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sábado, 30 de outubro de 2021

A IGREJA CONTEMPORÂNEA E SEUS DESAFIOS

"Porque eu, o Senhor, não mudo. [...] Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. [...] Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente!" (Malaquias 3:6; Tiago 1:17; Hebreus 13:80).
  • O texto desse artigo é baseado no texto que escrevi para uma série especial de Discipulado sobre evangelismo.
Uma das características essenciais no caráter de Deus, é sua imutabilidade. Deus não muda, isto é um fato! Se Deus não muda, então Seu amor por nós não muda, Sua bondade para nos abençoar não muda, Sua justiça não muda, Sua misericórdia para nos perdoar não muda e Sua Palavra não muda (Mateus 24:35).

Entendendo a imutabilidade de Deus


A mutabilidade pertence à toda criação, a imutabilidade pertence somente a Deus. Os céus que vemos constantemente mudam a aparência: às vezes estão limpos, outras vezes estão escuros por causa das nuvens e trevas. A face da terra muda a aparência de estação a estação.

A terra sofreu grande mudança por causa do dilúvio, e mudará por causa do fogo (2 Pedro 3:5-10). Os anjos em seu estado original eram sujeitos a mudança, como nos foi demonstrado pela grande apostasia que sobreveio a muitos.

Os anjos eleitos não mudaram, pois eles foram confirmados em santidade, não devido à sua natureza, mas pela graça de Deus em Jesus que é o Cabeça de todos os principados e poder (1 Timóteo 5:21; Colossenses 2:10).

Enquanto consideramos o homem, o centro da criação, sua mutabilidade é tão evidente que nem precisamos prová-la. Quem de nós já não se entristeceu por causa da inconstância humana? Muitos de nós sabemos o que é ser louvado hoje e caluniado amanhã, pelos mesmos lábios. Mas, Deus não, Ele é:
  • Deus é imutável em sua natureza (Tg 1:17);
Entendido isso, vamos ao tema, propriamente dito.

A igreja e a contemporaneidade


O lançamento da "Pedra fundamental" ocorreu em Mateus 16:18
"...sobre esta pedra "Edificarei" minha igreja...",
conforme Efésios 2:20,21. Uma estrutura basilar espiritual e eterna, na qual o próprio Senhor Jesus foi quem constituiu os arquitetos e construtores para tocar a obra da construção de sua igreja (Ef 4:11,12; 1 João 2:27). Conduzindo para a eficácia do progresso e o aperfeiçoamento espiritual consolidando a Edificação do corpo de Cristo.

Foi Ele quem determinou o padrão estético final em Mateus 10:24,25. Determinado em Apocalipse 1:6. Conquanto haja uma cobrança da parte de Deus acerca deste desígnio para sua Igreja (Hb 5:11-14).

O verbo "edificar" está no futuro, e como tal implica que a construção da Igreja de Cristo está em pleno vigor e exaustiva atividade, e reconsiderando que estamos em uma ampla área operacional de um canteiro de obras, outrossim é relevante a necessidade de reconduzir bastante entulhos que sobram em um canteiro de obra e que apenas prejudicam o bom andamento da obra.

Cabe bem aqui o alerta de Paulo em 2 Coríntios 13:5
"Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados."
"...examinai-vos a vós mesmos...", "...provai-vos a vós mesmos...", "...se não é que já estais reprovados..." — são expressões que travam questionamentos introspectivos, e nos constrange a realizar avaliações criteriosas em nossa estrutura de fé, não obstante que em uma reflexão histórica, o diagnóstico indica que, o povo que não conhece sua história corre o risco de repetir os mesmos erros.

E literalmente a história se repete em um ciclo vicioso, É impressionante e ao mesmo tempo contraditório constatar que o ambiente onde se esperava encontrar abundante graça, infinita misericórdia, honestidade e profundo amor, que são características básicas do corpo de Cristo (a Igreja) a realidade se mostra alarmante, frustrante, e comprometedora — refletindo assim o tipo de material que foi empregado nesta construção (1 Co 3:12), devido a essa inadimplência operacional se verifica um quadro patológico de sintomas de apostasia, que se estabeleceu no seio da igreja no decorrer dos tempos, a igreja chegou a ter nome de quem vive, porém não si surpreenda, mais estava morta em seus delitos e ofensas incompatível à santidade de Cristo.

Haja vista, que o sistema doutrinário é o responsável direto pela conduta, estilo e bons costumes da Igreja de Cristo. Um dado histórico aponta que na região do Berço Nascituro do Cristianismo segundo os dados estatísticos se constata um estado de convalescença do Cristianismo para uma força esmagadora de um padrão ético universal chamado Mulçumano.

Furando a "bolha gospel"


Verifica-se então que estamos dentro de um movimento cíclico, em uma bolha doutrinária convalescente, inoperante e inadequada para atender as carências de uma geração transgênica e transgenéticas. A nossa metodologia doutrinária nos levou a usar a Bíblia Sagrada apenas como um simples instrumento de trabalho, capaz de nos transformar em cristãos informais e/ou profissionais, chamados "Teólogos", "Bacharéis", "Seminaristas" e, mais recentemente, "Coaching".

Se o Cristianismo — não no termos pejorativa, mas, o grupo de seguidores de Jesus Cristo — quiser manter um papel relevante na sociedade pós-moderna precisa refletir sobre seus paradigmas doutrinários, haja vista que Deus e o mundo (humano) são duas realidades que estão divorciadas pela religiosidade exegética abastarda, isto é, não haverá integração de valores (espirituais) agregados, entre um, formalismo teológico sistemático, e uma sociedade pós-moderna. Cabe no momento de instabilidade conceitual relativista uma revisão doutrinária para promover uma eficiente compreensão e interpretação bíblica que norteie um excelente padrão de Caráter Cristão.

A Igreja de Cristo vem sofrendo influências, e distorções como efeito do secularismo ao longo de sua formação, comprometendo o protótipo original do seu arquiteto (Ap 3:15,16). É o padrão estético espiritual em que se encontrou a Igreja de Cristo, mesmo com toda precaução do apostolo Paulo em 1 Coríntios 3:10, na verdade a Igreja de Cristo está se fragmentando em facções denominacionais religiosas, (reino dividido é reino fragmentado) visto que a maquete original da arquitetura da Igreja de Cristo não incluía divisões, (1 Co 1:10-13) — este nocivo sistema partidário induz o povo de Deus ao individualismo absoluto em linhas teológicas denominacionais, aludindo ao sistema de competitividade de almas, e de grupos individuais passam a categoria de grupos rivais em si mesmos, (no corpo de Cristo).

