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terça-feira, 29 de setembro de 2015

EU ME ENVERGONHO!

Sou um envergonhado com o “evangelho”. Tenho me sentido em demasia envergonhado à medida que recebo notícias do meio eclesiástico. Quantos e quantos escândalos, calúnias e denúncias acerca de pastores, pregadores e cristãos de reconhecimento midiático! Isso tem se tornado uma frequente nos noticiários e em círculos cristãos. O evangelho deveria ter seus conceitos e considerações copiadas e seguidas por este sistema mundano. Entretanto, muitos buscam adequá-los às técnicas e princípios pagãos.

Considerando todos esses fatos, às vezes me sinto envergonhado de ser identificado como “cristão evangélico”; esclareço que, não tenho vergonha de seguir o meu Salvador Jesus, me sinto envergonhado pelo rumo que tomou o sentido de “evangélico” como “seguidor de Cristo”, como “membro da sociedade cristã”, pois percebo (e isso não é novidade), que nossa sociedade protestante deixou de honrar o termo “protestante” a muito tempo, para se ajustar aos moldes de um meio totalmente corrupto e leviano. Não é preciso citar nomes ou falar de programas com títulos evangélicos; basta apenas lermos os jornais, assistirmos televisão ou irmos a alguns cultos em pequenas igrejas ou mega-igrejas para constatarmos este fato. 

Hoje eu entendo alguns dos sentimentos verberados por Caio Fábio, quando disse que tinha desistido da igreja evangélica brasileira, por entender que a mesma tornou-se um sistema incurável e que não gostava mais do evangelho, tornando-se pagã não gostando mais da verdade. Quando ouvi estas palavras pela primeira vez, passei a sentir uma certa aversão a tudo que vinha deste homem de renome na sociedade evangélica, pois não acreditava que uma sociedade que eu considerava “sociedade de contraste” estivesse se corrompendo com princípios hedonistas e individualistas de forma tão abreviada. Não comungo com tudo do que prega e faz atualmente o senhor Caio Fábio d'Araújo Filho, entretanto, não posso deixar de concordar com o muito do que ele diz.

Hoje, homens com títulos de pastores que tinham em seu currículo a vergonha como prioridade, tornaram-se homens desavergonhados em quase todos os sentidos; perdeu-se o brio; a nobreza e a honestidade têm se afastado de círculos ou ambientes pastorais. 

Estou envergonhado


Estou envergonhado por ouvir pastores e pregadores que em seus programas usam a expressão “me ajude com sua oferta” por no mínimo dez vezes.

Estou envergonhado com um evangelho pregado aos ricos que querem se enriquecer ainda mais.

Estou envergonhado com pregadores que só pregam em nossas igrejas se desembolsarmos valores no mínimo, gritantes e soberbos (o que chamam de "ofertas"). 

Sinto-me envergonhado de encontrar-me com pastores dentro de seus carros importados comprados com o dinheiro da igreja ou comunidade em que presidem. 

Isso me faz lembrar acerca da vida exemplar e simples que Jesus levou. E quando me lembro disso, logo vem o questionamento e me pergunto. Será que é tão difícil viver uma vida cristã modesta ou barata?!

Envergonho-me com líderes eclesiásticos que mercadejam os milagres do Senhor Jesus nos cultos que dirigem. Com pastores e pregadores que trocam uma série de objetos (amuletos) “ungidos” - que afirmam, mentindo descaradamente, que tais amuletos vieram de Israel (até parece que há algum poder especial em qualquer coisa que venha de Israel ou de Marte), com a promessa de cura e outros, e tudo isso por uma boa “oferta de amor” (novamente a "oferta"). Será que, tudo que provem do evangelho deve ser comercializado para que seja revertido em sustento e manutenção da obra de Deus?

Sinto-me envergonhado de participar de eventos evangélicos onde as adjacências do Templo ou local do evento se tornam verdadeiros centros mercantilistas, onde caixeiros ambulantes, camelôs e outros, mercadejam seus objetos. A casa de Deus e suas imediações tornaram-se verdadeiros logradouros de sonegadores de impostos, de vendedores de produtos pirateados e contrabandeados.

Onde estão os pastores, os profetas, pregadores e líderes para derribarem as bancas e exortarem seus cambistas como fez nosso Jesus ao entrar no Templo em Jerusalém?! É... Não o fazem. E sabemos que não o fazem porque se tornaram cúmplices da avareza e do luxo, da ganância por “mais e mais” à medida que engordam seus bolsos e seus cofres. Pastores que se entregam de corpo e alma por não aceitarem mais viver sem eira nem beira.

Sinto-me envergonhado pois hoje já não recebo mais pedradas por ser evangélico, e sim moedas. Já não sou mais levado para fogueira ou para o cárcere, e sim para os palácios e círculos sociais de elite.

Sinto-me envergonhado de ser evangélico pois já não sou mais tido como a escória da sociedade, mas como alguém que está inserido e cooperando com um sistema sociológico que, entende ser bom participar de um ambiente grupal que contribui para o bem de todos.

Sinto-me envergonhado por perceber que, não somos mais leigos e iletrados como foram alguns apóstolos e muitos dos pais da igreja primitiva e medieval, e sim, louvados e reconhecidos pela cátedra e pelos títulos acadêmicos acumulados ao longo dos anos cristãos.

Envergonho-me por reconhecer que a busca pelo “Conhecimento” por parte de muitos líderes cristãos tem se baseado no acúmulo de títulos, na ascensão do próprio homem e em uma melhor colocação na sociedade eclesiástica. A única coisa que permeia a minha mente quando medito nestes fatos é o antropocentrismo, o hedonismo e o individualismo, que são sentimentos filosóficos mundanos e malignos.

Sinto-me envergonhado por ver que o cristão, que se denominava protestante, já não protesta mais. Ele agora é gospel.

Envergonho-me ao encontrar-me com “cristãos concordantes”. Sim! Com esses cristãos fracos e frouxos, que não tem coragem de dizer “não!”, “já chega!”, “basta!”, a este sistema paganizado pérfido que vem incutindo valores amorais e profanos em nossas igrejas.

Envergonho-me com esses "cristãos" atores, já que são apenas uns bandos de pessoas que sabem fingir, um bando de títeres patéticos que não tem firmeza bíblica ou espiritual, e que ao invés de defenderem os interesses do Reino de Cristo, defendem seus próprios interesses e os de uma sociedade sem pudor e com valores morais deformados.

Sinto-me envergonhado desse espírito de falsa humildade que permeia as tribunas evangélicas, uma humildade dissimulada que aceita elogios e recebe as glórias de outros, que concordam em serem chamados de “bom” , de “santo homem de Deus”, de “cheio do poder de Deus”, de “grande pregador” e outros títulos. Parece que muitos não estão compreendendo as Escrituras quando a leem, uma vez que não entendem o que Cristo queria nos ensinar em Mateus, capítulo 23, versículos 8-12 e outras passagens como, Marcos, capitulo 10, versículos 42-45.

Sinto-me envergonhado quando, ao tentar pregar o evangelho, por vezes recebo críticas ou passo por supressões de evangélicos e pagãos, ao me questionarem quanto ao procedimento leviano, desdourado e desonesto de irmãos que se dizem servos de Deus mas o negam pelas suas obras más. Me rejeitam por tentar ser autêntico. Me condenam por eu tentar ser sincero.

Sinto-me envergonhado por saber que existem líderes como, pastores e presidentes de ministérios cristãos que acobertam a pedofilia, o incesto, o estupro, a fornicação, o adultério, a falta de afeto natural e outras leviandades praticadas por diferentes companheiros ministeriais ou membros de importância em suas igrejas.

Sinto-me envergonhado do evangelho que assisto atualmente, porquanto não é o verdadeiro Evangelho que Cristo gostaria que recebêssemos, não é genuíno em seu conteúdo, uma vez que alguns, vêm deturpando e suprimindo interpretações bíblicas em função de suas próprias conveniências. Que evangelho é esse, que vem sendo manipulado por seus pregadores e evangelistas? Que evangelho é esse, em que seus anunciadores deixaram de praticá-lo por amor ao próximo, mas, muito mais por amor a si mesmos e de suas próprias concupiscências Não! Definitivamente isso não faz parte das boas novas que o Senhor nos ensinou e nos confiou a responsabilidade obrigatória de ensinar.

Sinto-me envergonhado por saber que muitos líderes em nosso meio, vem se mordendo uns aos outros, em reuniões de portas fechadas, para ver quem toma a cadeira de presidente de suas denominações.

Sinto-me envergonhado, não por não ser praticante de tais escândalos para o evangelho, mas sim por não conseguir fazer o suficiente como mestre que sou por chamado.

Sinto-me envergonhado por não conseguir em meu dia a dia realizar o bem que eu tanto quero, mas o mal que eu não quero, esse faço (parafraseando Paulo – Rm 7:19).

Sim, é assim que eu me sinto, envergonhado por saber que o nosso evangelho tornou-se algo inaparente. Infelizmente, tudo que temos presenciado, como expectadores e coadjuvantes dessa história, tem nos mostrado que a igreja tem perdido sua “cara” de santidade, de abnegação, de entrega, de amor ao próximo e de sociedade de contraste. 

