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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

PAPO RETO — COMO DISTINGUIR UM(A) INTERESSEIRO(A)

 

Basta ouvir esta história, e parece que seu significado central imediatamente nos salta aos olhos: nove indivíduos ingratos e um que se deu ao trabalho de retornar e agradecer a Jesus. E, a partir daqui, poderíamos tecer reflexões mais ou menos profundas sobre a importância do agradecimento. Mas será só isso mesmo o que Lucas quer dizer com sua história? 

Vamos ver esse texto com mais atenção e entender a riqueza de seus muitos outros ensinamentos. Nele, podemos ver também a atitude características de pessoas interesseiras (os nove ex-leprosos), que, após conseguirem o que queriam, não se dignificaram a honrar a Quem os havia ajudado em uma situação tão delicada, na qual se encontravam. 

Os leprosos eram marginalizados, desprezados e excluídos do direito de conviver com suas famílias. Segundo a lei da pureza, eles tinham que andar com roupa rasgada e cabelos desgrenhados e ir gritando: 
"Impuro! Impuro!" (Levíticos 13:45,46). 
Para os leprosos, a busca da cura significava o mesmo que buscar a pureza para que fossem reintegrados na comunidade e entrar no santuário.

Quando lemos o relato de Lucas, nos indignamos com a atitude dos tais nove ex-leprosos. Mas, será que eles foram os únicos a agir assim? Será que não ocorre algo semelhante em nosso meio atualmente?

Você é um(a) interesseiro(a)


E o que vemos no nosso cotidiano, em todos os círculos sociais, são muitas pessoas guiam suas vidas pelos interesses pessoais com o objetivo de tirar vantagem em situações ou de pessoas. Por isso, é importante avaliar a real intenção de todas as atitudes e decisões que tomamos. O que nosso comportamento indica?

É muito difícil a primeira vista saber quem é o interesseiro no meio do povo de Deus a primeira vista, porque ele chega como um adorador igual aos outros crentes. Ele vai pros cultos, ele louva, está na escola bíblica, muitas vezes até da Ceia do Senhor ele participa. A diferença dele, é que ao contrário do crente fiel, ele está só esperando a benção.

O interesseiro se mostra muitas vezes amoroso, cuidadoso com as coisas de Deus ele até ajuda na obra. O versículo 13 mostra claramente os interesseiros clamando por socorro ao lado do crente fiel.

Depois de ler o trecho acima, talvez você esteja se remoendo por dentro e tentando se convencer de que não é interesseiro(a), mas será que não mesmo? Para detectar se você age desse modo, confira os pontos a seguir.

As características do interesseiro


Em nosso dia a dia estamos cercados por pessoas que podem ter o interesse em se aproveitar da gente de alguma forma. Por outro lado, nós frequentemente utilizamos conceitos e parâmetros equivocados na avaliação das pessoas. Aplicar um rótulo a alguém indevidamente pode ser algo que traga uma certa infelicidade para ambas as partes, portanto é bastante conveniente avaliarmos com cuidado essas situações.

Pode ser cruel, mas pessoas interesseiras existem em todos os lugares. E as vezes, por mais que não tenhamos uma super condição financeira, ainda sim, não estamos livres desse tipo de pessoa. Visto que para o interesseiro, o importante mesmo é o que ele pode ganhar com você, pouco ou muito em todo caso já se trata de um pseudo "lucro". 

Como é patética uma pessoa interesseira, não é mesmo? Tenho visto gente assim nestes dias. Geralmente, vem cheias de doçura, mas chega uma hora em que a máscara cai. É o tipo de pessoa que se aproxima na tentativa de conseguir algo através de você.

Interesseiros são frios nos seus sentimentos e falsos, só visam a satisfação de seus desejos, são egoístas ao extremo! Quando você não dá o que lhes interessa no momento, somem rapidinho. Só aparecem mesmo quando querem algo que podemos oferecer (dinheiro, presentes, favores), tirando isso, estão pouco se lixando para quem você é ou para o que sente.

O perigo maior é acreditar que um interesseiro ama você e é seu amigo, pois quando você mais precisa, lógico, ele sumiu, evaporou. Geralmente, se portam como bonzinhos, humildes e solícitos, mas isso é só pra ganhar confiança e fazer você se "esfolar" por eles. 

Se você é bom em algum aspecto ou possui alguma coisa, sempre o "chupa-cabra", ou, em termos mais bíblicos, a sanguessuga e sua prole (Provérbios 30:15) fica te sugando e tirando vantagem disso. Esteja atento para os abusados que só se aproximam a fim de conseguir algo e quando você precisar, tenha certeza, eles não estarão lá. Infelizmente, todo cuidado é pouco para evitar decepções e tristezas futuras.

Mas, e agora? Como conseguir identificar uma pessoa interesseira? 

  • Gosta de tirar vantagens — Há pessoas que planejam tirar vantagens e obter benefícios em tudo o que fazem, independentemente do que vai acontecer a outras pessoas. O único pensamento delas é conseguir o que planejaram, sem se preocupar se vão prejudicar ou magoar alguém, e, para isso, agem com falsidade.
  • São falsas, discimuladas — A falsidade anda lado a lado com o interesse. Afinal, para satisfazer os próprios desejos, a pessoa interesseira se sujeita a se relacionar com qualquer pessoa sempre tendo o objetivo de obter resultados para si mesma. Muitos interesseiros se aproxima e criam amizades e relacionamentos com outras pessoas por conta da posição social, condição financeira ou influência delas.
  • Cobram favores — Entre as pessas interesseiras também estão aquelas que fazem favores ao próximo com a intenção cobrá-los de volta quando precisarem. Ou seja, elas não têm o objetivo de ajudar por livre e espontânea vontade. Essa é uma atitude que até o próprio Senhor Jesus rejeitou. Como descreve a Bíblia, Jesus fez um alerta quando estava na casa de Zaqueu, quando disse:
"E dizia também ao que o tinha convidado: 'Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. 
Mas quando fizers convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, e serás bem-aventurados; porque não têm com que te recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos" (Lucas 14:12-14).
Jesus quis mostrar que quando alguém for oferecer algo não deve fazer isso com a intenção de ter algo de volta ou cobrar pelo que fez depois, mas para ajudar e dar algo por amor ao próximo e cumprir o amor de Deus, que é puro, sincero e incondicional.

Conclusão


Entendemos que não há nenhum problema para nós buscarmos a satisfação de nossos desejos, se estivermos sempre atentos aos resultados das nossas ações. É claro que, nunca estaremos numa condição de agradar a todos, mas com este cuidado, seremos pessoas mais sensatas, e também precavidas com aqueles que só desejam tirar algum proveito.