Edificar uma Igreja é muito mais que afirmar uma linha teológica, ou defender um dogma doutrinário, pois a Bíblia Sagrada como Carta magna de Deus aos homens transcende as diferenças das Barreiras Denominacionais, essa política partidária tem ocasionado um sério prejuízo ao crescimento do reino de Deus aqui na terra.

Um dado significativo no que tange ao Evangelho é que ele supera qualquer sistema doutrinário denominacional, a propósito, o fundamentalismo religioso, o formalismo tradicional, e o legalismo ortodoxo tem tornado as regras e os credos eclesiástico mais importante que o valor de uma alma humana, inviabilizando seu crescimento sustentável espiritual.

Nenhum Credo Doutrinário estabelecido pelas Denominações Religiosas refletem um pleno e completo tratado de Fé, pois os mesmos se limitam apenas a algumas respostas aos apelos e necessidades das comunidades denominacionais. Os Credos estão como formulas Legalistas sistemáticas que padronizam a mente e a alma dos membros das instituições religiosas aos ditames defendidos por seus próprios preceitos estatutários (Ezequiel 20:18).

As verdades doutrinárias não são fins em si mesmos, vistos que são interpretações de textos bíblicos, que representa uma linha de compreensão, de um ponto de vista humano, passivos de enganos sofismático. É relevante afirmar que as denominações religiosas (o cristianismo pejorativo) têm negligenciado no seu papel vital em observar as advertências do Apóstolo Paulo, de permanecer dentro dos padrões de ensinos que foram inteirados por ele próprio (2 Tm 3:10-17).

Esse descuido, entretanto tem provocado uma série de falhas nas bases doutrinárias nas respectivas denominações, levando a Igreja de Cristo a um quadro patológico de inanição espiritual, na qual, a força Doutrinária não tem gerado em seus membros o mesmo Padrão Ético-Moral-Espiritual do Apóstolo Paulo, isto é, ter o mesmo modo de viver de Paulo, ter a mesma intenção motivacional de Fé de Paulo, enfim, na verdade perdemos de vista o foco, a perspectiva Doutrinária Paulina, quando ele nos aconselha a sermos seus imitadores na qualidade de um autêntico caráter Cristão (Gálatas 4:19).

Pelo ativismo militante do Evangelho


Posto que o Evangelho que é o poder de Deus, tem como meta principal a transformação de vidas pecadoras em vidas santas, Paulo avança em seu discurso desafiador propondo o Evangelho como um modelo ousado de um super-projeto de vida incorruptível (2 Tm 1:10).

Estamos contemplando o limiar de um novo milênio sob uma perspectiva digital, gerando informações ao vivo, via internet, de um mundo globalizado, é uma verdadeira explosão atômica da ciência cibernética, naufragando a fé e a esperança de muitos (Mt 24:12).

Sobretudo esta evolução tecnológica traz consigo o conflito ideológico de gerações, refletindo os acontecimentos do fim dos tempos profetizado por Daniel (12:4). E para combater essa conjuntura científica adversa, é relevante averiguar o recurso revelado a Daniel, e que foi selado em palavras fechadas, transformado em um livro de códigos, para que ninguém que leia entenda, ou escute e compreenda, até que o tempo determinado se cumpra, e que para tal tempo estamos nós vivendo (Mt 13:9-11; 13-15).

Conclusão


Concluindo quero ressaltar que esta é a missão da última hora, decodificar o selo enigmático do livro que está praticamente perdido e sem valor funcional dentro da Casa do Senhor (2 Crônicas 36:15,16), a própria Palavra do Senhor (A Bíblia Sagrada) tornou-se um opróbrio no meio do seu povo (Jeremias 20:8), conforme Números 21:5.

Como por nosso orgulho preconceituoso invalidamos a sua autoridade máxima doutrinária, não dando como ouvidas as palavras escritas neste Livro, para fazer conforme a tudo quanto acerca de nós está escrito 2 Reis 22:8-13.

Finalizo lembrando que o Evangelho como um novo projeto de vida incorruptível, implanta no convertido um conjunto de medidas normativas, e diretrizes disciplinares, que comumente chamamos de conteúdo Doutrinário, que nos fará levar a contrair um novo padrão moral de vida eterna, estabelecendo mudanças significativas nos costumes, comportamentos, hábitos e atitudes. Enfim, de corpo, alma e espírito plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo.

[Fonte: Ultimato, por Joelson Raulino da Silva]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "FLORES", TITÃS

Essa conhecida canção, um dos grandes hits da soberba safra do rock nacional da década de 1980, é, sem dúvida, um dos grandes sucessos na carreira da icônica banda Titãs. Apesar de um ritmo bem animado e uma letra poética, a música dá margem para várias interpretações diferentes e sensíveis.

Por trazer em seu título algo muito bonito e que representa a vida, o significado de 'Flores' pode assustar algumas pessoas. Existem inúmeras interpretações que podemos perceber em 'Flores', mas, sem dúvidas, existem duas delas que se destacam mais: a teoria de que a música se trata sobre suicídio e que ela poderia estar sendo cantada pela própria pessoa, já falecida.

Assim, em meio a tantas frustrações e momentos difíceis, o personagem-narrador chega ao extremo e conta a situação na sua perspectiva dos acontecimentos. Embora muitos fãs também consigam fazer uma interpretação com inúmeras lições sobre o mundo e até algumas relações interpessoais nessa música, para outros o real significado é sim este sensível e mórbido. Entretanto, no texto desse artigo, eu vou fazer uma outra interpretação, que não vai tão ao lógico do que a letra possa sugerir.

Sobre a banda


Essa é a formação original, da época do lançamento da música. Em cima, da esquerda para a direita: Branco Mello, Tony Belloto, Sérgio Britto, Nando Reis, Paulo Miklos. Em baixo: da direita para a esquerda: Charles Gavin, Arnaldo Antunes e Marcelo Fromer (✰1961/✞2001)
Banda paulista formada em 1982, o Titãs é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes nomes do rock nacional. Foi palco do descobrimento de artistas talentosíssimos e super importantes para música brasileira que, depois de sua passagem pela banda, resolveram seguir carreira solo — Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Charles Gavin e Nando Reis.

Atualmente a banda é composta por Branco Mello, Sérgio Britto e Tony Bellotto e ainda é considerada uma das maiores bandas de rock nacional da história do Brasil.

Suas letras poéticas e profundas renderam mais  de quatro décadas de carreira sólida com inúmeros sucessos como 'Flores'. O Titãs tem várias músicas profundas e interessantes. Suas letras cativam seus fãs há mais de quatro décadas. Muitas delas são marcantes e muitas até mesmo polêmicas, com explícita mensagem de protesto e crítica social, como 'Polícia', 'Bichos Escrotos', 'Desordem' e 'Homem Primata', por exemplo, todas, sucessos absolutos. 

