Total de visualizações de página

domingo, 7 de março de 2021

A BÍBLIA COMO ELA É: DO TABERNÁCULO A CRISTO — 4) AS DEPENDÊNCIAS E O MOBILIÁRIO

Neste capítulo, vamos fazer uma análise das dependências e dos mobiliários do Tabernáculo, estudando os seus apontamentos proféticos. Moisés ia ao tabernáculo para determinar a vontade de Deus para o povo. Mais tarde, um templo (que não era portátil) foi construído pelo rei Salomão com o mesmo layout do tabernáculo.

O tabernáculo era diariamente usado como o meio em que o povo se relacionava com Deus. Incenso e outras coisas eram oferecidas a Deus juntamente com orações e louvores. Deus também estabeleceu dias específicos como o dia da expiação quando o povo e os sacerdotes fariam tarefas especiais ou sacrifícios especiais para Deus.

O tabernáculo se tornou o centro da comunidade israelita enquanto eles estavam no deserto. Quando eles acampavam, o lugar do acampamento de cada tribo era determinado pela localização do tabernáculo.

Os levitas ficavam em volta do tabernáculo e as famílias de Moisés e de Arão sempre acampavam ao leste, na frente da entrada. Mesmo na mudança, o tabernáculo permanecia central, com seis tribos na frente e seis tribos seguindo a trás.

Visões gerais do Tabernáculo



O Tabernáculo visto lateralmente


O Tabernáculo visto do alto


O Tabernáculo visto internamente


O Tabernáculo visão geral



Análise Contextual


O templo foi constituído por um pátio, o altar dos holocaustos, considerada sua maior peça, foi feita de madeira e coberta de bronze (Êxodo 27). Também compunham o Tabernáculo a bacia, ou pia de bronze, o lugar santo, o candeeiro, a mesa dos pães, o altar do incenso, o castiçal de ouro (candelabro, formado por sete lâmpadas), o véu, o Santo dos Santos, a Arca da aliança e o propiciatório.

Fora os elementos e os utensílios dispostos por dentro e por fora. Até as cores tinham um significado especial e faziam analogias com os evangelhos do Novo Testamento. Além disso, tinha as três entradas do templo, sendo todas cortinadas, que davam acesso ao átrio, lugar santo e ao santo dos santos. (26:36,37).

Todas as características, dimensões, materiais usados para a construção do altar dos holocaustos foram revelados por Deus. Cada detalhe e objeto falava da obra redentora de Jesus Cristo, o sangue do cordeiro e a expiação dos nossos pecados.

A descrição do tabernáculo na Bíblia começa com o quarto de dentro — o Santo dos Santos também traduzido como Santíssimo Lugar.

No entanto, quando começou a construção do tabernáculo, as partes de fora foram feitas primeiro. Dessa maneira é que vamos descrever o tabernáculo – de fora para dentro. A Bíblia deixa muito claro que a intenção é que esse fosse um lugar santo para se reunir. 

Todos os materiais usados eram raros e valiosos, indicando que qualquer coisa associada a Deus era para ser da melhor qualidade. As paredes da tenda eram feitas de madeira de acácia que cresce naturalmente no Oriente Médio.

Quando o tabernáculo era desmontado para ser movido, muitas famílias tinham trabalhos específicos.

O tabernáculo era cercado por um átrio cercado (27:9-21). A moldura da cerca era feita de acácia coberta por prata e descansava numa base de bronze. Cortinas de linho cobriam essa moldura de fora.

Elas eram penduradas em ganchos de prata de uma vara de prata. A entrada, na face leste do átrio, era coberta por cortinas bordadas com cores as cores azul, roxa e escarlate.

O Altar de sacrifício — Símbolo de redenção (Colossenses 1:12-16)

Nesse átrio estavam o lavatório e o altar. O altar se era o primeiro objeto localizado na entrada do átrio. Os pecadores não podiam entrar diante da presença de Deus, eles tinham que oferecer um sacrifício por seus pecados.

É claro que os cristãos acreditam que Jesus Cristo foi o sacrifício pelos pecados de todo o mundo, então podemos entrar na presença de Deus sendo humildes e pedindo perdão. Mas nos tempos do Velho Testamento, coisas — geralmente animais e grãos —  eram oferecidos a Deus como parte da redenção dos pecados.

Esse altar foi desenhado para queimar sacrifícios. O altar foi construído de madeira oca e coberto por bronze. Isso o tornava leve o suficiente, apesar de seu tamanho, para ser carregado em varas cobertas de bronze que passavam por argolas em bronze nas suas beiradas (27:1-8). 

Uma grelha de bronze ficava no meio do altar para permitir que o ar fluísse para dentro do fogo. Baldes para as cinzas, ganchos para a carne, as bacias para recolher o sangue e as panelas também eram feitas de bronze. 

Nos cantos do altar havia dois chifres também cobertos por bronze. Esses chifres podem ter sido úteis para amarrar os animais que seriam sacrificados, e eles também eram simbólicos. Como sinal de proteção uma pessoa em Israel podia ir ao altar e bater nos chifres.

Em tempos modernos, pessoas que se sentem ameaçadas ainda procuram um santuário numa igreja quando elas sentem que não há proteção ou justiça em qualquer outro lugar.

