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terça-feira, 30 de março de 2021

LIVROS QUE EU LI: "CRISTÃO CONTAGIANTE" — MARK MITTELBERG, LEE STROBEL, BILL HYBELS

"Como é bonito ver um mensageiro correndo pelas montanhas, trazendo notícias de paz..." (Isaías 52:7a — NTLH)
"Evangelismo não é ser um vendedor. Não é insistir com as pessoas, pressionando-as, forçando-as, esmagando-as ou subjugando-as. O evangelismo é levar uma mensagem, é relatar boas notícias" (Richard C. Halverson).
Este livro é um guia bem prático sobre evangelismo. Ele pode ser uma excelente ferramenta para quem quer colocar o evangelismo em prática. Em suma, muitos — quiçá, a maioria — acreditam que para evangelizar, basta se falar sobre a obra messiânica de Jesus (João 3:16). 

Podemos dizer que, basicamente é isso mesmo, contudo, para se evangelizar, antes de tudo, é essencial saber ao certo o significado do que seja o evangelismo.

A palavra "evangelismo" vem da palavra grega "euangelizomai", cuja definição é literalmente "levar as Boas-Novas." A Bíblia define Boas-Novas em 1 Coríntios 15:3-4 (NTLH):
"Eu passei para vocês o ensinamento que recebi e que é da mais alta importância: Cristo morreu pelos nossos pecados, como está escrito nas Escrituras Sagradas..."
Evangelismo é compartilhar as Boas-Novas, dizendo que a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus Cristo venceu o pecado. O pecado nos separa de um Deus santo, mas as Boas-Novas é que podemos nos aproximar de Deus e ter a certeza da eternidade com Ele no Céu se acreditarmos em Jesus Cristo. Este dom de um relacionamento sem fim com Deus está disponível para todos... mas nem todos já ouviram as Boas Novas...por isso o evangelismo é muito importante!

Evangelistas

"Em todos meus anos de ministério, uma coisa que tenho notado é que o aspecto mais importante e efetivo do evangelismo normalmente acontece no nível pessoal e individual. A maioria das pessoas não chegam até Cristo por ouvir um sermão em lugar lotado mas chegam à Cristo por meio da influência de apenas uma pessoa" (John MacArthur).
Ao longo dos séculos, Deus tem usado homens e mulheres para compartilharem as Boas-Novas. Evangelistas conhecidos como D.L. Moody (1837/1899), John Wesley (1703/1791) e Billy Graham fizeram do evangelismo seu trabalho principal.

Às vezes, como no ministério de Billy Graham, o público é grande. Outras vezes, Deus concede à um evangelista uma pessoa. Ambos são importantes em sua essência e é importante que entendamos que nem todos nós teremos um estádio lotado para evangelizar, por isso, nenhuma oportunidade que nos for dada de falarmos sobre o amor de Deus pela humanidade, manifestada no sacrifício vicário (substitutivo) de Jesus Cristo na cruz do calvário.

Exemplo


Em 1893, Helen Cadbury (1965/2017) entendeu o poder de compartilhar as Boas Novas de uma maneira tão profunda, que reuniu um grupo de meninas e juntas costuraram bolsos em seus vestidos e levaram cópias do Novo Testamento para compartilharem essas Boas-Novas.

Foi este o começo da Liga do Testamento de Bolso. E, por causa dessa visão de evangelismo que ela teve, os membros da Liga do Testamento de Bolso têm compartilhado mais de 110 milhões de Evangelhos de bolso.

Evangelismo = Ação

"Evangelismo não é uma opção na vida cristã" (Luis Palau — 1934/2021).
Antes de ascender ao céu, as últimas palavras de Cristo foi um mandamento aos seus seguidores para compartilhar as Boas-Novas, 
"Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores..." (Mateus 28:19a — NTLH). 
Todo crente deve envolver-se em compartilhar as Boas-Novas e fazer seguidores  — ou seja, é cumprimento do "ide!" de Jesus à grande comitiva, da qual todos nós, que O recebemos como Senhor e Salvador, temos a obrigação em cumpri (Marcos 16:15; 1 Coríntios 9:16).

No entanto, nem sempre é fácil evangelizar, é necessário coragem e preparação para isso. Este guia, nos oferece uma variedade de recursos para nos ajudar crescer no entendimento das Boas-Novas e equipar-nos com ferramentas úteis para compartilhar as Boas-Novas.

As pessoas são importantes para Deus


Todos os verdadeiros seguidores de Cristo querem tornar-se cristãos contagiantes. Creio que a maioria não sabe como fazê-lo, ou dos riscos envolvidos, lá no fundo sentem que não existe nada mais recompensador do que abrir os olhos de alguém para o amor e a verdade de Deus.

Em Lucas 15 encontramos algumas parábolas que falam de achados e perdidos.
• A primeira de um pastor que tinha 100 ovelhas e uma se perdeu. Ele deixou as 99 no aprisco e saiu em busca da perdida. Quando achou colocou em seus ombros, levou de volta ao rebanho. Em seguida, chamou alguns de seus amigos para comemorar.
• Jesus parou por um momento. Depois contou outra parábola da mulher que perdeu uma de suas moedas. Procurou incessantemente até encontrar. E quando conseguiu, ficou tão feliz que chamou as amigas para celebrar com ela. 
• Jesus parou mais uma vez e olhou em volta, talvez para checar se as pessoas permaneciam atentas. Contou a parábola do filho prodigo. Um homem tinha dois filhos, e o mais novo era um tanto arrogante. Tinha estrela nos olhos e coração, desejo de conhecer o mundo. Queria aproveitar o lado mais radical da vida. Ele convenceu seu pai de adiantar sua parte na herança e foi para uma terra distante com o bolso cheio. No mundo encontrou pessoas igualmente agitadas e adotou um estilo de vida alucinante. Mas logo descobriu que aquele tipo de amigo não permanece depois que o dinheiro acaba. Certo dia, enquanto alimentava porcos na tentativa de sobreviver, o jovem, desorientado e falido, finalmente caiu em si. Decidiu voltar para casa. Pensou em pedir perdão ao pai. Começou o caminho de volta. O pai que passava horas todos os dias observando a estrava, ansioso pelo retorno do filho, o reconheceu quando ainda estava longe. Imediatamente correu na estrada para abraçar seu filho. O rapaz pediu perdão ao pai e depois o pai fez uma festa com os amigos para comemorar a volta deste filho.
Existem alguns elementos em comum nas histórias de Lucas 15.