Vamos à letra de 'Flores'.

'Flores' — Titãs

Composição: Arnaldo Antunes, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto e Charles Gavin; Álbum: "Õ Blésq Blom", WEA, 1989


Com sua letra poética e o inesquecível saxofone de Paulo Miklos, a canção foi um sucesso imediato e também voltou a ser destaque em sua versão feita para o Acústico MTV, com a participação mais do que especial de Marisa Monte.


Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
 
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores...
Flores...
As flores de plástico não morrem
 
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
 
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores...
Flores...
As flores de plástico não morrem
Flores...
Flores...
As flores de plástico não morrem


Minha análise


Andei pesquisando sobre a letra dessa música, e percebi que muita gente a interpreta de um modo que eu considero ousado demais. Muitos acham que o "eu lírico" (a narrativa) dessa canção é uma pessoa morta, um suicida — o que torna essa interpretação ainda mais dramática —, que enxerga as flores que são colocadas acima de seu caixão, no seu velório. Muitos religiosos diriam que se trata de uma apologia ao suicidio e que, portanto, não deve ser cantada por um cristão. Mas eu, o que não é novidade, discordo de tudo isso.

Essa teoria é muito literal, muito óbvia, até, eu diria e essa música tem muito mais poesia do que muita gente pensa. Mas, então, que significado teria ao certo essa canção?

Comecemos pelo título. Por que o título dessa música é 'Flores'? O título dessa canção é 'Flores' porque trata de flores — uma temática bem presente nas composições dos anos 80. E o que são flores? Flores são frágeis, se despedaçam, se despetalam, secam.

Ora, quem poderia ser tão frágil quanto uma flor? Por mais absurdo que pareça ser, o único ser vivo que apresenta a fragilidade das flores é o ser humano, sentimentalmente falando.

A representação da flor na música dos anos 80


As representações do símbolo "flor" criadas pelo movimento roqueiro dos anos 80 trouxeram uma série de significados, a partir dos quais emergiram conflitos, dilemas, aceitações e recrudescimentos, que envolveram os agentes históricos em um diálogo constante com o mundo ao seu redor.

Oscilações, frustrações, estranhezas, asperezas, tristezas e alegrias foram representadas nas canções que possuem em seu cerne a flor — 'Flores em Você!' - Ira, 'Codinome Beija-flor' - Cazuza... —, o que levou à necessidade de utilizar tal simbologia não como objeto fechado, calculado e racionalizado. Destarte, os agentes históricos captaram tal símbolo e utilizaram-no para reproduzir seu momento pessoal e subjetivo frente às experiências que foram possibilitadas.

Portanto, a música 'Flores' não trata de flores em si, mas de algo parecido com as flores, as pessoas. E entender isso é o primeiro passo para entender o significado de 'Flores'.

A subjetividade sugerida


Por serem tão frágeis, nem sempre é fácil lidar com as pessoas. Certas vezes, acabamos magoando quem não merecia. Outras vezes, acabamos magoados. E é esse o questionamento principal do "eu lírico". Por que é tão difícil conviver com as pessoas sem magoá-las ou ser magoado? 

Então, ele olha-se no espelho até cansar, buscando uma resposta. E chora por ter "despedaçado" as pessoas mais próximas a si. E, mais do que chorar por ter machucado as pessoas mais próximas a si, o "eu lírico" ainda sofre por também estar machucado por inteiro.

É difícil conviver com elas, mas as pessoas estão por todo o lado. Abaixo de nós, acima de nós, em tudo que vemos, em tudo que fazemos, em tudo que sentimos há a atividade humana. E o que fazer?

Não há nada a fazer. Apenas podemos esperar e deixar que a mágoa decorrente de nossos relacionamentos fracassados nos corroam. Podemos apenas esperar que a dor cure tudo isso porque, e todos já devem saber, não existe uma cura médica para isso.

O que o "eu lírico" dessa canção talvez não tenha entendido é que é normal nos magoarmos em nossos relacionamentos, nos machucarmos e machucar as pessoas. Para o "eu lírico", pessoas já não são sinônimo de entusiasmo, são sinônimo de morte, visto que todas acabarão morrendo.

E quando o "eu lírico" fala que 
"...as flores de plástico não morrem..." 
podemos entender que ele acredita que tudo seria mais fácil se as pessoas fossem robôs, que não sofreriam, que não se machucariam, que não feririam os sentimentos dos outros, que, como flores de plástico, não morreriam.

Veja bem, essas são apenas algumas reflexões que fiz sobre a canção 'Flores', do Titãs, mas talvez a dor que o "eu lírico" sente seja mais do que o arrependimento de ter machucado alguém. Talvez esta dor seja a dor de ter perdido alguém, literalmente por meio da morte, a quem ele machucou. 

E talvez seja por medo de machucar outro alguém e perdê-lo que ele repete que
"...as flores de plástico não morrem...",
como se ele mesmo soubesse que fará muito mal a quem conviver consigo.

Acho que paro por aqui, antes de mudar mais uma vez a minha interpretação dessa música e sugerir que o "eu lírico" é um psicopata emocional que acaba matando todos ao seu redor, induzindo-as ao suicídio e, com sua morbidez e insensibilidade, não apenas cedendo, mas, sendo ele próprio, com suas atitudes e palavras, as lâminas mortais com as quais terão os punhos e os pulsos cortados.

Conclusão


Finalmente, na música dos Titãs as flores surgiram como sinônimo de múltiplas experiências, reflexões, conjunções e injunções. Nessa catarse subjetiva, representaram vida, morte e sobrevida, denotando uma acepção forte. 

A solução encontrada pelo agente discursivo foi ratificar sua posição, aceitando conclusivamente as flores de plástico  — frias, imóveis e racionalizadas  —, em detrimento da submersão intensa e vulcanizada nas introspecções do próprio eu, que quase deu fim à sua própria vida. 

Se a vida só pode ser mantida associada a flores de plástico, a melodia acompanha tal paradoxo, pois, mesmo a letra relatando sobre depressão, ato suicida e finitude do ser e da vida, se manteve em um tom relativamente festivo e alegre. E as flores, de forma paradoxal e ambígua, representaram o binômio morte e vida trazido na letra.
A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

"LINGUAGEM NEUTRA", O QUE HÁ POR TRÁS DISSO?

A nova geração é a geração da indecisão. Movidos pela massa, muitos estão indo para onde a maioria vai, mesmo não fazendo nenhum sentido. Os jovens sempre foram aventureiros, mas com a revolução digital, a modernidade e os seus conceitos impactaram profundamente o estilo de vida das pessoas. Hoje, a internet e as tecnologias de comunicação são a base dos relacionamentos da sociedade e a Igreja deve oferecer a resposta e o caminho para as crises morais e sociais que estamos vivendo.