O Lavatório — Símbolo de purificação (Hebreus 9:13-15)


Entre o altar e a tenda da congregação do tabernáculo havia um lavatório ou pia de bronze (30:17-21). A sua localização — na entrada da tenda da congregação — evitava que as partes interiores do tabernáculo se contaminassem com poeira. Deus é santo, e ele exigia que os sacerdotes se limpassem antes de começarem a ministrar na tenda do tabernáculo.

O lavatório era feito de bronze e espelhos. As mulheres que serviam na entrada do átrio do tabernáculo doaram os espelhos.

O Lugar Santo — Símbolo de intimidade ([adoração] Efésios 3:10-12Hb 10:19,20)


O Lugar Santo era a primeira parte da tenda de dentro do tabernáculo. Os sacerdotes podiam entrar ali para fazer as suas rotinas diárias no lugar do povo de Deus. Dentro do Santíssimo Lugar havia três peças importantes de mobília.

A Mesa do Pão da Presença — Símbolo do alimento espiritual ([Jesus, o Pão da Vida] Jo 6:35)


Essa mesa era feita de madeira de acácia coberta de ouro (25:23-30). Quando o tabernáculo era transportado, a mesa podia ser levada em varas que passavam dentro de argolas de ouro nas pontas da mesa. Pratos,louças, jarras e tigelas de ouro eram colocadas em cima da mesa.

Provavelmente isso era relacionado com ofertas de bebida. Cada sábado, doze bisnagas de pão eram colocadas nessa mesa, simbolizando a provisão de Deus para as doze tribos de Israel.

O Candelabro de Ouro — Símbolo de luminosidade ([Jesus, a luz do mundo] Jo 8:12)

A base para as lâmpadas tinha sete hastes para segurar as lâmpadas (25:31-39). Elas queimavam só o mais puro azeite de oliva e tudo era feito do mais puro ouro.

As hastes tinham o formato da flor de amêndoa com botões e pétalas. É provável que as lâmpadas eram feitas para queimar continuamente.

O Altar do Incenso — Símbolo de intercessão ([Jesus, o nosso grande intercessor] Romanos 8:34; Hb 7:24,25)


O incenso era algo que soltava um aroma agradável a Deus (30:1-10). O incenso também simbolizava a oração, como ainda é nas igrejas episcopal, católica e ortodoxa. Diferentemente do altar de sacrifício no átrio, esse altar era feito madeira de acácia coberta de ouro, não bronze, e não era usada para sacrifícios.

No entanto, como no altar de bronze, havia chifres em cada canto e argolas e varas para carregá-lo. Neste altar o sacerdote queimava o incenso toda manhã e toda noite e todo ano no dia da expiação os chifres eram ungidos com óleo.

O Santo dos Santos — Símbolo da Nova Aliança (Mt 26:27,28)


No Santo dos Santos estavam:

A Arca da Aliança — A arca era uma caixa de madeira, como um baú, coberto em puro ouro (25:10-16) por dentro e por fora. A arca representava a presença de Deus com a nação de Israel. Uma arca era uma mobília religiosa comum naquela época no Oriente Médio, mas essa arca era diferente.

Na maioria das religiões pagãs, o baú continha uma estátua da divindade sendo adorada. Neste caso, a arca continha três itens que mostravam como Deus se relacionava com o seu povo: as tábuas com os dez mandamentos (a orientação de Deus), a vara de Arão (a autoridade de Deus) e uma jarra de maná (a provisão de Deus para necessidades diárias do Seu povo).

A arca era portátil como tudo no tabernáculo. Varas compridas de madeira cobertas de ouro passavam por argolas de ouro em cada canto. Essas varas não podiam ser removidas nunca conforme Deus assim havia instruído (25:15).

O Propiciatório — O lugar da expiação dos pecados era no tampo da arca. Era o lugar onde eles achavam que Deus estava assentado. Esse assento era um bloco de ouro puro que ficava em cima da arca (25:17-22). 

Desta maneira, Deus e sua misericórdia estavam acima da lei que ficava dentro da arca. Havia dois querubins que ficavam um de cada lado do bloco, olhando para o lado de dentro. 

Todo ano no dia da expiação (Levítico 23:26-32), sangue era espirrado no lugar da expiação no tampo da arca mostrando assim como o sangue do sacrifício se relacionava com a misericórdia de Deus.

Conclusão


Fazendo um paralelo profético entre as figuras do Velho Testamento e o Senhor Jesus, o estudo mostra o cumprimento da profecia no Novo Testamento, de que Deus habitaria e falaria com o seu povo em todo o tempo. Esta afirmação está registrada em João 14:23.

Pai, filho e Espírito Santo querem fazer morada na vida do homem, que traz salvação, perdão, socorro, livramento, e traz a verdadeira paz. Na verdade, todos que têm Jesus habitando em sua vida vivem a extraordinária profecia do Tabernáculo.

No Templo, a manifestação de Deus era feita para que o povo entendesse que era importante conhecer a graça, a misericórdia e o juízo de Deus. É a essência do amor de Deus pela vida do homem, revelada na vida, morte e ressurreição do Senhor Jesus e no derramamento do Espírito Santo.

  • Continua no próximo capítulo.
A Deus toda glória. 
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade. 
E nem 1% religioso. 
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia não passou, a guerra não acabou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário