Total de visualizações de página

domingo, 30 de setembro de 2018

A PERIGOSA PRÁTICA DA "NÃO VACINAÇÃO"

Resultado de imagem para imagem de vacina
O advento da tecnologia, cujo boom teve início já na segunda metade da década de 80, ainda que bem mais tímido e mais seletivo do que hoje, quando o acesso aos avanços tecnológicos era menor, mais segmentado e específico, foi indiscutivelmente um ganho para a humanidade. 

E esse boom tecnológico, que começou a atingir seu ápice com a chegada da internet, criada em 1969, e popularizada na década de 90 (década que ficou conhecida como o "boom da internet"), quando o cientista, físico e professor britânico Tim Berners-Lee desenvolveu um navegador ou browser, a World Wide Web (www), a Rede Mundial de Computadores - a Internet como conhecemos hoje. 

No Brasil, a Internet surgiu no final da década de 80, quando as Universidades brasileiras começam a compartilhar algumas informações com os Estados Unidos. Entretanto, foi a partir de 1989, quando fundou-se a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que o projeto de divulgação e acesso ganhou força. O intuito principal era difundir a tecnologia da Internet pelo Brasil e facilitar a troca de informações e pesquisas. 

Em 1997, criou-se as "redes locais de conexão" expandindo, dessa forma, o acesso a todo território nacional. Em 2011, segundo dados do Ministério da Ciência e Tecnologia, aproximadamente 80% da população teve acesso à internet. Isso corresponde a 60 milhões de computadores em uso. Hoje em dia, a Internet é utilizada mundialmente como ferramenta de trabalho, diversão, comunicação, educação, informação. Por isso, é comum ouvir: "eu não vivo sem internet".

Contudo, apesar de todos os inegáveis benefícios que o fácil acesso a tecnologia digital nos trouxe, na mesma proporção vieram também os transtornos. Me faltaria espaço e tempo para listar todos esses transtornos aqui, até mesmo porque não é esse o cerne desse artigo, mas vou ater-me a citar apenas um: os transtornos causados pela rapidez, facilidade e acessibilidade à informação. 

É um fatídico paradoxo, mas quanto mais fácil se tornou o acesso aos meios de comunicação, mais mal informadas as pessoas se tornaram. E isso porque temos por hábito acreditar em tudo o que nos falam, sem nos preocupar em checar as fontes e a veracidade do que nos falam, assim como a idoneidade e credibilidade de quem nos está falando. Daí o fenômeno da fake news ter encontrado nas mídias sociais uma grande aliada. E até mesmo no que tange à saúde pública não escapa da avassaladora infestação de boatarias. É o que tem acontecido em relação aos fatos referentes à vacinação.


A importância da boa informação quando o assunto é vacinação


Se as mídias/redes sociais possibilitaram a conexão entre pessoas de qualquer lugar do mundo, também se caracterizam, atualmente, pelo excesso de informação, o que dificulta muitas vezes a distinção entre o que é fato ou não, ou a clareza em relação ao peso de opiniões individuais diante dos interesses do conjunto da sociedade. 

É o caso do crescimento de grupos no Facebook e WhatsApp que divulgam opiniões pessoais ou informações não comprovadas cientificamente sobre supostos perigos na vacinação infantil (ou mesmo para adultos), o que tem estimulado cada vez mais gente a não imunizar seus filhos contra doenças como sarampo e rubéola, entre outras. Encontrar um desses grupos ou entrar em contato com seus membros, porém, não é tarefa fácil, já que, pela legislação, a prática é ilegal.

S.O.S. saúde


A discussão gira em torno de doenças que estavam – ou deveriam estar – erradicadas. Em março, a Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu alerta após um surto com mais de 500 ocorrências de sarampo em sete países (França, Alemanha, Polônia, Suíça, Ucrânia, Itália e Romênia), somando quase cinco mil casos em 12 meses somente na Europa. Enquanto a Itália aprovou, em maio, uma lei que exige a carteira de vacinação em dia para matrícula de crianças de até seis anos em escolas, os governos de Alemanha, Portugal e EUA (onde os grupos contrários a vacinas são mais numerosos) vêm tomando uma série de medidas para punir pais que não levam seus filhos aos locais definidos para a aplicação das doses.

No Brasil, que teve este ano um surto de febre amarela, com quase 600 casos e mais de 200 óbitos, o Ministério da Saúde registrou redução na taxa de cobertura de alguns imunizantes: por exemplo, em 2016, a segunda dose da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, atingiu 76,7% do público-alvo. 

Apesar de o país contar com reconhecidos programas públicos de vacinação, os movimentos "antivacinas" reúnem, segundo reportagem publicada em O Estado de S. Paulo em maio, mais de 13 mil pessoas, organizadas em pelo menos cinco grupos secretos no Facebook, nos quais são compartilhados textos sobre as supostas reações às vacinas – os principais relacionando-as à ocorrência de autismo, baseando-se em um artigo publicado em 1998 pelo inglês Andrew Wakefield, na conceituada revista médica The Lancet. Descobriu-se posteriormente que o médico havia falsificado dados, e ele teve sua licença cassada pelo Conselho Médico Britânico em 2010.

A conveniência ideológica X a racionalidade do bom senso


Os argumentos de quem defende a iniciativa publicamente, em geral, não divergem da necessidade de proteger as crianças, embora recaiam na ideia de que são os pais que devem escolher pelos filhos. (Engraçado que a história muda quando o assunto é a polêmica discussão sobre a Ideologia de Gênero, assunto abordado por mim em recente série especial de artigo em 4 capítulos).

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, que recentemente completou 27 anos – e cuja defesa foi reafirmada pela OAB no congresso nacional sobre o tema que aconteceu no Rio de Janeiro, em junho –, e ainda outros dispositivos garantem o direito das crianças à saúde e tornam obrigatória a vacinação. Isso faz da decisão de não vacinar uma prática ilegal, e expõe uma contradição entre o direito das famílias ou individual dos pais de decidirem sobre a vida das crianças, por um lado; e a figura destas, como sujeitos de direitos, por outro. 

Mais de 100 anos após a Revolta da Vacina, o Estado e a sociedade brasileira voltam a se deparar com a oposição entre interesse individual e coletivo na área da saúde pública, embora em um contexto bem diferente – no qual o conhecimento e o convencimento podem ser armas mais poderosas do que a força, para, além de fazer cumprir a lei, garantir a preservação do interesse público e a efetividade dos direitos de crianças e adolescentes.

Vacinar é preciso


O caminho do convencimento é o que defende o epidemiologista Akira Homma, que preside o Conselho Político e Estratégico de Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Membro do grupo técnico que assessora o Programa de Imunização da Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS), Homma cita a necessidade da população de que toda a família trabalhe para obter sustento como um dos fatores que pode explicar a redução na cobertura. 
"Diria que não é tanto falta de vontade, mas falta de oportunidade. Entre as várias coisas que podem explicar a queda na vacinação, a dificuldade do acesso é um ponto que pode ser melhorado. É preciso ampliar, atendendo normas detalhadas para as salas de vacinação", 
defende. Ele argumenta que o mundo está mudando, "de forma muito acelerada", em todas as áreas e atividades. 
"As mudanças vieram também na área de informática, e é no Facebook, principalmente, que esses grupos estão, muitas vezes divulgando informações falsas e alarmantes. 
O Ministério da Saúde tem que usar melhor os veículos de comunicação para esclarecer continuamente a população sobre a importância da vacinação. A proteção das crianças é um direito estabelecido por lei no ECA", 
acrescenta.

Vacinação é obrigatória no Brasil


A institucionalização das políticas públicas de vacinação deu-se com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), instituído pela Lei 6.259/75, e existem vários dispositivos na legislação brasileira que abordam o assunto. 