Estou me referindo nesse artigo diretamente à polêmica em torno da implantação da chamada "Liguagem Neutra" nas escolas públicas. A tal nova linguagem é a expressão discursiva do tal "gênero neutro", ou seja, uma terceira opção ante os "tradicionais" masculino ou feminino. Há, também, um outro conceito advindo dessa possibilidade, o da sexualidade fluída, até então desconhecida da maioria das pessoas. A sexualidade fluída desconhece as fronteiras do gênero, ou seja, a forma como se lida com sexualidade é imprevisível e indeterminada.

Nada é tão novo, nada é tão velho... 

No final, é tudo mais do mesmo


O assunto não é tão novo. No dia 1º de abril de 2014, a mais alta corte da Austrália reconheceu que uma pessoa pode ser legalmente reconhecida por um gênero neutro. Dizia o texto: 
"a Suprema Corte reconhece que uma pessoa pode não ser nem do sexo masculino, nem do sexo feminino, e permite, assim, o registro do sexo de uma pessoa como ‘não especificado'"
,disse, em julgamento unânime, que rejeitou a apelação feita pelo estado de New South Wales para que fossem reconhecidos apenas os sexos masculino e feminino.

Na França, pela primeira vez, uma pessoa de 64 anos ganhou na Justiça o direito de que fosse alterada e inclusa em sua certidão de nascimento a descrição "gênero neutro".

O magistrado que julgou o caso argumentou: 
"o sexo que foi atribuído no nascimento aparece como pura ficção imposta durante toda sua existência. Não se trata de reconhecer a existência de um 'terceiro gênero', mas de reconhecer a impossibilidade de atribuir um determinado gênero a esta pessoa" (grifo acrescentado para efeito de ênfase).
Já surgem até novas formas de palavras para identificar esse gênero: alunx, amigx, etc (Como se pronuncia? Ah, isso eu já nem imagino). Diante do quadro, tenho algumas outras preocupações. A sociedade, em geral, adotou a ideia de relativização da Bíblia quando a verdade não é mais absoluta ou atemporal. E o agravante é que o conceito começa a fazer parte do vocabulário de alguns cristãos (Isso mesmo!). Isso é muito perigoso. A Bíblia deixa bem claro que Deus criou homem e mulher, macho e fêmea para que cada gênero se relacionasse com o oposto.

Aqui não vai nenhum tipo de crítica e/ou julgamento sobre a orientação, a identificação ou comportamento (chame como melhor quiser) de outrem. Isso é de cunho pessoal e deve sim ser respeitado. Sobre isso não há o que se questionar. Agora, impor uma pauta ideológica de uma minoria em detrimento dos princípios tradicionais da maioria é algo que não há como discutir, tamanho o absurdo.

Veja, edição de 16 de fevereiro de 2016, foto/reprodução
Há alguns anos, a reportagem principal de uma das mais conhecidas (e questionáveis) publicações brasileiras, a revista Veja, abordou o tema da ideologia do gênero neutro. Conforme a reportagem, o assunto se tornou recorrente em algumas escolas brasileiras. Segundo a matéria, 
"para alguns colégios de grandes cidades brasileiras discutir a diversidade de gênero virou assunto obrigatório. A aula magna do Pedro II deste ano foi sobre o tema. 
No Bandeirantes, em São Paulo, um grupo de discussão batizado de Bandiversidade reúne alunos para falar sobre homossexualidade, bissexualidade e pansexualidade (caracterizada pela atração sexual, romântica e/ou emocional independentemente da identidade de gênero do outro). 
Já esquentaram os debates tópicos como as diferenças entre transgênero, transexual e drag queen".

Cá como lá, ou vice-versa?


Além da Austrália, em alguns outros países iniciativas foram tomadas para garantir direitos a quem afirma não ser nem do gênero masculino ou feminino. A língua sueca, por exemplo, começou a introduzir um pronome de gênero neutro para a nova edição do dicionário oficial do país. 

No idioma escandinavo, junto aos pronomes de gênero masculino han e feminino hon, foi adicionado o pronome hen. A nova terminologia se refere às pessoas que não revelam seu gênero — seja porque é desconhecido, ou porque a pessoa é transgênero ou o locutor considera o gênero uma informação superficial para compreensão do texto. Países como Alemanha, Malta, Índia, Paquistão, Nova Zelândia e Nepal tomaram decisões para proporcionar que as pessoas se apresentem como de um terceiro gênero.

Imbecialização acadêmica


Universitários geralmente são expulsos por beber ilegalmente, reprovar em matérias, ou por participar de festas de fraternidade que saem do controle. Mas agora usar o pronome errado também pode resultar em expulsão.

Uma política de "identidade de gênero" proposta pela Universidade de Minnesota pode obrigar estudantes (e a faculdade) a usar os pronomes escolhidos por seus colegas que não tem um gênero definido.

Alunos e funcionários podem ser expulsos ou demitidos por se recusarem a usar pronomes como "ze" e "they" ("elx", em tradução livre. No inglês, o uso do pronome coletivo não especifica gênero, diferentemente do português, em que "todos" está no masculino).

Se os universitários de esquerda querem promover a inclusão de alunos transgênero, a força não é a forma correta. Na verdade, isso pode acabar gerando ainda mais hostilidade — não são só de estudantes que são afetados por essas políticas, afinal a regra seria aplicada também aos professores.

Por mais que geralmente sejam de esquerda, educadores deveriam perceber que eles não conseguem fazer seu trabalho se discussões sobre questões cruciais, como gênero e identidade, são suprimidas pelos radicais do campus.

Válido enfatizar que, a Universidade de Minnesota é pública, o que significa que ela deve respeitar as regras da Primeira Emenda da Constituição sobre o direito de liberdade de expressão dos estudantes: liberdade de expressão não apenas nos protege da censura, mas também nos protege da obrigação de adotar determinados discursos.

Em um processo em New Hampshire, a Suprema Corte determinou que os locais não poderiam ser forçados a estampar o slogan político "live free or die" ("viva livre ou morra", em tradução livre) nas placas de seus carros. Desde então esse princípio constitucional tem sido reforçado inúmeras vezes. Após décadas de precedentes similares, é improvável que regras sobre pronomes passem pelo crivo da Constituição.

Samantha Harris, vice-presidente de pesquisa política da FIRE, disse que
"certamente seria inconstitucional uma universidade pública requerer de seus estudantes e membros o uso de pronomes de gênero-neutro sob possível punição"
embora ela acredite que, como a política da Universidade sobre o assunto é vaga, talvez não seja assim que a regra seja implementada.