A —  Algo de grande valor e importante está perdido.
• A ovelha tinha uma enorme importância para o pastor;
• A moeda tinha uma enorme importância para a mulher.
• E nem precisamos falar do filho para com o pai.

B — A Busca incessante pelo que se perdeu;

C — A Alegria pela ovelha, moeda e filho achado.

Deus ama e se importante com as pessoas. A despeito da raça, do salário, do sexo, do nível de escolaridade, da religião. Todo ser humano que cruzamos ou não nossos olhares, são valiosos para Deus. Jesus disse que ele veio à terra 
"buscar e salvar o que estava perdido".
Um pouco antes de partir, declarou 
"assim como o Pai me enviou, eu os envio".
Quando você passa a olhar para os outros com esse tipo de atitude.

Todo cristão verdadeiro acredita, no fundo de seu ser, que estamos neste planeta com um propósito maior do que ter uma carreira, pagar as contas, amar nossa família, desempenhar o papel de cidadãos honrados. Sabe o que realmente falta?

O Senhor quer que nos tornemos cristãos contagiantes. Agentes que primeiro contraiam seu amor e então, om urgência e de maneira contagiosa, o ofereçam a todos aqueles dispostos a abrir espaço, promovendo a "Festa no céu".

Componentes do Cristianismo Contagiante

A — É alimentado pelo amor


As pessoas compartilham sua fé por vários motivos, inclusive por culpa, ao sentirem que precisam fazer mais para Deus, ou por medo de que outro cristão se decepcione com elas se não falarem de Cristo aos outros, ou até mesmo pelo desejo competitivo de aumentar o número de pessoas em sua célula.
"Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem, Jesus Cristo, morreu por todos, o que quer dizer que todos tomam parte na sua morte" (2 Coríntios 5:14).
Quando o amor nos motivo, queremos o melhor para a outra pessoa. Nosso desejo não é manipula-la, nem tentar força-la a fazer algo, mas apenas ajuda-la a encontrar aquilo que nós descobrimos em Cristo!
"Tenham no coração de vocês respeito por Cristo e o tratem como Senhor. Estejam sempre prontos para responder a qualquer pessoa que pedir que expliquem a esperança que vocês têm. 
Porém façam isso com educação e respeito. Tenham sempre a consciência limpa. Assim, quando vocês forem insultados, os que falarem mal da boa conduta de vocês como seguidores de Cristo ficarão envergonhados" (1 Pedro 3:14,16).
Acrescenta que por sermos cristãos amorosos, devemos tratar os outros com respeito e gentileza. Isso significa que devemos ser bondosos a ter a noção de humildade (não somos melhores que os outros).

B — Flui da autencidade


Nossos amigos devem ver uma diferença real em nós. Não precisamos ser perfeitos, mas devemos procurar genuinamente seguir e honrar Deus na nossa vida diária.
"Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e eu com ele, esse dá muito fruto porque sem mim vocês não podem fazer nada. Quando nossa caminhada com Deus é real, ela transborda de maneira natural para a vida dos outros" (Jo 15:5). 
Seguir Jesus de perto este é o segredo! Outro aspecto da autenticidade é encontrar uma abordagem para comunicar a fé que combine com você e com sua personalidade, que foi dada por Deus.

C — É construído sobre relacionamentos


Amigos ouvem amigos. Se quisermos ajudar os outros em sua jornada espiritual, precisamos desenvolver amizades reais e de confiança com eles. É importante que estas amizades não tenham "segundas intenções", ou seja,  continuemos a amar e a nos importar com as pessoas mesmo se elas não 
concordarem com nossa visão sobre Deus.

D — É expresso através de ações quanto em palavras 


A maneira pela qual nos expressamos. Francisco de Assis (1226/1230) disse certa vez: 
"Pregue o Evangelho a todo tempo e, quando necessário, use palavras". 
"Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações" (1 Jo 3:18). 
"Mas como é que as pessoas irão pedir, se não crerem nele? E como poderão crer, se não ouvirem a mensagem? E como poderão ouvir, se a mensagem não for anunciada?" (Romanos 10:14)
Precisamos fazer mais do que apenas esperar que as pessoas percebam a diferença em nossa vida e descubram a verdade por conta própria. Para que elas entendam mesmo a mensagem, precisamos explica-la verbalmente.

E — É um processo


Para sermos eficazes, não podemos apressar a pessoa em sua jornada espiritual. Leva tempo até as pessoas entenderem a mensagem, confiarem nela e partirem para a ação. Precisamos tratar as pessoas com paciência, passo a passo.
"Eu plantei, e Apolo regou a planta, mas foi Deus quem a fez crescer" (1 Co 3:6).
Por isso que enfatizamos os relacionamentos: amizades contínuas fornecem oportunidades naturais para encorajarmos os outros em sua jornada espiritual. É também o melhor contexto para leva-las a confiar em Cristo.

F — É sempre uma parceria


Com os outros e com Deus. É raro Deus usar apenar um cristão para conduzir alguém por todo o processo. O mais frequente é que Deus orquestre uma série de pessoas, influências e experiências para levar uma pessoa até Ele.
"Afinal de contas, quem é Apolo? E quem é Paulo? Somos somente servidores de Deus, e foi por meio de nós que vocês creram no Senhor. Cada um de nós faz o trabalho que o Senhor lhe deu para fazer" (1 Co 3:5).

O segredo do Cristianismo Contagiante é a Pessoa do Espírito Santo


Atos 18 — 19

• O maior segredo para o crescimento da Igreja, não é uma formula ou modelo. 
 
• O centro é Jesus Cristo. 
 
• O grande segredo de tudo é a pessoa do Espírito Santo. 
  
• Tudo que somos, somos por causa do Espírito Santo. 
 
• Precisamos de uma intimidade profunda com a pessoa do Espírito Santo. 
 
• Muitas vezes precisamos deixar o entretenimento. 
 
• Devemos nos arrepender de nosso pecados... 
 
• Devemos muito a Ele. Ele trabalha em nosso caráter, transformando mais parecidos com Jesus. 
 
• O Espírito Santo nos conecta as pessoas. 
 
• Ele te leva a amar, cuidar, pastorear, a ter empatia, 
 
• Somos apenas ajudantes, cooperadores. 
 
• Ele, somente Ele faz todas as coisas. 
 
• O problema somos nós. Somos orgulhosos, arrogantes, soberbos... 
 
• Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes. 
 
• O que mais me chama a atenção neste texto não são os milagres feitos pelos lenços... E sim a confissão publica de arrependimento e abandono completo da feitiçaria.