Você é um interesseiro ou um crente fiel? Afinal, o que você está fazendo na casa do Senhor? Você está buscando viver em santidade ou está só esperando a benção chegar e depois vai pular fora. Jesus disse em Lucas 9:62: 
"Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus."
Amado irmão, não queira estar na casa do Senhor somente interessado no que Ele pode te dar ou que benefícios isso pode te trazer, servir a Jesus com integridade de coração te conduz a salvação. Se você tem se comportado dessa maneira, hoje é dia de arrependimento, hoje é dia de perdão, hoje é dia de renovo e restauração.

Se você se identificou com o que foi citado acima e reconheceu que é uma pessoa interesseira, já deu um grande passo. Para que a mudança aconteça, é preciso entender que realmente há o que mudar. Agora, mude sua posição diante das pessoas e das circunstâncias. 

Seja sincero com quem precisa, pois assim sua recompensa virá de Deus e Ele cuidará de tudo para você. Se você já tentou mudar e ainda não conseguiu é porque não quis de verdade. Assuma uma postura firme diante da situação. Busque no Senhor foças e sabedoria e deixe de ser interesseiro(a), pois Ele não é!
  • Já escrevi sobre este tema ➫ aqui.
A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

sábado, 26 de dezembro de 2020

"EIS QUE VENHO SEM DEMORA!"

  • O texto deste artigo é baseado na mensagem que eu ministrei no Culto ao Senhor, realizado em 20 de dezembro de 2020, no Salão Congregacional do Ministério Evangélico Gilgal, onde sirvo como pastor.
"Queridos amigos, esta é a segunda carta que lhes escrevo. Em ambas eu tenho procurado despertar a mente pura de vocês por meio de lembranças. Eu quero que vocês se lembrem das palavras que os santos profetas falaram no passado, e do mandamento do nosso Senhor e Salvador dado pelos apóstolos que foram enviados a vocês.

 

Antes de tudo, vocês precisam compreender que, nos últimos dias, aparecerão zombadores que vivem de acordo com os seus próprios desejos e que zombarão de vocês.  Eles dirão: 'O que aconteceu com a promessa sobre a volta de Cristo? Desde que os nossos antepassados morreram, todas as coisas continuam do mesmo jeito que eram desde o princípio da criação!'

 

O que acontece é que esses zombadores realmente não querem se lembrar de que, no passado, o céu e a terra foram criados por Deus. A terra foi formada das águas, e no meio das águas, a uma ordem de Deus. Foi também pelas águas, as águas do dilúvio, que o mundo daquele tempo foi destruído.

 

Mas o céu e a terra que agora existem estão reservados para serem destruídos pelo fogo por meio daquela mesma ordem. Eles estão sendo reservados para o dia do julgamento e destruição dos homens maus.

 

Há, contudo, uma coisa, meus queridos amigos, que vocês não devem esquecer: para o Senhor, um dia é como mil anos e mil anos como um dia. O Senhor não está demorando em cumprir o que prometeu, como alguns pensam, mas sim sendo paciente para com vocês, pois ele não quer que ninguém seja destruído. Pelo contrário, ele quer que todas as pessoas mudem suas vidas e deixem de pecar. 

 

Entretanto, o dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia o céu desaparecerá com um barulho espantoso e tudo o que há no céu será destruído pelo fogo. Os habitantes da terra e as suas obras também serão atingidos.

 

Desde que todas essas coisas vão ser destruídas desta maneira, que tipo de pessoas vocês devem ser? Vocês devem ser pessoas que levem uma vida pura e dedicada ao serviço de Deus. Vocês devem esperar e apressar a vinda do dia de Deus. Pois, com essa vinda, o céu será destruído pelo fogo e tudo o que nele há se derreterá com o calor.

 

Nós, porém, de acordo com a promessa de Deus, esperamos por um novo céu e uma nova terra, nos quais habita a justiça. Por essa razão, meus queridos amigos, enquanto vocês esperam estas coisas, façam o possível para que ele os encontre em paz, sem impureza nem culpa. Lembrem-se de que a paciência que o Senhor tem é para que nós sejamos salvos.

 

O nosso querido irmão Paulo disse-lhes a mesma coisa quando lhes escreveu com a sabedoria que Deus lhe deu, ao falar a respeito desses assuntos. De fato ele costuma fazer isto em todas as suas cartas. Nessas mesmas cartas há certas coisas que são difíceis de entender. Os ignorantes e os fracos na fé as deturpam, como também fazem com as demais Escrituras, e assim causam a sua própria destruição.

 

Portanto, queridos amigos, desde que vocês já sabem destas coisas de antemão, tomem cuidado para não serem levados pelo erro desses homens maus, caindo assim da sua posição segura. Porém cresçam na graça e no conhecimento que vem do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, tanto agora como em toda a eternidade" (2 Pedro 3, grifos acrescentados para efeito de ênfase).
Ao invés de apenas deixar o link, eu fiz questão de transcrever todo o terceiro capítulo da segunda carta escrita pelo apóstolo Pedro e o fiz, devido sua importância e relevância balizadora ao texto deste artigo.

Porque é urgente falar sobre a volta de Cristo?


Apesar de atualmente esse tema estar meio sumido dos púlpitos evangélicos, desde o seu início, o movimento cristão tem se caracterizado por um nítido elemento apocalíptico. O cristianismo tem uma concepção linear da história, apontando para um fim que marcará a consumação de todas as coisas. 

Esse elemento já estava fortemente presente no judaísmo pré-cristão, especialmente nos profetas e nos salmos do Antigo Testamento, com a sua esperança messiânica e a sua mensagem acerca do Dia do Senhor, a intervenção de Deus na história para libertar Israel dos seus inimigos e instaurar uma era de justiça e paz. 

Jesus manteve essa ênfase escatológica ao fazer da vinda iminente do reino de Deus a sua mensagem principal. Os apóstolos, nos escritos que vieram a compor o Novo Testamento, preservaram a convicção da igreja primitiva de que os cristãos vivem entre dois tempos, entre o "já" e o "ainda não". 

O Filho de Deus já veio ao mundo, morreu e ressuscitou; ao mesmo tempo, Ele ainda irá voltar no futuro para consumar todo o propósito de Deus em relação à humanidade. O Reino de Deus está presente, mas ainda não alcançou a sua plenitude. Essa permanente tensão tem feito com que os cristãos, a cada geração, se preocupem, com maior ou menor intensidade, com as questões referentes ao fim dos tempos.

A esperança X o pavor


É muito comum que o assunto "Segunda Vinda de Jesus" ou a sua "vinda gloriosa" seja associado ao "fim do mundo" ou à "consumação dos séculos". Ela é vista, geralmente, como um acontecimento dramático, repleto de castigos e catástrofes. Fogos traçando o céu, terremotos, pestes, relâmpagos e trombetas celestes, tudo isso faz farte do imaginário de muitas pessoas. 

Nesse dia apocalíptico, a ira e o julgamento de Deus absolverá os santos eleitos, que se salvarão, e os demais serão relegados para arder no fogo do inferno. Enfim, essa maneira peculiar de pensar a vinda gloriosa de Jesus causa arrepios em muitos e, em alguns poucos, contentamento.

Pensar nos últimos acontecimentos da história sempre causa certa tensão. Na teologia, essa espécie de "angústia", em relação aos últimos eventos da humanidade, recebe o nome de "tensão escatológica". 

Alguns a veem como algo negativo. Porém, não era assim que acontecia com os primeiros cristãos da Igreja Primitiva. Eles não só se alegravam com a vinda iminente de Nosso Senhor como aguardavam ansiosamente por ela. As palavras de Jesus que diziam 
"erguei-vos e levantai a cabeça, pois está próxima a vossa libertação"
certamente ecoavam vigorosamente em suas lembranças e em seus corações (Lucas 21:28).

Eles tinham como certo a vinda de Jesus ainda na geração deles, afinal, não fora o próprio Jesus que dissera que aquela geração não passaria sem que todos os sinais que Ele predissera acontecessem? (cf. Mateus 24:34). Ora, já se passaram mais de dois mil anos e Jesus ainda não veio. Jesus teria se equivocado ou desistido? 

Não, claro que não! Jesus, de uma maneira muito pedagógica, estava preparando um povo bem disposto, que vivesse a todo instante a firme expectativa da sua vinda. Ele queria os seus escolhidos sempre atentos, impelidos por uma fé que desejasse o imediato advento de Jesus. Em suma, Ele não queria que os seus se desviassem ou arrefecessem sua fé antes que Ele viesse em sua glória.

Acredito, de maneira muito particular, que Jesus não queria que os seus discípulos ficassem com uma caneta nas mãos tentando calcular o dia exato de sua vinda. Ele queria, seguramente, que seus discípulos estivessem preparados a qualquer instante. 

Não é à toa que as primeiras comunidades alimentavam no seu espírito a invocação "Maranathá", nítida expressão de quem deseja avidamente a vinda de Cristo. Assim, não seria exagero afirmar que o cristão não deveria esperar a vinda de Jesus à medida que vive, mas viver à medida que a espera. Em outras palavras, existe um sentido maior para a existência humana e os primeiros cristãos entenderam isso, mas os cristãos, de hoje, infelizmente, nem tanto.

Porque eu devo acreditar na volta de Jesus?

1) A volta de Jesus é uma promessa feita por Ele — Jeremias 1:11,12; Mateus 24:35


Jesus, quando nos fez a promessa de sua segunda vinda, Ele a fez como Deus e não como homem (João 14:1-3). Isso por si só já é uma garantia de tranquilidade, descanso e esperança no cumprimento dessa promessa, pois, decerto Ele irá a seu tempo cumpri-la (Colossenses 1:5,23,26,27).

2) Precisamos estar preparados para a volta de Cristo — Mt 25:1-13


O preparo para a vinda de Cristo é constante diária e sem moderação. A conhecida e clássica Parábola das Dez Virgens, nos ilustra isso de maneira clara e de fácil compreensão. E essa responsabilidade é pessoal, contante e intransferível (24:13, 36-42).

3) Jesus nos deu garantia de sua volta — João 20:1-10


A maior garantia que temos da vinda de Cristo é sua ressurreição (Atos 1:1-11). Por isso, é de fundamental importância que entendamos a mensagem do Cristo ressuscitado. 
  • O Cristo ressuscitado diz-nos que a morte não é o fim "Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele" (Romanos 6:9). Pouco se fala disso, mas a ressurreição de Cristo trouxe vida a muitos outros que morreram na fé: "E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados" (Mt  27:52).
  • O Cristo ressuscitado diz-nos que tem poder sobre a morte porque é o Senhor da vida — "O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância" (Jo 10:10; 1 Co 15:55-57).
  • O Cristo ressuscitado traz-nos a Revelação mais acabada de Deus "E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos" (Mt 17:9). O Cristo ressuscitado diz-nos que o poder de Deus é maior do que qualquer outro poder, mesmo o poder da morte. Deus é Onipotente. "Quem é este Rei da Glória? O Senhor forte e poderoso" (Salmo 24:8). "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6).
  • O Cristo ressuscitado diz-nos que tem urgência pelos menos relevantes na sociedade "E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios" (Marcos 16:9). Na sociedade judaica, patriarcal, o Jesus ressurreto aparece primeiro a uma mulher… Ora, isso era inconcebível para os padrões culturais, sociais e religiosos da época.
  • O Cristo ressuscitado diz-nos que o melhor está por vir — Foi depois da ressurreição que surgiu o Dia de Pentecostes, a descida do Espírito Santo, a expansão do Evangelho às nações e a universalização da Igreja: "Melhor é o fim das coisas do que o princípio delas; melhor é o paciente de espírito do que o altivo de espírito" (Eclesiastes 7:8); "Mas, como está escrito: 'As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam'" (1 Coríntios 2:9). "Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores, e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos" (Hebreus 6:9).
  • O Cristo ressuscitado diz-nos que o nosso destino é eterno — "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Apocalipse 2:10). A "coroa" do vencedor (analogia sobre os jogos gregos) é a vida eterna na presença de Deus.
  • O Cristo ressuscitado é estruturante na fé cristã — Cristo ressuscitou e venceu a morte, glorificando a vida como dom de Deus.

Conclusão


Chega de imaginar apenas o "varão de dores". Olhemos o Cristo glorificado. Ele sim é o simbolo da nossa esperança, da nossa expectativa de uma vida eterna na Nova Jerusalém Celestial.

Vamos fazer agora um outro exercício de imaginação. Se uma voz forte vinda do cosmos anunciasse a vinda de Jesus, precisamente em uma hora, o que você faria? Se sua resposta fosse "eu confessaria os meus pecados e pediria perdão" ou "eu procuraria os meus pais, meus irmãos, meu cônjuge ou meus amigos para dizer 'eu te amo'"; ou ainda, "eu me reconciliaria com um antigo amigo"..., isso quer dizer que você ainda não está vivendo na autêntica expectativa da Vinda de Jesus. No momento em que Jesus vier na Sua glória, você não terá tempo de fazer nenhuma dessas coisas, a não ser, arrepender-se de não as terem feito. Pense nisso!

A Deus toda glória. 
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ESPECIAL ESCATOLOGIA: OS SINAIS — 5) CONCLUSÃO — A NECESSIDADE DA PERSEVERANÇA

Enfim, posicionamentos das várias vertentes teológicas e suas complexidades à parte, seja o que for, estas crises social, moral e espiritual pela qual passamos,  são sem sombra de dúvida um sinal de que a volta de Jesus se aproxima. 
"Mas todas estas coisas são [apenas] o princípio das dores"
Ele explicou (Mateus 24:8). Ou seja, embora, por exemplo, a pandemia seja um sinal do tempo do fim, ele pode não ser o fim. Seria, então, de importância pequena? Não! Você sabe de que dores Jesus estava falando? Paulo explica: são as dores de parto do planeta que geme cada vez mais forte por estar chegando a sua hora! (Romanos 8:22; 1 Tessalonicenses 5:1-3).

No tempo certo: o tempo de Deus


Quando dizemos que terremotos, guerras, fomes, epidemias, corrupções, etc., são sinais da volta de Jesus, há quem menospreze (2 Pedro 3:3,4) afirmando que essas coisas sempre aconteceram no mundo. Mas é importante observar o que Jesus e Paulo falam sobre a semelhança dessas ocorrências como sinais do tempo do fim com as contrações do parto. Com o passar do tempo, acontecem progressivamente repetidas vezes, e se tornam progressivamente mais longas, e intensificam-se progressivamente mais fortes.

Por isso, em segundo lugar, devemos continuar estudando os eventos finais previstos pela Bíblia, para os mantermos bem claros na mente, a fim de não incorrermos em equívocos. Tem gente por aí tentando enquadrar essa pandemia como a primeira das sete pragas apocalípticas! E temos como saber que não é, porque a escatologia aponta o acontecimento dos eventos finais numa ordem sequencial.

Primeiro, o derramamento do Espírito Santo (Joel 2:28,29), depois a pregação do evangelho alcançará todos os povos (Mt 24:14), a seguir acontecerá o decreto dominical (Apocalipse 13:16), seguida do fechamento da porta da graça (Mt 25:10; Ap 22:11), para, então, as últimas pragas começarem a acontecer (16).

E o terceiro ponto é o que realmente nos compete. 
"Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações" (Salmo 34:17). 
Se ainda não for o fim, se qualquer teoria estiver certa ou errada, como cristãos, nosso dever é lutar, mas de forma cósmica (Efésios 6:12), de joelhos, para que Deus nos cure política, física, econômica e espiritualmente (2 Crônicas 7:14). Então a crise atual não tem nada a ver com os eventos finais? Tem tudo a ver!
O que devem fazer os cristãos diante disto?

Sem saber (ou talvez sabendo), o mundo se prepara, cada vez mais, para um cenário em que possivelmente poderes tenham controle social total sobre as escolhas das pessoas, o ir e vir dos cidadãos e a liberdade econômica de cada indivíduo. Você não acha que o que estamos vivendo é um grande ensaio para o que sabemos que acontecerá (Ap 13:17)?

Então, por que não ensaiarmos a nossa parte também? Se o próximo grande cumprimento profético que esperamos ver acontecer é a chuva serôdia, qual é a nossa parte nessa batalha? 
"Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia… e lhes dará chuvas abundantes" (Zacarias 10:1; Ezequiel 34:26).
Está tudo parado? Para o cristão não deveria estar, pois ele deve se ocupar intensamente na atividade do clamor (Jeremias 29:12,13) pelo reavivamento. E antes que a porta da graça se feche (Isaías 55:6-13). E isso não deve ser motivo para medo: 
"Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, alegrem-se e levantem a cabeça, porque a vossa redenção se aproxima" (Lucas 21:28). 

Conclusão

"Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt 24:13). 


O estudo da Escatologia Cristã nos permite compreender, na medida de nossas limitações humanas, a grandeza das coisas que Deus tem preparado para aqueles que O adoram, juntamente com seu filho amado Jesus Cristo. E, à luz do Espírito Santo, isso é possível, naquilo que Deus deseja que saibamos. E como assevera Charles Finney (2004, p. 501):
 
"Deus é, e deve ser, um soberano absoluto e universal."
A fonte inesgotável de saber e adoração a Deus é a Bíblia Sagrada e a Revelação de Jesus Cristo que Deus lhe deu para mostrar os acontecimentos futuros. 
"Quem tiver sede venha, e quem quiser beba de graça da água da vida!" (Ap 22:17).
O conhecimento destas coisas leva o crente a esperar com paciência e a suportar as perseguições religiosas, e de toda a ordem. O cristão, na atualidade, vive no meio de uma sociedade perversa e corrompida (Fp 2:15), às vezes, é tentado a abandonar a fé. Mas, se ele conhece o sinal dos tempos, resiste às tentações e persevera até o fim. O versículo 13 de Mateus 24 apresenta um duplo sentido quanto à salvação. Ela será física, analisada à luz de Lucas 21:18,19; aí, engloba também a redenção da alma, a espiritual.

Podemos nos tranquilizar, o Senhor Jesus disse: "AINDA NÃO É O FIM", mas temos que estar alertas, pois Ele também disse: "É O PRINCÍPIO DAS DORES"; logo em seguida a tudo isso virá a tão temida Grande Tribulação que nunca houve antes, nem haverá depois, conforme Ele nos alertou: 
"...porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais" (Mt 24:21).
É hora de vigiar, orar e pregar o evangelho para que ninguém se perca. Pense Nisto!

Segue abaixo os links dos capítulos da série: 

[Fonte: Lições Bíblicas (Jovens e Adultos) Trimestre: 3º/1994 — Comentarista: Esequias Soares da Silva — Tema Central: Evangelhos Sinóticos - A perfeita harmonia, Páginas: 51-54; Bíblia.org, por Valdeci Júnior, Bacharel em Teologia Educacional e Mestre em Missão Urbana; BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática.Rio de Janeiro: CPAD, 2017. BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática, Rio de Janeiro: Cultura Cristã, 2012. ERICKSON, Millard J. Opções contemporâneas na Escatologia. São Paulo: Vida Nova, 2010. FINNEY, Charles. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro, CPAD, 2004. GRUDEM, WAYNE. A morte, o estado intermediário e a glorificação. Disponível em http://www.monergismo.com/textos/ressurreicao/morte_estado_glorificacao_grudem.htm. Acesso em 18/12/2020. Núcleo do Conhecimento]

A Deus toda glória. 
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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

ESPECIAL ESCATOLOGIA: OS SINAIS — 4) ENTÃO VIRÁ O FIM — PT. II

Como podemos ver, muitos destes sinais já estão cumpridos e/ou se cumprindo, com exceção da vinda do filho da perdição, e estão se tornando cada vez mais intensos em nossos dias com muitos abraçando o liberalismo, o gnosticismo, o pragmatismo, o neo-evangelicalismo, o ecumenismo, o naturalismo, entre vários outros "ismos" heréticos tão ao gosto da sociedade moderna.

Tentando defraudar o significado da graça em uma prática de vida com concessões, imoralidades e permissividades que anulam a realidade do pecado e, consequentemente, a necessidade do arrependimento e o alcance do perdão divino (Afinal, se não há pecado, logo, não há necessidade de arrependimento e sem arrependimento, quem precisa de perdão?). Com infindáveis exigências de direitos e absolutamente nenhum dever e/ou quaisquer responsabilidades. Tornando subjetivos e flexíveis princípios divinos que são absolutos, inegociáveis e fundamentais em sua essência, por estarem intrinsecamente associados à própria natureza de Deus.

E estes sinais continuarão a se intensificar mais ainda, até que Cristo venha para levar Sua noiva, em glória, aos ares com Ele, realizando, enfim, as Bodas do Cordeiro, sob o som mavioso do toque da trombeta celestial, entoando a marcha nupcial do Arrebatamento.

E com grande parte dos sinais já cumpridos, o que se pode deduzir é que Jesus pode vir a qualquer momento, pois o filho da perdição pode surgir a qualquer momento. Cristo já poderia ter vindo há muito ou pode ainda levar muitos séculos para vir, mas, atenção, pode ser também que Ele venha ainda HOJE. E cremos piamente que Sua vinda é iminente, pois todos os "sinais" e "preparativos", inclusive para o início da Grande Tribulação, estão extremamente intensos e se tornando mais claros a cada dia que passa.

Os falsos profetas:

joio em meio ao trigal, erva daninha em meio à vinha, pão bolorento e fermentado tentando substituir o Pão Asmo vivo que desceu do Céu


Como exemplo, podemos citar o grande número de falsos profetas, que brotam e surgem em cada esquina de nossas cidades, ensinando um evangelho de engano e perdição, visando o lucro pessoal e enganando a muitos:
"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. 
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita" (2 Pedro 2:1-3). 
"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará" (Mateus 24:11,12).
E como consequência desta situação, estamos vendo sim o amor de muitos se esfriando, até por julgarem-se impotentes frente aos titânicos e hercúleos desafios que se colocam. Desafios estes que ficam ainda maiores a cada novo dia.
"E ouvireis de guerras e de rumores de guerras"..."...e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares"
estes sinais estão se aprofundando. Sem tentar "tocar o terror", não há como ignorarmos o óbvio. A fome se alastra pelo mundo, na década de 1980 a AIDS dominou quase que completamente o continente africano, novas gripes surgem ano a ano, e que, contrariando o pensamento de muitos podem, sim, matar. 

Atualmente, temos aí a pandemia do novo coronavírus que já dizimou um número absurdo de pessoas no mundo inteiro. E, anteriormente, também já tivemos no século XIX a pandemia de gripe espanhola que também matou milhões de pessoas mundo afora.

A cada ano o número de terremotos registrados no mundo é maior que no ano anterior, e isto de modo consistente e progressivo. Além disso, temos os registros de outras catástrofes geológicas e geográficas que assustam e matam em muitas partes do mundo.

Surgimento e aumento da iniquidade em várias partes do mundo, acidentes da natureza se avolumando, desastres em barragens se repetindo e ameaça de ocorrências em outras similares [cerca de 20 só em MG], vulcões cujas lavas vão lambendo tudo o que encontram pela frente, tufões etc. E estes são apenas exemplos de tudo o que hoje está acontecendo no mundo!

Nós estamos cada vez mais próximos dos acontecimentos necessários para a volta do nosso Senhor, basta que vejamos os noticiários nas mídias de comunicação. E, sem forçar qualquer um dos textos bíblicos para a invenção de teorias conspiratórias, este é sem dúvida o pano de fundo necessário para que dele surja o tão temido Anticristo como solução mundial para a paz e para a segurança:
"Pois que, quando disserem: 'Há paz e segurança', então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão" (1 Tessalonicenses 5:3).
Tenhamos a absoluta certeza de que a paz sem Cristo é rigorosamente impossível!!! Que não haja engano: De modo algum haverá verdadeira paz até que Cristo volte! A nós, os verdadeiros discípulos de Cristo, resta-nos manter confiantes, perseverantes em defesa da fé e, como as virgens prudentes da parábola (Mt 25:1-13), manter abastecido de azeite os nossos lampiões.

O verdadeiro discípulo de Cristo, não teme sua volta, antes, cumpre com os compromissos de suas responsabilidades na pregação das Boas Novas do Evangelho da Paz e nutre dia a dia em seu espírito a viva esperança desse Dia tão sublime, não tendo a menor dúvida de que fará parte daqueles aos quais com Ele irão desfrutar da eternidade. E:
"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça o que o Espírito diz à Igreja: 'Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe'" (Apocalipse 2:17)
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E nem 1% religioso. 
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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

ESPECIAL ESCATOLOGIA: OS SINAIS — 4) ENTÃO VIRÁ O FIM — PT. I

Quando lemos nas Escrituras as falas de Jesus no sermão escatológico registrado nos capítulos 24 e 25 do evangelho narrado por Mateus, em consonância linear com a profecia escatológica de Daniel capítulo 12 e as revelações escatológicas do apóstolo João em Apocalipse, apesar de ainda nos ser uma incógnita o Grande Dia da volta do nosso Amado, encontramos um registro bem delineado dos sinais que apontam para o fim dos tempos. Neste capítulo, que, por sua complexidade, será subdivido em partes, vamos fazer fazer uma análise bem resumida desses sinais e o quanto alguns deles já são sim perceptíveis nos tempos atuais.