Mas está claro que, caso os alunos sejam forçados a utilizar uma linguagem que discordem, a administração estaria rasgando a constituição para provar sua boa-fé progressista – e os estudantes não devem aceitar isso.

O professor da Universidade de Toronto, Jordan Peterson, se tornou uma febre conservadora por desafiar as opressivas regras quanto ao uso de pronomes no Canadá. Ele tem criticado gestões anteriores, dizendo que 
"para conseguir pensar, você tem que arriscar ser ofensivo".
Ele está certo. Seja tentando banir o "discurso de ódio" ou forçando alunos a usar certas palavras, os administradores estão lidando com a questão de maneira incorreta. A inclusão não pode ser forçada, mas aderir à Constituição não é opcional. Isto, tanto lá quanto cá!

Pois é. E por aqui, claro, os ativistas da extrema esquerda, não contentes em levar essa doutrinação ideológica para o ambiente acadêmico, não está medindo esforços para trazê-la também para as escolas públicas de nível médio. Ou seja, estão tentando incurtir mais esse veneno na mentalidade das crianças e dos adolescentes.

Teologia


Uma das vozes que se insurge contra a ideia de gênero neutro é, também, por exemplo, a da socióloga alemã Gabriele Kuby, autora do livro "A revolução sexual global — Destruição da Liberdade em nome da Liberdade" (Editora Principia, 2019, 352 páginas). Em uma recente entrevista concedida, ao blog Senza Pagare, ela afirmou que 
"a desordem das normas sexuais conduz à destruição da cultura. A Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 1948, estabelece que a família é o núcleo da sociedade e necessita de uma ordem moral para existir. 
Com tudo o que assalta as crianças nos meios de comunicação social, na internet e na educação sexual obrigatória, é difícil, para as crianças, converterem-se em adultos maduros, isto é, em grau de assumir a responsabilidade de serem mães e pais".
O fato é que a chamada sexualidade moderna é caracterizada por ser uma expressão de sexualidade de forma completamente livre de barreiras, que aparentemente as posições filosóficas, sociológicas e teológicas impõem entre pessoas, independente do gênero sexual, faixa etária. 

A sociedade, em geral, adotou a ideia de relativização da Bíblia quando a verdade não é mais absoluta ou atemporal. E o agravante é que o conceito começa a fazer parte do vocabulário de alguns cristãos. Isso é muito perigoso. 

Concordando com ela ou não (isso também é um problema de cada um) a clara definição da Bíblia não pode ser entendida como algo ultrapassado, porque nela está a revelação de Deus. Adolescentes e jovens que não cresceram em um ambiente espiritual têm muitas dificuldades de entenderem os temas espirituais.

E a igreja não pode e nem deve mudar do discurso bíblico para um que seja "moralmente aceito" e muito menos ainda "politicamente correto", só para agradar ao ativismo de militâncias, sejam elas quais forem. A revelação não pode ser nivelada pelo contexto sóciocultural, mas a interpretação do presente deve ser sempre feita com a visão bíblica.

O apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 3:4, advertiu quanto aos tempos que viveríamos dizendo que os seres humanos seriam 
"...mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus."
Não há neutralidade espiritual como também não há neutralidade de gênero na ótica do conflito entre o bem o e mal.

Aqui está mais uma das artimanhas do inimigo de Deus para levar as pessoas para longe do plano original divino. Para a Igreja, cabe o desafio de influenciar essas novas gerações, imprimindo em seus corações o propósito de ser fiel a verdade em todas as circunstâncias e que se preciso for, viver fora de suas paixões ou tendências naturais pelo amor do evangelho.

O conselho bíblico continua sendo válido: 
"Crede no Senhor vosso Deus e estareis seguros, crede nos Seus profetas e prosperareis" (2 Crônicas 20:20).

Identidade em xeque

Vamos ouvir a ciência?


O psiquiatra César Vasconcellos de Souza, com larga experiência em consultório e autor de diversos artigos, observa que a literatura médica prevê um transtorno de identidade sexual na infância e adolescência, atualmente chamado de disforia de gênero. 

Vasconcellos explica que esse tipo de transtorno transitório tem suas raízes em fatores como insegurança ou algum tipo de forte sofrimento emocional, mas que não há qualquer base científica consistente para se afirmar que possui origem biológica ou genética. 
"O Transtorno de Identidade Sexual, classificado no Código Internacional de Doenças, não está relacionado à ideologia de gênero porque esta última não é uma teoria científica, mas uma ideia de um grupo de pessoas" (grifo acrescentado para efeito de ênfase)
reforça o especialista.

Conclusão

Jogando a pá de cal


A questão sobre esse tal gênero neutro, queridos leitores, não é e nem jamais foi incluir pessoas com opções sexuais diversas. Primeiramente, quem acredita que linguagem neutra é sinônimo de inclusão, aqui vai um aviso: Comunicar-se em um idioma inexistente exclui, antes de mais nada, quem tem bom senso.

O que esses movimentos sem o menor senso do ridículo querem é impor uma única coisa: CONTROLE! Sim, grafo em caixa alta, "gritando" para que aqueles que ainda estão dormindo, acordem!

Quem controla a fala, controle a forma de pensar e, portanto, de se comportar. Simples assim! Essa agenda esquerdista vai impondo coisas absurdas enquanto a mídia aplaude e as pessoas aceitam. Pense: alguém só pode controlar outra pessoa quando esta ACEITA ser controlada.

E é isso que está acontecendo de várias maneiras diferentes para que as pessoas simplesmente aceitem.

Já ouvi coisas do tipo (até de ditos "crentes"):
"O que é que tem de mais na 'nova linguagem'? Quem quer falar, fala, quem não quer, não fala".
Sabe de nada, inocente!

A esquerda não propõe, ela simplesmente impõe. Não existe isso de quem quer ou quem não quer, pois quem se recusar será fortemente atacado: Misógino, racista, homofóbico, reacionário, fundamentalista... e por aí vai.

Eu não aceito essa baboseira e aqui no meu blog não vai ter nada disso. Não troco artigos femininos por "e", nem por "x" e nem por "@", sabe por quê? Porque a ciência diz que só há dois gêneros, o restante é opção sexual. Ou a tão defendidado ciência só vale para impor quarentena e o uso máscara? 

Contra o coronavírus a ciência é a voz mestra, não vale ser negacionista, mas, em relação à biologia não? É isso mesmo? Vamos raciocinar enquanto é tempo. Agora, quem não quer racionar, problema, mas, aqui no meu blog quem manda sou eu: menino é menino e menina é menina

[Fonte: Gazeta do Povo, via ©2018 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês. Tradução: Rafael Baltazar; Adventista.org]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
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sábado, 23 de outubro de 2021

VOCÊ SABE QUAL O SIGNIFICADO BÍBLICO DE "PENTECOSTES"?

