Textos – Gênesis 19:26; Filipenses 3:12-14; Hebreus 12:2
Estamos diante de mais um ano. Como o tempo passa veloz e rapidamente!... Nos últimos tempos então, ele parece estar literalmente voando! Parece que ainda ontem entrávamos no então promissor 2015! 2015, ah 2015 abençoado esse! Para mim ele será inesquecível. Bom, mas vamos lá.
O ano passa como se fosse um mês. Os meses passam como se fosse uma semana. As semanas passam como se fosse um dia. Os dias passam como se fosse uma hora. As horas passam como se fosse um minuto. E o minuto passa como se fosse um segundo. Os que entendem desse assunto dizem que, à medida que as pessoas vão envelhecendo, o tempo passa mais célere. Para as crianças, porém, o tempo custa passar (será que foi por isso que Jesus nos orientou a ser como as crianças?).
Até parece que foi ontem que nos reunimos para receber um novo ano, e dizíamos: “Feliz Ano Novo!”... E o Ano Novo ficou velho! O ano que está passando vai ficar na história de nossas vidas. Para mim ao menos, como dito, foi um ano marcante e não posso dizer que tais marcas sejam as que eu queria ter em minha vida, mas, vamos lá...
Feliz ano velho
Marcelo Rubem Paiva escreveu um livro com um título sui generis: “Adeus Ano Novo, Feliz Ano Velho”. Marcelo era um jovem feliz. Tinha tudo: juventude, beleza, dinheiro, saúde, filho de um deputado federal (Rubens Beyrodt Paiva, um engenheiro civil e político brasileiro dado como desaparecido durante a ditadura militar no país e reconhecido como um dos heróis dos chamados anos de chumbo.), universitário, excelente cantor e músico (naqueles dias - os anos 80 - iria gravar o seu primeiro disco), quando aconteceu a tragédia.
Na última semana do ano (início da década de 1980) fatídico, embriagado com outros colegas, resolveu mergulhar num rio. Subiu numa árvore e pulou de cabeça. O rio era raso. Quebrou a quinta cervical. Ficou paraplégico, para sempre. Então, no hospital no último dia do ano, ele ouvia a canção: “Adeus Ano Velho, Feliz Ano Novo”. Mas Marcelo, consciente de sua situação, cantava: “Feliz Ano Velho, Adeus Ano Novo” [Publicado em 1982, foi traduzido para muitos idiomas e se converteu no livro nacional mais vendido da década de 1980, contando com mais de quarenta edições. O livro virou peça dirigida por Paulo Betti e também filme, dirigido por Roberto Gervitz. Ganhou os prêmios Jabuti e Moinho Santista.]. Esse é o título de seu livro. É um livro comprometedor. Ele conta no livro sobre todos os pecados do ano...
Queiramos ou não, o ano que está terminando vai ficar na história de nossas vidas.
Comparando o ano com um livro
1 – O ano que passou foi um livro com 365 páginas. Estas páginas foram os dias;
2 – Esse livro teve 12 capítulos. Esses capítulos foram os meses;
3 – Cada página desse livro teve 24 linhas. Essas linhas foram as horas;
4 – Cada linha teve 60 letras. Essas letras foram os segundos.
Agora, é hora de pensar: O que escrevemos neste livro?
1 – Coisas boas ou coisas más? (As duas?)
2 – Coisas que agradaram a Deus ou a Satanás?
a) Neste livro, não podemos mais apagar o que escrevemos. Indelevelmente ficará na nossa história.
Quero aqui fazer menção de um personagem bíblico sobre o qual não se prega nos púlpitos (tenho interesse especial por esse tipo de personagem..). Pôncio Pilatos. Ele também escreveu o livro de sua vida – “Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi” – João 19:22.
1 – Pilatos mandou escrever a frase: “Jesus Nazareno, Rei dos Judeus”, em hebraico, latim e grego, e colocou na cruz de Jesus Cristo.
a) Todos os que passavam podiam ler.
b) As autoridades religiosas dos judeus não gostaram nem um pouco e exigiram que Pilatos mudasse a frase.
c) Pilatos não mudou, mas disse: “O que escrevi, escrevi”. Ou seja: a frase não podia ser mudada.
Tal e qual, o Ano Velho é um livro escrito, o qual não pode ser mudado, e o Ano Novo um livro a escrever o que quisermos nele (Será a continuidade do livro dos Atos?... Mas, onde estão os apóstolos?).
Se não podemos apagar o que praticamos, também não devemos nos preocupar com o que passou. Se você não pode cantar: “Feliz Ano Velho!”, então cante: “O que passou, passou”. O ano já passou, e não volta mais. O cristão não deve olhar para trás.
I – Não olhes para trás
A – Os que olharam para trás.
1 – “A mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal” - Gênesis 19:26.
a) Os anjos conseguiram tirar a mulher de Ló de Sodoma, mas não conseguiram tirar Sodoma de dentro dela. Ela deveria ter feito isto, mas não fez. Olhou para trás e ficou transformada em uma estátua de sal.
b) Neste novo ano Cristo nos diz: “Lembrai-vos da mulher de Ló” – Lucas 17:32.
II – Olhando para frente
A – Os que não olharam para trás
1 – Miquéias – Não olhou para as coisas materiais.
a) Nos dias de Miquéias, havia grande apostasia em Israel. Ninguém confiava mais em ninguém. “Não creiais no amigo, nem confieis no companheiro. Guarda a porta de tua boca àquela que reclina sobre o teu peito. Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra a mãe, a nora contra a sogra; os inimigos do homem são os da própria casa” – Miquéias 7:5, 6.
b) Não obstante, Miquéias olhava no Senhor. – “Eu, porém, olharei para o Senhor e esperarei no Deus de minha salvação; o Senhor meu Deus me ouvirá” – Miquéias 7:7.
(1) Quantos hoje olham para as coisas materiais?!
(2) Olham para os pecados dos outros?!
(3) Para os erros dos membros da igreja?!
(4) Olham para trás, e morrem espiritualmente...
2 – O Apóstolo Paulo. “Não que eu o tenha já recebido ou tenha obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” – Filipenses 3:12-14.
3 – O texto é o balanço na vida de Paulo. Há que conclusão chegaríamos caso fizéssemos o balanço do nosso ano que passou?
Ilustração: Toda Empresa que se preza e todo grande comerciante fecha pelo menos uma vez por ano para o balanço.
b) Por que balanço? Porque o empresário quer saber se obteve lucro ou prejuízo.
b) Cada fim de ano – eu imagino - Paulo fazia um balanço de sua vida espiritual. E concluía que muita coisa havia deixado de fazer. Vamos ao balanço paulino:
(1)Verso 13 – “Irmãos, quanto a mim, não jugo havê-lo alcançado”. E você já alcançou tudo? Se não alcançou tudo, lembre-se de Paulo.
c) Paulo tinha a consciência de que muita coisa havia deixado por fazer...
(2) Verso 13 (parte central) – “Uma coisa faço...” Por que uma coisa? Na verdade, Paulo estava fazendo muitas coisas. Pelo menos, três coisas ele fazia. Observe:
d) Primeira coisa – “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam” – Se o ano findo foi ruim na sua vida (na minha foi horrível), esqueça (vou tentar!). Ele já passou. Aprendamos, pois, com o apóstolo Paulo a esquecer das coisas ruins e difíceis que para trás ficaram.
e) Segunda coisa – “Avançando para as que diante de mim estão...” – Eis o nosso grande desafio em 2016!
f) Terceira coisa – “Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
(1) Qual era o alvo de Paulo? – Se analisarmos todo o contexto, vamos encontrar: o alvo de Paulo era a perfeição em Jesus Cristo.
(2) Na vida cristã não existe “marcha-à-ré”. O cristão tem de andar sempre para frente.
O crente é como a motocicleta. Não tem marcha-à-ré. Só anda para frente e nunca para trás.
III – Olhando em Jesus
A – Precisamos deixar de olhar para os erros dos outros e contemplar aquele que nunca cometeu erro. “Olhando firmemente para o autor e consumador de nossa fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus” – Hebreus 12:2.
1 – Quantos há que não tem prosperado na vida cristã porque ficam olhando para:
a) Atrás de si.
b) As falhas dos outros e da igreja.
2 – Deus quer que olhemos para frente e para cima, olhando firmemente em Jesus.
Conclusão
A – Que neste ano novo não olhemos para trás.
B – Que olhemos para frente, para o alto e para o alvo – Jesus Cristo.
C – O tempo não passa. O tempo é eterno. Nós é que passamos pelo tempo.
2 – Não foi o ano que ficou velho. Fomos nós que envelhecemos 365 dias em relação ao tempo.
D – Em face disto, necessitamos usar bem o ano, os meses, as semanas, os dias, as horas, os minutos e os segundos de maneira agradável diante de Deus.
E – Que neste ano novo façamos um pacto com Deus diariamente:
1 – Lendo a Bíblia – Que tenhamos um Ano Bíblico.
2 – Que nos compromissamos com a vocação à qual fomos chamados em Cristo Jesus.
3 – Que tenhamos uma vida de consagração.
4 – Que tenhamos um ano evangelístico e missionário.
5 – Que sejamos gratos e fiéis em tudo.
6 – Que nos esforcemos para ser um bom cristão em 2016.
Sim, que tenhamos um feliz Ano Novo!
"Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre. O sol nasce, e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce.O vento vai para o sul, e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos.Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali continuam a correr.Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Voe, isto é novo? ela já existiu nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das gerações passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas. Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. E apliquei o meu coração a inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para nela se exercitarem. Atentei para todas as obras que se e fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão" – Eclesiastes 14:4-14.