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sábado, 28 de setembro de 2024

VOCÊ SABE O VERDADEIRO SIGNIFICADO BÍBLICO DO ALTAR?

"Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio nos céus cerca de meia hora. Vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus; a eles foram dadas sete trombetas. Outro anjo, que trazia um incensário de ouro, aproximou-se e ficou em pé junto ao altar. A ele foi dado muito incenso para oferecer com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro diante do trono. E da mão do anjo subiu diante de Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos. Então o anjo pegou o incensário, encheu-o com fogo do altar e lançou-o sobre a terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e um terremoto" (Apocalipse 8:1-5).
Se tem um assunto que é um tanto quanto controverso no meio cristão, em todas as suas vertentes, é o que se refere ao altar. Algumas dessas controvérsias chegam ao cúmulo da heresia, quando fogem completamente dos ensinamentos bíblicos sobre o tema. 

Tem gente, não pouca, que comete o pecado da adoração não no, mas do altar. Isso mesmo, tratam o altar como se ele fosse um deus. Só pra começar a, como dizem, "quebrar os biscoitos" da crença religiosa, o que se tem nas congregações hoje, não são altares e sim púlpitos! São a mesma coisa? Claro que não! Vejamos:
  • Altar — no original hebraico mizbe'ah (de uma palavra que significa "matar, um lugar elevado onde era feito um sacrifício").
  • Púlpito — O púlpito é uma plataforma elevada, localizada lateralmente na igreja, onde o sacerdote ou orador faz os seus discursos aos fiéis. A palavra púlpito vem do latim pulpitum, que significa "palco" ou "plataforma". Nas igrejas cristãs o púlpito, geralmente é uma estrutura autônoma ou adossada a uma coluna, feita em vários materiais e de forma normalmente poligonal. Serve para o pregador se dirigir à assembleia de fiéis reunida na congregação.
Viram? A diferença não é abissal só na etmologia das palavras, mas em seus significados, propósitos e essências.

ALTAR | hb. מִזבֵַּח - (mizbeach)

O Altar no Grego >>> θνσισστήριογ = Thusiasterion


O altar era um local sagrado onde os sacrifícios eram oferecidos a Deus como forma de adoração e expiação de pecados. O altar é mencionado em várias passagens bíblicas — tanto no Antigo, quanto no Novo Testamento — como um lugar de encontro com o divino e de reconhecimento da presença e do poder de Deus na vida do povo. 

É também visto como um símbolo de entrega, sacrifício e consagração a Deus, representando a aliança e comunhão entre Deus e seu povo. A importância do altar na história bíblica é evidenciada pela sua presença em diversos relatos de eventos significativos da fé judaico-cristã.

Thusiastérion, é a transliteração do grego, tem o significado de 
"um lugar de sacrifício; um altar, sacrificar", 
segundo o Dicionário Grego do Novo Testamento de Strong. A ocorrência de thusiastérion ou altar, nos escritos gregos do Evangelho é de 23 vezes.

Em hebraico, a palavra altar significa "lugar de matança". Em grego, significa "lugar de sacrifício". Em latim, vem de altare, de altus, que significa "plataforma elevada". Entendido os significados do termo, vamos ao que nos diz a Bíblia.

Está escrito!


O primeiro altar hebraico que encontramos na história bíblica foi construído por Noé depois que ele saiu da arca (Gênesis 8:20).

A Bíblia nos diz mais: os primeiros homens fizeram sacrifícios de animais e oferecimentos de frutos a Deus Criador sobre altares. Com o passar do tempo, como vemos no livro Levítico, o povo de Israel oferecia cordeiros e outros animais como sacrifícios a Deus, como forma de reconhecer a sua divindade e expiação pelos pecados.
  • Em outras culturas (pagãs), no Altar se sacrificavam crianças em homenagem ao seus deuses (Moloque). No "'cristianismo católico" no altar consagram-se hóstias e elementos eucarísticos.
  • No "cristianismo evangélico" eles chamam púlpito de altar, oferecem todo tipo de objetos e dinheiro como "sacrifício" a Deus. Lá apresentam recém nascidos, e colocam objetos para serem consagrados pois para eles o altar é santo.
Fazendo um comparativo, a ideia de altar é a mesma! Como discípulos sabemos que os sacrifícios da Antiga Lei eram uma prefiguração do sacrifício de Cristo Jesus no altar da cruz. Na Nova e Eterna Aliança, Cristo se fez sacrifício, reconciliou definitivamente o homem com Deus, ao oferecer-se em sacrifício.
Portanto não existe mais Altar físico na nova aliança, nosso altar é nosso coração, qualquer outra coisa praticada e chamada de ALTAR É HERESIA!

"Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?" (João 5:47).