"Ora, Pedro estava assentado fora, no pátio; e, aproximando-se dele uma criada, disse: 'Tu também estavas com Jesus, o galileu.' Mas ele negou diante de todos, dizendo: 'Não sei o que dizes.' E, saindo para o vestíbulo, outra criada o viu, e disse aos que ali estavam: 'Este também estava com Jesus, o Nazareno.' E ele negou outra vez com juramento: 'Não conheço tal homem.' E, daí a pouco, aproximando-se os que ali estavam, disseram a Pedro: 'Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia'" (Mateus 26:69-73 — grifo acrescentado).
Muitos termos que são usados no meio evangélico, às vezes acabam se tornando tão comuns e corriqueiros, que se tornam pejorativos. Muitas são as pessoas que usam determinados termos no chamado "evangeliquês", sem saber ao certo qual o seu significado em análise bíblica.

Cada falante se insere no meio social pelo falar que o aproxima dos demais integrantes do grupo, além de seus gostos em comum. Sua linguagem passa a ser semelhante, e pelo advento das gírias e dos jargões, esse fator se torna ainda mais latente. 

Nessa interação que o ser humano verbaliza e simboliza pode-se perceber o tempo em que este fala. Assim, o que acaba acontecendo é a criação de jargões evangélicos. O jargão é a representação do falar de um determinado grupo, de um certo tipo de pessoas que se comunicam e se identificam através da escolha de seu léxico.

O discurso do cristão contemporâneo muito se modificou ao longo do tempo. Isto se deu com tanta intensidade por causa do crescimento relevante do número de evangélicos na sociedade brasileira. A vertente protestante, apesar de em muitas instâncias representar um sincretismo religioso e uma religião não "pura" cresce, e é possivelmente este advento que se reflete de modo linguístico do falante, onde se tenta talvez delimitar uma separação da "tribo" cristã.

Um destes verbetes é o "pentecostes" ou o "ser pentecostal". Há muitos que assim se identificam baseando-se em suas carecterísticas carismáticas, ou seja, o grupo ou vertente que crê na efusão dos dons espirituais.

O que é carisma?


É possível que quando pensamos em uma igreja viva associamos a uma igreja dinâmica, engajada, repleta de atividades, programações e oportunidades a todas as faixas etárias, que tenha uma liderança visionária, que mobilize e motive as pessoas. 

Por outro lado, pela influência de uma tradição carismática e pentecostal, muitas vezes se pensa numa igreja viva aquela em que os cultos são fervorosos, a palavra seja pregada com poder e haja manifestações especiais do Espírito Santo. Realmente, essas podem ser descrições de igreja viva, carismática pelo menos no que se refere à sua organização, funcionamento, atividades e culto.

Mas é nisso que se resume a ideia de igreja viva? Uma igreja genuína, autêntica e cheia de vida é a mesma coisa que uma organização dinâmica, eficaz e engajada? É possível identificar traços de uma igreja viva?

O carisma é mais fácil de reconhecer do que de definir. Artigos de jornais e revistas sempre identificam líderes carismáticos — como os ex-presidentes dos EUA, John F. Kennedy (✰ 1917/✞1963), Barack Obama e o líder ativista Martin Luther King Jr. (✰1929/✞1968) — mas esses mesmos artigos raramente descrevem exatamente o que é carisma. 

É sempre alvo de debate se o carisma é necessário para um líder "transformacional", enquanto as prateleiras de livros de autoajuda prometem, de forma otimista, transmitir os "segredos" do carisma. Outras pessoas afirmam que o carisma não pode ser "desbloqueado" ou "descoberto" por ser algo inato e presente apenas em raros dos indivíduos. 

Então, para perguntar novamente, o que afinal é carisma?


As origens do carisma são encontradas nas cartas do apóstolo Paulo, escritas por volta de 50 d.C. Este é o primeiro uso em escrito da palavra "carisma", derivada do grego "charis" (graça). Para Paulo, carisma significava "o dom da graça de Deus" ou o "dom espiritual". 

Nas cartas de Paulo às incipientes comunidades cristãs espalhadas pelo império romano, ele escreveu sobre os "charismata" ou os dons espirituais disponíveis para cada membro da comunidade. Ele identificou nove charismatas, incluindo a profetização, a cura, o falar em línguas, interpretação de línguas, o ensino e o serviço — uma gama de dons sobrenaturais e pragmáticos.

Para Paulo, o carisma era uma noção mística: pensava-se que os dons acendiam em cada indivíduo sem a necessidade de autoridade ou de instituição da Igreja. E não havia carisma de liderança: os "charismata" eram, portanto, destinados a servir a comunidade sem a necessidade de um líder imposto.

Hoje, carisma é usado para descrever uma gama de indivíduos: políticos, celebridades, líderes empresariais. Entendemos o carisma como uma qualidade especial e inata que separa certos indivíduos e atrai outros para eles. 

É considerada uma qualidade rara: na política americana, por exemplo, Bill Clinton era tido como alguém dotado de uma presença carismática, assim como Obama — mas ninguém mais na memória política recente ganha o elogio.

Agora sim, vamos entender em resumo o significado bíblico do que é pentecostes.

O que é pentecostes


O "Pentecostes" vem do grego pentēkostḗ, que significa "quinquagésimo". A origem dessa festa é baseada em uma antiga tradição hebraica, chamada Shavuoth, que significa "Semanas". Era uma celebração de agradecimento a Deus pela colheita realizada pelos judeus cinquenta dias após a Páscoa.

A data também homenageia a memória do dia em que Moisés recebeu as Tábuas com as Leis Sagradas, conhecidas por Torah. Essa festa reunia em Jerusalém multidões de judeus vindos de vários países.

Para nós cristãos, a comemoração do Pentecostes é marcada pela narrativa no livro dos Atos dos Apóstolos capítulo 2, momento em que os apóstolos de Cristo recebem em si o derramamento do Espírito Santo, como um selo de capacitação para realização da obra apostólica vindoura.
"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (Atos dos Apóstolos 2:1-4 — grifo acrescentado).
Assim, Pentecostes também é uma celebração religiosa cristã que comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo, cinquenta dias após a Páscoa. É uma das datas mais importantes do Calendário Litúrgico Cristão, juntamente com Páscoa.

Diferente do Pentecostes cristão, o Pentecostes judeu durava sete dias e iniciava a partir do Pesah (Celebração da Páscoa). Pentencostes, então, é tempo de celebrarmos a presença do Deus Espírito Santo em nosso meio, relembrando o ato salvífico de Jesus Cristo e Sua vida em nós.