Muitos têm se apostatado da fé genuína, dando ouvidos a ideias paradoxais às Escrituras Sagradas. Tais sentimentos e algumas práticas eclesiásticas vem tornando o evangelho ineficaz em vários segmentos. Entendo que estes fatos são prenúncios de uma nova apostasia que adentra as portas da igreja evangélica no Brasil. É vergonhoso saber que muitos não conseguem voltar a viver na práxis o significado original do que é ser “protestante”.

Muitos ao lerem este artigo, podem considerar meus argumentos como radicais e intransigentes, supondo que eu esteja com reações de pirraça ou aversão aos que se chamam crentes ou líderes eclesiásticos, ainda outros deduzem que eu esteja me opondo ao consenso geral. Podem me chamar de crítico. Podem me condenar por eu estar julgando (Ei, Léo, está escrito: "Não julgueis e não será julgados."). Mas urge dizer que nem sempre a opinião da maioria deve ser considerada como verdadeira.

Enfim, julguemos pelos exemplos da vida, e pelas experiências eclesiásticas, para que as próprias conclusões possam surgir. Já dizia um velho provérbio: “O homem que quer ser sábio, não deve apenas ouvir, deve também observar”; logo, nem sempre as coisas que ouvimos podem ser tidas como verdades ou seguidas sem questionamentos.

Sejamos observadores das Escrituras, aprendendo dela para expormos suas verdades na praticidade da vida, não sendo como uma igreja acomodada a essa sociedade vigente, que definitivamente não é a que Jesus queria.

É difícil se posicionar dizendo estas coisas, mas peço esperanças e entendo por parte do Espírito que se quisermos, esses lances de insanidade e demência espiritual não permanecerão e não avançarão para a bancarrota, pois se assim continuar muitos se verão como eu, decepcionado e envergonhado com o “evangelho” atual.

DA GLÓRIA AO PRANTO: EU CAÍ, E AGORA?!

Você já deve ter visto a cena: um líder de uma igreja se envolve em algum escândalo e os meios de comunicação se voltam para ele, violentamente. Em momentos como esse, não adianta nem pedido de perdão em cadeia nacional, pois quanto mais se fala, mais enrolado se fica,

Imagino que as comunidades cristã nunca se acostumarão com a possível queda de seus líderes. O problema é que, apesar do número de escândalos estar cada vez maior, as igrejas não sabem nem mesmo como reagir. O dilema em horas como esta costuma ser defender o pastor das críticas alheias, ou ajudar a derrubá-lo com uma devastadora disciplina.

Tem ainda a mania de muitos líderes se posicionarem como "super-homem" e/ou "mulher-maravilha". Eles se apresentam diante da igreja como semi-deuses, se dizem blindados, inatingíveis, infalíveis, insofismáveis... e isso é uma mentira. Um teatro. Não existe nenhum ser humano infalível, imbatível, indestrutível, pois somos limitados e passíveis de erros em nossa trajetória de vida. Quando alguém assim comete algum erro, quando cai. O estrago é ainda maior, pois aqueles que o admiravam serão os mesmos que irão "crucificá-lo" na mesma ou em maior proporção. 

O escritor Harry Schaumburg, no livro Falsa Intimidade, assusta-nos com a informação de que 37% dos pastores americanos já se envolveram sexualmente com pessoas de suas igrejas. Este número só contabilizou os desvios sexuais. Se outros desvios de comportamento estivessem em pauta (escândalos financeiros, conjugais etc) o susto se transformaria num pesadelo.

Socorro!


Em hipótese alguma desejo fazer apologia do pecado, mas uma defesa do amor cristão pelos pecadores, quer sejam líderes ou não. Suas posições já são bem pesadas (cf Tiago 3:1, 2), e falta de amor das igrejas faz com que a maior parte deles, ao passar por dificuldades, acabe escondendo, camuflando ou usando máscaras, em vez de procurar ajuda.

O problema está, então, dentro de nossas fronteiras. Não adianta esconder a cabeça debaixo da terra imaginando que as situações se resolverão naturalmente. A tendência de fingir que tudo vai bem não ajudará ninguém, muito menos a Igreja de Deus. Precisamos urgentemente repensar a maneira como trabalhamos ou tratamos o erro dos nossos líderes.

A própria Escritura Sagrada nunca tentou esconder os erros dos seus personagens. Os exemplos mais claros podem ser encontrados nas narrativas da monarquia, que começa com Saul e termina com o último rei de Judá. Todos gostam de relembrar os belos atos desses homens, mas não podemos nos esquecer das suas falhas. Eles não são simplesmente modelos de virtude. São, na verdade, protótipos de homens e mulheres que, no ministério de Deus, vencem, sofrem, choram, perdem... vivem! E até morrem.

Quem foram eles? Saul, o maior entre todos os homens de Israel, terminou como um louco suicida, atormentado por demônios, consultando feiticeiros e caçando os aliados como se estes fossem presas. Davi, o homem segundo o coração de Deus, o maior dos valentes de Israel, tornou-se assassino e adúltero. Entretanto, ao contrário de seu antecessor, ele reconheceu seu pecado, o confessou, o abandonou, alcançou o perdão divino e foi restaurado sem, contudo, deixar de colher as consequências de todos os seus (Salmo 51, 2 Samuel 12:10-12; Gálatas 6:7, 8). 

E Davi pagou um alto preço pelos seus erros. Vou enumerar alguns: 1) O filho primogênito de sua relação adúltera com Bate-Seba morreu, pois Deus avisou que levaria a criança (12:18); 2) Um dos filhos de Davi, chamado Amnon, se apaixonou pela própria irmã Tamar e cometeu incesto ao estuprá-la sua irmã (13:1-14); 3) O filho de Davi chamado Absalão, mata seu irmão Amnon, por causa do estrupo cometido contra a irmã (13: 23-32); 4) O mesmo Absalão se volta contra seu pai e tenta usurpar o seu reinado, perseguindo-o implacavelmente (2 Sm 15 em diante); 5) E não parou por aí, Absalão promoveu uma orgia sexual em praça pública com as mulheres (16:22); 6) E ainda o mesmo Absalão é morto, e Davi lamenta e se culpa por sua morte (18:9-33). Ufa! E tudo isso aconteceu após a confissão, arrependimento e restauração do rei de Israel. E é válido salientar que todas as promessas de Deus para Davi se concretizaram gloriosamente em Jesus (Lucas 1:32, 33; Atos 15:14-18; Apocalipse 1:9).

Conclusão


Precisamos aprender a enfrentar o pecado, tanto em nossas vidas quanto na vida dos outros. Devemos estar o tempo todo examinando-nos para ver se ainda estamos de pé. Devemos ter consciência da própria pecaminosidade, fragilidades e limitações. Devemos crer no poder de Deus para restaurar a qualquer pecador. Assim, apesar das cicatrizes que com certeza ficarão, vai ficar mais fácil passar por todas as fases de um líder, desde os dias de glória, até as noites de pranto.

"Meus irmãos, se alguém for apanhado em alguma falta, vocês que são espirituais devem ajudar essa pessoa a se corrigir. Mas façam isso com humildade e tenham cuidado para que vocês não sejam tentados também. Ajudem uns aos outros e assim vocês estarão obedecendo à lei de Cristo.  A pessoa que pensa que é importante, quando, de fato, não é, está enganando a si mesma.  Que cada pessoa examine o seu próprio modo de agir! Se ele for bom, então a pessoa pode se orgulhar do que fez, sem precisar comparar o seu modo de agir com o dos outros. Porque cada pessoa deve carregar a sua própria carga. [...]  Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita. Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa família na fé" - Gálatas 6:1-5, 9, 10 [NTLH].

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ASSÉDIO SEXUAL: MULHER, A CULPA NÃO É SUA

Os noticiários divulgaram recentemente mais um caso de abuso sexual no transporte público em São Paulo. Esse vergonhoso episódio mostra o desrespeito à mulher.

O caso


Uma jovem paulista de 18 anos estava no vagão de um trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), na estação Corinthians-Itaquera, a caminho da faculdade, quando percebeu que um homem encostava nela de forma inadequada. Ao reparar que o homem havia ejaculado nela, a jovem pediu socorro desesperadamente: "Apertem o botão de segurança. Olhem o que esse cara fez em mim", gritava a moça.

Após perceber o que estava acontecendo, outros passageiro espancaram o homem até a estação Tatuapé, onde ele foi detido pelos policiais. Levi Lopes da Silva, de 54 anos, é casado, tem filhos e netos e era funcionário da CPTM. Agora pode ser condenado de seis a dez anos de prisão por causa do flagrante de estupro [Estupro: Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. § 2o Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. (Código Penal Brasileiro)].

A empresa emitiu uma nota à imprensa em que declara que já recebeu 106 denúncias de abuso sexual neste ano. Informou ainda que demitiu o agressor e que "repudia o abuso sexual e faz campanha de cidadania com veiculação nas redes sociais e com mensagens sonoras nos trens e estações."

