmo que munidos de todas as ferramentas de controle, cabe aos pais instruir e orientar seus filhos sobre o perigo que certas atitudes — ainda que pareçam apenas brincadeiras — podem ser perigosas e trazer consequências negativas.

Heróis ou vilões?


Antigamente, o herói dos homens era o seu pai. Claro que ele tem um papel-chave na formação do futuro homem, mas a tendência é o filho imitar também o que não é bom, afinal, todo ser humano é falho em algo.

Atualmente, porém, mais do que existirem, as falhas dos heróis escolhidos têm sido exaltadas por seus fãs. Se uma "celebridade" faz apologia ao alcoolismo, por exemplo, o fã que o considera um herói entra pela porta do vício; se o atleta é infiel à mulher, o seguidor passa a considerar a infidelidade normal, se o artista de TV tem fama de "pegador", lá vai o admirador para a promiscuidade e a prostituição.

Mas se a internet, a TV, os quadrinhos, o cinema e tudo mais que bombardeia a mente estão cheios de influenciadores diretos ou indiretos, há uma fonte bem mais antiga de verdadeiros exemplos para homens de qualquer idade seguirem: a Bíblia

Ela mostra a diferença entre homens que se submeteram a Deus e aqueles que deixaram o poder subir a suas cabeças e, no jargão popular, deram com os burros n'água. As Sagradas Escrituras também mostram que, em todas as vezes em que os homens puseram a sua vontade acima da de Deus, deram com os burros n'água de novo. 

Quando Davi deixou a testosterona, o poder e a lascívia falarem mais alto, a coisa acabou em assassinato, infidelidade conjugal e rebeldia dos filhos, mas, quando foi homem de verdade e reconheceu seus erros para o Altíssimo, foi o "homem segundo o coração de Deus" — ou seja, essa é a receita certeira do sucesso em todas as áreas da vida, com respeito, humildade e retidão e para ser um homem de verdade.

Além dele, há muitos outros: Abraão, Jacó, José... até chegarmos ao único exemplo realmente perfeito do que significa ser um homem conforme Deus sempre quis: o Senhor Jesus, o verdadeiro herói, que se sacrificou na vida real (e não no cinema, numa série de streaming ou numa peça de HQ) para salvar a Humanidade. Com Ele estava todo o poder; com Ele, toda a glória, mas foi justamente quem ensinou gerações sobre humildade, integridade e justiça.

Conclusão


Infelizmente não podemos proteger nossos filhos de todas as ameaças que surgem pelo caminho, mas podemos fazer algo significativo, podemos ensiná-los a protegerem a si mesmos. A responsabilidade e discernimento são princípios fundamentais para nos tornarmos adultos valorosos, prontos para enfrentarmos todos os desafios que a vida nos oferece. 

Princípios como esses fazem com que enxerguemos nossas prioridades e compreendendo as consequências de nossas escolhas. Ensine-os valores aos seus filhos que vão além da quantidade de seguidores em um perfil de alguma rede social. 

Faça-os refletir sobre o poder de suas ações. E lembre-os que vida é muito mais do que a aparência, viagens, dinheiro e fama. Busque em tudo, na conversa familiar e no direcionamento das atividades, mostrar aos seus filhos valores morais. 

Incentive-os a buscarem diversos tipos de referências. Em livros, histórias e biografias de pessoas que estudaram, que se esforçaram e que foram exemplos de coragem e valor. E claro, não podemos generalizar. Há bons influenciadores na internet, pessoas que ensinam através de suas vidas e gostos. No entanto, ensine os seus filhos a pensarem por conta própria.

A Deus toda glória.
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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

DEPRESSÃO: FIQUE ATENTO, EU, VOCÊ... NENHUM DE NÓS ESTÁ IMUNE À ELA!

"Cristão não fica deprimido!"
Infelizmente, essa irresponsável frase de efeito, ainda que as evidências dos fatos provem o contrário, continua sendo vociferada de púlpito pelos pregadores da teologia da confissão positiva e seus coaches, em suas pregações que mais parecem mesmo palestras motivacionais, com muita técnica energizadora, cujo objetivo é mexer com as emoções, mas que, espiritualmente, não passam de placebos (Um placebo é um medicamento, substância ou qualquer outro tipo de tratamento que se parece com um tratamento normal, mas que não possui efeito ativo.).