O pentecoste e a efusão do Espírito


Em hebraico, Espírito é ruah, e em grego, pneuma. Ambos os termos estão ligados a processos fundamentais, pois significam vento, sopro, furacão e vendaval.

Inicialmente, o Espírito não é conscientizado como pessoa, mas como uma força divina e originária que originária da criação, move-se nos seres vivos e age nos homens.

Pois o ser humano não pode viver sem garganta, respiração, alento e fôlego. No mundo que considera tudo material, mecânico, sentimental, é importante sublinhar e enfatizar a força do Espírito Santo na nossa vida, como uma renovação saliente de todas as coisas.

Para nós, cristãos o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal. Festa do diálogo e da compreensão. Portanto, a Igreja deve continuar a ser sinal, ou seja, precisa tornar visível o Deus invisível; tornar visível o transcendente.

Como ela faz isso? Através de sinais visíveis: da comunidade cristã; da celebração do sacramento; da proclamação da palavra.

Conclusão


De fato, sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Evangelho é letra morta, Cristo é do passado, a Igreja é uma simples organização.

Com o der ramamento do Espírito Santo narrado por Lucas, em Atos dos Apóstolos (2:1-13) — em cumprimento a uma promessa anteriormente feita por Deus (Joel 2:28-32) —, os discípulos que estavam trancados numa casa porque tinham medo dos judeus agora saem em missão.

Portanto, o Pentecostes tornou-se o símbolo do nascimento das igrejas cristãs, reunidas ao redor dos ensinamentos de Jesus. Com a presença do Espírito Santo, Deus se faz presente, o Evangelho se torna vida, Cristo se faz presente e a Igreja faz sentido para a comunhão de seus membros em continuar a missão dada por Jesus.
Leia mais sobre este assunto nos artigos:

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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

"ROUND 6", AFINAL, HÁ MESMO O QUE TEMER?

Você certamente já deve ter ouvido falar sobre a série "Roud 6". Uma produção que tem recebido muitas críticas ao redor do mundo por conta do conteúdo cheio de violência física, mental e apologia ao abuso de drogas e suicídio. De acordo com a Netflix — principal plataforma de streaming de vídeo —, em menos de um mês, a série "Round 6" ("Squid Game", em inglês) alcançou oficialmente 111 milhões de fãs, tornando-se seu maior lançamento de todos os tempos. 

O enredo


A série sul-coreana centra-se em centenas de jogadores desesperados financeiramente, que aceitam um estranho convite para competir em jogos infantis. O que acontece a seguir é um jogo de sobrevivência extremamente violento, em que os perdedores são executados.

A popular série da Netflix tem classificação "MA" nos EUA, o que significa que não se destina a menores de 17 anos. No entanto, sua popularidade atingiu adolescentes e até crianças. Tanto que aqui no Brasil, uma boneca usando vestido laranja e blusa amarela (foto) tem sido usada em memes em muitas redes sociais, mostrando o sucesso que a série Round 6, da Netflix.

Por ser direcionado para maiores de 16 anos, "Round 6" traz cenas de violência explícita, sexo, suicídio, tráfico de órgãos e muito mais. Muitos acreditam que os personagens de "Round 6" serão as fantasias de Halloween mais populares em 2021.

Alertas


O que é perturbador é que as escolas estão emitindo declarações para avisar os pais para manter seus filhos longe da série, já que as crianças estão reproduzindo as brincadeiras na escola (veja abaixo).

Por exemplo, de acordo com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), 
"uma escola na Bélgica está relatando que as crianças estão imitando a série no playground e batendo naqueles que perdem os jogos".
Embora possam existir temas relevantes em "Round 6" — como questões sobre economia e sociedade —, os questionamentos econômicos e sociais não estão ao alcance das crianças. Em vez disso, a violência é o foco, e ela pode ter um impacto perigoso.

Perigos da violência na mídia


Como acontece com todos os meios de comunicação social, a dramaturgia, além de possuir o poder e o grande mérito de contribuir para o crescimento cultural e humano do indivíduo, pode cercear a liberdade, especialmente dos mais fracos, quando distorce a verdade, e se situa como espelho de comportamentos negativos, com o emprego de cenas de violência e de sexo que ofendem a dignidade da pessoa, com a finalidade de "despertar emoções violentas e estimular a atenção do espectador".

Não fosse isso, porque a insistência de se "pesar a mão" em cenas de sexo e violência na maioria das produções dramatúrgicas, tanto do cinema quanto da televisão e até mesmo da literatura? E outra reflexão a ser fazer é o fato de que as produções que têm esse tipo de conteúdo, geralmente atrai um número expressivo de público, demonstrando o interesse das pessoas pelo consumo desse tipo de produto.

Liberdade de expressão?


Não pode ser definido como livre expressão artística a atitude de quem, irresponsavelmente, desperta sentimentos degradantes, cujos efeitos prejudiciais constatamos diariamente nas páginas dos jornais. É fato que a exposição a conteúdos violentos provocam efeitos espirituais negativos sobre as crianças, os adolescente e os jovens.

No caso específico das crianças, a exposição frequente à violência na mídia pode ser confusa para elas, que podem não ser capazes de distinguir prontamente entre fantasia e realidade. Em um estágio posterior, a violência na mídia pode condicionar as pessoas mais impressionáveis, especialmente os mais jovens, a considerar isso como um comportamento normal e aceitável, passível de imitação.

Outro fato é que também ninguém — nem mesmo nós, os adultos — está a salvo das consequências e sim, corre-se o risco de degradar ainda mais a sociedade.

Embora ninguém possa se considerar imune aos efeitos da violência ou a salvo de dano pelas mãos daqueles que agem sob sua influência, os jovens e os imaturos são especialmente vulneráveis e os mais propensos a serem vitimados. A violência sádica corrói as relações humanas, explora indivíduos — especialmente mulheres e jovens —, mina o casamento e a vida familiar, promove o comportamento anti-social e enfraquece a fibra moral da própria sociedade.

"Round 6" é um lembrete para todos nós de que não é espiritualmente saudável cercar-se de imagens violentas.

Alerta de especialistas


A psicóloga cristã Marisa Lobo publicou artigo pontuando aspectos negativos da série "Round 6"

Para a psicóloga, a série explora de forma negativa vários assuntos, promovendo a "banalização da violência". 
"Diferente do que acontece em filmes de ação, policiais ou de suspense, nos quais o crime é retratado da forma que merece – ou seja, sendo condenado, combatido e moralmente repudiado —, alguns filmes com conteúdos extremamente populares no mundo atual fazem o inverso disso, chegando até a romantizar situações trágicas como o suicídio"
disse ela.

De acordo com ela, 
"'Round 6' mostra um jogo sórdido onde pessoas endividadas e sem perspectiva de vida aceitam participar e lutam pela sobrevivência sendo submetidas a situações diversas.

O fato é que, nesse jogo, vale praticamente tudo pela sobrevivência, inclusive a violência extrema. Há cenas de assassinato, suicídio, sexo, pederastia, tráfico de drogas. Muito do que não presta é explorado e exibido na série Round 6" 
comentou Marisa Lobo (grifos acrescentados para efeito de ênfase).

A profissional se preocupa principalmente com a forma com que os jogos são apresentados, usando brincadeiras infantis, atraindo assim o público menor que a classificação indicativa da obra que é recomendada para maiores de 16 anos.
"Toda a violência está associada a uma linguagem infantil, que são os jogos. Com isso, crianças e adolescentes são facilmente atraídos para algo aparentemente 'inocente', mas que, no final das contas, só explora a perversidade, o terror e a zombaria de forma banalizada"
alerta ela.

Marisa Lobo também aconselha os pais: 
"Não permitam que os seus filhos assistam à série 'Round 6'. Sei que é difícil, em alguns casos, controlar isso, sobretudo com relação aos adolescentes. Nestes casos, recomendo que, antes da proibição, vocês se sentem juntos e conversem. Recomendo isto mesmo com jovens enquadrados na classificação indicativa, que é [acima] de 16 anos".

 

Palavra dos educadores


Diante da polêmica, uma escola particular do Rio de Janeiro resolveu fazer um alerta aos pais sobre os riscos que a série pode trazer para crianças.

Professores e diretores da Escola Alladin, na zona oeste do Rio de Janeiro, emitiram uma nota classificando o conteúdo como inapropriado para crianças, por saber que os pais podem não controlar o conteúdo consumido por seus filhos nas plataformas de streamings.

Além disso, foi percebido que muitos alunos pequenos estavam comentando sobre a série na escola, despertando a atenção dos professores.

Leia a nota na íntegra:

"Carta aberta aos Pais e Responsáveis

 

Prezados,

A parceria entre escola, família e sociedade é fundamental para o sucesso da Educação. Sendo assim, nosso objetivo com esta carta é alertar aos responsáveis sobre algo que temos escutado durantes os dias com nossos alunos e tem nos chamado atenção.

No dia 17 de setembro de 2021, foi lançada na NETFLIX a série 'ROUND 6'. A série coreana, com classificação etária de 16 anos, está batendo os ‘records’ de audiência, inclusive nas redes sociais como: Facebook, Instagram e Tik Tok.

O conteúdo da série que contém: violência explícita, tortura psicológica, suicídio, tráfico de órgãos, cenas de sexo, pederastia, palavras de baixo calão entre outras coisas tem sido assunto entre nossos alunos durante o recreio e horários livres.

A série, utiliza-se de brincadeiras simples de criança como: 'Batatinha frita 1,2,3',  'Cabo de guerra', 'bolas de gude' e outras, para assassinar a 'sangue frio' as pessoas que não atingem o objetivo final. O que nos causa preocupação é a facilidade com que as crianças acessam esse material.

Lembramos, apenas para informação, que canais de Streaming como a NETFLIX e outros possuem a 'Restrição de visualização por classificação etária', uma ferramenta preciosa para que nossas crianças acessem somente o conteúdo apropriado à sua idade.

Sabemos que é responsabilidade da família decidir o que é melhor para suas crianças, mas enquanto educadores temos o dever de alertar e honrar o compromisso com a Educação. Certos de sua compreensão, nos colocamos a disposição para qualquer esclarecimento que se faça necessário.

Atenciosamente, Direção" (Grifos acrescentados por mim para efeito de ênfase)

Conclusão


Eu, particularmente, só estou acompanhando toda a polêmica em torno dessa série de longe. Devo confessar que assisti só mesmo para ver do que se tratava, para ter base em minha repercussão do assunto e não gostei nem um pouco do conteúdo. 

Achei a tal série horrível sob todos os aspectos! Sinceramente, eu não sei o porque desse tipo de produção fazer tanto sucesso e atrair tanto público expectador. Mas, essa é uma opinião de alguém "supeito" para falar, já que não é mesmo fã de séries, muito menos ainda das atuais, que são a mola motriz das plataformas de stremiamigs.

Sobre a questão espiritual, à despeito de quaisquer polêmicas, eu vou terminar refletindo acerca de dois textos bíblicos que devem ser uma premissa na tomada de decisão compormental de quem se identifica como cristão. Ambos são duas orientações do apóstolo Paulo que, em análise contextual, é de aplicalibilidade atemporal.

A conveniência X a licitude


Quando se renuncia ao "tudo é permitido", por exemplo, ponto essencial das atitudes e dos comportamentos da "Geração 68" ou "Geração Anos Dourados" (aquela do slogam "sexo, drogas e rock and roll"), coloca-se a questão de saber o que não é permitido.

Perguntar o que não é permitido é colocar o problema dos limites das ordens. O apóstolo Paulo escreve duas vezes sobre o que ele chama de "coisas lícitas". Na Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 6, versículos 12 e 13 (parte), ele afirma: 
"Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma". 
E continua: 
"...os manjares são para o ventre e o ventre para os manjares".
Ainda na Primeira Carta, Coríntios, capítulo 10, versículos 23 a 25, ele retorna à assertiva e diz: 
"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas me convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam. 
Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem. Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da sua consciência".
As afirmativas de Paulo colocam claramente os problemas dos limites das ordens. Por mais que alguém se dedique a um estudo profundo da moral e da ética, duvido que chegue a uma formulação tão precisa. 

As ordens estão sempre em interação; são indissociáveis, misturam-se todo o tempo, interinfluenciam-se, no gesto que se faz ou não se faz, na trajetória de cada um, construída pelos próprios atos.

A distinção de ordens não significa a separação delas. Cada uma tem a sua lógica, mas nem por isso deixam de agir umas sobre as outras, em permanente processo de interinfluenciação recíproca.

É da síntese dessas frases que decorre a compreensão que distingue a civilização da barbárie. A essência da formulação filosófica Kantiana (A ética kantiana é a ética do dever, autocoerção da razão, que concilia dever e liberdade. O pensamento do dever derruba a arrogância e o amor próprio, e é tido como princípio supremo de toda a moralidade. Immanuel Kant [✰1724/✞1804]. "Fundamentação da Metafísica dos Costumes e Outros Escritos", editora Martin Claret, 2002, 141 páginas.) também está aí implícita: só posso praticar atos que, se generalizados, concorreriam para o bem.

[Fonte: JM Notícia, por Leiliane Lopes]

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