Segundo a integrante da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) da Seccional Luciana Lenceh, a recusa em vacinar os filhos é um ato de negligência e pode acabar sendo considerado um crime grave, dependendo das circunstâncias. 
"No nosso entendimento, os pais que não vacinam seus filhos são negligentes e, portanto, devem ser responsabilizados pelas consequências dos seus atos.  
Se a criança vier a falecer em virtude de uma das doenças cobertas pela vacinação obrigatória, efetuada gratuitamente nos postos de saúde, pode caracterizar-se a morte por negligência. Retrocesso é a palavra que devemos utilizar para quem nega a seu filho o direito à vacina", 
argumenta, lembrando que o parágrafo 1º do artigo 14 do ECA determina que 
"é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias"
A advogada lista algumas sanções previstas. Pelo artigo 249 do Estatuto, o descumprimento do calendário de imunização, que é parte dos 
"deveres inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda”, sujeita o infrator a “multa de três a 20 salários mínimos", 
sendo o dobro em caso de reincidência. 

Lenceh cita também a Lei 6.259/75 e o Decreto 78.231/76, que tratam da organização das ações de Vigilância Epidemiológica do Programa Nacional de Imunizações e estabelecem normas relativas à notificação compulsória de doenças. No artigo 43 do Decreto 78.231, está disposto que "a inobservância das obrigações estabelecidas na Lei 6.259" configura "infração da legislação referente à saúde pública, sujeitando o infrator às penalidades previstas".

Também membro da CDCA, Lígia Gouget concorda que a legislação é clara. 
"Os pais têm um poder-dever, para proteger o melhor interesse da criança e do adolescente. Esses poderes são concedidos para a defesa dos direitos, uma conjugação entre poder e dever. 
O ECA é muito claro, a vacinação é obrigatória, o que remete ao PNI, que é uma política de saúde pública. É um olhar voltado para a população, não para o indivíduo. 
A visão da autoridade sanitária é do coletivo, e se distancia da dos pais, da forma como enxergam o que é melhor para a criança ou para o adolescente", 
pondera.

Gouget descortina outro campo de análise ao considerar que, sob a perspectiva acadêmica, a questão pode gerar debate, embora sem prejudicar o fato concreto de a obrigação legal ter que ser cumprida. 
"Esse assunto foi objeto de um estudo recente, em que foram selecionadas famílias divididas em três grupos: um que vacinava sem questionar, outro que selecionava quais vacinas daria e um terceiro que não vacinava. 
A conclusão foi a de que a vacinação tem mais a ver com uma 'cultura da imunização', responsável por erradicar doenças no Brasil. As pessoas em geral não entendem que é algo obrigatório", 
explica Gouget, citando o artigo A (não) vacinação infantil entre a cultura e a lei: os significados atribuídos por casais de camadas médias de São Paulo, publicado em fevereiro de 2017 no periódico Cadernos de Saúde Pública (CSP/Fiocruz) por pesquisadores da Universidade Católica de Santos e da Universidade de São Paulo. 

O editorial do referido volume do CSP tem o título Autonomia individual vs. proteção coletiva: a não vacinação infantil entre camadas de maior renda/escolaridade como desafio para a saúde pública. Segundo a advogada, os movimentos contrários são compostos em boa parte por pessoas com algum grau de esclarecimento, capazes de questionar conceitos e elementos éticos relacionados a políticas públicas de saúde.

"O interessante é que o estudo confirma que os pais que não vacinam também estão pensando no melhor interesse da criança, só que do ponto de vista individual. Esse pensamento vem atrelado à busca por um modo de vida mais saudável, é outra forma de pensar a saúde. 
Mas hoje temos um pacto, visando ao que é melhor para a coletividade, inclusive para as crianças e adolescentes. Dentro dessa perspectiva, os pais não podem questionar, a vacinação é obrigatória, e isso implica sanções caso não ocorra", 
reforça. Especializada em Ética aplicada e bioética pela própria Fiocruz, Gouget reconhece que há questionamentos importantes a serem feitos em relação ao tema, mas que devem estar inseridos apenas "no contexto acadêmico e filosófico".

A importância da educação


Akira Homma diz que ouvir o que as pessoas têm a dizer é importante para trabalhar melhor. 
"Precisamos buscar novas formas de produzir e divulgar informação, que levem a população a participar, sem impor de cima pra baixo. Existem reações adversas, porém mínimas. 
As vacinas fornecidas no sistema público são garantidas por duplo controle da qualidade, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz. Uma iniciativa importante é introduzir isso via escola" [grifo meu],
 exemplifica.

Atualmente, escolas públicas e particulares no país podem pedir a caderneta de vacinação das crianças no ato da matrícula para alunos até o quinto ano do ensino fundamental, mas nem todas exigem a atualização das doses recebidas. Em março, os ministérios da Saúde e da Educação anunciaram a renovação da portaria conjunta do Programa Saúde na escola, que prevê ações voltadas à prevenção e promoção da saúde nas salas de aula. 
"É obrigatório na matrícula levar a carteira vacinal, mas não é obrigatório atualizar a carteira vacinal", 
disse na ocasião o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

No município do Rio de Janeiro, a Lei 5.612/13 determina que a obrigação de levar a caderneta na matrícula das redes pública e privada "aplica-se a pais e responsáveis por alunos em idade de vacinação, de acordo com a legislação em vigor", e que se for constatada a ausência "de qualquer das vacinas obrigatórias e adequadas à idade do aluno", o pai ou responsável terá 60 dias para regularizar a situação. Caso contrário, o conselho tutelar da área de abrangência da escola deverá ser formalmente comunicado, "para as devidas providências e reparação de direitos, sem quaisquer prejuízos à efetivação da matrícula".

Na Câmara dos Deputados, tramita o Projeto de Lei 3.146/12, que dispõe sobre a apresentação do Cartão da Criança ou da Caderneta de Saúde da Criança nas escolas públicas e privadas do Sistema Nacional de Educação. 

Apresentado em fevereiro de 2012, o texto já foi aprovado nas comissões de Educação e Cultura e Seguridade Social e Família, e desde março de 2015 aguarda relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. A matéria está sujeita à apreciação conclusiva pelas comissões, ou seja, não precisará ir à votação em plenário. De acordo com o projeto, no caso de as vacinas estarem atrasadas os pais serão orientados pela escola, que não poderá se recusar a fazer a matrícula da criança.

Segundo Luciana Lenceh, é 
"possível que os pais consigam autorização para a não vacinação, assim como obtêm para a não realização de transfusão de sangue por questões religiosas". 
Porém, ela recorda que, em 2013, o Ministério Público obteve, na Comarca de Jacareí (SP), uma decisão em caráter liminar que obrigou os responsáveis por duas crianças a levá-las para serem vacinadas. 
"A negligência com a saúde da criança é uma afronta aos ditames do artigo 227 da Constituição Federal, que estabelece ser 'dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida', assim como o desatendimento aos deveres inseridos no exercício do poder familiar, podendo, por conseguinte, acarretar a destituição do poder familiar. 
Quanto a ser decisão dos pais vacinar ou não as crianças, precisamos pontuar os direitos insculpidos na Constituição Federal, dentre eles ‘a inviolabilidade do direito à vida’, no artigo 5º, além daqueles já mencionados", 
resume. Existem ainda os crimes contra a saúde pública, previstos nos artigos 267 a 269 do Código Penal.
Saúde pública x direito individual

Lenceh dá também um depoimento pessoal, criticando duramente a ideia da não vacinação. 
"Como mãe de uma criança de seis anos, jamais deixei de dar à minha filha as vacinas obrigatórias e outras disponíveis em clínicas particulares de vacinação, pois zelar por sua saúde e sua vida é primordial para mim. 
Entendo que estamos numa onda de recrudescimento que nos retorna à Idade Média em todos os aspectos: social, político, dentre outros, mas essa onda conservadora não pode agir contra a saúde de nossos filhos. 
O risco é imenso e pode trazer de volta mazelas já praticamente erradicadas, não há qualquer lógica na não imunização de crianças, adolescentes e adultos para doenças para as quais a ciência já desenvolveu a vacina", 
defende.