O suicídio do pastor e músico André Paganelli, encontrado morto aos 49 anos, na madrugada de quinta-feira, 19, voltou a chamar minha atenção para esse tema que ainda precisa ser sim debatido nos círculos cristãos.

Quem era André Paganelli


O músico cristão André Paganelli era casado e pai de um garoto, considerado um dos melhores saxofonistas do Brasil.  Paganelli lutava contra uma depressão severa. 

Nas redes sociais, amigos e familiares compartilharam diversas homenagens ao músico.

André Paganelli chegou a receber várias indicações e prêmios por seus trabalhos, como o Troféu Talento e o Grammy Latino.

Ele também foi um dos membros votantes do Grammy Latino, da Ordem dos Músicos do Brasil e da Associação Brasileira de Regentes Arranjadores e Músicos.

Paganelli foi autor do livro "Verdadeiros Adoradores", um material dedicado a pastores, líderes, músicos e adoradores em geral.

André teria enviado mensagem para um amigo, pouco
antes de ser encontrado morto. Foto: Reprodução/Facebook.
Além de músico, Paganelli chegou a ser pastor da Igreja Batista, formando-se em Teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida (Atibaia, SP) e fez mestrado em Teologia com ênfase em Escatologia pela Cohen University & Theological Seminary (Los Angeles, CA, EUA).

Seu sucesso como músico alcançou diversos países, incluindo Estados Unidos, Suíça, Inglaterra, Portugal, Itália, Espanha, França e Israel.

Ou seja, com um currículo desses, alguém poderia imaginar que André Paganelli sofresse de depressão, ao ponto de chegar ao extremo de tirar sua vida?

Tirando o tema de debaixo do tapete da omissão religiosa


Para um pastor, o combate à depressão pode ser uma das experiências mais duras da vida. Em certo sentido, o ministro foi chamado para ser um "colaborador da alegria" dos membros da igreja de Cristo (cf. 2 Coríntios 1:24 e Filipenses 1:25). Como ele pode fazer isso se sua tristeza é persistente? 

A situação fica mais séria ainda quando se observa que somente quando feito com alegria é que o trabalho dos líderes é proveitoso ao rebanho (cf. Hebreus 13:17). Todavia, o episódio de Jesus no Getsêmani (Mateus 26:36-46) é extremamente benéfico a esse respeito, pois descreve Jesus sofrendo angústia e abatimento de alma. 

O pastor que luta contra depressão pode extrair dali princípios seguros para sustentá-lo e ajudá-lo a dar o próximo passo, seguindo o exemplo do Redentor. Dessa forma, qualquer líder aflito pela dor da alma angustiada poderá confessar que, ainda que abatido, nunca será derrotado.

O que pode causar depressão?


A verdade é que, de acordo com os especialistas, não é possível destacar uma causa específica ou isolada para a depressão, mas, sim um conjunto de vários fatores podem desencadear a doença.

Por exemplo, é natural que emoções e lembranças sejam despertadas todo início de um ano, pois as pessoas estão mais reflexivas neste período e, por isso, fazem um balanço do que aconteceu e traçam novos projetos, mas, para as pessoas que sofrem de depressão, este período as deixa mais vulneráveis a crises.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 350 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão e até 2030 esta doença será a mais frequente em todo o planeta. 

Se considerarmos que esse transtorno gera sofrimento não apenas à pessoa que está deprimida, mas também a toda a sua família, o número de impactados pela doença é ainda maior. 

De um lado há uma pessoa que sofre sem saber expressar como se sente e, do outro, há alguém que a ama e não consegue entender o que ela está passando. A depressão pode ser desencadeada quando a pessoa vive um gatilho emocional, como uma perda importante.

Uma imagem negativa em relação si mesma é outra característica comum em pessoas com depressão. Em adolescentes, muitas vezes, os sintomas podem ser confundidos com aspectos próprios dessa fase da vida.

Falando por mim


Sinceramente, eu tinha muito medo desse mal; era a única doença que me assustava, mas como sou cristão pensava estar imune a ela. Foi quando começaram a surgir notícias de pastores e líderes religiosos cometendo suicídio em consequência da depressão. 

E, sim, já tive (decerto, ainda terei...) episódios de depressão em minha trajetória cristã e não tenho nenhuma vergonha em assumir isso, pois, já ficou claro para mim sobre todas as debilidades e limitações às quais ainda me são inerentes, enquanto eu estiver vivendo nesse corpo corruptível.  

Então descobri que nós, cristãos, podemos sim ter depressão, pois estamos diariamente absorvendo e tentando resolver os problemas dos outros, gerando uma carga muitas vezes maior do que podemos carregar. Mas temos exemplos na Bíblia de pessoas que possivelmente enfrentaram grande depressão e, com a ajuda divina, foram vitoriosas. Vejamos:
  • Rute 1:20,21 – Noemi, sogra de Rute: tamanha era a sua dor que chegou a pedir para que mudassem seu nome para Mara, que significa "amarga". Após perder seu marido e seus dois filhos ela ficou só, pois como não haviam gerado filhos, suas noras não tinham a obrigação de ajudá-la a se manter. Mas Deus operou em sua vida por meio de Rute, curando seu luto e restaurando sua alegria em uma nova família.
  • 1 Reis 19:3,4 – Profeta Elias: este, sem dúvida alguma, é o caso mais conhecido e citado. Em oração a Deus, chegou a pedir para morrer, tamanho era seu medo de Jezabel naquele momento, ou seja, podemos concluir que Elias passava por uma grande depressão. Mas Deus cuidou dele e o fortaleceu, mostrando que ele não estava sozinho e lhe proporcionando um novo companheiro em seu ministério: Eliseu.
  • Jeremias 20:18 – A vida de Jeremias certamente foi extremamente solitária: ele não podia se casar, não podia frequentar as festas e só profetizava desgraças sobre o povo, sendo assim maltratado e por várias vezes sofrido atentados contra sua vida, chegando ao ponto de desejar nunca ter nascido. Mas Deus sempre cuidou dele e o fortaleceu, dando-lhe coragem para que permanecesse na obra do Senhor e livrando-o do castigo que fora destinado ao povo pecador.

Paulo, o grande "herói da Fé" no Novo Testamento, deprimido? Como assim?


E o que dizer de Paulo? Passou grande parte de seu ministério apostólico escrevendo cartas da prisão, e se não bastasse esse sofrimento, ainda se debatia com as dores do "espinho na carne". 

Mas veja o que ele diz em 2 Co 4:8-14: resumindo o contexto – mesmo em meio a tantas dores, perseguições e sofrimentos, mantinha sua fé em Cristo e na ressurreição. Deus o fortalecia sempre lhe enviando amigos na fé com notícias que lhe mostravam o fruto do seu árduo trabalho.  Sobre isso, uma fala de Paulo é bem reveladora:
"Grande é a ousadia da minha fala para convosco, e grande a minha jactância a respeito de vós; estou cheio de consolação; transbordo de gozo em todas as nossas tribulações. 
Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito" (7:4-6 – grifo acrescentado).
Ou seja, aqui, não houve nenhuma espiritualização por parte do Apóstolo. Ele externou seu abatimento e deixou bem claro que a presença do amigo Tito e discípulo, com sua alegria e palavras certas, foram a forma como Deus o livrou de suas aflições internas. Houve a necessidade de algum "culto de libertação" ou de alguma "oração forte"? Não!

O próprio Jesus nos alertou que passaríamos por aflições (João 16:33), ou seja, não estamos imunes à tristeza, a dores, angústias e a tudo que pode nos levar a uma depressão. 

Mas em Cristo temos a solução: Ele é nosso consolador, capaz de restaurar nossa alegria e vontade de viver (Isaías 61:1-3), e tudo começa por uma renovação de nossa mente (Romanos 12:2). 