1. A evangelização mundial


Esta parte da profecia encerra-se com a previsão da evangelização mundial: 
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim" (Mt 24:14). 
Isto é uma prova autêntica de que o referido discurso não se restringe apenas à destruição de Jerusalém — conforme afirma os ensinamentos de muitas seitas. Muitos povos só foram alcançados posteriormente. A obra da evangelização mundial é um fenômeno cada vez mais crescente na atualidade, tornando-se, inclusive, mais abrangente com o desenvolvimento da tecnologia. Apesar de ainda ter muito o que se fazer nesse sentido — o que nos tira de qualquer sugestão de comodismo — nunca houve na história da Igreja um despertamento como vem acontecendo nestes últimos dias.

2. As barreiras removidas


É verdade que uns 25% dos moradores da Terra nunca ouviram falar de Jesus, e o bloco islâmico é uma barreira quase intransponível à pregação do Evangelho. Mas as cortinas de ferro e de bambu se abriram e o bloco comunista ruiu. Um dos grandes marcos históricos e geográficos dessa ruptura, ocorreu em 9 de novembro de 1989, cinco dias depois de meio milhão de pessoas se reunirem em Berlim Oriental em um protesto, o muro de Berlim, que dividia a Alemanha Oriental comunista da Alemanha Ocidental desmoronou.

Hoje, há liberdade religiosa nas ex-repúblicas da extinta U.R.S.S., e no Leste europeu. Por que isto não acontece no mundo islâmico? É bom lembrar que, com os meios de comunicação da atualidade, é possível se evangelizar o mundo em questão de horas. Portanto, ninguém deve dormir e nem se acomodar, pois o Arrebatamento da Igreja pode ocorrer a qualquer momento.

3. Maranata!

"Ora, vem, Senhor, Jesus!" (Ap 22:20)


O cenário mundial já está pronto para que o apocalipse se cumpra. A palavra "fim" (Mt 24:14) é ambígua e há muitas controvérsias sobre o assunto, entre os expositores. Ninguém pode garantir que isto seja o Arrebatamento da Igreja ou a vinda de Cristo em glória. Ela pode ser aplicada aos dois eventos. Há quem afirme que Isaías 66:18,19 está no contexto de Mateus 24:14. Se isto pode ser confirmado, é possível que a pregação continue durante a Grande Tribulação, pelos 144.000 remanescentes de Israel (Ap 7:1-8), e, assim, a profecia tem o seu cabal cumprimento.

Sinais indicativos


Apesar de não termos como precisar o momento em que se dará a segunda vinda de Jesus (conforme Mt 24:36), é possível que nós venhamos a reconhecer as indicações do "princípio de dores" que acontecerá imediatamente antes do arrebatamento:
"E Jesus, respondendo, disse-lhes: 'Acautelai-vos, que ninguém vos engane; porque muitos virão em meu nome, dizendo: "Eu sou o Cristo"; e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores' (24:4-8). 
"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão" (1 Tessalonicenses 5:4).
É certo e infalível que um dos sinais necessários para que ocorra o Arrebatamento da Igreja verdadeira é que muitos abandonem a verdadeira fé, ou seja, a apostasia da doutrina bíblica bem como o aparecimento no cenário mundial do filho da perdição (o Anticristo):
"Ninguém de maneira alguma vos engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição" (2 Ts 2:3). 
"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; proibindo o casamento, e ordenando a abstinência dos alimentos que Deus criou para os fiéis, e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças..." (1 Tm 4:1-3). 
"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas" (2 Tm 4:3,4).
Alguém tem alguma dúvida de que esse fato é uma triste realidade cada vez mais presente nesse tempo que se chama hoje?
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sábado, 19 de dezembro de 2020

ESPECIAL ESCATOLOGIA: OS SINAIS — 3) OS SINAIS QUE PRECEDERÃO À VOLTA DE CRISTO

Neste capítulo, analisaremos acerca dos sinais que antecedem a volta do Senhor Jesus. A segunda vinda de Cristo, e o fim de todas as coisas, parece algo fictício e inconcebível para aqueles que não creem em Deus. Mas, seguramente se cumprirá, pois Jesus assegurou que os céus e a terra passarão, mas suas palavras não hão de passar (Mateus 24:35). 

A Igreja deve estar alerta, pois o retorno de Cristo está mais perto do que podemos imaginar. Como afirmar que sua volta é iminente? Mediante os sinais que evidenciam esse grande acontecimento escatológico. Estejamos atentos a cada sinal, aos quais veremos na sequência de forma bem resumida.

1. A aparição de muitos cristos (24:4,5)


É verdade que muitos falsos cristos se levantaram ao longo da história da Igreja. À medida em que a vinda de Jesus se aproxima, o número destes lunáticos aumenta, e torna-se alarmante. É praticamente impossível apresentar uma lista completa deles, mas alguns nomes servirão de exemplo: 
  • David Koresh (1959/1933), da Califórnia, que a imprensa internacional noticiou, dizia ser o Cristo, e fez adeptos. 
  • O reverendo Moon (Sun Myung Moon, 1920/2012) também se declarou ser o Messias, e, mesmo depois de morto, tem ainda muitos seguidores. 
  • Em Curitiba, o cômico e bizarro Inri Cristo (cujo nome de batismo é Álvaro Thais) informa ser o Filho de Deus. 
Muitos outros manifestam-se com este título. Mas isto é um sinal dos tempos.

2. Guerras e calamidades (24:6,7)


A expressão
"guerras e rumores de guerras"
extrapola os limites da destruição de Jerusalém. É uma referência ao período que antecede a vinda de Cristo. Isto porque, ligados a tal expressão, estão os termos:
"...levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares".
É uma referência aos distúrbios mundiais e uma crise na política internacional.

3. A crise religiosa


O crescimento da apostasia nos últimos anos tem alcançado proporções estarrecedoras. Não só com o aparecimento dos falsos profetas (24:11), mas, principalmente, pelo surgimento do Conselho Mundial de Igrejas, do Ecumenismo e da rápida criação e disseminação das inúmeras seitas.

Estes fatores levam as pessoas à frieza espiritual e ao indiferentismo religioso (24:12). O apóstolo Paulo afirma que a apostasia generalizada é coisa para os últimos tempos (1 Timóteo 4:1-3; 2 Tm 3:1-5). A crescente violência nas principais capitais do mundo, a expansão do terrorismo e do narcotráfico acontecem nos dias atuais, porque a iniquidade multiplica-se (Mt 24:12).

Jesus virá buscar todos os que amam a sua vinda (2 Tm 4:8), porém é preciso cuidado para não confundir o arrebatamento da Igreja com a sua vinda em glória (segunda fase), quando Ele virá com os santos e com os anjos trazendo juízo contra todos os ímpios (Judas 14-16; 2 Tessalonicenses 1:7; Apocalipse 19:14).