Vamos refletir?


Um altar é qualquer estrutura sobre a qual são feitas ofertas, como sacrifícios, para fins religiosos. Geralmente era uma plataforma elevada com uma superfície plana. Há mais de quatrocentas referências a altares na Bíblia. A palavra altar, como já vimos, é usada pela primeira vez em Gênesis 8:20, quando Noé construiu um altar para o Senhor depois de sair da arca. No entanto, a ideia já estava presente em Gênesis 4:3,4, quando Caim e Abel trouxeram seus sacrifícios ao Senhor. Eles provavelmente apresentaram suas ofertas em algum tipo de altar, embora a palavra altar não seja usada nessa passagem.

Um altar sempre representou um local de consagração. Antes de Deus dar Sua Lei a Moisés, os homens faziam altares onde quer que estivessem, com qualquer material disponível. Um altar era geralmente construído para comemorar um encontro com Deus que teve um impacto profundo sobre alguém. 

Abrão (Gn 12:7), Isaque (26:24,25), Jacó (35:3), Davi (1 Crônicas 21:26) e Gideão (Juízes 6:24) construíram altares e adoraram depois de terem um encontro único com Deus. Um altar geralmente representava o desejo de uma pessoa de se consagrar totalmente ao Senhor. Deus havia trabalhado na vida de uma pessoa de tal forma que ela desejava criar algo tangível para memorializar esse fato.

Durante os tempos de rebelião e idolatria de Israel, os altares do Senhor caíram em ruínas. O profeta Elias, ao confrontar os profetas de Baal no Monte Carmelo,
"reparou o altar do Senhor, que havia sido derrubado" (1 Reis 18:30). 
A restauração do altar por Elias foi significativa, dado o paganismo desenfreado de sua época. 

Além disso, apesar do fato de viver em um reino dividido, o profeta simbolizou a unidade do povo de Deus em sua construção: 
"Ele pegou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual viera a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome; e com as pedras edificou o altar em nome do SENHOR. Depois, fez em redor do altar uma cova, onde se podia semear duas medidas de semente" (1 Reis 18:31,32). 
Foi sobre esse altar reconstruído que Deus fez chover fogo e envergonhou os adoradores de Baal (versículos 38,39).

Às vezes, o próprio Deus ordenava a construção de um altar depois de ter libertado alguém de forma milagrosa (Deuteronômio 27:4-7; Êxodo 30:1). Esse altar seria um memorial para ajudar as gerações futuras a se lembrarem das obras poderosas do Senhor. Como a expiação é obra de Deus, a Lei especificava que um altar feito de pedras deveria ser feito com pedras naturais, não cortadas, 
"pois, se usares o teu cinzel nele, tu o profanarás" (Êx 20:25).
Quando Deus deu instruções para o tabernáculo, Ele também deu instruções detalhadas sobre o tipo de altar que o pátio deveria conter (27:1-8). Nesse altar, o povo fazia os sacrifícios que Deus aceitava como expiação por seus pecados. 

Ele deveria ter quatro saliências semelhantes a chifres, uma em cada canto. Tinha de ser grande o suficiente para conter sacrifícios de touros, ovelhas e cabras. No templo que Salomão construiu, o altar era feito de ouro puro (1 Rs 7:48).

No sentido mais amplo, um altar é simplesmente um local designado onde uma pessoa se consagra a alguém ou a alguma coisa. Alguns cristãos criam seus próprios "altares" para adoração pessoal como lembretes visíveis de Romanos 12:1, que diz para que
"...apresenteis o vosso corpo como sacrifício vivo...".

O CORAÇÃO


Todo coração humano tem um altar invisível onde se trava a guerra entre a carne e o espírito. Quando entregamos áreas de nossa vida ao controle do Espírito Santo, estamos, na verdade, colocando essa área no altar diante de Deus. 

Pode ser útil visualizar o altar de Abraão, onde ele ofereceu seu filho Isaque ao Senhor (Gn 22:9). Podemos perguntar ao Senhor quais áreas de nossa vida Ele está exigindo que ofereçamos a Ele. 
Portanto, podemos simbolicamente colocar isso no altar e abrir mão. Não precisamos de uma superfície plana; podemos entregar nossa vida a Deus no altar de nosso coração a qualquer momento.

Conclusão

Jesus Cristo é o significado do Altar do Holocausto


Mas o altar do holocausto, e os sacrifícios oferecidos nele, simplesmente prefiguravam o holocausto perfeito e definitivo que Deus providenciaria para resolver o problema do pecado. Ao interpretar o Salmo 40, o escritor de Hebreus escreve sobre como Deus não se deleitou com holocaustos e ofertas pelo pecado (10:5-8).

Então ele aponta para a obediência de Cristo em cumprir o propósito imutável de Deus, quando no Calvário Ele expiou o pecado de seu povo através do sacrifício de seu próprio corpo. Os sacrifícios no altar do holocausto eram oferecidos dia após dia pelos sacerdotes, mas jamais puderem remover permanentemente os pecados.

Porém, Jesus ofereceu, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, e agora está exaltado à destra de Deus. Ele redimiu, purificou e justificou, de uma vez por todas, todos aqueles que estão unidos com Ele pela fé. Estes, e somente estes, através do altar do holocausto de Cristo onde seu sangue foi derramado, podem se aproximar de Deus com confiança (10:9-22).

Pense nisso!

Para contextualizar, vejamos:

  • Jesus é comparado a um cordeiro imaculado em (1 Pedro 1:18,19) e a um cordeiro morto em (Apocalipse 5:6).
  • Isaque, que provavelmente era um jovem na época de seu sacrifício, agiu em obediência a seu pai (Gn 22:9); antes de Seu sacrifício, Jesus orou: 
"Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26:39). Isaque ressuscitou figurativamente, e Jesus na realidade:

"porque considerou que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o recobrou" (Hb 11:19); 
Jesus "foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15:4).

Muitos séculos depois da ordem de Deus para Abraão sacrificar Isaque, Jesus disse: 
"Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se" (Jo 8:56). 
Esta é uma referência à alegria de Abraão ao ver o carneiro preso no matagal em (Gênesis 22). Esse carneiro foi o substituto que salvaria a vida de Isaque. Ver aquele carneiro era, em essência, ver o dia de Cristo, o Substituto de todos nós.
O altar do sacrifício do Antigo Testamento prenunciava CRISTO e o seu sacrifício perfeito e definitivo. Ele é o holocausto final que conduz os pecadores à presença de Deus (Hb 10:19,20).
A figura do altar como lugar de comunhão foi cumprida plenamente em Cristo. Por causa de Sua obra redentora, os remidos são feitos reis e sacerdotes para Deus (Ap 5:10; 1 Pd 2:9). Agora, a vida do crente é o altar de Deus, ou seja, por meio de Cristo, através do Espírito, o próprio Deus habita no crente. A Bíblia diz que somos o templo do Espírito Santo (1 Co 6:19).

Então o nosso altar de adoração deve estar sempre renovado. Ele deve estar sempre queimando com a presença purificadora, santificadora, vivificadora, iluminadora e orientadora do Espírito Santo (1 Tessalonicenses 5:19). O sacrifício expiatório final já foi feito por Cristo, e pelos méritos dele resta-nos somente oferecer nossa vida como sacrifício vivo de gratidão ao Senhor (Rm 12:1).
"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em SACRIFÍCIO VIVO, SANTO E AGRADÁVEL A DEUS, que é o vosso culto racional".
"Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados. Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste; Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram (os quais se oferecem segundo a lei)" (Hb 10:4-8).
"Mas vós sois a geração eleita, O SACERDÓCIO REAL, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pd 2:9).

  • Todas as referências bíblicas supracitadas são da versão Almeida Corrigida Fiel (ACF). 

Sobre o tema altar, acho que o assunto está encerrado, né? Ou tens algo a contrapor? Se sim ou se não, tenha liberdade de manifestar-se nos comentários.

[Fonte: Apologeta, texto original, acessado em 26/09/2024; Pregações e Estudos Bíblicos; texto original por Israel Reis] 

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  • O blogue CONEXÃO GERAL presa pelo respeito à lei de direitos autorais (L9610. Lei nº 9.610, de 19/02/1998), creditando ao final de cada texto postado, todas as fontes citadas e/ou os originais usados como referências, assim como seus respectivos autores.
E nem 1% religioso.

PRONTO, FALEI! — "EFEITO DEOLANE E MARÇAL": O FENÔMENO DO PODER DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS

    • Sim, eu sei que já abordei este tema aqui em várias outras ocasiões, mas, dada à sua relevância, se faz plausível sua predominância.
A invenção da internet revolucionou a comunicação, acelerando e modificando o processo de transmissão e recepção de informações. Seu nascimento deu-se no século XX por volta de 1969, e desde então ela vem passando por modificações. 

Devido ao seu espaço interativo, houve um encurtamento na distância entre os indivíduos, no entanto, os diferentes suportes de mídias, acarretados através das redes sociais, desenvolveram uma viabilização de novos meios de negócios. 

Dessa maneira, o mercado do consumo, especialmente os meios publicitários, atentos a essa realidade, buscam utilizar técnicas que sejam atrativas e capazes de aliciar desejo nos usuários. Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto!

Influenciadores digitais, nem sempre úteis, porém, indiscutivelmente necessários


Sim, eis aí um enorme paradoxo. Na atualidade é comum notar o grande número de influenciadores digitais. Isso se tornou uma forte tendência na internet, tendo em vista que grande parte dos consumidores estão presentes nos meios digitais.

Afinal, os influenciadores digitais têm o papel de recomendar um determinado produto e/ou serviços na internet, logo, os consumidores conseguem ter acesso a essas informações nas redes sociais, sendo possível, inclusive, saber a opinião sobre o estabelecimento e serviços. Portanto, os tais influencers possuem um grande poder nos dias de hoje. 

A inclinação por esse tema motivou-se pelo grande crescimento do que acredita-se ser a "nova profissão" ou a "profissão do século XXI" 
— inclusive, são muitos jovens que estão abandonando as carreiras acadêmicas tradiocionais e se aventurando no mundo da influência digital —,
os digital influencers, que vêm adquirindo grande peso na sociedade atual, em razão do estreitamento interpessoal, os influencers tornaram-se uma grande ponte entre marcas e produtos para com o seu público-alvo, uma vez que no ciberespaço5 o usuário estabelece o que vai consumir, buscando conteúdos e interagindo, não sendo mais o sujeito passivo que recebia os programas impostos pelos veículos tradicionais de comunicação. 

Além disso, vale ressaltar que os indivíduos da sociedade contemporânea tendem a preocupar-se com o ter, fugindo de sua realidade social, buscando práticas que mais se assemelham as classes dominantes, na sociedade de consumo, as pessoas são bombardeadas por signos e ideologias propagadas pelo marketing das corporações privadas. 

As pessoas procuram algo que lhes representem enquanto indivíduos e os influenciadores oferecem, de certo modo, o que esse público necessita, em virtude da "falsa aproximação" transmitida a partir do seu veículo de comunicação que, no caso mais específico, são as redes sociais Instagram e Tik Tok.

Estudos comprovam o quão poderosos são os influencers, sobre seus seguidores



Pesquisas recentes apontam que cerca de 90,8% dos usuários de internet no Brasil são usuários das redes sociais. Os estudo foram feitos com 1,1 mil pessoas com 15 anos ou mais, de todos os gêneros, estratos sociais e regiões do País. Estes levantamentos consideraram usuários que acessam no mínimo duas mídias sociais e que seguem digital influencers.

Interessantíssimas, essas pesquisas confirmam algumas impressões, mas também demoliram "verdades absolutas". O primeiro dogma a cair por terra foi um suposto sentimento de desconfiança relativo à natureza do trabalho dos influenciadores. 

Sim, os seguidores, de fato, os veem como produtores e disseminadores de conteúdos relevantes, orgânicos ou patrocinados. Tanto faz. É que, por receio em não ter engajamento — ou até mesmo perder seguidores, era comum entre os creators não sinalizar entre as postagens quais eram patrocinadas. Medo bobo. Segundo os entrevistados nas pesquisas, basta somente, no post, informar que se trata de um publi. Reforça a transparência. E os seguidores adoram isso.

Quem são, onde estão?


Diferentemente de artistas de TV ou cinema, os chamados digital influencers não estão em grandes canais tradicionais, não têm contrato ou são a cara de um canal de TV. Em vídeos e textos produzidos, editados e publicados por eles mesmos, eles são o símbolo máximo de uma nova forma de produzir e consumir conteúdo.

Pablo Marçal (13 milhões de seguidores) e Deolane Bezerra (21 milhões) são fenômenos digitais que desafiam políticos e policiais sobre como tratar esse tipo de comportamento nas redes sociais de acordo com o ordenamento jurídico, embora isso já tenha sido objeto de cientistas de dados que entenderam o mecanismo.
Mas como tratá-los? Marçal, na política, e Doelane, na Polícia, são capazes de reverter a acusação formal de modo a que a audiência mude de lado.
Então, como os políticos ou as instituições devem tratar Marçal? Um novo outsider na corrida eleitoral. E como a Polícia de tratar Doelane? Uma senhora que declara um patrimônio aparentemente incompatível com sua renda oficial, que ela afirma sustentá-lo.

O cientista chefe do CESAR Centro de Estudos Avançados do Recife, centro de pesquisas e inovação, sem fins lucrativos, situado em Recife, Silvio Meira, responde com uma velha pergunta do mundo da computação.

"Quem paga o que, para quem, por que e como, para quem fazer o que, para quem, onde, quando, por que e como?"
 
para responder com uma advertência básica:

Plataformas, diz ele, são o principal esteio de sustentação de modelos de negócios digitais ou intensivos em efeitos ou performances digitais. 

E como há quase tantas definições de modelos de negócios quanto modelos de negócios propriamente ditos, podemos definir que um modelo de negócios responde à pergunta: Negócios.

Segundo Meira, isso não é um fenômeno causal decorrente do uso das redes sociais. Há raízes estruturais, complexas e difíceis de tratar. Um número cada vez maior de estudos mostra que o comportamento humano em redes sociais acontece como ativismo coordenado, cascatas de informação, bandos de assédio. 

Ele é muito similar ao comportamento emergente de grandes grupos de pássaros, peixes, formigas. Eles agem como unidade coesa, sem líder ou direção hierárquica.

Nada acontece espontaneamente


Isso quer dizer, na prática, que o comportamento de grupos em rede é determinado pela estrutura da rede, que molda o comportamento da rede, que molda a estrutura e assim por diante. Não acontece espontaneamente.

Segundo o diretor executivo da consultoria de análise de dados Bytes, Manoel Fernandes, com tantas "verdades" disponíveis na Internet, as pessoas passaram a escolher as versões mais compatíveis com a sua visão de mundo.
"Marçal e Deolane são reflexos desse comportamento no qual o contexto é substituído pelo corte do vídeo."
Muitos dos seguidores que assistem os digital influencers o veem como referências de comportamentos, inspirações, verdadeiros exemplos. 

E essa forma, quando um publipost6 é feito expondo tal produto, serviço ou marca específica, já se torna o suficiente para que os seguidores os busquem gerando assim a identidade do consumo nesses indivíduos. 

Todavia, sabendo que os influenciadores digitais são formadores de opiniões, em suas contas no Instagram, eles expõem seus estilos de vida e geram interação entre seus seguidores. No entanto, grande parte destes não possuem a mesma classe social que o influencer. Portanto, o que motiva esses indivíduos continuarem seguindo-os e buscando comprar o que é publicado por esses atores?

Pessoas que são marcas


Um influencer é uma marca. Diferentemente de atores ou mesmo músicos, que interpretam personagens ou mudam com o tempo, o influencer coloca seu estilo de vida em jogo. Por este motivo, diferentemente de quando se contrata uma celebridade para ser o porta-voz da sua marca, ao trabalhar com o influencer se está lidando com uma via de mão dupla.

Por isso, ao pensar em um influencer é necessário pensar em um parceiro. A marca cresce com a audiência do escolhido. O canal cresce com a presença e o patrocínio da marca. Comprometer um influencer com incoerência de proposta é comprometer seu negócio e sua vida pessoal, uma vez que os dois se confundem.

Por outro lado, o público da sua marca vai levar muito a sério quem é a personalidade de internet financiada. Exatamente por passar uma personalidade verdadeira, os bloggers, youtubers e tik tokers são cobrados publicamente por seus posicionamentos em diversas questões. E isso pode afetar sua marca.

Conclusão


Em um mundo onde cada vez mais é necessário se expor para existir, as pessoas parecem não conseguir mais criar empatia com personagens em novelas, filmes ou programas de auditório. 

Os influencers se apresentam como gente com a gente, com rotinas, problemas, fragilidades e opiniões. Parecem verdadeiros. Somando isso ao apelo desses personagens junto às novas gerações, eles vêm se tornando os garotos-propaganda de um mundo hiperconectado.
  • Falei mais sobre este tema nos artigos abaixo:




[Fonte: JC-Jornal do Comércio/PE, texto original por Fernando Castilho, acessado em 28/09/2024]

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terça-feira, 17 de setembro de 2024

BÍBLIA ABERTA — A ALEGRIA DA SALVAÇÃO

Essa conhecida parábola narrada por Jesus, contém várias curiosidades e contrastes que abrem nossos olhos para grandes verdades espirituais concernentes a perdição e a salvação.

Nesse jogo de palavras precisamos entender que, dentro do contexto da narrativa,  "perdido" quer dizer pecado, e a palavra "achado" quer dizer salvo. O filho mais novo via o pai como um homem bom (por isso quis voltar para ser seu empregado), mas o filho mais velho o via como carrasco (porque achava que trabalhava como um escravo sem poder ao menos festejar com seus amigos). 

O filho mais novo tinha consciência da sua perdição, e voltou para a casa, mas o filho mais velho ainda não, e nem quis entrar numa festa que também era para ele.

Analisando a experiência de Davi


Antes de darmos sequência ao entendimento da parábola, é salutar que nos remetamos à experiência vivida pelo rei Davi, dentro do mesmo contexto, respeitadas as especificidades temporais. 

Houve um momento em que Davi havia perdido a alegria de viver, estava sendo consumido pelo remorso e pela culpa e a sua oração foi apenas uma, dizendo assim: 
"Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário" (Salmo 51:12). 
Restitui-me a alegria, o prazer, o gozo da salvação, foi o pedido do rei.