Por vezes, haverá sintomas que necessitarão de cuidados profissionais; neste caso, não tenha receio de procurar ajuda. Deus lhe guiará para mãos que serão usadas para lhe trazer alívio e cura.

Conclusão


Afirmar que um personagem bíblico experimentou depressão seria anacronismo, pois o conceito contemporâneo de depressão não pertencia à época das Escrituras. Nesse sentido, é seguro afirmar que a Bíblia não fala sobre esse assunto. 

O que as Escrituras fazem, porém, é descrever a tristeza e angústia de alma humana por meio de vários outros termos, ou seja: abatimento (Salmo 42:5, 6,11; 44:25 e 57:6), aflição (Sl 38:8 e 88:15), angústia (Is 61:3 e Jo 12:27), tristeza profunda (Mt 26:38) e muitas outras. 

Consequentemente, é possível extrair lições e princípios inspirados para a luta contra a depressão a partir da observação de como os personagens bíblicos lidaram com suas persistentes sensações de tristeza e perda de interesse pela vida, principalmente para os pastores que lutam contra esse mal.

De fato, a depressão é uma dor tão complexa que não se encontra tratamento ou medicina fácil para ela. Muitas pessoas, talvez por não compreenderem ou por desejarem uma "cura rápida", acabam apresentando inúmeras "receitas" ou "lista do que deve ser feito ou evitado". 

No entanto, nada melhor do que o modelo de como Jesus lutou contra o abatimento de sua alma para ajudar seus discípulos que no presente lutam contra a depressão. Até nessa esfera Ele nos deixou exemplo para seguirmos os seus passos (cf. 1 Pedro 2:21). 

Todavia, devemos lembrar que Cristo não é apenas nosso modelo, mas nosso Redentor, Aquele que sofreu e triunfou para que pudéssemos ter livre acesso ao Pai por meio dEle. 

Em nossa angústia, podemos recorrer a Ele, pois, naquilo que Ele mesmo sofreu, é poderoso para socorrer os que são tentados (cf. Hb 2:18). Que o Senhor nos ajude na caminhada com Jesus em um mundo caído, mas aguardando o retorno do Supremo Pastor. E é válido voltar a enfatizar: não hesite em procurar ajuda médica e/ou psicológica quando ela se fizer necessária.
Escrevi mais artigos abordando este tema nos links que se seguem
[Fonte: Faculdade Batista Pioneira, por Jacson Peno]

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sábado, 22 de janeiro de 2022

ESCRITO NAS ESTRELAS — ESPECIAL: ELZA SOARES, A VOZ NÃO SE CALOU

Morreu nesta quinta-feira (20/01) a cantora e compositora da música brasileira Elza Soares, aos 91 anos, de causas naturais. Ícone da música brasileira Elza se tornou uma artista singular, de voz inconfundível e incomparável. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, cantora lançou 34 discos e se manteve na ativa e engajada politicamente até o fim da vida. 

Vida cantada


Dia 08 de março de 2020, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em uma semana os espaços de lazer estarão fechados e o convívio público estará restrito (ou pelo menos deveria ter sido assim) por conta da maior pandemia mundial desde a gripe espanhola de 1918. 

Enquanto isso não ocorreu, no palco do Auditório Araújo Viana em Porto Alegre, uma mulher negra cantava com toda a potência de sua voz: 
Aquelas palavras, ecoadas na melodia forte de Elza Soares emocionaram o público presente profundamente. A sensação de finitude martelava as cabeças como a ideia proferida pelo filósofo alemão Ludwig Feuerbach (☆1804/♰1872) de que 
"a morte é um fantasma, pois só existe quando não existe". 
Elza estava ali, Elza existia, Elza superou tudo e, aos 89 anos, sabia muito bem o que dizia ao cantar que 
'...Tem um Brasil que soca / Outro que apanha'. 
Elza apanhou muito dos homens e da vida.

O nascimento de uma estrela

Histórias de uma vida


Aos cinco anos de idade, Elza diz ter visto São Jorge, prometeu ao Santo que seria uma "menina boazinha" se ele pedisse ao pai que não batesse mais nela. Eis que o santo respondeu que ela iria apanhar mais da vida do que do próprio pai. 