Conclusão


Evangelismo não tem de ser frustrante ou intimidador. Bill Hybels, Mark Mittelberg e Lee Strobel acreditam que comunicar eficazmente nossa fé em Cristo dever ser a coisa mais natural do mundo. Só precisamos de encorajamento e direção.

Em Cristão Contagiante, Hybels, Strobel e Mittelberg articulam os princípios centrais que fizeram da Igreja Willow Creek uma igreja mundialmente conhecida por alcançar pessoas sem igreja.

Baseado nas palavras de Jesus e seguindo experiências de primeira mão dos autores, Cristão contagiante é uma aproximação personalizada pioneira de evangelismo relacional. 
  • Orar com alguém para que aceite Cristo, e mais!
  • Descobrir o próprio estilo de falar de Cristo.
  • Construir relacionamentos espiritualmente estratégicos.
  • Direcionar conversas a temas da fé.
  • Contar a própria história de conversão.
  • Usar ilustrações do evangelho fáceis de lembrar.
  • Cristão Contagiante é um livro de referência que apresenta um projeto capaz de dar início a uma verdadeira epidemia espiritual de esperança e entusiasmo para espalhar o evangelho!
Autores: Mark Mittelberg, Lee Strobel, Bill Hybels
Número de Páginas: 277
Ano: 2012
Editora: Vida


A Deus toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

domingo, 28 de março de 2021

CANÇÕES ETERNAS CANÇÕES — "ANGRA DOS REIS", LEGIÃO URBANA

Todo fã de rock brasileiro já considerou, ao menos um dia, a Legião Urbana como a melhor banda de todos os tempos. Note bem que "rock" é uma coisa, e "rock brasileiro" é outra bem diferente. 

A história da Legião

O "lado B" 


Da esquerda para a direita: Renato Rocha, baixo (☆1961/✞2015); Renato Russo (☆1960/✞1991), vocal;
Marcelo Bonfá, bateria e Dado Villa-Lobos, guitarra
A banda liderada por Renato Russo resume, em suas contradições, tropeços e vitórias, tudo de bom e de ruim que o rock feito por aqui tem a apresentar. A Legião elevou o nível da poesia roqueira nacional. Conseguiu popularizar referências sofisticadas e apresentou ao mundo o talento inegável de Russo, frontman como pouquíssimos. 

Por outro lado, com frequência era capenga musicalmente. Após ser alçado à posição de poeta laureado, Russo conseguiu convencer os fãs de que qualquer bobagem que escrevesse seria instantaneamente genial. Acima de tudo, a influência da Legião  —  de sua seriedade "profunda" e seu engajamento político meio pueril  —  tornou todo o rock brasileiro posterior um pouco mais chato e pretensioso.

Todo fã de rock brasileiro já considerou, um dia, a Legião Urbana como a melhor banda de todos os tempos. Mas isso passa. Eu também atravessei essa fase. Inegavelmente importante nos meus primeiros anos de um  melhor discernimento musical, acompanhei toda a carreira do grupo, da ascensão ao fim melancólico com a morte do vocalista em 1996.

Deixei de ouvir seus discos à medida em que ia descobrindo que havia outros rocks além do brasileiro, e mais: outros tipos de música além do rock. Hoje, com a imparcialidade que só o tempo traz, sinto-me capaz de analisar de forma objetiva quais são as melhores e quais são as piores canções gravadas pela Legião. 

Neste artigo, vou analisar uma das canções mais melancólicas da banda. Que, sob uma melodia e linguagem com um romantismo subjetivo, é, na verdade, uma canção com uma mensagem de crítica e protesto:

"Angra dos Reis"

Composição: Russo, Bonfá, Rocha


'Deixa, se fosse sempre assim
quente, deita aqui perto de mim
Tem dias, que tudo está em paz
E agora os dias são iguais

Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar…

Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá, a angra é dos reis
Por que se explicar se não existe perigo?
Senti teu coração perfeito batendo à toa
E isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar…

Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi
Mesmo se as estrelas começassem a cair
A luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
E você visse o nosso corpo em chamas
Deixa,a angra dos reis

Quando as estrelas começarem a cair
me diz, me diz pra onde é que a gente vai fugir?'

A história da letra


Depois do super sucesso do álbum "Dois", da Legião Urbana, lançado em 1986, era hora da banda lançar um novo álbum em 1987. Pressão do sucesso, expectativa e mais alguns fatores fizeram com que a banda decidisse por aproveitar canções antigas, a grande maioria de autoria somente do Renato Russo e compostas na época do Aborto Elétrico e do Trovador Solitário, como 'Que País é Este', 'Conexão Amazônia', 'Eduardo e Mônica', e outras. 

Mas no final entraram duas compostas para este álbum, 'Angra do Reis', de Russo, Bonfá e Renato Rocha, e 'Mais do Mesmo', de Russo, Bonfá, Rocha e Dado. E é o próprio Dado Villa-Lobos, no livro "Memórias de Um Legionário" (Ed. Mauad), escrito em parceria com Felipe Demier e Rômulo Mattos, que conta uma história bem interessante envolvendo a 'Angra dos Reis'.

Parte (a maioria, pode-se dizer) das músicas da Legião primeiro é gravada a música para depois Renato por a letra. No caso de 'Angra' não foi diferente. Gravados todos os instrumentos, o produtor-mor da Legião, Mayrton Bahia perguntou para Renato Russo da letra daquela música. 

Renato disse que não faria letra. Começou uma discussão no estúdio que se encerrou com Mayrton ameaçando não terminar o disco se aquela música não tivesse letra e Renato saindo furioso, batendo porta. Conseguem imaginar o clima?

No outro dia chega Renato Russo com um pedaço de papel cheio de frases. Ele dá para Mayrton e diz: 
"Aqui está a letra". 
Assim nasceu 'Angra dos Reis'. E a informação que consta é que Mayrton ainda guarda até hoje esse papel, que traz não só uma história como uma das letras mais lindas do nosso Rock 80 Brasil.

Análise da letra


A canção 'Angra dos Reis' apresenta um ar bastante irônico para falar do uso da energia nuclear, mas tem como pano de fundo uma melodia romântica. Já 'Mais do Mesmo' fala de drogas, dá uma cutucada no regime militar e nas grandes gravadoras, representantes da indústria cultural, e as consequências de sua influência sobre a produção do artista em seu processo criativo. 

A música inicia-se num mood romântico, em dó maior, e aborda um tema bastante político e ecológico em sua letra, que mescla uma relação amorosa de fundo, ou um romance, com o problema ecológico da energia nuclear em segundo plano. 

Isso mostra o traço característico de Russo, de romantizar, nas melodias, letras políticas e ácidas. Por mais que esta pesquisa seja literária, faz-se necessário recorrer, quando para melhor entendimento da letra, à melodia e ao ritmo, que reforçam a semântica:
 
'DEIXA, se fosse sempre assim quente 
Deita aqui perto de mim 
Tem dias, que tudo está em paz E agora os dias são iguais...' 
 
A letra abre com o verbo "Deixar", com a noção de "não se aborrecer". Os sintagmas "quentes", "sempre" e "perto" trazem uma sensação de segurança no meio do caos nuclear. 

"Deixa" o mundo e "deita aqui perto de mim." No mesmo contexto de deixar, o eu poético pede "Deita". Há um diálogo, e apenas uma voz se pronuncia. O sentido imperativo dos verbos demonstra isso. Os verbos no modo imperativo têm por ontologia o outro. 

As marcas "vamos", "Pode rir agora", "vai ver" denotam a existência de outra presença. Destarte, o primeiro verso da letra nos leva, inicialmente, a um sentimento abstrato até a palavra 29 "assim", ainda mais com o espaço melódico que temos antes da palavra "quente".

Contudo, quando ela surge, o leitor é atingido pela surpresa da ideia de calor. Vemos ironia de que "tudo está em paz", como se os dias não importam mais. Há um jogo de ideias, no sentido de conformidade, afinal, os dias em paz são iguais uns aos outros, há continuidade e não há mudança. 

Resumindo: os dias estão quentes, em paz e iguais. A expressão "tem dias" sugere a incerteza. Esse sentido é explorado em toda a letra: a incerteza, insegurança, aqui se confundindo com as incertezas das questões do uso da energia nuclear. 

Russo traz essa discussão análoga das inseguranças e incertezas a um relacionamento amoroso. Questões amorosas e políticas misturadas são marcas de Russo.
 
'...Se fosse só sentir saudade 
Mas tem sempre algo mais 
Seja como for 
É uma dor que dói no peito 
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar...' 

Essa estrofe reflete o sentimento chave da letra. As combinações "só sentir/algo mais" estruturam o efeito do sentimento "saudade" que está carregado de outras nuanças. E nos lembra de que o amor não é apenas amar, há toda uma complexidade humana nas relações. Há uma dualidade vibrante de dois seres. 

Como se todo o perigo não fosse suficiente, Russo volta para a relação amorosa. Há algo mais na relação, não é só a falta de amor que separa, mas o sentimento sobrepujado pelos acontecimentos que transcendem a relação a dois. O eu poético traz para si uma dor existencial e a transforma em dor real que "dói no peito".
 
'...Vamos brincar perto da usina 
Deixa pra lá 
A Angra é dos Reis 
Por que se explicar 
Se não existe perigo? 
Senti teu coração perfeito batendo à toa 
E isso dói...'

O inusitado verbo "brincar" perto da usina mostra o sentimento deixa-ser. No verso "A Angra é dos Reis" a inclusão do verbo SER representa o uso poético do óbvio, extraído da poesia do improvável e do limite, criando a ironia, no sentido sarcástico. Assim, constata-se que a ironia é figura de linguagem que se destaca no álbum.

Aqui está um exemplo fino da poesia de Russo. Ele trabalha a proximidade semântica dos verbos "bater" e "doer", criando uma imagem construída do uso polissêmico dos verbos. Dói porque é vã a existência sem um par. Tem-se também uma comparação com o coração batendo à toa e a utilização da energia nuclear, a usina e o coração que pulsam.
 
'...Seja como for 
É uma dor que dói no peito 
Pode rir agora que estou sozinho 
Mas não venha me roubar...' 

Isolado e fragilizado pede para não ser roubado: os bens materiais ou seu coração? Não venham roubar os mil pedaços que sobraram dele. É um diálogo:
  
'...Vai ver que não é nada disso 
Vai ver que já não sei quem sou 
Vai ver que nunca fui o mesmo 
A culpa é toda sua e nunca foi 
Mesmo se as estrelas começassem a cair 
E a luz queimasse tudo ao redor 
E fosse o fim chegando cedo 
E você visse o nosso corpo em chamas! 
Deixa, pra lá...' 

"Senti teu coração perfeito batendo à toa/E isso dói". Um jogo de culpa atinge o eu poético e ele busca se entender e se reconciliar consigo mesmo. Resignação conferindo incerteza é uma característica da letra. A locução verbal "vai ver" traz um sentido de insegurança, uma incerteza do acontecido, os verbos "ser" e "ir" nesses versos estão precedidos de advérbios de negação, com a intenção de colaborar para esta atmosfera incerta.

O uso negativo do verbo faz duvidar de sua real condição existencial e amorosa. Este romance com tintas de remorsos faz com que o eu poético lute contra si e, numa confusa emoção, tente se encontrar. As dúvidas se vão no momento de acusar. O sintagma "culpa" traz à tona o resumo do relacionamento. Esse movimento de incertezas que povoa o eu poético cria uma atmosfera que reflete as incertezas do uso de energia nuclear e a insegurança narcísica do amor.

Conclusão


O contraponto melodioso e reflexivo incluído no disco mais punk da Legião. Talvez seja o mais perto que a banda chegou de fazer uma balada soul, se não na forma, ao menos na intenção. 

Em meio à discurseira ideológica explícita de "Que País É Este", mostrava que o grupo também conseguia falar de temas sérios (a preocupação em torno da usina de Angra) de forma mais sutil, paradoxalmente protestando da forma mais romântica, por mais inusitado e até mesmo improvável que isso possa ser. A Legião conseguiu!

[Fonte: Bula, por Marco Antônio Barbosa; Rock 80 Brasil por Fabricio Mazocco é jornalista, doutor em Ciência Política, professor universitário, fã de rock e criador do blog Rock 80 Brasil]

A Deus toda glória.
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sexta-feira, 26 de março de 2021

A GRAÇA (A "TEOLOGIA DO AMOR") VS. A "TEOLOGIA DO MEDO"

"Nisto é aperfeiçoado em nós o amor, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo. No amor não há medo antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor" (1 João 4:17,18).
Em tempos de pluralidade de ideias e valores morais, determinadas lideranças religiosas buscam se reafirmar como fontes da verdadeira moral e combater certos tipos de pensamento que possam desestabilizar seu modus operandi

Diante do cenário em que vivemos, são diversas as teologias que se dizem cristãs capazes de surgir sem que tenham o menor compromisso com as Escrituras, ou com as tradições que vieram antes delas.