Para Akira Homma, a vacinação é uma medida preventiva, porque "quando se vacina a população toda, você evita e muitas vezes consegue erradicar doenças". O pesquisador cita exemplos como a varíola, erradicada desde os anos 1970, e a poliomielite, afirmando que "os benefícios são intangíveis, tanto do ponto de vista econômico como para a sociedade como um todo"; e por outro lado o sarampo, que foi erradicado mas voltou por falta de vacinação, segundo o epidemiologista o elemento de maior impacto na saúde pública na visão da OMS. 
"Hoje, temos o menor números de casos notificados de doenças imunopreveníveis na história da saúde pública brasileira. E aí a população acha que não precisa mais vacinar. 
Costumo dizer que o programa nacional de vacinação é vítima das conquistas, reduzimos tantas doenças que as pessoas acham desnecessário se imunizar. 
Pensar que deixar de vacinar um pequeno grupo não tem problema é um erro, em pouco tempo teremos uma população suscetível muito grande e um problema de saúde pública. Uma criança não vacinada, caso se contamine com alguma doença, pode passar para outras", 
alerta, acrescentando que proteger uma criança não é apenas uma questão individual, mas também "para toda a sociedade". 
"Existem leis que obrigam, mas algumas pessoas não obedecem. Acho que é preciso convencimento", 
insiste ele.

A discussão passaria, na verdade, por quanto "o Estado pode intervir na autonomia do indivíduo, daquilo que ele considera o melhor para si", segundo Gouget, que concorda com o fato de que a ausência de doenças pode levar a ao relaxamento da população. 
"Estamos em um cenário em que a saúde pública é extremamente relevante, já que os avanços de saneamento e assistência de saúde ainda são precários. Essa discussão só surge porque as doenças foram erradicadas.  
Mas é importante não estigmatizar esses pais, as fronteiras entre saúde pública e o direito à autonomia não são claras. A diretriz de saúde hoje é garantir uma vacinação ampla, porque esse é o entendimento de que isso é o melhor para o conjunto da população", 
conclui.

Cá como acolá


No cenário internacional, o problema é semelhante. Após o surto de sarampo na Europa no início do ano, o Conselho de Ministros da Itália decretou, em maio, que crianças de até seis anos que não tenham todas as vacinas ficarão impedidas de ser matriculadas nas escolas. 

O governo alemão, por sua vez, quer que unidades de pré-escola informem às autoridades quando houver crianças não imunizadas, ou cujos pais não conseguirem provar a vacinação em dia – existe multa para os responsáveis, mas as autoridades são incapazes de identificar as pessoas. Em 2017, o país europeu já registrou 410 casos de sarampo, número maior do que a soma do ano passado.
Revolta da Vacina

No início do Século 20, milhares de pessoas foram internadas e muitas morreram em razão de diversas doenças imunopreveníveis no Rio de Janeiro, então capital da República. Mesmo assim, muitos rejeitavam a vacina, por acreditar que a obrigatoriedade feria o direito individual ou por medo – segundo informações do site da Fiocruz, como as doses eram feitas de um "líquido de pústulas de vacas doentes", corria entre a população o boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas.

Para erradicar doenças como a varíola, a febre amarela e a peste bubônica, o sanitarista Oswaldo Cruz, com apoio do então presidente Rodrigues Alves, conseguiu aprovar a Lei da Vacina Obrigatória, que permitia que brigadas sanitárias, acompanhadas por policiais, entrassem nas casas para aplicar a vacina à força. A reação popular e de grupos de oposição ao governo ficou conhecida como Revolta da Vacina.

Akira Homma é cuidadoso na comparação com o momento atual. 
"Era outro contexto. Morriam centenas de pessoas por ano de febre amarela. Com medidas draconianas, Oswaldo Cruz acabou com o Aedes aegypti e com a epidemia. Na época não atracavam navios no porto do Rio de Janeiro por causa da febre amarela, da peste bubônica e da varíola", 
conta ele, reiterando que hoje é preciso melhorar a comunicação para mostrar a importância da imunização. Poucos anos após a Revolta da Vacina, houve queda significativa dos casos e mortes, e a cultura da vacinação começou a ganhar adeptos entre as classes populares.

Conclusão


O programa de vacinação também enfatiza a necessidade de as salas de vacina contarem com pessoal habilitado e capacitado para as peculiaridades das atividades a serem realizadas. A cada sala de vacina deve corresponder uma equipe composta, preferencialmente, por um ou dois técnicos de enfermagem, com a participação de um enfermeiro. 

É fundamental que o profissional de enfermagem tenha conhecimentos, atitudes e práticas adequadas relacionadas às ações da vacinação, haja vista o crescente número de notificações resultantes de procedimentos equivocados realizados em sala de vacina. 

Em 2014, foram registrados, em média, nove procedimentos inadequados a cada mil doses de vacinas aplicadas no município de Ribeirão Preto-SP. Em São José do Rio Preto-SP identificou-se que, de todos os usuários que receberam procedimentos inadequados no ano de 2012, 46,9% tinham de um a dez anos de idade. 

Contudo, observado o cumprimento de todos os detalhes do procedimento, o que deve ser feito não só na vacinação, mas em toda a área da saúde e ainda assim os erros podem acontecer, o ideal é que não só as crianças, mas todos nós mantenhamos o nosso cartão de vacinação rigorosamente em dia. O meu está, graças a Deus que me dotou com sabedoria, inteligência e discernimento.

Enfim, deixemos de lado a ignorância e a imbecilidade e sigamos o conselho de Deus em sua Palavra:
"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão; Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios; 
Porque os que dormem, dormem de noite, e os que se embebedam, embebedam-se de noite. Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação; 
Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vigiemos, quer durmamos, vivamos juntamente com ele" (1 Tessalonicenses 5:4-10 - grifo meu). 
[Fonte: Scielo; SBI - Sociedade Brasileira de Imunizações. Tema foi abordado em reportagem na edição de julho de 2017 da Tribuna do Advogado, da OAB-RJ. Reportagem de Vítor Fraga publicada na edição de julho de 2017 da revista Tribuna do Advogado, da OAB-RJ. O texto acima está disponível em http://www.oabrj.org.br/materia-tribuna-do-advogado/19548-em-nome-dos-filhos]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

sábado, 29 de setembro de 2018

ZAQUEU E OS BONS FRUTOS DE UMA FIGUEIRA BRAVA

Resultado de imagem para Imagem de Zaqueu no sicômoro
Na Bíblia, o único registro a respeito de Zaqueu, encontramos no evangelho segundo Lucas, em 19,1-10 a narração de sua confissão de pecador e da sua conversão a Deus, a partir do encontro que tem com Jesus em sua casa continua sendo inspiração para muitas ministrações e já foi até tema de uma famigerada música que virou um hit nacional até mesmo fora dos círculos evangélicos (sobre a tal música, escrevi um artigo ➫ aqui).

Uma história de corrupção


Dele só sabemos que era chefe dos publicanos, o que indica que fazia um trabalho de supervisão da coleta dos impostos que eles efetuavam. Esse seu trabalho causava uma impopularidade e até indignação da parte dos judeus, uma vez que os cobradores de impostos retinham uma parte da arrecadação para si e repassavam ao governo romano apenas a parte estipulada no contrato e muitas vezes, por isso, a cobrança de impostos era abusiva, também para garantir o que deveria ser repassado. A parte a ser paga era estipulada pelo governo, com base em uma estimativa das rendas e era inferior ao que era arrecadado e por isso eles enriqueciam.

Zaqueu não era apenas um simples cobrador de impostos, era fiscal (chefe) dos cobradores que arrecadavam impostos, ele trabalhava para o Império romano. Zaqueu era desprezado pelos Fariseus, o nome dado a um grupo de judeus devotos à Torá, surgidos no século II a.C. (a Tora é o livro dos judeus que contém os 5 primeiros livros: Gênesis, Êxodo, Números e Deuteronômio). Jericó ficava na fronteira com a Transjordânia, uma região próspera nessa época e Zaqueu, portanto, ganhava uma gorda porcentagem sobre o trabalho de todos os demais publicanos do distrito. 

Jericó era a principal cidade da Judeia oriental, servindo como principal alfândega para mercadorias que entravam na Palestina vindas do Oriente. Sua importância econômica e geográfica a tornaria num importante centro para cobrança do tributo romano, que era vital para financiar seu império mundial. Os judeus se opunham ao pagamento dessas taxas, por terem de sustentar um governo secular com deuses pagãos, mesmo assim eram forçados a pagar. 

Os cobradores de impostos estavam entre as pessoas mais impopulares de Israel. Judeus de nascimento, os publicanos escolheram trabalhar para Roma, por isso eram considerados traidores de Israel. Zaqueu era o chefe dos publicanos, exercendo um cargo de supervisão. O texto diz que ele era rico, um fato muito suspeito para um membro de uma classe que era conhecida por sua extorsão (Lc 19:2). Como chefe dos publicanos, Zaqueu era tanto um proscrito social quanto religioso, pois era visto como auxiliar do governo de Roma.

Pelos relatos acima, nada temos de especial sobre a vida de Zaqueu, a não ser o fato dele não ser mais considerado pelos judeus como um deles, após ter-se "vendido" e se tornado funcionário de Roma. Mas, a partir do versículo 3, as atitudes desse maioral dos publicanos nos traz lições maravilhosas sobre o cristianismo. Vejamos, ou melhor, aprendamos-nas:

1. Não existem obstáculos quando Jesus é o foco (19: 3,4)


Ao saber que Jesus estava passando em Jericó, Zaqueu procurou saber quem era esse famoso profeta de Nazaré, mas havia um problema: Sua baixa estatura era um obstáculo considerável, diante da multidão que afluía até Jesus. Não se dando por satisfeito, ele enxergou numa figueira brava (ou sicômoro) de 2 metros de altura, como a única oportunidade para vencer aquele obstáculo. Como prêmio por essa disponibilidade e voluntariedade em ver Jesus, o próprio mestre afirmou que jantaria em sua casa.

Com isso, aprendemos que não existe obstáculo quando o nosso objetivo é agradar (ver) a Jesus. Sabe aquele ditado popular que diz: "Quando se quer, dá-se um jeito"? Pois bem, é desse jeito que devemos nos portar quando fazemos algo para Deus. E o Senhor recompensa a todos os que o buscam voluntária e espontaneamente.

2.Não existe pessoa "perdida" para Jesus (19:5-7)

Quebrando os paradigmas sociais


Quando Jesus disse a Zaqueu que "ficaria em sua casa" (v. 5) naquela noite, houve uma verdadeira revolta da multidão, por tudo aquilo que aquele maioral dos publicanos representava para os judeus. Uma verdadeira "contradição", pois em vez de ficar com a sociedade "agradável", Jesus preferiu jantar com um trapaceiro. Nem o próprio Zaqueu esperava que o Mestre se envolvesse com uma classe tão desprezada pelos judeus.

Apesar de Zaqueu ser um trapaceiro e renegado, Jesus o amou e, em resposta, esse cobrador de impostos se converteu. Pois é, não existe pessoa perdida para Jesus. Todas elas são alvos do Seu amor!

Quantas vezes essas queixas dos judeus são registradas, por Jesus sentar e compartilhar momentos com os pecadores! Enquanto os judeus esperavam que Jesus proclamasse o Seu Reino em Jerusalém, Ele era convidado - ou melhor, se convidava - do principal agente do tributo romano, um corrupto ladrão para um jantar.

Em toda sociedade, certos grupos de pessoas são considerados intocáveis ou indesejáveis por causa de suas opiniões políticas, de seu comportamento moral ou estilo de vida. Não devemos ceder à pressão social que nos faça evitar tais pessoas. Jesus as ama, e elas precisam ouvir as Boas Novas. É bestial a inversão de valores no contexto cristão atual, pois os perdidos, muitas vezes não são recebidos na Casa do Mestre por seus reles mordomos, mesmo tendo sido por Ele convidados! Jesus não veio buscar popularidade. Ele veio buscar e salvar o perdido. Já seus mordomos, estes sim querem a fama, o status e o reconhecimento...

3. Quem conheceu a Jesus, nunca mais foi o mesmo (19:8,9)

Os frutos da verdadeira conversão


Depois que conheceu Jesus, Zaqueu percebeu que sua vida precisava ser completamente corrigida. Ao ofertar aos pobres com generosidade, e fazer as devidas restituições àqueles a quem enganou, ele demonstrou mudança interior por meio de uma ação exterior.

Além de dar "metade dos seus bens", como uma atitude generosa de quem não mais tinha o coração preso às riquezas, Zaqueu prometeu restituir "quatro vezes mais" a todos aqueles a quem os tinha defraudado.

Ao dizer que Zaqueu era um filho de Abraão (vs. 9, 10) que estava perdido, Jesus deve ter chocado seus ouvintes, que não devem ter gostado de reconhecer que aquele publicano impopular era um irmão e que um filho de Abraão pudesse se perder. A fala de Jesus deixou claro que nenhuma pessoa é salva porque nasceu em uma boa família nem condenada devido a uma herança ruim, mas sim pela fé em Jesus. A fé é mais importante do que a genealogia.

Conclusão

O que podemos aprender com Zaqueu?


  • Não desistir – Zaqueu enfrentou obstáculos para ver Jesus mas ele não desistiu; na vida surgem obstáculos mas não devemos desistir de seguir Jesus (Hebreus 10:35).
  • Humildade – para receber Jesus em sua casa, Zaqueu teve de descer de sua árvore, revelando sua baixa estatura perante Jesus e a multidão; muitas vezes, para sermos abençoados por Jesus, precisamos largar nosso orgulho e reconhecer nossas falhas. 
  • Jesus ama todos – a multidão não gostou quando Jesus ficou na casa de um odiado publicano mas Jesus disse que tinha vindo para salvar quem estava perdido (Lc 19:10).
  • Uma vida com Jesus é diferente – depois que conheceu Jesus, Zaqueu abandonou o pecado e decidiu viver de forma honesta; Jesus pode transformar a vida até da pessoa mais odiada (2 Coríntios 5:17)!
Finalizando, é por meio da fé que os perdidos podem ser perdoados e transformados em novas criaturas.

A Deus toda glória.

Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

ESPECIAL IDEOLOGIA DE GÊNEROS: UMA BIZARRA COLCHA DE RETALHOS UNIDOS PELOS FIOS DA INCERTEZA - 4


Resultado de imagem para Imagem de Ideologia de gênero e bíblia

O IDEAL DIVINO QUANTO AOS SEXOS


Como ficou claro no primeiro capítulo dessa série especial de artigos, meu principal e maior fundamento da Ética Cristã é a Bíblia sagrada, a inerrante Palavra de Deus, que é minha regra de fé e prática. Então vejamos o que a Bíblia diz sobre sexo ou gênero (ressaltando que ambas palavras têm a mesma conotação em nossa linguagem comum, quando nos referimos à identidade da pessoa humana e sua sexualidade), destacando desde já que em absolutamente nenhum dos 31.173 versículos da Bíblia, ela reconhece a existência de outros sexos ou gêneros além de "macho e fêmea", "homem e mulher".

Supostos cristãos seguidores da tal "teologia inclusiva" (escrevi sobre este tema ➫ aqui e ➫ aqui) que inclui em seu bojo a ideologia de gênero como legítima, nada têm a ver com o Cristo da Bíblia, nem com a Bíblia que fala de Cristo! São apóstatas, não cristãos, ainda que reivindiquem para si este título.

1. Padrão estabelecido no princípio


"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou..." (Gênesis 1:27). 
Cremos no soberano Criador, e descremos do naturalismo que municia a Ideologia de Gênero. As espécies não evoluíram, nem o homem está em evolução. As identidades de gênero na Bíblia sagrada ainda continuam as mesmas e únicas: homem e mulher, conforme foram criados pelo Deus que tem o suprassumo da sabedoria!

2. Padrão ratificado por Jesus


"Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?" (Mateus 19:4,5). 
Observe que Jesus está retomando como verdade história a criação do primeiro casal, e está colocando esta relação matrimonial como paradigma de casamento e família. Três paradigmas podemos extrair destas palavras de Jesus, que são a fonte de verdade absoluta para nós:
  • Identidade sexual/gênero definida: macho e fêmea ou homem e mulher. Não há sexos ou gêneros indefinidos! 
  • Papéis sociais definidos: pai e mãe, e não pai e pai ou mãe e mãe, nem também cuidador. É pai e mãe que a Bíblia reconhece! 
O marxismo cultural, fonte suja na qual a Ideologia de Gênero se embriaga, tem aversão contra estes papéis definidos por Deus e sustentados pelos conservadores dos bons costumes. Aliás, foi o ateu Karl Marx quem disse a famosa frase: 
"A religião é o ópio do povo", 
querendo com isso dizer que a religião é como uma droga que tira do homem sua capacidade de compreensão do mundo. Enquanto Marx considera homens de fé como drogados, entorpecidos, incapazes, o Deus dos homens de fé chama Karl Max de "tolo" (Salmo 53:1)! Deus seja louvado pelos diretores e professores de escolas particulares que não se encurvaram ante a Ideologia de Gênero e ainda celebram o "Dia dos Pais" e o "Dia das Mães". Mas que datas especiais, são agora datas que funcionam como um ponto de referência ideológico e conservador para as nossas crianças.
  • Relação sexual/conjugal definida: "O homem e sua mulher. Não é "se unirá o homem ao seu homem", nem "mulher à sua mulher", nem homem com a mulher de outro, nem homem com suas mulheres, mas o homem à sua mulher! Isto fala de relação heterossexual (sexos diferentes) e monogâmica (uma única união entre duas pessoas), onde o amor e a fidelidade preservam a relação até que a morte os separe.

3. Contra a perversão da natureza humana 


"Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro" (Romanos 1:26,27). 
"Paixões infames" é como a Bíblia trata essa nova revolução sexual das décadas recentes! Tanto a identidade de gênero quanto as relações sexuais que são contrários à natureza, são na verdade consequência de corações que rejeitam a Deus e aos seus propósitos. Ideologia de Gênero é rebelião contra Deus! É a criatura dizendo ao Criador que Ele não sabe o que faz e que suas escolhas são imprestáveis e devem ser trocadas pelas escolhas das criaturas. Que juízo terrível cairá sobre os tais! 
"Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo" (Isaías 5:20).

4. O corpo é santuário de Deus


"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12:1,2). 
O corpo foi feito para ser santuário de Deus, não para perversão e imoralidades! Não importa se ativistas gays, políticos alinhados à ideologia de esquerda e celebridades da TV, da música e das artes estão reclamando aderência da sociedade à Ideologia de Gênero, não devemos nós, enquanto cristãos responsáveis por brilhar como astros no meio desta geração corrompida e depravada (Filipenses 2:15), nos conformar a este mundo. Façamos antes oposição contundente ao mesmo tempo em que proclamamos os bons valores do Evangelho. Uma das propriedades do sal é conservar o alimento contra a degradação. Pois bem, sejamos conservadores neste mundo libertino!

CONCLUSÃO


Concluo esta série com as pertinentes colocações sobre moralidade encontradas no Comentário Bíblico Beacon. Reflitamos:
"Para pessoas sensatas, a falta de firmeza moral que avassala o nosso mundo é para nos deixar preocupados. A história revela que esta situação é o precursor certo de uma civilização em colapso. 
O sinal mais sério é quando educadores defendem o amor livre e a retirada de limites e inibições morais. O passo final é a aceitação disso pelos líderes religiosos e já há indícios dessa atitude! 
A resposta cristã para nossos dias não é diferente da resposta nos tempos de Paulo; não é um legalismo morto, mas uma disciplina dinâmica pelo Espírito" (1).
Ideologia de Gênero não. Deus tem uma Identidade e um propósito para sua vida. Deus tem uma identidade pra você. Afinal, para Ele, você é único.
Vejamos juntos o significado de identidade:
  • 1. qualidade do que é idêntico. Identidade é uma qualidade, você é um ser, formado e criado por Deus. E ele diz em sua palavra sobre isso, vejamos: "E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (Gn 1:26, 27).
Aqui Deus mostra que nos fez a sua imagem e semelhança, E ja atribui uma identidade, homem e mulher. 

Ainda no significado de identidade vemos o seguinte:
  • 2. conjunto de características que distinguem uma pessoa ou uma coisa e por meio das quais é possível individualizá-la.
Deus nos trata individualmente, ele conhece cada um de nós, tem um propósito para cada um de nós. isso é maravilhoso. Vemos o cuidado de Deus com nossa vida. E nestes versículos abaixo podemos ver o quanto Deus nos conhece, nos ama e nos acompanha a cada dia:
"Até os cabelos da cabeça de vocês estão todos contados. Não tenham medo; vocês valem mais do que muitos pardais!" (Lucas 12:7).
"Antes de formá-lo no ventre eu o escolhi; antes de você nascer, eu o separei e o designei profeta às nações" (Jeremias 1:5).
"E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores..." (Efésios 4:11). 
Deus diz em sua palavra que você é único para Ele, por isso ele te deu uma identidade. Mas o mundo, com sua ideologia de gênero e demais ações contra a palavra de Deus tem em seu propósito deixar as pessoas sem identidade. Quando você fica sem identidade, esta á mercê de qualquer coisa, de qualquer ideologia que venha a surgir, porém sem propósito e principalmente sem fundamento. Deus também diz que você foi feito a imagem e semelhança. 
  • semelhante - adjetivo de dois gêneros
  • s1. que é da mesma espécie, qualidade, natureza ou forma, em relação a outro ser ou coisa; similar.
  • s2. que é muito parecido; idêntico, análogo.
Mais uma vez vemos que o próprio significado da palavra já retrata muito daquilo que Deus fala em sua palavra.

E Ideologia (de Gênero) você sabe o que significa? Sabe o significado de Ideologia? Ideologia é um conjunto de ideias ou pensamentos de uma pessoa ou de um grupo de indivíduos. A ideologia pode estar ligada a ações políticas, econômicas... Ou seja, a ideologia pode mudar constantemente, dependendo dos interesses políticos, sociais e econômicos. O que ontem era errado, amanhã pode ser correto dependendo do interesse de uma maioria ou de uma minoria. 

Na palavra de Deus vemos o quanto o homem tenta mudar a verdade de Deus
"Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza" (Rm 1:25, 26).
Mas a Palavra de Deus não muda!
"Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos" (Malaquias 3:6). 
"O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (Lc 21:33). 
"Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação" (Tiago 1:17). 
"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente" (Hebreus 13:8). 
Deus não muda de acordo com os interesses políticos, econômicos e demais interesses. Deus tem compromisso com a sua palavra. Deus tem para você um propósito que não é transitório nem momentâneo, mas que é para hoje, amanhã e para toda a eternidade. O mundo tem enchido a cabeça das pessoas com distrações e preocupações desta vida, para que não tenhamos tempo de nos envolver e conhecer mais a palavra de Deus. 

Deus diz que as pessoas pecam por falta de conhecimento. Mas o conhecimento que Deus diz é diferente do conhecimento que o mundo prega. Conhecimento em hebraico, no termo que é usado na Bíblia ele tem um sentido diferente. No hebraico conhecimento não é o mesmo que opinião. Tentando traduzir de uma forma simples para entendimento, o conhecimento de algo está ligado em saber como este "funciona" em harmonia com sua real natureza.

Ou seja, a real natureza das coisas tem uma forma de viver em harmonia. É como o motor de um carro. Tudo tem seu tempo, sua hora e seu momento de ação para que possa funcionar e fazer o carro andar. Podemos dizer que um engenheiro mecânico tem o conhecimento do motor de um carro. Ja eu, pelo fato de ter um carro, não necessariamente quer dizer que eu sei como é seu funcionamento em harmonia com sua real natureza.

Não estou aqui para condenar, mas para trazer luz, para que você possa conhecer mais a palavra de Deus e aquilo que Deus é. Respeito as opiniões divergentes e as escolhas dos outros. Tenho amigos gays, me relaciono bem com todos eles. Os respeito como cidadãos e como tais os considero merecedores de todos os seus direitos, assim como devedores dos cumprimentos de todos os seus deveres constitucionais na mesma proporção, sem quaisquer privilégios. Cada um que faça o que quiser de sua vida. E o uso que os outros fazem de suas genitálias entre quatro paredes não me diz respeito. Não é da minha conta. Mas, uma coisa eu não faço nem sob tortura: negociar meus princípios e/ou flexionar minhas convicções cristãs sob a pressão ideológica de quem quer seja.

O que creio é que Deus nos criou , nos deu uma identidade. Ele conhece a importância da Bíblia para que a humanidade viva em harmonia com sua real natureza que Ele criou.  Essa real natureza é aquela quando Deus criou Adão e Eva. Onde não havia maldade e pecado. Onde compreendíamos os propósitos e desejos de Deus para nossas vidas. Onde podíamos entender com uma visão não fragmentada os propósitos de Deus.

A Bíblia É A revelação para que tenhamos conhecimento de como deve ser nosso "funcionamento" em harmonia com a real natureza que Deus nos deu, porém a perdemos no jardim do éden. Por isso hoje o mundo diz que a Bíblia é retrógrada, antiga, ultrapassada, e outros adjetivos que tentam desqualificá-la. Mas estes que assim o fazem, não conhecem verdadeiramente a palavra de Deus. Podem até conhecer o livro, mas não o Autor do Livro. Hoje Deus esta te chamando para te dar uma identidade, para restaurar sua identidade original, aquela que Ele te Deus quanto te criou. Deus está te chamando para você conhecer o propósito real dEle para sua vida.
"Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro e uma esperança" (Jeremias 29:11).
Deus nos ama, mas para que possamos compreender e entender o que ele tem para nós precisamos estar perto, precisamos conhecer a palavra dEle verdadeiramente.
Ore comigo assim:
"Deus, obrigado pela minha vida, pela palava que o Senhor tem trazido a nós. Pai, que eu possa compreender esta palavra, que eu possa CONHECER verdadeiramente sua palavra e seus projetos para minha vida. Me traz entendimento daquilo que o Senhor tem falado nestes dias para que eu possa viver segundo sua vontade. Em nome de Jesus, amém."
[Fonte: Gospel Prime; R. E. Howard. Comentário Bíblico Beacon, vol. 9, CPAD, p. 70.]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

ESPECIAL IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA BIZARRA COLCHA DE RETALHOS UNIDOS COM OS FIOS DA INCERTEZA - 3

Resultado de imagem para imagem sobre ideologia de genero

CONSEQUÊNCIAS DA IDEOLOGIA DE GÊNERO


Dentre as muitas consequências da aceitação da Ideologia de Gênero, listo algumas das mais avultantes:

Erotização das crianças


Resultado de imagem para imagem sobre ideologia de genero
Coleção com textos para educação infantil de 6 a 12 anos, da psicóloga,
educadora e terapeuta sexual mineira Cida Lopes

Ideologia de Gênero, como diz o Procurador Regional da República, Dr. Guilherme Schelb,
"É uma armadilha. Eles usam um pretexto nobre, a defesa das minorias, o ensino de direitos humanos. Mas o que eles estão fazendo na verdade é erotização das crianças" (1).
Perceba que muitas denúncias pelo país afora já foram feitas aos poderes públicos devido abusos de professores ou de livros didáticos distribuídos com a chancela do Ministério da Educação, com conteúdo sexual explícito e impróprio para crianças, sob o pretexto de ensinar respeito à diversidade de gêneros (Clique ➫ aqui e veja uma matéria especial sobre o tipo de conteúdo que tentaram inserir na educação infantil e tire suas próprias conclusões).

Confusão de identidade



Você sabia que a ideologia de gênero não admite apenas dois gêneros, mas uma infinidade deles, inclusive um incalculável número de combinações entre os gêneros para dar origem a outros gêneros? Só a título de exemplo: 
  • aqueles que se identificam com o gênero igual ao seu sexo – ou seja, o que é natural – são chamados de cisgêneros (homem-cis/mulher-cis); 
  • aqueles com gênero oposto ao seu sexo são os transgêneros (homem-trans/mulher-trans); 
  • existem aqueles que são gêneros-fluidos, ou seja, que mudam de gênero de tempos em tempos (um ano se identifica como homem, noutro ano como mulher, noutro ano não sabe o que é, e assim por diante); 
  • existem os andróginos, que mesclam os dois gêneros (se sentem um pouco homem, um pouco mulher ou um pouco de outra coisa e outro pouco de outra coisa); 
  • e existe até "gênero-estrela", que nunca pode ser definido adequadamente, podendo estar relacionado a outros mundos e até à alienígenas!
Enfim! A ideologia de gênero longe de remover discriminações, somente aumenta a lista de discriminação e de aberrações, fazendo o ser humano descer ao nível do ridículo (2). 

Ideologia de Gênesis X Ideologia de Gênero


Resultado de imagem para imagem sobre ideologia de genero
Ideologia de Gênero é uma das mais fortes evidências pós-modernas da depravação total a que a humanidade sem Cristo está submetida! O homem não tem limites para sua perversão e para sua rebelião contra Deus, 
"...toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente" (Gn 6:5). 
Como diz o pastor Abraão de Almeida, o homem desceu a um nível tão baixo que se comporta pior que os animais! Continuando a lista de possíveis consequências da tal Ideologia de Gênero, temos ainda:

Violência sexual


Consegue imaginar a violência sexual a que serão submetidas crianças e mulheres, devido esta teoria do gênero? Afinal, quem proibirá um homem, com corpo e aparência de homem, de entrar num banheiro feminino de uma escolha ou shopping cheio de mulheres, pelo fato de ele dizer que "mentalmente se sente uma mulher"? Será pretexto para muitos pedófilos e estupradores agirem mais do que já agem hoje, sob o pretexto da famigerada ideologia de gênero.

Deformação da família e da sociedade


Resultado de imagem para imagem sobre ideologia de genero
Os ideólogos do gênero pretendem afirmar que há uma diferença entre identidade de gênero e orientação sexual. Ou seja, a identidade é aquilo que a pessoa se reconhece a despeito de sua constituição física; orientação é aquela preferência sexual que também independe da constituição física. Assim, a pessoa pode ser uma mulher em sua constituição física/natureza, mas identificar-se como do gênero masculino, exigir um nome social masculino, receber tratamento hormonal masculino e passar a ser tratado socialmente e legalmente transgênero, que é alguém cuja identidade de gênero é oposta à sua constituição biológica natural.

Agora suponhamos que esta mesma pessoa tenha uma orientação heterossexual ou bissexual, e venha a engravidar (já que sua constituição física é feminina). Como ela deveria ser chamada? De mãe ou de pai? Um pai grávido? Um homem grávido? Se você – com razão! – acha isso um absurdo, então leia esta história de um suposto caso de um "pai grávido", ➫ clique aqui
.

Este é o mundo em que vivemos: uma mulher toma hormônios para se parecer masculina, assume uma identidade social masculina, mas deseja a maternidade que é própria da mulher/mãe. Consegue mensurar o trauma desta criança ao descobrir que sua mãe é na verdade um "pai" ou, como preferem os ideólogos do gênero, um "cuidador"? E que fez cirurgia de mastectomia, ficando impedida de alimentar a criança em seu próprio seio? E que "mamãe" tem barba e pelos em todo corpo? 

Isto é ideologia de gênero! E as coisas pioram quando você descobre que entre as muitas identidades de gênero existe uma tal identidade "gênero-fluido", de que já falei acima, que é alguém cujo gênero muda de tempos em tempos. 

Ou seja: é possível que uma criança nasça num lar onde ela tem mãe e pai conforme o tradicional; mas se seus pais forem persuadidos pela ideologia do gênero, é muito possível e "normal" que quando esta criança tiver três anos veja seus pais se identificarem como transgêneros, invertendo os papéis familiares além de uma mudança de constituição física, especialmente se ambos começarem a tomar hormônios e se submeterem a cirurgias para troca de sexo. Consegue imaginar a confusão na cabeça desta criança ao ver tal desavença dentro de casa? Isto é ideologia de gênero!

O que temos a ver com isso?


Resultado de imagem para imagem sobre ideologia de genero
Algumas pessoas podem questionar: "mas se um homem diz que é mulher e quer viver sua vida como mulher, não é problema dele?! Por que temos que nos preocupar e nos envolver nas escolhas dos outros?". Alguns até usam de tom piedoso: "Quem somos nós pra julgar as preferências das outras pessoas? Devemos amar, e não julgar".

Perguntar ou afirmar essas coisas é muita ingenuidade, misturada com ignorância sobre os fatos e as implicações da ideologia de gênero, além de revelar grave frouxidão nos valores éticos esposados na Bíblia Sagrada. Ideologia de gênero não é uma mera questão de escolha pessoal de foro privado, mas uma ideologia com implicações comportamentais em toda sociedade, inclusive sobre as famílias cristãs. 

Como destaca Antonio Pirola, esta famigerada ideologia 
"pretende transferir para o Estado o direito de ensinar valores morais para as crianças, independente da opinião dos pais, o que é bastante conveniente para os propósitos seguintes. 
Depois incluir nos planos de educação nacional, estadual e municipal os princípios dessa ideologia, dando a ela certa legalidade. 
Para finalmente, incutir na cabeça dos nossos filhos a ideia de que a eles podem escolher ser menino ou menina, independente do seu sexo biológico" (3). 

Conclusão da terceira parte


Resultado de imagem para imagem sobre ideologia de genero
Somos "sal da terra" e "luz do mundo" (Mateus 5:13-16), não podemos ficar alienados da realidade em nossa volta. Temos que ter uma posição firme na defesa . Como dizia Neemias, 
"...lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas..." (Ne 4:14, NVI). 
A quem pensar que a missão da Igreja se restringe às atividades evangelísticas, deixo para reflexão as sábias palavras do teólogo pentecostal Myer Pearlman:
"A Igreja é a ‘luz do mundo’, que afasta a ignorância moral, e o ‘sal da terra’, que preserva da corrupção moral. 
A Igreja deve ensinar os homens a viver bem e a se preparar para a morte. Deve proclamar o plano de Deus para regulamentar todas as esferas e atividades da vida. 
Ela deve levantar sua voz de admoestação contra as tendências para a corrupção da sociedade. Em todos os pontos de perigo, deve colocar uma luz para assinalá-los" (4).
  • Continua no próximo capítulo...
  • Escrevi mais sobre o tema ➫ aqui , ➫ aqui e ➫ aqui.
[Fonte: Gospel Prime; (1) Guilherme Schelb. Entrevista para o Programa Vitória em Cristo com Silas Malafaia, em 26/02/2016. Disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=bNA21iIgIGw; (2) Clique e veja a lista de algumas, dentre muitas, supostas identidades de gênero e tente entender se puder toda essa confusão: https://orientando.org/listas/lista-de-generos/; (3) Antonio Pirola. Disponível aqui: https://tompirola.jusbrasil.com.br/artigos/201888015/ideologia-de-genero; (4) Myer Pearlman. Conhecendo as doutrinas da Bíblia, 3 ed., Vida, pp. 349,350]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

ESPECIAL - IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA BIZARRA COLCHA DE RETALHOS UNIDOS COM OS FIOS DA INCERTEZA - 2

Resultado de imagem para Imagem de ideologia de gênero


Ideologia de Gênero na política


Projetos de Lei como o já arquivado PLC 122, propositura da deputada federal Iara Bernardi (PT/SP) em 2006, o PL 5002 de Jean Willys (PSOL/RJ) e Érica Kokay (PT/DF) em 2013 e o mais recente Estatuto da Diversidade Sexual proposto pela importante entidade OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e aceito para discussão no Senado Federal no último dia 26 de março, são só alguns exemplos do quanto os ideólogos do gênero estão trabalhando para garantir legalidade desta ideologia perante a nação brasileira. 

Pais e mães de família, cristãos conscientes em todo país, precisam se mobilizar, pressionar seus políticos eleitos e fazer firme oposição a estas tentativas infames de remover ou, no mínimo, confundir os bons costumes das famílias brasileiras além de pretender criminalizar a liberdade de expressão daqueles que são contrários a esta ideologia, taxando-os de preconceituosos.

Ideologia de Gênero na escola

A importância do papel dos pais


Os debates sobre ideologia de gênero há muito já extrapolaram os limites dos centros de ensino superior ou as manifestações artísticas de elites brasileiras. Agora os ideólogos do gênero pretendem ganhar um novo público que lhes parece promissor para sua agenda de reprogramação social e remoção dos valores tradicionais de sexualidade e família: as escolas de ensino básico. 

No Brasil, o debate sobre a ideologia de gênero se intensificou com a estruturação do Plano Nacional de Educação (PNE), em 2014. Neste caso, a proposta do Ministério da Educação (MEC) era incluir temas relacionados com a identidade de gênero e sexualidade nos planos de educação de todo o país. Como não contou com a aprovação do Congresso Nacional, o MEC enviou sua proposta para os municípios, a fim de que as câmaras de vereadores de cada cidade decidissem acatar ou não o PNE. 

Todavia, devido seu explícito teor de doutrinação das crianças este plano recebeu não poucas críticas e rejeição em todo país. Graças a Deus nosso país ainda é de maioria cristã, seja católica ou evangélica – embora não poucos adeptos de outras religiões e até ateus estejam também demonstrando grande insatisfação com a nefasta ideologia de gênero, especialmente por sua tentativa de "estupro intelectual" às nossas crianças!

Neste sentido, pais e mães devem redobrar a atenção para o que seus filhos estão aprendendo nas escolas. Dar uma olhada nos livros didáticos, conferir as atividades que os filhos levam para casa, participar das reuniões de pais e de planejamento escolar; estas são atribuições que os pais não podem mais negligenciar nem terceirizar! 

Afinal, já dizia o pedagogo e filósofo Mário Sérgio Cortella: a função de educar é prioritariamente da família; a escola deve escolarizar e somente secundariamente auxiliar as famílias na educação dos filhos (1), mas nunca abusando de suas atribuições para reverter uma legítima educação moral que a criança tem recebido em casa. 

Ensinar valores morais e religiosos – como nos garante a nossa Constituição – é dever dos pais! 
"Instrui a criança no caminho que deve andar...", 
ordena a Palavra de Deus aos pais (Provérbios 22:6). Escolas que pretendem fazer lavagem cerebral nas crianças, desfazendo a instrução doméstica no que tange aos valores morais, devem ser advertidas e levadas a juízo, é o que sugere o Procurador Regional da República Guilherme Schelb.

Ideologia de Gênero na mídia


Não mais surpreende ver como os programas da TV aberta brasileira estão dando exacerbada ênfase à ideologia de gênero. Há alguns canais específicos cujos programas já não se ocupam de outra coisa a não ser tentar fazer descer goela abaixo da população brasileira essa doutrinação, uma nova revolução sexual para o século 21. 

A cartada mais explícita foi dada com a exibição da novela "A Força do Querer" (2017), no horário nobre da Rede Globo de televisão. De autoria da novelista Glória Peres, famosa por discutir temas polêmicas nos enredos de suas tramas, a obra trazia a personagem Ivana, interpretada pela atriz Carol Duarte, que no decorrer da trama "se transforma" em Ivan, ao passar por um processo de transformação de gênero.

Sem dúvida a mídia possui grande força no adestramento cultural da sociedade, sobretudo quando artistas de renome se posicionam a favor desta ou daquela ideologia, arrastando após si multidões de fãs apaixonados que acriticamente recebem as influências comportamentais de seus ídolos. Aos cristãos que temem ao Deus da Bíblia, que pese a exortação do apóstolo João: 
"Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus" (3 João 1:11).