Foi forçada a casar aos 13 anos. Em meio a um relacionamento marcado pela violência doméstica e sexual, perdeu dois filhos por desnutrição. 

Viúva aos 21 anos, teve uma filha sequestrada (recuperada apenas 30 anos depois) e encarou o preconceito de Ary Barroso (☆1903/♰1964) quando, em 1953, foi se apresentar em seu programa de calouros usando um vestido largo da mãe ajustado com alfinete e uma sandália velha. 

Soltou a voz e cantou
'Se eu quiser fumar eu fumo / Se eu quiser beber eu bebo / Não me interessa mais ninguém / Se o meu passado foi lama / Hoje quem me difama / Viveu na lama também'.
Os versos de "Lama", música de Paulo Marques  e Aylce Chaves, cantado por uma jovem negra que em nenhum momento se deixava abalar lhe renderam a nota máxima e a pergunta feita pelo apresentador: 
"De que planeta você veio?"
A resposta foi: 
"Do planeta fome".
A partir daquele momento parecia que a sua fome de ser feliz seria saciada.

Elza e Garrincha

Uma conturbada história de amor


Conheceu Garrincha (☆1933/♰1983), por quem se apaixonou. Foram amantes e após um ano nessa relação, Elza exigiu que Mané escolhesse ou ela ou a sua esposa. 

O "gênio das pernas tortas" ficou com ela. Casaram, viveram o preconceito de uma sociedade hipócrita e a violência da Ditadura Civil-Militar.

Elza havia cantando no Comício da Central do Brasil em apoio às Reformas de Base. Teve sua casa metralhada e com medo foi para o exílio. Voltou e deu à luz a Manoel Francisco dos Santos Júnior, o Garrinchinha, único filho do casal, que viria a falecer aos 9 anos. 

Nos anos em que esteve com Garrincha, Elza atingiu a glória musical. Cantou e encantou mundo à fora. Porém, em casa viveu o drama de um marido alcoólatra e violento. Separou-se em 1982. Garrincha viria a falecer em 1983, vitimado pela cirrose hepática.

Superação


Nos anos que se seguiram à morte de Mané e do filho, Elza, deprimida, diminuiria o ritmo de sua carreira, contudo, não a abandona. Dá a volta por cima, reconstrói a vida, encontra um novo amor, mas não casa 
("Para quê? Amor não precisa de conveniências").
Entra no novo século denunciando que 
e afirmando 
''Cê vai se arrepender de levantar a mão pra mim'. 
Promove o encontro das melodias de Lupicínio Rodrigues (☆1914/♰1974) com Baiana System, BNegão e Flávio Renegado, da MPB com o Rap Nacional, das periferias dos séculos XX e XXI. 

Agrega na luta contra o "Planeta Fome" (álbum de 2019), as lutas contra o machismo, o racismo e a homofobia. Canta o desejo de querer 
"ver o seu povo de cabeça em pé".
Lança 5 álbuns, ganha um Grammy Latino, é eleita a voz do milênio, pela BBC de Londre, ganha também um título de Doutora Honori Causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma homenagem da Escola de Samba Unidos do Cabuçu e outra da Mocidade Independente de Padre Miguel, bairro onde nasceu.

Assim, Elza Soares, a mulher do fim do mundo, gestada no Planeta Fome, que transformou as dores, as injustiças, a violência e até mesmo o amor em potência criativa, venceu todos os seus desafios em nove décadas de intensidade e superação.

Canta, Elza, até o fim...


Em março do ano passado, Elza Soares comemorou ao tomar a segunda dose da vacina contra a covid-19. E ao mesmo tempo lamentou por tanta gente que morreu sem receber a imunização em tempo. 
"Essa doeu! Não na carne, mas no peito. Doeu e dói, quando penso nas pessoas que não terão a mesma chance de tomar a vacina a tempo. Quantas famílias sonharam com essa cena, mas não deu tempo. Queria comemorar (a segunda dose), mas não seria justo. Meu coração tá com vocês."
Em 2016, aos 85 anos, ela desfilou por uma hora com o bloco Ilú Obá de Min, conduzida pelo centro de São Paulo. 
"Ser negra, mulher e brasileira é para mim um grande orgulho e minha maior missão. Que todas as mulheres sejam homenageadas. Somos a grande força do mundo e nosso caminhar é sagrado. 
Me sinto pequena quando recebo homenagens, mas esta me faz gigante, pois é a celebração de toda mulher brasileira. Todo meu amor e axé para as mulheres do Ilú"
disse.