É possível perceber quando um casamento está doente pelo fato de um dos cônjuges se entristecer no momento de voltar para a casa. Isso pode ser um dos motivos de os bares estarem quase sempre muito cheios.

Algumas pessoas que ainda não tiveram um encontro com Cristo; em vez de irem para a casa ao fim de um dia de trabalho, preferem ir para os bares, e permanecem lá até um horário em que não mais encontrarão com aquele(a) que as aborrecem, pois, certamente, já estará dormindo.

Tudo isso porque a casa deixou de ser prazerosa, e escolhem ficar ao lado dos colegas do que com a família. E por quê? Porque a alegria na família terminou para elas.

Se perdemos a alegria, ir aos cultos passa a ser enfadonho, automático, ofertar torna-se algo terrível, mas, quando o nosso coração passa a viver o contentamento da salvação, a alegria extravasa não somente em palavras, mas por meio dos atos. 

Em toda a nossa vida haverá um brilho no olhar, e só de ouvirmos o nome "Jesus", a adoração será intensa e a leitura da Bíblia um prazer. A reunião de culto será sempre uma experiência renovadora.

Redefinindo o pecado


Voltando à análise da Parábola do Filho Pródigo, muitos filhos se rebelam contra Deus desobedecendo suas regras, como o filho mais novo, outros se rebelam obedecendo, como o filho mais velho. Algumas pessoas obedecem aos mandamentos e são religiosas não por causa da piedade, mas com interesses pessoais, que de alguma forma tentam controlar Deus estabelecendo um jogo de trocas "santas".

Acreditam que por serem religiosas merecem coisas boas. Tanto o filho mais novo, como o filho mais velho amavam mais a riqueza do pai do que ele em si. Ambos queriam controlar as coisas do pai. E isso nos mostra que pecado é se colocar no lugar de Deus, e não apenas errar o alvo. Existem duas maneiras das pessoas se colocarem no lugar do Salvador.

Uma é seguindo suas próprias regras e a outra e usando as regras morais para se autopromover. Jesus está nos mostrando que um homem que nunca violou a lista dos maus comportamento morais pode estar tão perdido espiritualmente quanto o mais imoral de todos os homens.

Timothy Keller, pastor de uma igreja em Nova York define a vida com Cristo assim:
"O Evangelho representa uma espiritualidade completamente diferente. Não é religião nem falta dela, moralidade ou imoralidade, moralismo ou relativismo, conservadorismo ou liberalismo".

Redefinindo a perdição


O filho mais velho, que era obediente, também estava perdido. Assim como o mais novo carecia do amor do pai. O mais novo estava aberto para receber essa graça, mas será que o mais velho também? Ou será que sua "retidão" o impedia de experimentar o amor do pai? 

O único pré-requisito para receber a graça de Deus é reconhecer a falta dela. Enquanto o ser humano não reconhecer a necessidade da graça de Deus sobre sua vida estará perdido. O nesse caso o irmão mais velho poderia estar ainda mais distante do que o irmão mais novo. 

O farisaísmo do irmão mais velho não dá origem apenas ao racismo e ao classicismo, mas pode acabar criando um espírito julgador que não perdoa. O filho mais velho não conseguia perdoar seu irmão mais novo por ele ter desgraçado o nome da família e ter diminuído a riqueza deles. 

É impossível perdoar alguém quando você se sente superior a essa pessoa. Se o filho mais velho conhecesse seu próprio coração, teria dito: sou tão egoísta e causo tanta dor ao meu pai da minha própria maneira, quanto meu irmão da sua. Não tenho direito nenhum de me sentir superior. Então ele teria a liberdade de dar o seu irmão o mesmo perdão concedido pelo pai.

A alegria da salvação!


O espírito do irmão mais velho vive presente dentro das religiões. Irmãos mais velhos vivem a vida correta por causa do medo, não por alegria e amor. A festa não é apenas para o filho mais novo, mas para todos que estão perdidos e podem ser achados. 

Precisamos saber se não somos o "filho mais velho", hoje. Seus sintomas podem aparecer: quando a crítica alheia devasta seus sentimentos, quando a noção do amor de Deus é apenas abstrata, quando necessita da aprovação dos outros para reforçar sua autoimagem, quando seus erros o atormentam mesmo depois de ter se arrependido, e principalmente a falta de paixão pela oração.

Porque quando você ama o Pai deseja ardentemente estar com Ele e conversar por todo o tempo. O interessante é que o pai vai ao encontro de ambos os filhos e expressa amor por eles. Isso nos mostra que não é o arrependimento que gera o amor, mas o contrário.