Uma dessas teologias é a que costumo chamar da teologia do medo. Essa, como o próprio nome deixa bem claro, tem o medo como seu lugar privilegiado de discussão e fundamentação, sendo, portanto, também o lugar para onde todas suas considerações convergem.

Teologia do medo?


Pode parecer estranho pensar em uma teologia que tem o medo como base, contudo, se olharmos atentamente, os discursos trazidos por ela são conhecidos e até mesmo fomentados por diversos cristãos e cristãs dentro de suas igrejas.

Quem nunca ouviu um(a) pastor(a) ou um padre dizendo a alguém, ou até a nós mesmos que se fizéssemos determinadas coisas o inferno seria nosso destino, na expectativa de que esse alguém ou nós parássemos de fazer o que ele/ela considerava errado? (Ai de quem tocar no(a) ungido(a)!")

Quem nunca viu alguém ou até mesmo se colocou como aquele(a) que opta por uma pregação que afirmava que os outros irão experimentar a ira de Deus se determinada coisa for dita, ou ainda se algum comportamento não mudar?

Mais ainda, quem nunca deixou de fazer alguma coisa porque pensava que Deus, que a tudo vê, estaria de olho e contabilizando o bem e o mal que se faz aqui na Terra?

Esses pequenos exemplos mostram que não é tão difícil sustentarmos uma teologia do medo. Não seria de espantar se em alguma pesquisa fosse constatado que a maioria cristã pensa em um Deus pronto para punir, mais do que um Deus pronto para amar e perdoar.

Como se caracteriza a "teologia do medo"

Claramente, uma teologia do medo tem grande poder e pode ser muito útil para líderes que querem manter os fieis sob sua tutela. O caminho é muito simples: uma vez que esse(a) líder é visto(a) como "porta-voz de Deus", então é muito fácil convencer às pessoas de que tudo que ele(a) diz deve ser considerado como sendo de origem divina. 

Ao se alcançar isso, basta adicionar que desobedecê-lo(a) é a mesma coisa que desobedecer a Deus e se tem claramente como que o discurso dessa teologia do medo pode ser usado para levar pessoas a não pensarem nas estruturas de dominação disfarçadas de cristianismo que permeiam diversas igrejas pelo mundo.

A teologia do medo parte do princípio de que Deus deve ser temido. Por esse motivo, faz-se necessário que Ele seja visto como aquele que possui a balança da lei em sua mão e mede os atos com precisão milimétrica, tendo prazer na condenação dos infiéis, uma vez que, por ser santo, não pode ver a injustiça.

Ainda que possa causar espanto e não ter nada a ver com a proposta da Jesus que chamava Deus de Pai

[Abba é uma palavra hebraica e significa "papai" (transliterado em grego Ἀββᾶ do equivalente em hebraico אבא), denotando uma íntima relação do filho com o pai. 
 
É uma palavra usada principalmente no contexto da oração e mostra a intimidade que existe entre a pessoa que reza e Deus. No Novo Testamento, onde aparece 3 vezes, é usada essa palavra hebraica, embora a língua usada nos textos seja o grego. 
 
É provável que isso demonstra como a comunidade primitiva da igreja costumava usar, na oração, o termo hebraico (assim como "amem", "aleluia") e, ao lado, acrescentava aquele grego, a sua tradução. É por isso que temos "Abba, Pai". Aparece em 3 textos do Novo Testamento: Marcos 14:36; Romanos 8:15 e Gálatas 4:6.], 

basta observar os discursos moralizantes e das "pessoas de bem” da atualidade para perceber como que essa imagem de Deus se mostra mais real do que nunca. Porém, é importante termos claro que quando a moralidade toma o lugar do amor, então já não é mais o Deus Pai que estamos seguindo.

O adágio "diga-me como é o seu Deus e eu te direi a pessoa que você é" se mostra, então, muito pertinente. Se virmos Deus como o juiz terrível que tem ânsia de condenar a todos e todas os/as devassos(as), prostitutos(as), homossexuais, desocupados(as), não cristãos etc para instaurar a comunidade das "pessoas de bem" e "santas" na Terra — os famosos "guetos gospel" , então a teologia do medo é uma boa candidata para ancorar nossa pregação, nossas relações e nossas obras no mundo.

Conclusão


O tema do medo está na ordem do dia. Tal fato pode ser percebido na quantidade de informação veiculada sobre o tema na atualidade, em diversas matérias em jornais e revistas, que o abordam em suas várias dimensões. 

O medo é um tema que vem atravessando o cotidiano e marcando de forma cada vez mais palpável a vida coletiva e individual, o que leva à modificação de comportamentos sociais e hábitos mentais. 

Como efeito dos tempos sombrios em que vivemos, de pandemia, de violência, globalização e constantes mudanças, o medo se torna a consequência mais banal, no cotidiano, dos sentimentos exacerbados de desamparo dos indivíduos.

Ao enfatizarmos  na análise conceitual do medo  a sua descrição como uma "emoção", salientamos não só o quanto de histórico e contextual existe em sua constituição, mas também o quanto de julgamento está inscrito no interior de uma experiência que tendemos a viver como espontânea, natural e idiossincrática.

Se, contudo, virmos Deus como o Pai de Jesus Cristo, que ama a todos e todas, que faz chover sobre maus e bons, que se coloca ao lado dos pobres, marginalizados, prostitutas e miseráveis, concedendo a eles primazia no Reino que há de vir, então não é difícil de perceber que no lugar de uma teologia do medo entrará em cena uma teologia do amor.

[Fonte: Dom Total, por Fabrício Veliq é teólogo. Mestre e doutorando em teologia pela Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (FAJE), doutorando em teologia na Katholieke Universiteit Leuven - Bélgica, formado em matemática, graduando em filosofia pela UFMG e graduando em Teologia pela UMESP. Membro do grupo de pesquisa Fundamental and Political Theology em KU Leuven e do Grupo de Pesquisa Estudos de Cristologia da FAJE. Ministra cursos de teologia no cursos de Teologia para Leigos do Colégio Santo Antônio, ligado à ordem Franciscana, no Centro de Formação e Cultura em Divinópolis e é também professor voluntário no CITEP na Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte. É protestante e ama falar sobre teologia em suas diversas conversas por aí, tanto presenciais, como online. Scielo — Pepsic Periódico Eletrônico em Psicologia]

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
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domingo, 21 de março de 2021

ANGÚSTIA: O MAL SILENCIOSO

"Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena" (Provérbios 24:10).
Os psicólogos consideram a angústia — que anda de mãos  dadas e passos sincronizados com a depressão — um mal silencioso. Nesse período já tão longo de pandemia do novo coronavírus, acho ser de difícil a impossível que o sentimento de enorme angústia não veio bater à porta de alguém. 