Fato é que os sinais que prenunciam a volta de Jesus estão se cumprindo a cada dia. A apostasia tem se evidenciado, no meio de igrejas evangélicas, a ponto de a Bíblia não ser mais referência para a conduta de muitos que se dizem cristãos. 

Na natureza, há fenômenos que indicam o cumprimento das previsões apocalípticas. Na vida moral, certamente, há o maior grau de fatos que comprovam o aumento da iniquidade humana. 

Mas a Igreja de Jesus Cristo deve continuar em oração e vigilância como 
"coluna e firmeza da verdade" (1 Tm 3:15), 
aguardando em santificação, não com dúvidas ou medo, mas com certeza, esperança e muita expectativa pela prometida volta de Jesus.
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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

ESPECIAL ESCATOLOGIA: OS SINAIS — 2) O PRINCÍPIO DAS DORES

Mateus 24:1-14; Lucas 21:3-13; Marcos 13:7-19


Este é um assunto que não é muito tratado no meio cristão, e nem é apreciado por quase todos, e chega a haver conclusões equivocadas, o que pode ocorrer, inclusive, com as minhas.

O princípio das dores são os elementos que servirão de base para introduzir a Grande Tribulação, após a Arrebatamento da Igreja. É verdade que desde os tempos de Jesus, sempre houve guerras, pestilências, fomes, imoralidade, etc. 

Mas o ensino de Cristo consiste no fato de estas coisas aumentarem e intensificarem dia após dia, à medida em que a vinda do Filho do Homem se aproxima, até chegar a um ponto insuportável. Os dias em que vivemos, à luz das palavras de Jesus, caracterizam o princípio das dores.

 AS TRÊS PERGUNTAS DOS DISCÍPULOS

1. "Não ficará pedra sobre pedra" (Mt 24:2).


Este era o segundo templo, pois o primeiro fora destruído por ordem de Nabucodonosor, em 587 a.C. (2 Crônicas 36:18,19). Reconstruído após o cativeiro e inaugurado setenta anos depois de sua destruíção, em 518 a.C. (Esdras 6:15). Foi reformado e embelezado por Herodes, o Grande, durante 46 anos (João 2:20).

Era de uma beleza extraordinária. Parece que isto impressionava os discípulos, que se aproximaram de Jesus para lhes mostrar tal estrutura. O assunto do Templo foi o ponto de partida para o sermão profético, registrado em Mateus 24, Marcos 13 e Lucas 21. Isto se cumpriu, literalmente em 70 d.C.

2. As três perguntas dos discípulos (Mt 24:3) 


Os expositores, que negam o caráter escatológico deste discurso profético, acharam nas narrativas de Josefo elementos que confirmam muitas coisas ou quase tudo, em relação à destruíção de Jerusalém em 70 d.C.
  • a) Uma pergunta de caráter escatológico — Mas as perguntas dos discípulos não se restringiam apenas à queda de Jerusalém. Além disso, muitas profecias, às vezes, tornam-se a se cumprir. 
"Quando serão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?".
Em Lucas 21:20,24, encontramos a resposta sobre a destruição do Templo e da cidade. Os versículos 3-14 falam dos sinais da vinda de Cristo, e do fim do mundo. A Grande Tribulação é assunto tratado nos versículos 15-28 de Mt 24, e a manifestação de Cristo em glória (Tito 2:13), nos versículos 29-32.
  • b) A finalidade da resposta — A Bíblia anuncia as coisas futuras, para que confirmemos o seu cumprimento e fortaleçamos a nossa fé. Jesus falou estas coisas, para não nos assustarmos (Mt 24:6), e fiquemos de sobreaviso, a fim de não sermos apanhados com os incrédulos (1 Tessalonicenses 5:4,5), e, assim, estarmos preparados para o Arrebatamento.

"Cristo em nós, a esperança da glória" (Cl 1:27).


"E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores" (Mt 24:6-8).
Como vemos, estudar um pouco sobre escatologia é entendermos que não é apenas o fim das coisas — muitos são os que usam a escatologia como uma forma de gerar medo e não esperança à Igreja —, mas sobre o plano de salvação.
Estudar escatologia abre vários porquês para o que vai acontecer futuramente. A Bíblia fala de um período que vamos passar no céu, mas a eternidade, a nova Jerusalém será aqui na Terra.

Tem muito trabalho para fazer e muita vida para salvar, não devemos dizer "Maranata!" de forma egoísta. Existe algo dentro de nós para resolver isso. Algo deve sempre estar em seu coração: 
"Por que eu não estou fazendo algo para mudar essa situação?"
Temos a autoridade de um nome que está acima de todo o nome para ser usado aqui na Terra (Filipenses 2:9-11). A questão é que Jesus não é um calmante, mas a solução do problema.

O problema de tudo é o pecado, tudo se deriva dele. É o pecado que estabelece fome, guerra, doença, mas Jesus colocou um fim nisso e, se estamos nEle, o pecado não tem mais forças para nós.
"Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurar-lhe o sabor? para nada mais presta, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens" (Mateus 5:13).
A Igreja não deveria imitar o mundo; Deus é a fonte criativa de tudo. É da Igreja que tem que sair os maiores sucessos. Vamos criar uma cultura celestial aqui na Terra.

A função principal do sal é conservar. Existe algo no mundo que é contrário com a Igreja, o espírito do anticristo já está atuando, mas a coisa não piora de vez por causa da Igreja (o sal) que está aqui para conservar. Enquanto nós estivermos aqui o anticristo não se manifesta.

Se você é Igreja, mas é tolo(a), será pisado(a), mas se você adquire conhecimento e sabedoria você vai conservar a situação onde você chegar. Não seja tolo(a), procure a palavra de Deus para se informar. Recapitulando o que estudamos aqui, no começo do capítulo 24 os discípulos estão elogiando o templo e no verso 3 perguntaram:
"E estando Ele sentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a Ele os seus discípulos em particular, dizendo: 'Declara-nos quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo'."
Então, Jesus começa a falar dos sinais e vem os versos de 6 a 8, mas diz que é o princípio das dores. Ele fala de um tempo específico onde será o princípio das dores e acontecerá tudo aquilo.
"Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda)" (Mt 24.15).

 

E a grande tribulação?