Jesus sempre ofereceu amor primeiro, antes de alguém lhe oferecer qualquer coisa. Jesus não é farisaico com os fariseus, nem orgulhoso com os orgulhosos. Ele ama as pessoas com espírito libertário e também as religiosas. O pai ama os dois filhos mesmo que sejam tão diferentes.

Como viver a alegria da salvação? É preciso perseverança. Perseverança é a nossa condição de estarmos seguros em Cristo Jesus até que Ele volte, ou até que tenhamos o privilégio de irmos ao encontro dEle. É sempre, todos os dias, e não apenas aos domingos.

Deus é perseverante, é constante. Ele não mudará jamais as suas promessas, e, sim, cumpre cada uma delas, está escrito que 
"...nem uma promessa falhou de todas as suas boas promessas..." (1 Reis 8:56).
Muitas vezes, achamos que as promessas do Senhor estão demorando a serem cumpridas, mas Deus não retarda as suas promessas, ainda que o tempo dEle seja diferente do nosso. Não adianta você querer ser avô hoje se seu filho tem apenas 8 anos de idade, ou seja, há um tempo de maturação. 

Todas as promessas do Senhor têm o "sim" e o "amém", mas existe também o tempo do Senhor. Tome posse desta declaração para a sua vida, para a sua família: 
"Porque eu, o Senhor, falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá e não será retardada" (Ezequiel 12:25). 
"Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um 'i' ou um 'til' jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra" (Mateus 5:18).

Conclusão


Mas neste capítulo Jesus contou três parábolas. Um pastor perdeu uma ovelha, porém não desistiu dela. Saiu a sua procura e quando achou deu uma grande festa. Uma mulher perdeu uma moeda, mas procurou até encontrá-la, e quando achou festejou com seus vizinhos. 

Nesta parábola esperava-se que alguém saísse a procura do filho mais novo, perdido, para salvá-lo. Quem deveria fazer era o filho mais velho, mas ele não fez. Devemos ser o irmão mais velho no sentido de ir buscar os filhos perdidos do nosso pai. 

Mas ainda que falhemos temos um outro irmão que jamais falhará, Jesus. Nosso verdadeiro irmão mais velho pagou nossa dívida na cruz. Deu a sua vida pela nossa. Ele bebeu o cálice amargo para que pudéssemos beber o cálice da alegria da salvação.

Deus nos guarda em meio à tribulação. Todos nós estamos sujeitos a passar por tribulação, por um tempo de provas. E muitas vezes diante da prova muitos têm tendência a desanimar. É muito fácil perseverar num tempo cheio de abundância, mas o desafio é perseverar também no tempo de tribulação.

Deus cumpre o que promete. Mas a confiança não deve estar na nossa capacidade de fazer obras que nos mantém salvos, mas a nossa perseverança na capacidade de vivermos com Jesus. É confiarmos que Deus não nos enganará de maneira alguma, pois não Ele não é como os seres humanos.

Do início ao fim do livro de Jó parece que há somente provas e tribulações. Quando olhamos para a vida dele, vemos que perseverou até o fim, e tudo que perdeu foi restituído em dobro, até mesmo a quantidade de filhos (Jó 42:10-17).
    • No momento em que abrimos o nosso coração e proclamamos Jesus como Senhor e Salvador, Ele entra na nossa vida e recebemos salvação. Viva essa realidade! Deus os abençoe!
Fonte: Primeira Igreja Batista de Itaperuna, original acessado em 17 de setembro de 2024.

Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.
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E nem 1% religioso.

domingo, 1 de setembro de 2024

POSITIVIDADE TÓXICA: O PODER PSICOLÓGICO DOS INFLUENCIADORES DIGITAIS

  • No texto deste artigo, vou abordar o poder dos tais influencers, sob o prisma psicanalítico.
Os influenciadores digitais tornaram-se referência ao exercer a função de profissionais formadores de opiniões. Uma recente pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência apresenta dados que comprovam o poder exercido por eles:
  • cerca de 52% dos brasileiros seguem pelo menos um digital influencer
Já quando questionados se costumam comprar produtos e serviços indicados pelos influenciadores, 50% dos internautas entrevistados responderam positivamente, os itens que foram mais citados são:
  • roupas (26%), 
  • maquiagem (24%), 
  • comida (23%), 
  • eletrônicos (21%), 
  • perfume (19%) e 
  • sapatos (17%).  
Conteúdo com informação relevante, ideias e pensamentos parecidos com os meus, interagir com os seguidores e compartilhar ideias sem impor como verdade foram as razões mais relatadas com relação aos motivos para seguir os influencers

Esses dados demonstram de forma real a ação publicitária dos influenciadores dentro das casas, agora não é mais necessário ligar a televisão para receber o anúncio de uma loja ou marca, basta conectar-se às redes.