Aliás, devo confessar, que à minha porta, esse sentimento tem batido com incômoda insistência e não foram poucas as vezes em que minha mão esteve na maçaneta e na chave para abri-la e deixar essa visitante indesejada entrar. 

Mas, as perguntas que abro para nossa reflexão são: Como você tem reagido nos dias de angústias, lutas e sofrimentos? Que palavras e atitudes são manifestadas quando a tempestade solapa o barco da sua vida?

Logo de saída, remeto-me à fala de um cara que entendeu de angústia não por achismos, por hipóteses, mas, que a viveu em seu grau máximo, o que o habilitou falar do assunto com propriedade e não como um relés coach motivacional: o tão cultuado e citado apóstolo Paulo, considerado um dos maiores — quiçá, o maior (depois de Jesus, obviamente) herói do Novo Testamento:
"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na nossa carne mortal.  
[...]  
Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" (2 Coríntios 4:8-11;16-18).
O texto apresentado para a nossa reflexão apresenta fundamentos preciosos que precisam ser avaliados e praticados pelos que são de Cristo e nEle estão, quando passam por provações. 

Nossa tendência natural é nos abalarmos e olhar os problemas apenas por uma perspectiva humana, atendo-nos às circunstâncias (não que devamos ignorá-la, isso seria utopia, não fé). Quando assim o fazemos, nos perdemos, tornando-nos frágeis e incapazes de vencer. 

O direcionamento do Senhor é que sejamos fortes no dia da angústia. Essa é a força que vem do Senhor! Que se manifesta na certeza que temos de não estarmos sozinhos, pois a presença de Jesus é real na vida daqueles que creem e esperam por Ele e nEle. Ser forte é descansar nos braços do Pai... É viver a genuína prática da Fé que se manifesta na hora da adversidade.

O grande desafio quando nos pegamos na angústia é o da dependência em Deus. Falar sobre dependência em cânticos e pregações é muito fácil, até que somos confrontados a coloca-la em prática, até que nos tornemos agentes ativos e não passivos dos fatos. Até que sejamos confrontados a viver o que pregamos e o que afirmamos crer. O Servo do Senhor não vence as lutas e batalhas por ele mesmo, mas quando todo o controle da sua vida está nas mãos dAquele que pode todas as coisas.

Pergunto: a sua força tem sido grande ou pequena? Como está o seu coração nesse momento? Diante dessa palavra profética, em nome de Jesus tome posse da sua vitória! O Deus do impossível está com você e tem o poder de mudar completamente a história da sua vida. 

Falo com conhecimento de causa, pois sei o que é passar por um grande deserto e ser suprido de forma sobrenatural pelo Senhor. O deserto e sua inospitalidade: de dia, sol escaldante, terra árida, falta d'água; de noite, frio intenso, ventos e predadores à espreita. 

É nesse contexto que o Senhor quer ver nossas verdadeiras motivações e atitudes em consonância com a Sua vontade. Ele quer vê-lo crendo e perseverando na trajetória da sua vitória. Seja forte! Creia! O dia da angústia vai passar.

O que é a angústia?


Angústia é um sentimento de tristeza profunda contínua. Uma estranha dor intensa é um dos principais sintomas de uma pessoa angustiada. 

O grande perigo é se tornar uma doença conhecida como depressão. O povo de Israel foi cativo na Babilônia por setenta anos. E por isso estavam angustiados como descrevem as palavras do Salmo 137.

Como vencer a angústia?


Com as palavras deste texto do salmo, em consonância contextual linear com as palavras do apóstolo Paulo, aprendemos o que fazer para a angústia pode ser vencida:

1) Chorar  — v.1: 
"Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião..."

O povo de Deus chorava ao se lembrar de que estavam longe de Sião. Sentiam-se tão desmotivados que sentavam a beira de um rio para lamentar. A angústia faz chorar. Esta é a melhor forma de desabafo. Quando a pessoa passa por uma perda ou sofrimento agudo e não chora é pior porque a dor fica presa dentro de seu coração. Tem crente tão algoz, que, com um discurso frívolo de uma pseudo espiritualidade, tenta cercear o direito que todos nós temos de chorar, quando preciso e necessário for.

Se você estiver angustiado, não reprima seu choro. Desabafe porque 
"...os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão" (Sl 126:5). 
Não tenha vergonha de expressar seu sentimento. Abra o peito e deixe toda tristeza sair. Até "Jesus chorou" (João 11:35) para mostrar que não é pecado chorar. Ele mesmo prometeu que
"Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima" (Apocalipse 1:7).
Você está sem forças até para chorar? Derrame suas lágrimas diante do Senhor!

2) Cantar — v.2-4: 
"...Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"

O salgueiro é uma árvore que tem suas folhas caindo, por isso é apelidado de "chorão". Até nisto percebemos o contexto de tristeza dos judeus. Penduraram suas harpas porque não tinham mais motivação para tocar e cantar.

O louvor tem um poder imenso de curar e libertar vidas angustiadas (Atos 16:25,26). Por isso a primeira coisa que o inimigo coloca na vida da pessoa é o desânimo para distanciar sua vida do louvor.

Se você estiver angustiado, procure ouvir louvores. Cante para Deus mesmo que seja com lágrimas, mas não pare de louvar. Suas forças serão renovadas e a angústia terá que sair quando Deus te der alegria e força (Neemias 8:10). Tem duas canções antigas das cantoras Lauriete ("O Segredo é Louvar") e Cassiane ("Com Muito Louvor"). Está sem ânimo para cantar? Cante ao Senhor de todo seu coração, mesmo que em meio às lágrimas!

3) Sonhar — v.6:
"Apegue-se-me a língua ao paladar, se me não lembrar de ti, se não preferir eu Jerusalém à minha maior alegria..."

Uma secura na boca era a consequência de não cantar. Suas mentes estavam tão cansadas e cheias de tristeza que não conseguiam pensar em mais nada. A única coisa que conseguiam lembrar é de Jerusalém. Por isso ficavam imaginando quando voltariam para a cidade santa.

Certa vez ouvi que "um homem sem sonho é um homem morto". O sonho é o nosso motivo de viver. Quando você sonha, consegue visualizar o impossível. Por um ideal a pessoa é capaz de fazer os maiores sacrifícios e realizar as maiores conquistas.

Se você estiver angustiado, procure sonhar. Crie expectativas de uma nova realidade e lute pelo seu objetivo. Não pense que tudo acabou, mas que tudo pode ser recomeçado. 

Mesmo que não possa fazer nada, mas se puder fechar os seus olhos para contemplar o invisível pela fé (Hebreus 11:1), assim você poderá dizer 
"...posso todas as coisas naquele que me fortalece" (Filipenses 4:13 [imprescindível ler os versículos anteriores, para se saber que tais "todas as coisas" são essas às quais Paulo se refere]).
Um grande problema para a pessoa angustiada é não conseguir visualizar o futuro. Por isso somente pensa que tudo acabou. Sua vontade é desistir. Por isso é importante sonhar, fazer projetos e planos para o futuro, programe algo para a próxima semana, mês e ano. Assim você sempre vai ter um motivo para viver o amanhã. Isso gera esperança no coração. Você não consegue mais sonhar? Deus tem um grande sonho para você!

Conclusão


O povo de Israel estava angustiado porque não via saída para seu cativeiro. Pediam a Deus para se lembrar deles constantemente. O tempo passou e o grande dia de saírem da Babilônia chegou.

Talvez você pense que Deus se esqueceu de você, mas ele nunca esquecerá. O Senhor nem pisca os olhos para ficar cuidando de você o tempo todo até quando você dorme (Sl 121:4).

Se você estiver angustiado, não deixe de chorar, para desabafar toda tristeza, de cantar para buscar alegria em Deus e de sonhar em busca de esperança. Estas três ações vão fortalecer sua vida.

Você não quer se tornar uma pessoa assim, desalentada, que não aprende a lidar com as suas angústias e a vencê-las? Então confie no Deus Todo-Poderoso, começando a levar uma vida de oração, louvor e adoração regular e perseverante.

Mas nunca se esqueça de submeter-se totalmente à vontade do Senhor Jesus enquanto ora. Essa entrega, seja o que for, sempre deve ser expressa em cada oração que você faz. Se você segue esse caminho, você se tornará um cristão que, na verdade, ainda sente todas as angústias e apertos desse mundo, mas apesar disso permanece totalmente tranquilo em tudo. 

Estará seguro nas mãos do Senhor, aconteça o que acontecer. O que Ele faz é sempre bom! 
"No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16:33). 
Essas são palavras do Senhor Jesus. Você crê nelas? Então viva de acordo com esta fé, confiando — justamente quando o medo quer se apoderar de suas emoções — no Deus Todo-Poderoso e invocando-O em oração!

A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso. 
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quinta-feira, 18 de março de 2021

CRISTOFOBIA, PORQUE NÃO SE FALA NADA SOBRE ISSO?

[1] Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. 
[2] Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 
[3] Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 
[4] Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 
[5] Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. 
[6] Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; 
[7] Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. 
[8] E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. 
[9] Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles. 
[10] Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência, 
[11] Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou; 
[12] E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. 
[13] Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados. 
[14] Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, 
[15] E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 
[16] Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 
[17] Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído" (2 Timóteo 3 — Grifos e ênfase por mim acrescentados).
As restrições de governos à liberdade religiosa atingiram nível recorde em 2018, segundo o 11º estudo anual do Centro de Pesquisas Pew, organização internacional sediada em Washington, nos Estados Unidos. A pesquisa, divulgada em 11 de novembro de 2020, revelou que os cristão continuam a ser o grupo religioso mais perseguido na maioria dos países.

Alguns governos criam leis que restringem não só a liberdade religiosa, mas também incentivam que a população que seja hostil física e psicologicamente com os praticantes de algumas crenças — com críticas, gozações e proibições sobre modos de se vestir, por exemplo —, além de incentivar secretamente conflitos armados que vitimem essas pessoas. 

Essa é só a ponta do iceberg, pois, embora a pesquisa do Pew não contemple isso, cristãos continuam a ser torturados, expulsos e mortos por defenderem de sua crença e da Salvação.

Conceito de Cristofobia


O termo cristofobia trata da aversão a Cristo e ao cristianismo. Quanto a perseguição, não há uma definição universal, afinal cortes, legisladores e estudiosos abordam o conceito sob diferentes perspectivas. 

A Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, adotada em 1951, também não define a perseguição. No entanto, a Lista Mundial da Perseguição, relatório anual que respalda o trabalho da Missão Portas Abertas, define perseguição religiosa como qualquer hostilidade experimentada como resultado da identificação de uma pessoa com Cristo. 

Isso pode incluir atitudes hostis, palavras e ações contra cristãos. A perseguição religiosa ocorre de várias formas. Quando não há direitos de liberdade religiosa garantidos ou quando a conversão ao cristianismo é proibida por ameaças do governo ou grupos extremistas. 

Além disso, também pode se dar quando cristãos são forçados a deixar suas casas ou empregos por medo da violência que pode alcançá-los. Pode ocorrer ainda ao serem agredidos fisicamente, mortos por causa da fé, presos, interrogados e, por diversas vezes, torturados por se recusarem a negar a Jesus.

A cada ano, a perseguição aos cristãos se intensifica no mundo todo. Atualmente, mais de 260 milhões de pessoas no mundo enfrentam algum tipo de oposição como resultado de sua identificação com Jesus Cristo. 

Isso faz com que o número de cristãos com medo de ir à igreja ou que já não têm uma igreja aonde ir aumente, bem como daqueles que têm de escolher entre permanecer fiel a Deus ou manter os filhos seguros.

Restrições em Alta


A pesquisa do Pew é feita anualmente desde 2007 e, desde então, analisa casos de perseguição em 198 localidades, entre países e territórios. De lá para cá, 56 desses países entraram no nível de perseguição religiosa considerado "alto" pelo Pew. As restrições governamentais cresceram na Ásia e na área do oceano Pacífico. O Oriente Médio e África atingiram o nível "mais alto".

As maiores restrições governamentais e hostilidades sociais por religião acontecem em alguns dos países mais populosos do planeta, entre eles Índia, China, Coreia do Norte, Egito, Indonésia, Paquistão e Rússia.

A China é a vice-campeã neste quesito, já que seu governo proíbe as reuniões e celebrações cristãs em público, a circulação da Bíblia, permite somente alguns encontros entre cristãos, desde que fortemente vigiados, e incentiva que alguns participantes delatem cristãos que se reúnam secretamente. Num índice de zero a dez de perseguição, o país chega a 9,3. A Índia é a primeira no ranking, com 9,6.

Os cristãos são vítimas de restrições e assédio em 145 dos 198 países pesquisados. Em seguida vêm os muçulmanos e judeus (139 e 88 países, respectivamente). Em pleno século 21, são números espantosos.

Já estava escrito 


Ninguém pode dizer que a perseguição aos cristão seja novidade. O próprio Senhor Jesus advertiu Seus seguidores que isso aconteceria, há dois milênios:
"Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e inofensivos como as pombas.  Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos entregarão aos sinédrios, e vos açoitaram nas suas sinagogas; e sereis até conduzidos à presença, dos governadores, e dos reis, por causa de Mim, pra lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios" (Mateus 10:16-18).
Justamente por isso, os cristão permanecem em sua luta, mesmo quando governos se colocam contra eles, que estão simplesmente obedecendo ao seu Deus.

A certeza do que seu Mestre lhes prometeu fortalece seu espírito:
"E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, esse salvo" (10:22).
Com o Fim dos Tempos tão próximo, é compreensível que as forças do mal concentrem esforços contra a Verdade, que veio para libertar as almas que Deus quer perto dEle. Por isso mesmo é preciso lutar mais do que nunca contra o diabo que quer desviá-las.

Vamos aos fatos


De acordo com os dados da Portas Abertas, 
  • ao menos 24 cristãos foram mortos pelo exército egípcio, em 9 de outubro de 2011
  • no Cairo, no dia 5 de março do mesmo ano, uma igreja foi incendiada, com inúmeros mortos;
  • na Nigéria, no dia de Natal de 2011, dezenas de cristãos foram assassinados ou feridos
  • e no Paquistão, na Índia e em outros países de minoria cristã a perseguição contra os que acreditam em Cristo tem crescido consideravelmente.
Entendo ser o Brasil, neste particular, um país modelo. Respeitamos todos os credos, inclusive aqueles que negam todos os credos, pois a liberdade de expressão é cláusula pétrea na nossa Constituição. 

Ocorre, todavia, que as notícias sobre esta "Cristofobia islâmica" são desconhecidas no país, com notas reduzidas sobre atentados contra os cristãos, nos principais jornais que aqui circulam. 

Um homossexual agredido é manchete de qualquer jornal brasileiro — e aqui não questiono que deva realmente sê-lo — gerando comoção e manifestações de militantes famosos e anônimos. 

Já a morte de dezenas de cristãos, em virtude de atos de violência planejados, como expressão de anticristianismo, é solenemente ignorada pela imprensa. Daí, se faz pertinente a pergunta:

Existe cristofobia no Brasil?


De acordo com a rede de notícias BBC, no Brasil, a chamada cristofobia também tem sido usada para se referir a episódios de preconceito e discriminação contra evangélicos, embora não exista no país um sistema estruturado de perseguição violenta contra esse setor religioso.

Segundo o Irmão André, fundador da Portas Abertas, 
"perseguição não se refere a casos individuais, mas a quando um sistema político ou religioso tira a liberdade dos cristãos ou seu acesso à Bíblia, restringe ou proíbe o evangelismo de jovens e crianças, atividades da igreja e de missões".
Para ele, não é legítimo usar o termo perseguição para descrever uma tragédia individual que ocorre em uma sociedade que concede liberdade religiosa. É um termo que deve ser reservado para comunidades inteiras que enfrentam campanhas organizadas de repressão e discriminação, como em muitos países do Oriente Médio.
"Há sim casos isolados de preconceito, mas, no nosso contexto, não consideramos que exista no Brasil uma perseguição estruturada e sistemática contra cristãos, como em outros países. Nós podemos expressar nossa fé livremente, ninguém é expulso de algum local por ser cristão, nenhuma pessoa morre ou é presa no Brasil por ser cristã", 
explica Marco Cruz, secretário-geral da Missão Portas Abertas. Segundo essa declaração, não consideramos o Brasil como campo para o ministério específico da Portas Abertas, que é de apoio à Igreja Perseguida.

Quais países sofrem com a cristofobia?


A Portas Abertas investiga a situação da Igreja Perseguida desde os anos 1970, porém, há mais de 25 anos publica a Lista Mundial da Perseguição, uma das principais ferramentas para monitorar e medir a dimensão da perseguição aos cristãos no mundo. 

Para caracterizar o nível de perseguição, é realizado nos países um questionário que cobre cinco esferas da vida (vida privada, família, comunidade, nação e igreja) e violência, com resultados entre 0 e 100.

Os países que pontuam entre 81-100 são considerados com perseguição extrema, entre 61-80 com perseguição severa, entre 41-60 com perseguição alta, e entre 0-40 com perseguição variável. 

A Lista Mundial da Perseguição resume-se apenas aos primeiros 50 colocados. Os países com perseguição variável não entram na classificação, no entanto, aqueles com pontuação acima de 41, entram para a lista de países em observação.

Entre os 10 primeiros colocados, estão a Coreia do Norte, que ocupa o 1º lugar desde 2002; países islâmicos, como Afeganistão, Somália, Líbia, Paquistão e Eritreia; e a Índia. 

No Top 50, a Ásia sai na frente como o continente com mais países na Lista Mundial da Perseguição, um total de 30. A África fica em segundo lugar, com 19, e a América Latina em terceiro, apenas com a Colômbia.

No Vietnã, além dos familiares e comunidade, o governo também é uma fonte de perseguição por causa da fé em Jesus.

O que é vilipêndio religioso?


Ainda dentro do contexto de cristofobia, existe o vilipêndio religioso. Vilipêndio é o ato de tornar algo ou alguém vil, rebaixado, indigno. 

O vilipêndio religioso é crime e consiste no fato de escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.

No Brasil, a pena definida para esse ato é detenção, no período de um mês a um ano, ou multa. Caso haja emprego de violência, a pena é aumentada em um terço. 

O vilipêndio religioso se difere da intolerância religiosa, já que a última é resultado de um longo processo histórico, em que uma pessoa enfrenta perseguição, ofensa e agressão por expor a fé em qualquer região do mundo.

Conclusão

Minhas considerações finais


Eu defendo a necessidade de os cristãos atuarem com firmeza para impedir a intolerância religiosa, ainda que o vitimismo não seja o caminho cristão. Claro que Jesus Cristo morreu por nós, e disse 
'...dai a outra face...' (Lucas 6:29
'...se alguém te pede para andar uma milha, ande duas...' (Mateus 5:41), 
mas isso não significa dizer que eu, como participante de uma comunidade política, não tenha a responsabilidade e o dever de promover coesão e ordem nessa comunidade. 

Quando eu vejo alguém perseguindo uma pessoa por causa da sua religião, por causa da sua cor e por causa do seu sexo, eu tenho o dever e a responsabilidade de denunciar, de dizer que isso não pode ser feito, inclusive quando é comigo.
  • Trechos negritados por mim para efeito de ênfase.

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