Agora, parece que a mídia ainda não aprendeu as desgraças que se seguiram às revoluções sexuais de 1960-1970, quando comportamentos estranhos aos padrões da sociedade foram aclamados naqueles "anos rebeldes". A sexualidade ilimitada e subversiva acarretou doenças incuráveis e mortes aos milhões em todo mundo, num curto espaço de tempo. Segundo texto assinado por Bárbara Axt, 
"Em 25 anos, o HIV [vírus da AIDS] matou 25 milhões de pessoas e está presente em outros 40 milhões [que estão sob tratamento médico para controlar a ação do vírus]. [A AIDS] É a segunda doença infecciosa que mais faz vítimas no mundo, logo atrás da tuberculose".
Segundo esta pesquisadora, em virtude da proliferação deste vírus mortal, 
"a revolução sexual dos anos 60 e 70 pisou no freio e deu lugar à era do 'sexo seguro', com a redução do número de parceiros e com o uso de preservativos" (2). 

Conclusão da segunda parte


Perceba: é indubitável que a falta de freio nos costumes sociais e nos comportamentos sexuais desembocará para uma verdadeira desordem biológica, social, familiar, etc. O homem precisa de limites e moderação, precisa de ordem e regras para conviver socialmente e garantir a perpetuação da espécie. 

Nesta moderação necessária certamente não há espaço para a tal infinidade de gênero ou de comportamento sexual pretendida pela Ideologia de Gênero! Não a toa o fruto do Espírito também é "temperança" ou "domínio próprio" (Gálatas 5:22) ou "autocontrole" como o Dicionário Vine diz ser preferível; palavra que no grego é egkrateia, que segundo a Concordância Strong significa alguém "que se domina, se controla, modera, restringe", ou seja é o auto controle de alguém que domina seus desejos e paixões, especialmente seus apetites sexuais.
  • Continua no próximo capítulo...
  • Escrevi mais sobre o tema ➫ aqui e ➫ aqui.
[Fonte: Gospel Prime; (1) Mário Sérgio Cortella - Confira a fala dele em que distingue educação e escolarização aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0894Nl8wAF0; (2) Bárbara Axt - Confira o texto sobre a AIDS aqui: https://super.abril.com.br/saude/25-anos-de-aids/]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

ESPECIAL - IDEOLOGIA DE GÊNERO: UMA BIZARRA COLCHA DE RETALHOS UNIDOS COM OS FIOS DA INCERTEZA - 1

Resultado de imagem para Imagem de ideologia de gênero
Vou dar início aqui a uma série de artigos sobre esse que tem sido um dos assuntos mais discutidos (e, devido a sua extensão e complexidade, também um dos mais polêmicos) tanto nas esferas religiosa, social, politica, psíquica, biológica e filosófica: A Ideologia de Gênero. 

Pretendo abordar um dos temas de maior destaque na sociedade hoje, obviamente, enfatizando o posicionamento cristão, sem, contudo, deixar de fazer uma abordagem mais abrangente. Veremos o que pretende essa ideologia relativista, quais são suas bases filosóficas, quais as suas consequências para a família e a sociedade, e como fazer oposição, à luz da Bíblia Sagrada, a esta sórdida tentativa de estabelecer uma nova revolução antropológica e sexual em nossos dias.

Mente de Cristo



"Mas quem é espiritual discerne todas as coisas, e ele mesmo por ninguém é discernido; pois 'quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo?' Nós, porém, temos a mente de Cristo" (1 Coríntios 2:1,16 - grifos meus).
Como o cristão deve pensar acerca da Ideologia de Gênero? Antes, o que na verdade é ideologia de gênero? De acordo com os adeptos desta ideologia, sexo e gênero são coisas totalmente distintas. Para estes, o gênero de uma pessoa não é determinado de forma natural ou biológica, antes, é algo determinado pela sociedade. 

Não são os fatos biológicos que dirão se alguém é masculino ou feminino, mas a sociedade ou até mesmo a própria pessoa. Ou seja? Alguém pode nascer do sexo masculino, mas ser do gênero feminino, ou qualquer outra coisa que esta pessoa decida ser no futuro. Mas, partindo de onde realmente importa, o que a Bíblia, a Palavra do Deus que criou tudo e todos, tem a nos dizer? E como o jovem deve se comportar diante desse movimento?

Bases ideológicas


A Ideologia de Gênero remete historicamente ao marxismo do século 19 e mais especialmente ao movimento feminista de meados do século 20, mas que bebe em muitas fontes modernas e pós-modernas como o naturalismo (com ênfase na evolução das espécies), ao laicismo (com sua pretensa negação da influência religiosa em ambientes de poder público), ao freudismo (os postulados teóricos do psicanalista Sigmund Freud), ao ateísmo (a negação da existência de Deus) e principalmente o relativismo filosófico e moral, para o qual não há valores morais absolutos. A partir de 1949, com a publicação da obra "O Segundo Sexo", da autora francesa Simone de Beauvior, a ideologia de gênero, aliada ao feminismo, ganhou fôlego no mundo (especialmente entre acadêmicos e artistas).

Quase um século antes, porém, Friedrich Engels, baseado no teórico do socialismo Karl Marx, já havia tentado explicar a gênese da realidade familiar por um meio de um viés de liberdade sexual desraigada e casamento dissolúvel, conforme sua obra "A Origem da Família, a propriedade privada e o Estado". Segundo o pastor Douglas Baptista, a intenção do marxismo era 
"desconstruir o sistema patriarcal e promover a liberdade sexual. Por isso, afirma-se que a ideologia de gênero é desdobramento do marxismo que também pretende eliminar o modelo familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual" (1). 
Portanto, a Ideologia de Gênero é só mais um dos muitos labores da agenda esquerdista/socialista, que pretende remover os valores judaico-cristãos tradicionais e impor novos conceitos de vida, sexualidade, casamento, família, sociedade e Estado, promovendo assim a frouxidão moral, a revolução sexual e a supressão do conservadorismo.

O que defende?


A principal tese defendida e proclamada pela Ideologia de Gênero é: sexo é uma coisa e gênero é outra coisa; e é o gênero, não o sexo (órgãos genitais e constituição física), que define os papéis sociais e a identidade social de cada pessoa. Enquanto a biologia nos ensina que existem dois gêneros ou sexos definidos em nossa anatomia (masculino e feminino/menino e menina/homem e mulher), a Ideologia de Gênero recusa a genética como fator determinante para definição da identidade social e sexual. 

Ideólogos do gênero, numa tentativa de estabelecer uma nova abordagem antropológica, entendem que a criança nasce "neutra" em seu gênero e em sua sexualidade (a despeito de seu corpo ser masculino ou feminino), não podendo ser chamada de "menino" ou "menina", já que ser isto ou aquilo será uma decisão dela quando alcançar consciência de si mesma. 

Para estes ideólogos, a distinção de gênero em apenas dois, masculino e feminino/homem e mulher, não passa de uma determinação ou opressão social (novamente, remetendo aos postulados de Marx contra a sociedade patriarcal), e que há outras dezenas, senão centenas de gêneros e orientações sexuais com as quais a pessoa pode se identificar.

Sexo ou gênero?


A palavra gênero sofreu um golpe semântico por parte dos ideólogos do gênero, que são também assassinos da família tradicional! Como diz o pedagogo Felipe Nery, 
"esta palavra [gênero] foi raptada" (2),
e novos sentidos estão sendo atribuídas a ela desde o último século. 

Conclusão da primeira parte


Adeptos da Ideologia de Gênero insistem em que somos ignorantes e preconceituosos sobre a distinção entre sexo e gênero. Todavia, esta distinção nem é científica, nem é aceita tradicionalmente no senso comum. Por que os gritos dos ideólogos do gênero deveriam suplantar as vozes dos cientistas da Biologia, da Genética, da Neurologia e também das famílias tradicionais?
  • Continua no próximo capítulo...
  • Escrevi mais sobre o tema ➫ aqui.
[Fonte: Gospel Prime; (1) Douglas Baptista. "Valores cristãos: enfrentando as questões morais do nosso tempo", CPAD, p. 19; (2) Felipe Nery é pedagogo e presidente do Observatório Interamericano de Biopolítica. Confira aqui: http://biopolitica.com.br/index.php/videos/34-a-implementacao-da-ideologia-de-genero-na-sociedade-brasileira-atraves-do-sistema-educacional-prof-felipe-nery]

A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://circuitogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.