Caso nada isolado


Mas engana-se que pensa que o caso acontecido com a jovem em São Paulo seja isolado. Aqui mesmo em Belo Horizonte, no transporte público coletivo ferroviário e rodoviário, que normalmente rodam lotado nos horários de pico, o que propicia a atuação desses vagabundos covardes, o assédio às mulheres ocorrem diariamente. Algumas mais impetuosas "dão o grito" e colocam o folgado pra correr. Outras mais tímidas acabam se tornando vítimas fáceis, pois, por vergonha, acabam ficando caladas e o engraçadinho consegue atingir seu nojento objetivo.

Como se define o Assédio Sexual - O assédio sexual é uma forma de assédio mais constrangedora e mais violenta, porque sugere ou busca de fato favores sexuais de um trabalhador (geralmente as vítimas são mulheres) usando alguma forma de chantagem. A situação mais comum é o fiscal de turma, de setor, o encarregado da produção, o chefe ou o patrão ameaçar de punição ou até de demissão se o favor sexual for negado. Pode acontecer de a pessoa ser apalpada em partes íntimas, ou mesmo agarrada a força e até ser consumado o ato sexual. Nesse último caso, o assédio sexual já se torna um crime, que é o estupro, se a vítima for mulher, ou atentado violento ao pudor, se a vítima for homem. O agressor tem que ser processado criminalmente pela vítima, nesses casos.

Raiz maligna


Dificilmente uma mulher que usa o transporte público ou anda pelas ruas da cidade a pé nunca sofreu assédio. Seja com frases do tipo "nossa, você é linda", "que gostosa", "delícia", seja em casos extremos, como o que foi citado o começo do artigo. Muitos justificam suas atitudes amparados na roupa provocante e na maneira sensual como ela andava. Algumas, claro, saem de casa compeças tão indiscretas que não há como não chamar atenção, mas isso não dá o direito ao homem de cometar abusos e desrespeitá-las.

Mas se engana quem pense que são só as mulheres que são assediadas no transporte público. Há também o caso de homens que são assediados - pasme! - por outros homens. Apesar de não haver comparação entre uma situação e outra - os casos de abusos contra as mulheres são incomparavelmente maiores do que os que ocorrem com os homens - o assédio aos marmanjos também ocorrem. Em ambos os casos é configurado o crime de estupro.

O que foi abordado aqui é a imagem que o homem precisa ter da mulher e de si mesmo. A educação familiar e a cultura veiculadas em filmes, livros, programas de televisão, letras de músicas e comerciais tendem a mostrar que a mulher precisa ser sedutora e o homem precisa ser "machão". A imagem da mulher seminua em um comercial servindo um homem ou etão da personagem de um filme, como o tão polêmico 50 Tons de Cinza, em que a personagem faz de tudo por um amor doentio e obsessivo, traz impactos na maneira como alguns homens enxergam a mulher. A mídia trata a mulher de tal forma como objeto que, muitos homens, ao sair às ruas, se acham no direito de falar e fazer o que quiser com ela.

E como o ser humano é influenciado a todo momento, é preciso ter cuidado para selecionar o que é bom ou ruim para sua vida e das pessoas que estão ao seu redor. Por isso, mais que campanhas nos trasportes públicos, é preciso ocorrer uma conscientização de cada indivíduo sobre o respeito ao próximo e a si mesmo. Isso vale para homens e mulheres.

Conclusão


Qualquer manifestação de conotação sexual, seja por ameaças verbais ou até físicas, sem comum acordo, é considerada um ato ofensivo sexualmente. Mas o que fazer após sofrer assédio sexual? A vítima deve denunciar o infrator na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e pedir uma cópia do Boletim de Ocorrência. Em 2009, a lei 12.015 alterou esse artigo e extinguiu a necessidade de haver penetração para consumação do crime. Com isso, carícias forçadas também são enquadradas como estupro. 

Além disso, a alteração substitui a palavra mulher, que constava na redação anterior, pelo termo alguém, para permitir que homens também possam registrar ocorrências como vítimas do crime. Nas cidades onde não existem especializadas, a vítima pode procurar qualquer delegacia de polícia para fazer o registro da ocorrência.

É isso, meninas, quando forem agredidas ou mesmo quando desconfiarem de algum comportamento suspeito que podem indicar um possível abuso sexual, não hesitem, denunciem.

Toda mulher que tiver o seu corpo tocado por desconhecidos deve fazer uma denúncia. O primeiro passo, segundo os especialistas em segurança, é dar um dar um grito de advertência para que as pessoas ao redor percebam o que está acontecendo e intercedam em favor dela. Esses cidadãos também podem servir de testemunhas na delegacia. Além disso, é importante que a mulher reúna o máximo de informações sobre o agressor para ajudar na identificação: um sinal físico, roupa específica ou tatuagem.

Logo após, a mulher deve procurar um agente de segurança do metrô ou policial, ou se encaminhar diretamente para a delegacia. Na delegacia ela deve se manter firme no proposito de processar o criminoso, autorizar uma representação e fazer o reconhecimento fotográfico ou visual. Após o boletim de ocorrência, a vítima tem seis meses para fazer representação, depois decai do direito.

A polícia envia uma notificação ao criminoso ao identificá-lo e ele deve comparecer para o julgamento. Por ser um crime anão, a pena é alternativa. O mais importante para a delegada é que as mulheres não desistam de processar o agressor e sigam com a denúncia até o fim.

E para os homens fica a dica da Palavra:
"Entretanto, ninguém ao ser tentado deverá dizer: 'Estou sendo tentado por Deus'. Ora, Deus não pode ser tentado pelo mal, e a nenhuma pessoa tenta. Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por esse iludido e arrastado. Em seguida, esse desejo, tendo concebido, faz nascer o pecado, e o pecado, após ter se consumado, gera a morte. Deus nos gerou para abençoar." - Tiago 1:13-15
[Fonte: Terra, Uol, JusBrasil]

AS "LUAS DE SANGUE", SINAL DA VOLTA DE JESUS?

Sem dúvida o assunto que mais está repercutindo na mídia evangélica é o evento astronômico ocorrido na madrugada de hoje (28): o eclipse lunar total, ou, em conceitos bíblicos, a lua de sangue. Mas o que será que este acontecimento - um belíssimo espetáculo lunar - tem a ver com eventos apocalípticos? Seria ele apenas uma ocorrência astronômica ou é mesmo mais um dos sinais descritos nas Escrituras que indicam a volta de Jesus à terra para buscar sua Igreja, o que é chamada por muitos de "fim do mundo"?

Neste artigo busco trazer nosso entendimento sobre aquilo que passou a ser conhecido como "as 4 luas de sangue" e o eclipse solar, eventos cósmicos que ocorreram em 2014 e 2015. Aqui abordarei os pontos de vista bíblicos e científico.

O que cremos


Logo no início das Escrituras, fica bastante claro que tanto o sol como a lua, além de seu objetivo de iluminar o planeta Terra e de estabelecer a divisão entre dia e noite, gerando assim a base para os diversos calendários, têm como propósito servir para indicar sinais e para estabelecer tempos determinados. Vejamos: "E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos. E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi. E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas" - Gênesis 1:14-16.

O termo hebraico usado para "sinais" é 'owth, o qual indica uma marca ou aviso visível. Já para o termo "tempos determinados” é usada a palavra mow'ed, que aponta para algo que ocorre ou ocorrerá num tempo específico. Então, logo no começo da revelação, fica determinado pelo próprio Criador que o sol e a lua também têm a finalidade de mostrar ou avisar aos homens sobre tempos determinados. Uma série de fenômenos relacionados com o sol e a lua, uns ocorridos em 2014 e outros em 2015. Serão eclipses muito especiais, porque ocorrerão em datas significativas dentro do calendário de festas judaicas. Não cremos que isso seja uma simples coincidência.

Assim como os corpos celestes, cremos que as festas estabelecidas pelo Altíssimo para o povo de Israel encerram sinais e figuras para coisas que se concretizarão no futuro. Quando juntamos tudo isso ao atual momento profético que estamos vivendo, fica claro que estamos diante de fortes sinais da proximidade do regresso do Salvador e de Seu reino eterno sobre a Terra. As 4 luas de sangue (eclipses lunares), ocorreram nas seguintes datas: 

  • 15/04/14 - ocorreu durante a pessach ou páscoa de 2014;
  • 08/10/14 - ocorreu durante a sukkot ou festa dos tabernáculos de 2014;
  • 04/04/15 - ocorreu durante a pessach ou páscoa de 2015;
  • 28/09/15, ocorreu [na madrugada de hoje] durante a sukkot ou festa dos tabernáculos.

Intercalado a esses fenômenos, nós teremos um eclipse total do sol, o qual ocorreu no dia 20/03/15. Porém, a que momento profético esses fenômenos poderão estar apontando? Há muitas referências bíblicas aos sinais cósmicos que ocorrerão imediatamente antes do regresso glorioso de Jesus. Passagens como Mateus 24:29-31, Atos 2:20 e Apocalipse 6:12-17, indicam para grandes convulsões nos astros e uma destruição em grande escala sobre o planeta. Essas passagens falam do sol e a lua escurecendo, mas não apenas isso. Falam de um abalo generalizado nos astros e na própria criação. Entendemos que essas passagens revelam um cenário que só terá lugar dias ou semanas antes da gloriosa volta do Messias...

Indicações do Mestre


Cremos que os sinais que ocorridos nos céus em 2014 e 2015 poderão ser o aviso de que o tempo final está começando. Há muitas revelações e profecias que ainda necessitam cumprir-se e os sinais envolvendo a lua e o sol podem sim estar indicando que o tempo final começou. Temos base bíblica para crer assim, o que não nos dá margem para marcação de datas específicas. Uma passagem que pode trazer-nos luz sobre isso está em Lucas 21:10-11: "Então lhes disse: Levantar-se-á nação contra nação, e reino contra reino; E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu". Vemos que o Mestre está mencionando os sinais do princípio de dores [compare com Mateus 24:6-8 e Marcos 13:7-8] e, depois, expressa que "haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu". Então, o próprio Messias estabelece que, ligado ao período do princípio de dores haverá coisas espantosas e grandes sinais do céu.

As "coisas espantosas" já podem ser vistas por todo lado e, sem dúvidas, as continuaremos presenciando de forma crescente, tanto na índole do próprio ser humano, na sociedade, na Igreja, no poder e na natureza. Já "grandes sinais do céu", ou seja, sinais ocorrendo nos próprios astros, é um conceito que pode estar intimamente relacionado ao ocorrido em 2014 e 2015 na lua e no sol. Como ficou estabelecido pelo próprio Criador, esses dois corpos celestes são os principais sinais ou referenciais para acontecimentos específicos. O Pai Eterno fala ao ser humano também através de Sua própria criação.

Mas para sustentação de nossas convicções é importante uma análise do contraditório, afinal, só o que é real é contraditório e eu acredito que só os tolos julgam sem ouvir o contraditório.

Visão científica, visão profética, polêmicas


Quais são as luas de sangue e o que elas têm a ver com a profecia bíblica? Segundo Gary DeMar [cientista da NASA], a “cor avermelhada da lua acontece durante um eclipse lunar, quando a Terra está entre o Sol e a Lua e no ângulo apropriado a sombra da Terra cai na lua. Claro, a Lua não fica vermelha. Na maioria das vezes a lua é branca brilhante ou amarela. A lua não tem luz própria. É a luz refletida e o seu ângulo em relação à terra e sol que determinam a cor do reflexo”. A NASA confirmou eventos astronômicos ocorridos em 2014 e 2015. São os 4 eclipses lunares seguidos (chamados de tétrade lunar). A grande questão da profecia é que as datas 'coincidem' exatamente com as principais festas judaicas e, segundo eles, esse fenômeno astronômico por ser raríssimo, ocorre sempre em épocas cruciais da história de Israel.

Entre aqueles que acreditam que estes são sinais do fim dos tempos, temos pessoas famosas do meio evangélico, tais como a apóstola Valnice Milhomens e o pastor americano John Hagee. Não é a primeira vez que a apóstola Valnice Milhomens se envolve em questões proféticas polêmicas. Valnice teria dito o seguinte, alguns anos atrás: “Jesus voltará no ano de 2007 num dia de sábado…”. Segundo o livro "Supercrentes" do apologista cristão Paulo Romeiro, ele relata que a profecia em questão teria sido divulgada num programa televisivo antes de seis de janeiro de 1992, data em que o autor, por escrito, convidou a referida pastora para uma conversa em torno do assunto.

Leia abaixo o que alguns têm dito sobre as profecias. São trechos de artigos veiculados em revista de orientação evangélica:

As previsões de Mark Biltz - "De tempos em tempos, especialistas em profecias apontam para os sinais de cumprimento de alguma revelação bíblica. Os próximos dois anos serão marcados por diversos 'sinais nos céus', já conhecidos e previstos pela astronomia. Para eles, trata-se claramente da abertura de um dos selos descritos em Apocalipse 6. O primeiro 'alerta para a igreja' veio em 2008, quando o assunto foi levantado pelo pastor Mark Biltz, que é descendente de judeus. Ele afirmava ter feito uma descoberta surpreendente. 

Biltz estava estudando as profecias sobre o Sol e a Lua desde Gênesis, onde a Bíblia afirma que os luzeiros no céu serviriam 'para sinais e para as estações do ano'. 'O termo em hebraico implica que não é apenas um sinal, mas um sinal da Sua vinda', esclarece. Biltz diz ainda que a palavra traduzida como 'estações' tem o sentido de 'tempo determinado', implicando na comemoração das festas estabelecidas por Deus no Antigo Testamento e que seguem o calendário lunar adotado pelos judeus. Ele lembra de textos como Joel 2:31: 'O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes de chegar o grande e terrível dia do SENHOR', repetido em Atos 2:20. Também aponta para Mateus 24:29-30, quando Jesus diz 'o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz. … E então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem' e Lucas 21:11: 'haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu'.

Ainda no mesmo artigo acima, é dito: “Convencido da importância desse fator, o pastor John Hagee fez um estudo aprofundado sobre esses eventos. Este ano [2014], lançou um livro e um DVD com o título 'Four Blood Moons: something is about to change' (As 4 luas de sangue: algo está prestes a mudar). Ele explica que usou as projeções da NASA, relatos históricos e a Bíblia. Para Hagee existe uma conexão direta entre os quatro próximos eclipses lunares (lua de sangue) e 'o que eles anunciam para Israel e para toda a humanidade'. Seu argumento principal é que ao longo dos últimos 500 anos, três luas de sangue ocorreram no primeiro dia da Páscoa. Estas aparições estão ligadas a alguns dos dias mais importantes da história judaica:

1492 – o último ano da Inquisição espanhola, quando os judeus foram expulsos da Espanha;
1948 – proclamação do Estado de Israel e a Guerra da Independência;
1967 – início da guerra dos Seis Dias, quando Israel lutou contra nações árabes e reconquistou Jerusalém como parte de seu território.

'Cada corpo celeste é controlado pela mão invisível de Deus, o que sinaliza eventos futuros para a humanidade. Não há acidentes no movimento solar ou lunar', argumenta Hagee. Para ele é de extrema importância que os cristãos entendam estes sinais proféticos que apontam para a Segunda Vinda de Jesus”.

Opiniões Contrárias

O que a Teologia Bíblica ensina sobre as “Luas de Sangue”? Segundo Gary DeMar – que é especialista em profecias bíblicas – "é verdade que Deus faz uso do sol, da lua e das estrelas como indicadores especiais. Deus disse a Abraão que seus descendentes seriam como as estrelas do céu (Gênesis 15:5; 26:4 ) e como a 'areia que está na praia do mar' (22:17). Somos informados de que esta palavra foi cumprida: 'O Senhor vosso Deus já vos tem multiplicado, e eis que você é hoje como as estrelas do céu em número' (Deuteronômio 1:10). Também em Gênesis lemos que Israel é representado pelo sol (Jacó), lua (mães das crianças), e as estrelas (11 filhos) (Gênesis 37:9-11). O sol, a lua e as estrelas representam Israel, nome este dado a Jacó. Um exemplo semelhante é encontrado no livro de Apocalipse: 'Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas, e ela estava com a criança, e ela gritou, por estar em trabalho de parto e na dor para dar à luz' (12:1-2).

Nos exemplos de Gênesis e Apocalipse, o sol, a lua e as estrelas representam Israel. Os fenômenos estelares também representam nações em geral. Por exemplo, a destruição de Babilônia é representada por algo que acontece com o sol, a lua e as estrelas: 'Eis que vem o Dia do SENHOR, dia cruel, com ira e ardente furor, para converter a terra em assolação e dela destruir os pecadores. Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz' - Isaías 13:9,10; ver também 24:23; 50:3; Ezequiel 32:7. Em nenhum desses exemplos nada aconteceu com o sol, a lua e as estrelas. Eles apenas representam algo. Quando o sol, a lua e as estrelas estão fixos emitindo sua luz, é sinal de que Deus está satisfeito com as nações. Quando o sol e a lua escurecem e as estrelas caem, isso é um sinal do desagrado de Deus.

Segundo ele vê-se um exemplo semelhante no Novo Testamento. Deus descreve sua vinda e calamidade contra Israel (no ano 70 d.C.), quando o exército romano arrasou o Templo (Mateus 24:2) e destruiu a cidade, usando exemplos emprestados do Antigo Testamento: 'Logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão' - Isaías 13:10; Amós 5:20; 8:9; Sofonias 1:15 do céu, 'e os poderes dos céus serão abalados' - Mateus 24:29; também ver Hebreus 12:25-29. Mais uma vez, nada físico ocorre no sol, na lua e nas estrelas. Toda a ação e mudança ocorre na Terra em relação a nação de Israel.

Ainda segundo Gary DeMar com este breve histórico, podemos atribuir algum sentido na linguagem da lua de sangue citado por Pedro no dia de Pentecostes. Note que todas as palavras grifadas e em maiúsculo são citações diretas do Antigo Testamento: 'E acontecerá NOS ÚLTIMOS DIAS, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito NAQUELES DIAS, e profetizarão. Mostrarei PRODÍGIOS EM CIMA no CÉU E SINAIS embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que VENHA o grande e glorioso Dia do Senhor... E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo' - Atos 2:17-21 (o GRIFO é de DeMar).

Ele afirma que Pedro deixa claro que esses eventos estavam ocorrendo em seus dias: 'Isto é o que foi dito pelo profeta Joel' (2:16; Joel 2:28-32 ). Os “últimos dias” foram os últimos dias da Antiga Aliança que estava passando - Hebreus 1:1,2; 1 Coríntios 10:11; Hebreus 9;26. DeMar observa que a profecia de Joel não diz que a lua vai ser “como sangue” (ver Apocalipse 6.12), mas que ela realmente se converterá em sangue. Mesmo John Hagee observa que 'a lua realmente não se transforma em sangue, mas parece vermelho-sangue'. [Fonte bibliográfica: Quatro luas de sangue (Franklin, TN:. Worthy Publishing, 2013), 19)]

Nem Joel e nem Pedro dizem que a lua vai se “parecer vermelho-sangue”. Então, o que isso significa? Pelo que temos visto sobre como a Bíblia usa o sol, a lua e as estrelas para as nações – boas ou más – nada realmente acontece com esses astros celestes. Tudo o que acontece no sol, na lua e nas estrelas são usados apenas como lições objetivas.

E continua: 'Usamos linguagem similar. […] Quando dizemos, "a estrela de Obama tem caído”, mais uma vez, uma estrela real não está em foco. Pense em quantas bandeiras nacionais usam o sol, a lua e as estrelas. A bandeira dos Estados Unidos tem 50 estrelas. As nações muçulmanas usam uma lua. O Japão tem um sol. Será que não haverá nada profético em 2014 e 2015? Eu não tenho a menor ideia. Uma coisa eu sei, é que os especuladores sobre profecia alegam significado profético [para as luas de sangue], porque isto vai ajudá-los a vender mais livros que consequentemente aumentará a receita de suas várias empresas'”. (Artigo extraídos da Revista Cristã Última Chamada)

Conclusão


Nesses tempos tão confusos e trabalhosos que vivemos, onde praticamente cada pessoa tem uma ideia diferente do mesmo assunto, se faz necessário, mais que nunca, o discernimento do Espírito do Criador para guiar-nos. Neste artigo não tento estabelecer nenhuma data ou cumprimento profético. Apenas chamo a atenção para fatos que nos parecem muito importantes. Que estejamos atentos, comparando os sinais revelados àquilo que está ocorrendo e passando tudo pelo crivo do discernimento espiritual.

Disse Jesus: "Vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras, mas não tenham medo. É necessário que tais coisas aconteçam, MAS AINDA NÃO É O FIM. (...) E ESTE EVANGELHO DO REINO SERÁ PREGADO EM TODO O MUNDO como testemunho a todas as nações, e ENTÃO VIRÁ O FIM. (...) Porque assim como o relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, ASSIM SERÁ A VINDA DO FILHO DO HOMEM. (...) Assim, também vocês precisam estar preparados, porque o Filho do homem virá numa hora em que vocês menos esperam. - Mateus 24:6, 14, 27, 44

[Fonte: BBC News, Últimato, Revista Cristã Última Chamada]

sábado, 26 de setembro de 2015

A FÉ 'DE' JESUS

“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus ea fé de Jesus” — Apocalipse 14:12. [Em algumas traduções consta 'a fé em Jesus', mas a tradução literal do original no grego é 'a fé de Jesus']. O que significa ter fé em Jesus e a fé de Jesus?

A fé 'em' Jesus


A gente sente um mau cheiro ou um perfume naturalmente! Assim também uma pessoa pode nos inspirar medo ou confiança [fé]. Se você conhecer alguém honesto, justo, bondoso, inteligente, poderoso, etc, certamente você confiará nele, não porque necessariamente queira, mas porque é natural: ele lhe inspira confiança, quer você queira, quer não! 

Alguém pode querer se arriscar; por exemplo, emprestando a alguém que nunca viu antes e do qual não tem nenhuma referência...; mas isso não seria ter confiança no desconhecido. Apenas seria escolher correr o risco, pois a confiança sempre vem da outra pessoa para a gente, e nunca o contrário.

Se alguém conhecer a Deus confiará nEle, não por se esforçar, mas porque dEle emana confiança; a gente sente que pode confiar nEle plenamente, isto é, pode ter fé incondicional nEle. Assim lemos: “A fé vem pela pregação [pelo ouvir] e a pregação pela palavra de Cristo” — Romanos 10:17.

“Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um” — Rm 12:3. Ele nos inspira perfeita confiança e, assim, temos fé em Jesus, fé em Deus. É confiança na Sua capacidade de salvar-nos ampla, completa e totalmente!

A fé 'de' Jesus


Sabemos que Jesus, quando esteve entre nós, não Se valeu, em benefício próprio, de poder algum que não nos seja abundantemente facultado. Visto que Ele falou: 'Lázaro, vem para fora' ou, ao mar, 'aquieta-te', e essas coisas aconteceram, perguntamos: Como? Por que aconteceu? Qual foi o poder causador? Jesus tinha certeza absoluta de que tais fatos aconteceriam, tão logo Ele tivesse pronunciado as palavras. Estava Ele, porventura, falando as Suas próprias palavras — como homem — ou estava Ele, por ventura, fazendo uso de Seu poder divino, inerente à Sua Divindade?

Não e não! Se Ele tivesse feito uso de Sua Divindade, teria deixado de ser um exemplo para nós. No entanto, havia a Divindade do Pai que poderia ser invocada por Ele. Como assim? Ele afirmou: “...a palavra que estais ouvindo não é Minha, mas do Pai, que Me enviou”  — João 14:24. “As coisas, pois, que Eu falo,como o Pai Mo tem dito, assim falo”  — 12:50. “As palavras que Eu vos digo não as digo por Mim mesmo; mas o Pai que permanece em Mim, faz as Suas obras.”  — 14.:0). Através do que?

As Palavras, que Jesus falava, eram as Palavras de Deus Pai, que havia prometido: ‘Suscitar-lhes-ei um Profeta ... em cuja boca porei as Minhas Palavras.’  — Deuteronômio 18:18! E Cristo tinha fé absoluta no poder criador daquelas Palavras. Ele cria que a Palavra do Pai:

  • Tinha poder para ressuscitar mortos!
  • Tinha poder para acalmar o mar!
  • Tinha poder para curar a lepra! 
  • Tinha poder para curar cegueiras!
  • Tinha poder para libertar, etc!

Ele tinha fé incondicional no poder da Palavra de Deus, e por essa razão também enfrentava todas as tentações com um ’Está Escrito’. Mateus 4:1-11. Eis o que é a fé ‘de’ Jesus! Essa fé, como os músculos, precisa ser exercitada, cultivada. Aprender a cultivar essa fé é mais urgente e mais essencial do que qualquer outro conhecimento ao nosso alcance. Concentre nisso seu empenho. Precisamos fé dessa qualidade.

O que faz em nós ’a fé de Jesus’?


A ’fé de Jesus’ cria obediência, ’gera para a liberdade’ do pecado, produz vitória sobre o mal; porém há também um outro tipo de fé, a ’fé falsa’, que gera para a escravidão do pecado, gera desobediência — Gálatas 4:1-31.  “Crês tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem”  — Tiago 2.19). Até os demônios sabem e creem que as doutrinas e os relatos bíblicos são a pura verdade. Podemos dizer então que há a ‘fé dos demônios’. Nós, porém, estamos em busca da ‘fé de Jesus’, ou seja, a fé do tipo e qualidade da dEle.

Exercer a ’fé de Jesus’ significa estar sob a Nova Aliança: ’Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes [apreciardes] a Minha aliança, então, sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é Minha; vós Me sereis reino de sacerdotes e nação santa’  — Êxodo 19:5-6.

Enquanto que exercer a ’fé dos demônios’ significa estar na Antiga Aliança: ’Tudo o que falou o SENHOR faremos e obedeceremos’ — Êxodo 24:7; 19:8). Os israelitas pretendiam construir um caráter cristão, sem fé no poder criador da Palavra de Deus, citada no momento da tentação. Não os imitemos nesse equívoco.

Quando o crente tem a 'fé de Jesus', recebe o dom dos dons: o Espírito Santo: “O Espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as Palavras que Eu vos tenho dito são espírito [natureza de santidade] e são vida [essência de Cristo]”. (João 6.63)

Quando o crente tem e exerce a 'fé de Jesus', o Espírito Santo escreve a lei de Deus em suas decisões, palavras, ações, hábitos e caráter!

“Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as Minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos Me conhecerão, desde o menor deles até ao maior”  — Hebreus 8:10-11.

Quando o crente tem e exerce a 'fé de Jesus', 'vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a Sua bandeira'  — Isaías 59:19. O Espírito Santo lembra-nos uma passagem bíblica, a qual  — se citada por nós com fé  — criará a vitória em nós e para nós.

Assim, quando o crente tem e exerce a 'fé de Jesus', leva 'cativo todo pensamento à obediência a Cristo' — 2 Coríntios 10:3-5. Quando os crentes têm e exercem a 'fé de Jesus', são 'manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações. E é por intermédio de Cristo que temos tal confiança em Deus'  — 2 Co 3:3-4.