A grande tribulação não tem nada a ver conosco. Existe muita coisa em Apocalipse que não está relacionado com a Igreja. Então, porque tanto pavor por parte de muitos acerca do Livro da Revelação?
"Aprendei, pois, da figueira a sua parábola: 'Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão'. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que ele está próximo, mesmo às portas. 
Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras jamais passarão. Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, senão só o Pai" (Mt 24:32-35)
Jesus começa a falar da figueira que é uma representação de Israel, então devemos olhar para essa nação. Quando você vir o que está acontecendo com Israel aí sim terá começado os princípios das dores.

Portanto, o que entendo é  que o cristão deve viver sua vida como se Jesus fosse voltar a qualquer minuto. Não adianta por fora mostrar que queima por Jesus, mas por dentro não queimar.
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sábado, 12 de dezembro de 2020

ESPECIAL ESCATOLOGIA: OS SINAIS — 1) INTRODUÇÃO

Inicio aqui mais uma série especial de artigos. O tema que escolhi para esta série é um dos mais complexos na Teologia: a Escatologia. Devo confessar que para mim é um grande desafio discorrer sobre este assunto, pelos motivos que enumero abaixo:
  1. Não é dos temas teológicos que me despertam um interesse pessoal, sabendo o básico que para mim é mais que satisfatório, portanto;
  2. Eu não tenho cátedra no tema, o que, consequentemente me fez debruçar em estudos e pesquisas, para que eu não cometa a leviandade e a irresponsabilidade de falar besteiras (e, convenhamos, o tema em si é inspirador para quem gosta de ficar "procurando pelos em ovos") e/ou ser mais um "viajante na maionese". A seriedade, relevância e urgência em se tratar o assunto, não nos permite o apagar das luzes sobre ele (os líderes das inúmeras seitas já fazem isso com muita competência). Se não pudermos ajudar, devemos ao menos não atrapalhar.
  3. Obviamente, não tenho nem de longe a inglória pretensão de dar a palavra final sobre o assunto (há inúmeras pessoas que o dominam com excelência) e muito menos de ser uma sumidade (Deus que me livre!), mas, com a imprescindível humildade, tentar contribuir com o entendimento daqueles que me dão a honra e o privilégio de seguir esse blog.
Também enfatizo que:
  1. TODO O CONTEÚDO dessa série é fruto da leitura de vários textos, dos quais fiz um apanhado e em seguida um resumo, sendo todos eles contextualmente lineares entre si, em linha com as Sagradas Escrituras e SEM NECESSARIAMENTE NENHUM COMPROMISSO COM A DEFESA ESPECÍFICA DE VERTENTES DENOMINACIONAIS OU DOUTRINÁRIAS CORRELATAS (tipo: dispensacionalismo, aliancismo, tribulacionismo, Nova Ordem Mundial, Illuminatis e afins —, afinal, convenhamos, há um enorme compêndio digital sobre essas tais vertentes, disponíveis para quem quiser saber sobre suas respectivas especificidades).
  2. Para o entendimento do estudo, é fundamental a leitura de todos os capítulos sequencialmente, sendo que, por ser um estudo sequenciado, os capítulos NÃO TERÃO conclusões individuais, sendo a conclusão geral ao término do estudo, no último capítulo da série.
  3. Ao final da série darei os devidos créditos de todas as fontes consultadas, assim como seus respectivos autores.
Isto posto, vamos ao primeiro capítulo introdutório do nosso estudo.

Introdução

Marcos 13


O tempo passa e faz com que a vida do corpo físico termine. O que haverá depois? A Teologia, que é a doutrina de Deus, tem na Escatologia o estudo do fim, seja da pessoa em si mesma, seja de toda a humanidade. É uma área muito interessante e que pode ser analisada sob o prisma de diversas religiões, cada qual com seus preceitos, dogmas e crenças. 

À luz do cristianismo, a escatologia está fundamentada na palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Diversos pontos do Antigo e do Novo Testamento trazem informações sobre o que ocorrerá no final dos tempos. O livro escrito por João e nominado Apocalipse é quem mais se ocupa de detalhar tais acontecimentos e, portanto, ocupará lugar de destaque em nosso estudo.

Análise conceitual


A escatologia é um ramo da teologia que estuda o porvir do ser humano, seja individualmente considerado (operando-se com a morte) ou mesmo coletivamente (operando-se com o fim do mundo). Considerando o cristianismo a maior religião existente com cerca de 2 bilhões de seguidores, trataremos especificamente da escatologia cristã. Também outras religiões têm a sua escatologia. O Islamismo, com 1,5 bilhão de adeptos e a segunda religião mais praticada, também professa a ressurreição dos mortos e a divisão entre justos e injustos que ocorrerá no dia do julgamento final.

Teologicamente, as definições didáticas de escatologia geral e individual, respectivamente são:
  • Geral — Engloba acontecimentos sobre o mundo, a história e a humanidade, que irromperiam no fim dos tempos. Entre esses acontecimentos, estão a segunda vinda de Cristo em glória, o juízo final e o estado final de todas as coisas. 
  • Individual — No aspecto individual, o foco são os seres humanos. Os temas correlatos são: morte física, imortalidade da alma, estado intermediário e ressurreição do corpo.
Em resumo, Escatologia é a divisão da Teologia Sistemática que estuda as profecias bíblicas sobre o futuro. É por isso que a escatologia é melhor definida como sendo "a doutrina das últimas coisas". Com certeza a escatologia bíblica é a área da teologia que desperta mais curiosidade entre cristãos, e que possui a maior variedade de interpretações. 

A escatologia é o clímax da revelação divina. Ela fala sobre a principal razão da criação do mundo material, e o cumprimento dos propósitos eternos de Deus para a humanidade. A escatologia estuda tanto as profecias que já se cumpriram como as que ainda se cumprirão. Portanto, tudo o que era "profeticamente futuro" na época em que foi escrito é abordado na escatologia bíblica.

Raiz etimológica


O termo "escatologia" começou a ser utilizado no século 19 e vem da junção de duas palavras gregas: eschatos, que significa "último"; e logos, "palavra" ou "dissertação". Assim, escatologia significa "doutrina ou estudo sobre as últimas coisas". Sendo que a escatologia bíblica estuda três tempos de profecias: profecias que já se cumpriram; profecias que estão se cumprindo; e profecias que ainda se cumprirão. Por causa disto, existe uma classificação que na teologia geralmente é chamada de "escatologia inaugurada" e "escatologia futura".

Na escatologia inaugurada é abordado a fase atual do reino de Deus e as bênçãos presentes desfrutadas pelos crentes, bem como as várias profecias presentes no Antigo Testamento que se cumpriram na pessoa de Cristo em sua primeira vinda. A escatologia futura, como o próprio nome já diz, aborda os eventos futuros.
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