Conclusão


Ao longo da vida, sobretudo nos últimos anos, a cantora dedicou sua voz a causas sociais, raciais e feministas. 

Um de seus últimos trabalhos foi o disco "Deus é Mulher". Por isso, em 2019, Elza recebeu título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

Assim, foi a primeira vez que uma artista mulher e negra recebeu essa distinção na universidade. Elza é uma das lendas da canção brasileira e uma das vozes mais icônicas e eloquentes na luta contra o preconceito, a discriminação e o racismo.

Sem dúvida alguma, Elza Soares foi uma artista singular e merece ter seu nome escrito nas estrelas, aliás, não é exagero dizer que ela é uma delas.

[Fonte: Claudemir Pereira, por Leonardo da Rocha Botega, que escreve no site às quintas-feiras, é formado em História e mestre em Integração Latino-Americana pela UFSM, Doutor em História pela UFRGS e Professor do Colégio Politécnico da UFSM. É também autor do livro "Quando a independência faz a união: Brasil, Argentina e a Questão Cubana (1959-1964)"]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O PROFISSIONAL MADURO E A NOVA REALIDADE NO MERCADO DE TRABALHO: ANÁLISE BÍBLICA E CONTEMPORÂNEA

  • O texto deste artigo, não é baseado em meros conceitos hipotéticos, mas sim em fatos reais.
A Bíblia apresenta o envelhecimento como uma parte normal e natural da vida neste mundo. Há uma honra envolvida nesse processo porque é normalmente acompanhado por maior sabedoria e experiência. 
"Coroa de honra são as cãs, quando se acham no caminho da justiça" (Provérbios 16:31, veja também 20:29). 
Deus quer que nos lembremos de que a vida é curta (Tiago 4:14) e que a beleza da juventude logo se passa (Pv 31:30; 1 Pedro 1:24).

Em última análise, a questão do envelhecimento não pode ser separada da questão do significado da vida e do conceito do legado que deixamos. No livro do Eclesiastes (veja análise contextual abaixo), Salomão fornece um exame sagaz do envelhecimento e das questões relacionadas a ele.

Mas, dentre outros desafios que nos vem com o envelhecimento, a atuação no mercado de trabalho é uma das mais contundentes na vida do ser humano.

Como o profissional maduro pode encarar o mercado de trabalho


Muitas pessoas perderam seus empregos durante a pandemia. Mesmo com a retomada econômica após o fim do isolamento social, o profissional maduro é o que tem mais dificuldade de recolocação. Para muitos contratantes, a idade, rugas e cabelos brancos são entraves tanto para mulheres quanto para homens.

Contudo, grandes empresas preocupadas com a diversidade, estão buscando profissionais de 40, 50 ou 60 anos amparadas nas qualidades que eles agregam às equipes. Mas como esse público pode se preparar melhor para essas novas oportunidades? É o que veremos a seguir.

Sim, o sol nasce para todos


Para Fran Winandy, psicóloga, MBA em recursos Humanos, mestre em Administração de Empresas, sócia da Acalântis Services e autora do livro "Etarismo, um novo nome para um velho preconceito" (Editora Adelante, 176 páginas, 2021) — que aborda exatamente a rejeição aos profissionais maduros no mercado de trabalho —, o Brasil tem uma cultura de valorização do novo e do jovem.
"Boa parte das empresas acredita que pessoas maduras não têm talento, são mais lentas, muito caras, pouco atualizadas, teimosas, com dificuldades em lidar com teconlogias e assim por diante. Isso se deve aos esteriótipos negativos relacionados à idade."