Quando o crente tem e exerce a 'fé de Jesus', cumpre-se nele a seguinte promessa: 'Respondeu Jesus: Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra [citando-a no momento da tentação]; e Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada'  — João 14:23. Ao citar a Palavra de Deus, no momento da tentação, recebe-se o Salvador no coração.

Então, quando o crente tem e exerce a 'fé de Jesus', cumpre-se nele também a seguinte promessa: '...Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo Se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei [pretendendo cumpri-la sem citar a Palavra], segue-se que morreu Cristo em vão'  — Gl 2:20-21.

Viver a mensagem da 'Justiça de Cristo pela fé no poder criador da Palavra' não é só teoria! É a real vida da fé! É Jesus vivendo no crente, mediante Sua Palavra, revelando Seu ‘bom perfume’ (2 Co 2.15) nos motivos, nas palavras, atitudes, hábitos e caráter do crente. Esse deixa de ser carta de Satanás e passa a ser carta de Cristo, lida e apreciada por todos com quem ele entrar em contato.

Se a Palavra – em determinado assunto – diz ’assim’, e as minhas ações, os meus hábitos estão dizendo ’assado’, o que teria eu? A ’fé de Jesus’ ou a ’fé de Satanás’? “Aquele que pratica [vive sob o domínio d]o pecado procede do diabo...” (1 Jo 3:8).

Como temos visto, um dos motivos de Jesus vir à Terra, foi o de, mediante Sua Palavra, nos dar poder para obedecer: “E sei que o Seu mandamento é a vida eterna” — Jo 12:50. “Outra razão ainda temos nós para incessantemente dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a Palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e, sim, como, em verdade é, a Palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes”  — 1 Tessalonicenses 2:13.

Alguém poderia questionar: 'Não seria mesmo possível fazer uma boa ação, sem o apoio do poder da Palavra de Deus, citada na tentação?' Bem, seria possível fazer uma ‘boa’ ação externa, no nível do natural... mas o motivo não seria bom, o que a tornaria má, pois a nossa natureza pecaminosa é uma ‘má árvore’, e NUNCA poderá produzir ‘bons frutos’. A Palavra é uma ‘boa árvore’, e APENAS ela pode produzir ‘bons frutos’.

Sem Cristo, sem que seja a Palavra a agir em nós, os nossos motivos, invariavelmente, estarão SEMPRE manchados pelo egoísmo. SEMPRE seriam interesseiros; Sem Ele é-nos impossível visar a glória de Deus: ‘Sem Mim, nada ['nada' aqui está impreterivelmente ligado ao contexto do Reino de Deus, ou seja, ao que seja em obediência à vontade dEle e não se refere à atividades naturais] podeis fazer’  — Jo 15:5. Então, é melhor não tentar a reinvenção da roda. A saída está, pois, em cultivar a ‘fé de Jesus’.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

717 MULÇUMANOS MORTOS EM PEREGRINAÇÃO À MECA

Cerca de 2 milhões de peregrinos participam do Hajj deste ano

Com certeza muita gente pensou que já era o mundo se acabando. Há muitos os que acreditam que não passaremos de setembro. Bom, por vias das dúvidas, é bom que fiquemos espertos, afinal, setembro só acaba a semana que vem... se ela chegar a vir.

Um tumulto durante a peregrinação muçulmana do Hajj nesta quinta-feira, 24, deixou ao menos 717 mortos e mais de 800 feridos perto da cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, num dos piores incidentes na história recente da celebração.

Ritual do apedrejamento registrou diversos tumultos com peregrinos que se empurram para estarem à frente de multidão

O incidente ocorreu no último ritual em Mina, onde peregrinos atiram pedras a pilares que representam o diabo. Autoridades não informaram o que causou o tumulto. Mina é localizada entre o monte Arafat e a Grande Mesquita de Meca, o lugar mais sagrado do Islã.

O Hajj é o último dos cinco pilares do islamismo, e seguidores devem realizar a peregrinação anual pelo menos uma vez na vida, se tiverem saúde e condições financeiras. Mais de 2 milhões de muçulmanos participam da peregrinação neste ano.

A imagem dos corpos amontoados chocaram o mundo
O órgão de defesa civil saudita disse em comunicado que a confusão começou no momento em que peregrinos caminhavam rumo à estrutura, de cinco pavimentos, ao redor dos pilares - conhecida como ponte Jamarat. O incidente ocorreu porque houve um "aumento repentino" no número de peregrinos. Isto "resultou" em um pisoteamento de visitantes, disse.

O Hajj tem sido marcado por tragédias como essa - corre-corres e pisoteamentos resultando em número alto de mortes - no passado, por causa da alto número de pessoas que visitam o local.

As autoridades sauditas tinham investido maciçamente em infraestrutura e transporte nas áreas do Hajj, e os incidentes caíram - até o desta quinta. O Rei da Arábia Saudita já pediu uma investigação: “Quero expressar as minhas condolências a mim, a vós todos e aos peregrinos pelo que aconteceu em Mina. Quero também dar os meus pêsames às famílias das vítimas. Pedimos às autoridades para investigar as causas deste incidente trágico e para divulgar os resultados dessa investigação o mais rapidamente possível”, disse o Rei Salman à imprensa.

Cerca de 160 mil barracas foram instaladas para acomodar 
peregrinos em Mina, que fica a 3 km de Meca

O último grande tumulto durante o evento tinha sido em 2006, quando 364 pessoas morreram no mesmo ritual de apedrejamento. Veja abaixo uma lista das principais tragédias ocorridas no Hajj. 

12 de janeiro de 2006

Um tumulto matou ao menos 364 pessoas. Autoridades disseram que o incidente teve início após bagagens caírem de um ônibus em movimento em frente a uma das entradas da ponte de Jamarat, usada por pedestres em Mina durante o ritual do apedrejamento.

1º de fevereiro de 2004

251 pessoas morreram em um pisoteamento que durou 27 minutos. Autoridades disseram que a maioria das vítimas não tinha autorização para participar do ritual de apedrejamento, após novos procedimentos terem sido adotados para evitar pisoteamentos.

9 de abril de 1998

Ao menos 118 pessoas morreram e mais de 180 ficaram feridas durante o ritual de apedrejamento. Os peregrinos, a maioria da Indonésia e da Malásia, morreram pisoteados após participantes caírem de um viaduto.

23 de maio de 1994

Um tumulto deixou 270 mortos.

2 de julho de 1990

No mais grave incidente no local até agora, 1.426 peregrinos, a maioria asiáticos, morreram pisoteados dentro de um túnel que levava a locais sagrados em Meca. Autoridades disseram que a maioria morreu asfixiada após a ventilação do túnel ter parado de funcionar.

Solidariedade além das diferenças religiosas


O papa Francisco enviou nesta quinta-feira, em Nova York, uma mensagem de solidariedade aos muçulmanos pela "tragédia" provocada por um tumulto durante a peregrinação em Meca, no qual morreram mais de 700 pessoas.

O pontífice expressou aos muçulmanos sua "proximidade diante da tragédia que seu povo sofreu hoje em Meca" no início de uma missa vespertina na Catedral de São Patrício, em Manhattan.

"Neste momento de oração, me uno e nos unimos em súplica a Deus, nosso pai, todo poderoso e misericordioso", acrescentou.

O pontífice argentino chegou na tarde desta quinta-feira a Nova York, a segunda etapa de uma viagem aos Estados Unidos, carregada de política e emoção, que começou na quarta-feira em Washington e terminará no fim de semana na Filadélfia.

E os grande líderes protestantes? Simplesmente não se manifestaram.

[Fonte: EuroNews e BBC]

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

AMÉM, SENHOR PASTOR!

"Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo" – Efésios 5:21. 
"Julgai todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal" – 1 Tessalonicenses 5:21-22. 
"Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede" - João 6:35. 
"Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão" – Gálatas 5:1. 
"Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor" – Gálatas 5:13. 
"Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda co-participante da glória que há de ser revelada: pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória" – 1 Pedro 5:1-4.

Os discípulos do Senhor Jesus, felizmente, eram como todos nós. Isto quer dizer que eram pecadores e falhos como todos nós somos. Nos dias do Antigo Testamento o Salmista se refere ao Deus de Jacó como uma maneira de nos consolar em meio às nossas fraquezas quando diz: "Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no SENHOR, seu Deus" - Salmos 146:5. A expressão "Deus de Jacó" é uma referência clara ao fato de que Deus está acostumado a lidar com pessoas pecadoras e contraditórias como Jacó e como qualquer um de nós. 

Bendito seja Deus, o Senhor, que nos ama apesar de sermos o que somos. Mas como falamos no início, os próprios apóstolos do Senhor Jesus não eram diferentes de cada um de nós. Como tal estavam sujeitos às mesmas tentações e desvios de conduta que ameaçam a vida de qualquer um de nós. O registro dos Evangelhos está cheio de circunstância onde o Senhor precisou agir com firmeza para corrigir estas situações anômalas na vida dos Seus discípulos e apóstolos. Uma destas circunstâncias é aquela que trata do pedido de Tiago e João e da mãe deles, que havia decidido agir como se fosse uma verdadeira empresária dos próprios filhos (Mateus 20:20, 21). 

Autoridade espiritual


Apóstolo, bispo, reverendo, pastor (tem até "patriarca"). Os títulos são muitos, mas a posição é a mesma: autoridade espiritual. O título vai variar de denominação para denominação e será conforme sua escala hierárquica. O problema é que tais título perderam sua característica ministerial e foram transformados em plataformas de ascensão pessoal dentro de muitas igrejas. Sob a égide desses títulos, muitos se portam e se sentem como semi-deuses, intocáveis, incriticáveis, inacessíveis...  

A questão de autoridade é um assunto importante na Bíblia. O próprio universo é sustentado pela palavra da autoridade de Deus (Hebreus 1:3). A obra de Deus nesta era é estabelecer o Seu reino como a esfera na qual Ele é expresso e Sua autoridade é mantida (Mt 6:13). Assim, o reino é uma parte crucial do cumprimento do propósito de Deus em criar o homem (Gênesis 1:26).

A igreja hoje é o reino de Deus (Romanos 14:17; Mt 16:18-19). Ela tem a primazia no encabeçamento de Cristo (Ef 1:10). Numa vida normal da igreja, o estabelecimento da autoridade de Deus é uma preocupação vital. Porquanto o assunto sobre autoridade espiritual foi mal usado por alguns dentro da restauração do Senhor bem como por muitos de fora, é muito necessária uma compreensão adequada da autoridade espiritual. 

Este artigo não tenta tratar exaustivamente com o tópico sobre autoridade e submissão espiritual; em vez disso, ele procura abordar algumas das maneiras nas quais o uso de "autoridade" foi abusivo. Para uma compreensão mais ampla do tema sobre autoridade. 

Obediência cega?


“Mesmo se o pastor estiver errado, nós devemos obedecê-lo, pois a Bíblia diz que devemos honrar nossos líderes”. Eu já tive o desprazer de ouvir essa asquerosa frase. Incrivelmente há aqueles que pregam uma obediência cega aos seus pastores. Pessoas que acreditam que os seus líderes são incriticáveis, infalíveis, uma espécie de “papa evangélico” ou no 'evangeliquês', um “ungido do Senhor”. Pastores que estão acima das Escrituras, pois suas palavras são “inspiradas” por Deus e soam como Palavra do Senhor.

Muitos pastores carismáticos (em ambos os sentidos) usam de um poder persuasivo, com toques de emocionalismo exacerbado, para “manipular” os fiéis. Utilizando supostos “dons” do Espírito(?) para humilhar pessoas, por meio de supostas revelações e profecias e até exigir quantias de dinheiro através de “atos proféticos”.

Uma das conclusões a que chego é que esse tipo de culto fortemente movido pelas emoções confere enorme poder à liderança. E o poder é uma espada que poucos manejam com graça. É fácil errar a mão. É fácil cair na tentação de manipular. 

Outros acreditam piamente que maldição de pastor pega. Ou seja, crentes que são ameaçados “espiritualmente” ao trocarem de congregação ou por não acatarem uma decisão do líder, pois esses pastores alertam sobre a grave ameaça de sair de sua “cobertura espiritual”. Certamente se alguém ouvir essa espécie de maldição deve sair o mais rápido possível. Eles são verdadeiros terroristas “espirituais”, uma espécie de “pastor Bin Laden”. Existiria algo mais pagão do que isso? Difícil responder.

E a bajulação? Uma verdadeira praga. Quem disse que pastores devem viver em um modo de vida irreal, com dissonância em relação às suas ovelhas? Há congregações que, tendo pobres em seu meio, pagaram viagens para Israel aos seus pastores. Tudo bem, se o pastor tiver condições de fazer essa maravilhosa viagem, que faça, mas baseadas em uma oferta de uma congregação necessitada, aí não dá. Os espertalhões logo dizem que os críticos são hipócritas e tentam escapar de suas vaidades acusando outros. A mania de grandeza de alguns afeta inclusive seu ministério da pregação (bem rentável por sinal), pois jamais transmitem a Palavra em ambientes desagradáveis. Como escreveu o pastor José Gonçalves: “As ovelhas gemem quando o pastor conhece mais a arte de tosquiar do que a de apascentar”.

À serviço


Em muitas igrejas pentecostais e neopentecostais, com suas estruturas caudilhistas, enxergam seus líderes não como servos, mas como empresários, administradores, CEOs e até minimonarcas. Nessa condição, os mesmos ganham uma cadeira de destaque nos palanques da igreja, sendo a mais bonita das cadeiras. Aliás, qual a funcionalidade daquele palanque cheio de homens engravatados sentados? 

Lembro que certa vez fui a um casamento, que inclusive estava sendo filmado, e os auxiliares daquela igreja estavam todos no “púlpito”, uma coisa nada haver, um verdadeiro vício dos lugares especiais. O pior é quando acontece alguma festa na igreja, onde visitantes ficam de pé, por causa da lotação, e os diáconos, auxiliares, presbitérios etc., todos sentados naquele palanque.

Ainda há a maldita idolatria. Crentes que não acreditam em santos e imagens de escultura como seus mediadores, mas agem como se seus pastores fosse esses mediadores, por serem pessoas com uma suposta aura especial. Outros líderes encarnam essa idolatria e logo mudam sua nomenclatura para apóstolos, e logo serão conhecidos como semideus. Pessoas que atribuem a si mesmo o poder e os milagres.

O abuso das autoridades “espirituais” se dá também por meio de legalismos infantilizantes. Aplicam regras e mais regras além das Escrituras e acabam criando um estado de forte repreensão e medo. Tal ambiente é facilitador de toda sorte de abuso. Portanto, é muito pecado sob a capa de “santidade”, só que essa santidade não é bíblica.

Muitos outros exemplos poderiam ser dados, mas também devemos dar graças a Deus pelos bons pastores, que estão longe desses modelos caudilhistas, que não valorizam o poder acima do humano. Pessoas que dedicam sua vida para o crescimento do Reino de Deus e entregam sua vida para uma linda obra pastoral. Portanto, honrai aos bons pastores, denunciai os falsos.

Conclusão


Para alguns evangélicos, estar na igreja se transformou numa experiência dolorosa que os tem levado para cada vez mais longe da presença de Deus.

Se o mundo jaz no maligno, a Igreja do Senhor Jesus na terra deveria ser uma porta de esperança para os aflitos. Um hospital para os doentes da alma. Uma fonte de amor para os rejeitados e sofridos. Deveria ser a expressão da vontade de Deus neste mundo. Deveria, mas nem sempre é.

Infelizmente, há casos – e não poucos – em que muitas congregações se perdem no propósito de servir a Deus. Carregadas por líderes tiranos, manipuladores e dominadores, elas se tornam terrenos férteis para todo tipo de abuso espiritual – um termo ainda pouco debatido na teologia, mas muito conhecido e doloroso para quem dele se torna vítima.

Referências Bibliográficas:

CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos em Nome de Deus. 1 ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2009. GONÇALVES, José. As Ovelhas também Gemem. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

ENTENDENDO A ORAÇÃO - ÚLTIMA PARTE

Chegamos à 4ª e última parte da série especial de artigos "Entendendo a Oração". Nesta sessão que encerra o especial, falaremos o que a Bíblia nos ensina sobre as respostas da oração, quando e como elas vêm e como ela pode ser ou estar sendo impedida. 

Respostas à oração


Quando nos dedicamos a orar é claro que desejamos ver as nossas orações atendidas e a Bíblia nos ensina muito a respeito da certeza de que elas serão realmente atendidas, vejamos:

A certeza de que orações são respondidas - É de grande significado que sempre que o Novo Testamento fala de petições dirigidas a Deus ressalte que tais petições são atendidas (Mateus 6:8; 7:7-11; 18:19; 21:22; João 14:13, 14; 15:7, 16; 16:23, 24, 26; 1 João 3:22; 5:14, 15; Tiago 1:5). É como se as testemunhas no NT quisessem muito especialmente encorajar os homens a orarem, dando a certeza ao suplicante que Deus ouve tais pedidos. O NT tem consciência e que esta certeza conserva viva toda a oração, no caso de tal certeza se enfraquecer ou diminuir por causa da dúvida, a oração pereceria.

Qual a base dessa certeza oferecida pelo NT? Em Mateus 7:8 o fato de os pedidos serem ouvidos se declara como princípio básico do Reino de Deus. Todo o que pede recebe. Esse princípio é o fundamento da injunção, com a promessa que a acompanha: "Pedi, e dar-se vos á. Deus é o Pai que ama os seus mais do que um pai terreno ama seus filhos e que, portanto, não pode deixar que as petições deles sejam em vão. Pelo contrário, dá-lhes tudo o que precisam. Existe também outra certeza que percorre a totalidade da Bíblia e que sustenta tudo o que ela diz: a certeza de que Deus é um Deus vivo que ouve e vê, e que tem o coração cheio de compaixão.