Integração e conectividade


Fran explica que, em geral, nos processos seletivos, o profissional maduro tende a concorrer com pessoas mais jovens, mas há empresas que estão percebendo as vantagens da integração geracional em seus times:
"mesclar a garra de jovens profissionais maduros têm, comprovadamente, mostrado benefícios em termos de engajamento, inovação e produtividade. 
Por conta disso, o número de contratações de profissionais maduros tende a autamente, seja por motivos de lucratividade, seja por conta das contundentes mudanças em nossa pirâmide etária".
Contudo, é dificil afirmar quais áreas tendem a contratar profissionais maduros.
"O varejo abriu algumas posições. Por conta da escassez de recursos, áreas de tecnologia têm oferecido oportunidades em cargos iniciais para profissionais maduros com contratações após treinamentos. 
Os bancos têm realizado alguns projetos pilotos em áreas de atendimento voltadas para clientes 50 mais e talvez seja uma tendência as empresas contratarem profissionais maduros em áres de atendimento a clientes maduros"
avalia.

A importância da Preparação


Alguns processos seletivos podem ser estenuantes, com muitas fases e vários testes.
"Percebo que pessoas mais velhas nem sempre têm paciência para cumprirem todas as etapas e terminam sendo excluídas por não finalizá-las. Minha primeira dica é que tenham paciência. 
Atualmente, é praxe o cadastro em algum banco de dados ou plataforma: faça um compiar/colar do seu currículo, não é difícil se ele estiver atualizado, mas lembre-se de adaptar alguns aspectos dele ao que está sendo solicitado. 
Coloque um e-mail e um telefone que você acesse diareiamente e não invente coisas"
aconselha Fran.

Ela diz que a principal arma para se preparar para os processos seletivos é o autoconhecimento:
"Quando você se conhece, fica mais fácil compreender o que a empresa espera e mostrar o melhor de você. 
A atualização também é fundamental. É preciso estar antenado e ter disposição para aprender sempre: é o lifelong learning, aprendizado ao longo da vida. 
Não somos nativos digitais, mas temos capacidade de aprender a lidar com essas ferramentas, como a pandemia mostrou. 
Quem não lida com redes sociais, WhatsApp, Zoom e companhia? Para isso não há limite de idade. Eles podem estar na nossa cabeça e precisamos tirá-los de lá".

O poder da Palavra para guiar sua carreira


Se você ainda não sabe como agir para retomar o prumo de sua carreira, comece buscando a direção do Espírito Santo para ajudá-lo em sua vida profissional e financeira, pois baseado na Palavra de Deus e na história de heróis da Bíblia que foram baluartes para suas gerações, podemos obter sucesso em nossos objetivos.

Dicas para garantir sua vaga no mercado de trabalho


Faça um currículo informativo e conciso — além dos dados pessoais, foque em informações relevantes e verdadeiras de sua trajetória. 

Coloque os períodos trabalhados, funções desempenhadas nas empresas anteriores e destaque atividades específicas relacionadas ao emprego almejado.

Enxergue as oportunidades — não tenha receio de participar de processo seletivos e lembre que a melhor vaga é aquela em que a empresa e você ganham com a sua contratação. Por isso, avalie suas habilidades e pesqueise oportunidades em que você possa se encaixar.

Esteja familiarizado com as novas tecnologias — as empresas têm usado plataformas digitais (Microsoft Teams, Google Meet, Skype, Zoom, entre outras) no seu dia a dia, nas entrevistas de emprego e até nas avaliações psicológicas. Vale mexer nelas antes do início do processo.

Seja verdadeiro na entrevista — o recrutador tem meios de descobrir se você estã falando a verdade, mesmo que a entrevista seja virtual. Até o corpo fala. Treine em casa, em frente ao espelho, e procure ser natural ao responder cada questão.

Jamais se coloque em desvantagem pela idade — nem toda vaga disponibilizada tem idade preestabelecida para ser preenchida. 

Geralmente, a busca é pelo profissional com maior capacidade de entregar resultados. Conheça-se para reforçar seus pontos fracos e salientar os fortes.