O NT ressalta repetidas vezes a lição, porém, que a oração que Deus responde deve ser o tipo certo de oração. Há alusão a isto em Mateus 7:7, 8, onde os verbos 'buscar' e 'bater' se empregam em paralelo com 'pedir'. Frequentemente a Bíblia nos orienta em direção a Deus. Assim, temos um indício daquilo que se constitui a oração verdadeira:

  • Deve estar à altura da natureza d'Aquele a quem se dirige a oração. Nesse caso nosso pedidos estarão em conformidade com a Sua vontade (cf 1 Jo 5:14, pedir alguma coisa de acordo com Sua vontade). Pedir algo da parte de Deus é pedir a Ele alguma coisa justa, boa e em conformidade com as realidades de Seu Reino (Mt 7:11). Lucas interpreta tal pedido no sentido de pedir ao Espírito Santo (Lucas 11:13).
  • Deve ser feita com fé, pois nunca podemos nos esquecer da Pessoa a quem nos dirigimos: o Deus vivo, Onipotente, para quem nada é impossível (Lc 1:37) e da parte de quem, portanto, pode-se esperar todas as coisas (veja Mt 21:22; Tg 1:5, 6). Duvidar de Deus é fazer injustiça a Ele, pois a dúvida faz pouco de Sua divindade, julga falsamente o Seu caráter e, portanto, nada recebe da parte d'Ele (Tg 1:7). A verdadeira oração se vincula com a fé, isto é, com a certeza de ser atendido. O NT encoraja tamanho grau de certeza que o suplicante pode acreditar realmente que já recebeu o seu pedido no exato momento de pedir (Marcos 11:24; 1 Jo 5:15). As passagens correspondentes nos escritos de João expandem a ideia de pedir com fé: este fato, segundo se nos diz, decorre das palavras d'Ele que permanecem em nós (Jo 15:7), isto é, do fato de estarmos em comunhão tão estreita com Jesus e sua palavra que em nós habitam, que o nosso pedido há, certamente, de ser conforme a Sua vontade. 1 João 3:22 avança um pouco mais na esfera da ótica. Aquilo que pedimos, d'Ele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante d'Ele o que Lhe é agradável, isto é, porque a nossa petição brota de uma atitude correta diante de Deus. É possível que Mateus 18:19 seja relevante nesse ponto: a oração uníssona dos discípulo indica que foram renunciados todos os desejos egoístas, pois a oração egoísta é falsa e nada recebe da parte de Deus (Mc 10:35; Tg 4:3).

As respostas que Deus dá


São quatro as respostas prováveis que Deus dá às nossas orações: sim, não, espero ou o silêncio (ou seja, quando Ele não fala nada, mas responde através das circunstâncias). Vamos ver a atuação de cada uma delas:

  1. Sim - Essa resposta pode ser sempre obtida se observamos os preceitos vistos no tópico anterior.
  2. Não - Uma resposta assim pode ser o resultado de não termos pedido conforme a vontade de Deus e/ou ser uma petição egoísta, visando apenas o nosso benefício em detrimento dos interesses do Corpo de Cristo, a Igreja.
  3. Espere - Esse tipo de resposta sempre nos leva à necessidade da prática da perseverança e é muito benéfica para solidificação e exercício da nossa fé (Lc 18:1-8).
  4. Silêncio - Essa atitude de Deus pode implicar que existem impedimentos à nossa oração, ou seja, não é que Ele não queira responder, mas sim que existem impedimentos para que Sua resposta chegue até nós. Também, nessa situação, pode acontecer de o Senhor não falar nada, mas agir no silêncio em respostas às nossas orações. Há que se ter intimidade e muita sensibilidade ao Espírito Santo para discernir o que está acontecendo (1 Samuel 28:6 1 Coríntios 2:14, 15).

É muito importante que estejamos atentos às respostas de Deus e sempre prontos a aceitá-las com humildade, submissão e obediência, ainda que tais respostas não sejam as que esperávamos (Provérbios 16:1). A reposta de Deus sempre é a resposta certa. A resposta de Deus é que irá nos indicar o caminho e a atitude correta em quaisquer situações. Devemos glorificá-lO e ser grato a Ele por tudo, mesmo que Suas respostas não correspondam ao que deseja o nosso coração (Romanos 12:2; Tg 1:17).

Impedimentos à oração


O principal impedimento às nossas orações são os nossos próprios pecados, conforme nos diz o texto de Isaías 59:1, 2. Vejamos alguns:

  • Desobediência (Deuteronômio 1:43-45) - Quem obedece e faz a vontade de Deus, Ele o ouve - Jo 9:31.
  • Falta de amor ao próximo (Is 58:9, 10) - Pedimos e recebemos porque obedecemos o Seu mandamento de amar o nosso próximo - 1 Jo 3:22, 23.
  • Injustiça (Is 1:15-17; Malaquias 3:1-4) - Deus ouve os justos - Sl 34:17; Pv 15:8; Tg 5:16.
  • Espírito irreconciliável (Mt 5:23, 24; Mc 11:25) - Deus ouve os que se humilham - 2 Cr 7:14.
  • Desentendimento conjugal (1 Pe 3:7) - Na concordância do casal há promessa de resposta - Mt 18:19.

Veja bem que não estamos tratando aqui sobre se pedimos ou não conforme a vontade de Deus, mas sim se as nossas atitudes não criaram uma barreira natural impedindo nossas orações. Veja a quarta visão do profeta Zacarias onde o sumo sacerdote acusado por satanás porque suas vestes estava sujas (simbolizando pecado) - Zacarias 3:1-4. Qualquer pecado do sumo sacerdote poderia ser fatal a ele, por isso tinham campainhas penduradas nas suas vestes para se saber se estavam vivos - Êxodo 39:25, 26 - e eles entravam no santo dos santos com uma corda amarrada na cintura e se morressem lá eram arrastados de fora - Lc 1:10, 21. E hoje nós somos sacerdotes diante de Deus - 1 Pe 2:9; Apocalipse 5:9, 10 - e nossas orações como uma espécie de tempero para na receita de um incenso especial - Ap 8:4 -, não somos consumidos por causa da misericórdia do Senhor - Lamentações 3:22, 23 - entretanto, são criados impedimentos. Neste caso nos resta uma solução. Veja o que diz Tiago 4:8-10.

Impedimentos gerados pelas forças ocultas das trevas - O segundo tipo de impedimento às nossas orações é aquele gerados pela oposição de forças espirituais. Isso aconteceu com Daniel quando ele orava buscando discernimento acerca dos acontecimentos dos últimos dias (Daniel 9:2, 3) e o príncipe do reino da Pérsia (que simboliza o diabo) se opôs (Dn 10:12, 13) e isso aconteceu durante 21 dias (Dn 10:2). Tendo então conhecimento desses fatos, de como ocorrem pelejas espirituais no intuito de contrariar a vida do crente, precisamos nos posicionar quando estivermos em oração, pois uma oração feita por um justo muito pode em seus efeitos (Tg 5:16-18). Oremos, portanto em todo tempo e lugar, revestidos pela armadura de Deus (Efésios 6:11, 18).

Oração forte


Antes de concluir, vou abrir um parenteses para falar de um assunto que é muito comum no meio evangélico. É a chamada "Oração Forte". Qual o conceito de oração forte? Vejamos: 
"Patuá que consiste em uma oração escrita em pequeno pedaço de papel, que a pessoa preserva em seu poder, quer guardado no bolso, ou dentro de um pano em forma de saquinho pendurado no pescoço a fim de proteger-se ou livrá-la de todos os males."
Existe oração forte evangélica? Há quem diga que sim, mas o que a Bíblia de fato diz sobre isso? Onde está de fato textos e contextos para tal expressão? 

Outro dia li em um classificado de jornal a seguinte propaganda: “Venham nesta quarta-feira e o homem de Deus fulano de tal fará uma 'oração forte' que abrirá seus caminhos e trará de volta seu marido que saiu de casa. Fazemos também descarrego… Desamarramos tudo que está amarrado em sua vida…” Não, não era um anúncio de nenhuma religião de matriz africana. Era o anúncio de uma igreja evangélica!

Não existe nenhum texto que justifique o termo “oração forte”, nem tão pouco vemos exemplos de tamanha heresia. O que existe é um orador com coração contrito, onde Deus se curva dos céus para ouvi-lo e respondê-lo….

Muito cuidado com essas propagandas tipo: Oração forte, Quebra de maldição, Descarrego, Banho de ervas, Caminhar sobre o sal grosso, Andar debaixo do manto de não sei quem, Rosa ungida, O cajado de Moisés, Desatando os nós, Lenço, Toalhas, Água (e tudo o mais) trazida de Israel e tantos outros amuletos que oferecem como "pontos de contatos" com Deus. Fuja disso! Não é uma questão de fé, é uma questão de inteligência… Muito cuidado com os falsos profetas, picaretas e enganadores.

Conclusão


Aqui terminamos essa série, no entanto, o assunto é bem mais amplo e abrangente, pois a oração é a principal arma espiritual do cristão. Mais do que nunca precisamos de igrejas que compreendam a importância da oração. Vivemos um tempo de grande movimento mundial de oração. No entanto, a questão central tem sido muito básica: na prática, por quais tipos de problemas Deus se interessa? Deus não se impõe limites. Muitos, e por muitas vezes tem considerado que Deus não quer ser incomodado por qualquer coisa. No entanto, a própria Palavra e a experiência têm mostrado o contrário. Ore hoje, ore amanhã... ore sempre!