Use o bom senso sempre — procure mostrar sua energia na medida certa, nem para mais nem para menos, sendo proativo e evitando posicionatos polêmicos ou controversos. Pense sempre antes de responder qualquer perguntsa, pois podem existir "pegadinhas".

Analisando o envelhecimento à luz da Bíblia


Nascemos com uma tendência natural de viver para o momento, mas a futilidade final dessa abordagem é explicada em Eclesiastes, do capítulo 1 ao 7. À medida que as pessoas envelhecem e começam a sentir o impacto cada vez maior de sua mortalidade, elas tipicamente tentam investir seus recursos declinantes em projetos que lhes parecem ter mais promessas de um significado duradouro na vida, especialmente na esperança de perpetuar o seu "nome" em um legado duradouro (Eclesiastes 2). 

Infelizmente, ninguém pode prever quais projetos terão valor e significado duradouros (Ec 3:1-15), o que normalmente leva a níveis variáveis de desilusão e até mesmo desespero sobre a brevidade da vida e a aparente injustiça "sob o sol" (a frase que Salomão usa para falar sobre a vida nesta terra — Ec 3:16; 7:29).

Com a crescente percepção de que a satisfação em tais atividades é invariavelmente fugaz, a esperança de Salomão é que as pessoas se tornem mais sábias no uso da sua porção dada por Deus antes de morrerem (Ec 8-12, veja também o Salmo 90:12). Esta sabedoria cresce em relação à nossa consciência de "tempo e julgamento" — precisamos de uma perspectiva divina em face da brevidade e da aparente injustiça da vida (Ec 3:15c-17; 8:5b-8, 12b-15; 9:11,12; 11:9; 12:14). 

A noção hebraica de tempo nessas passagens combina os conceitos de oportunidade (o momento certo para agir eficientemente quando ocorre a ocasião) e da duração da vida (temos apenas uma certa quantidade de tempo antes de toda a oportunidade desaparecer). 

A noção hebraica de julgamento nesses mesmos textos pressupõe a total liberdade de como usarmos nessa vida a "porção" dada por Deus, conforme nossos desejos nos conduzam, mas ainda com uma responsabilidade concomitante com Aquele que distribuiu e alocou essas porções. 

A contrapartida do Novo Testamento a esses conceitos pode ser encontrada vividamente nas parábolas de Jesus das dez virgens e dos talentos (Mateus 25), dos dois filhos (21:28-32) e do injusto administrador (Lucas 16:1-13).

O autor de Eclesiastes reconhece as dificuldades e os desafios do envelhecimento, inclusive o declínio físico e mental. Eclesiastes aborda essas dificuldades de uma perspectiva humana (Ec 7:15-18; 8:14; 9:3), mas ainda oferece sabedoria para nos ajudar a lidar com o envelhecimento da perspectiva de Deus, envolvendo as noções de "tempo e julgamento". 

Com nossa inevitável desilusão sobre a condição humana - nossa depravação, incerteza e mortalidade universal — é aconselhável lembrar que 
"Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto. Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol" (9:4-6). 
Sabendo que são responsáveis pela "porção" dada por Deus, as pessoas devem aproveitar alegremente todos os seus dons, talentos, sabedoria e oportunidades na vida o mais cedo possível - antes que toda a oportunidade de fazê-lo tenha cessado (9:7-10; 11:9; 12:7).

Conclusão


O impulso desta reflexão de Eclesiastes sobre o envelhecer é que o significado na vida é cumprido em nosso propósito dado por Deus, e nosso propósito só é cumprido quando aproveitamos a nossa porção dada por Deus em Cristo, o Salvador prometido de Deus. 

Embora esta porção possa parecer menos justa para alguns que para outros, o significado da vida será consumado somente no julgamento final quando recebermos nossa herança (7:11) pela maneira como investimos aquilo que recebemos de Deus, seja essa maneira boa ou ruim (12:14, compare 2 Coríntios 5:10). 

Naquele dia, veremos Deus como eminentemente justo em Suas recompensas, independentemente de quão injusta ou desigual essa distribuição pareça nesta vida presente.

[Fonte: Catho]

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