Eu tenho a força!

A influência está diretamente associada ao poder, para alguns pesquisadores como John French (professor de História da Duke University, nos EUA) e Bertran Raven (Acadêmico americano — ✰1926/✞2020) a influência pode ser definida como uma "mudança psicológica", isso inclui mudanças em opiniões, atitudes, objetivos, necessidades, valores, assim como em outros aspectos do campo da psique humana. 

Ao pesquisar sobre influenciadores digitais, questionei-me acerca do poder que eles exercem no público ao influenciá-lo, e por quais razões estes aceitam com receptividade o conteúdo proporcionado pelos influenciadores.

Quais são as técnicas psicológicas utilizadas por influenciadores digitais?

Atualmente qualquer pessoa pode torna-se um influenciador digital. Por exemplo, para fazer o marketing de uma determinada marca, você não precisa mais ser um artista de televisão. Fato que mudou totalmente o conceito de celebridade que conhecíamos antes

Antes de tudo, a capacidade do influenciador é medida, basicamente, por sua habilidade de engajar o público. Porém, não é tão simples quanto parece. Se quer entrar neste mundo, segue algumas dicas importantes:

  • escolha um nicho;
  • defina uma estratégia de conteúdo;
  • nunca compre seguidores;
  • converse com seu público, dê atenção.

Portanto, podemos assimilar que influenciadores são empreendedores, aproximando pessoas e negócios para seu público.

Existem alguns tipos de "Influência Interpessoal", ao analisar, conclui que os influencers se encaixam na categoria "Influência direta", ou seja, eles declaram abertamente qual é seu estilo de vida, suas virtudes e principalmente, suas ações publicitárias, onde sugerem produtos ao público por meio de "publis" patrocinadas por marcas, lojas e afins. 

Já as razões para que exista esse poder de influência podem ser determinadas por algumas características como: autoridade, carisma, liderança, beleza, atração pessoal, entre outros.

Como eles influenciam no comportamento dos seguidores?

Contudo, os ditos influencers podem ser vistos pelo seu público como uma referência de comportamento. Então, seus seguidores acabam reproduzindo aquilo que a personalidade digital, ainda que subliminarmente, indica como o ideal para ter uma "vida perfeita".

Sobretudo com os jovens, o influencer tem relação diária, repercutindo em seus comportamentos. Como, por exemplo, imitando estilo de vidas, que, muitas vezes, é apenas uma edição da realidade, causando em seu público a ilusão de vida ideal.

O que é positividade tóxica?

A "vida perfeita" dos influenciadores digitais e o impacto na saúde mental

Você já reparou como a maioria dos influencers sempre estão lindos e felizes? Eles vivem, muitas vezes, em uma redoma de medo, frustração, buscando a todo momento sua reafirmação.

Porém, sabemos que é improvável que esta vida maravilhosa de fato exista. Corpos sarados, estilo de vida saudável, viagens incríveis, carros novos, casas incríveis e alegria infinita; é possível isso tudo de uma só vez? Sabemos que não!

Desse modo, se deve entender que a felicidade, real e autêntica, é aquela intrínseca ao ser, a que lhe é inata. Ou seja, embora possa ser demonstrada, ela não tem a necessidade de ser ostentada a todos.

Diante de um discurso positivo, pessoas se sugestionam e entram em uma espécie de pressão para atingirem a vida feliz.

As pessoas tendem a serem eternas insatisfeitas, tanto com questões físicas quanto emocionais. Mas esquecem que a felicidade pode ser adquirida de formas diferentes para cada um. Tudo depende de percepções e propósitos individuais.

Em off

Os fatores citados acima são determinantes no grau de influência, da mesma maneira que a proximidade exerce papel crucial para efetivar a influência, quanto mais próximo o indivíduo sente que está do influenciador, maior o grau de "mudança psicológica", isto é, quando o público passa a acompanhar por completo a vida de alguém, é estabelecido um vínculo, e mesmo que este seja superficial, a tendência de aceitar e/ou consumir as indicações do influenciador se torna muito maior.

Por outro lado, o excesso de exposição causa consequências tanto para o público, quanto para o influenciador.

O Discurso de Ódio, é o primeiro problema evidente, conviver com haters e ataques diariamente causa danos psicológicos aos influenciadores, podendo acarretar em quadros de depressão, ansiedade e até mesmo situações irreversíveis. 

Para o público, são apresentados padrões de beleza inalcançáveis, vidas supostamente perfeitas, incentivo ao consumismo, deturpação de ideais e valores, alienação, entre diversos outros fatores, tudo isso disponível na palma da mão.

Neste sentido, o caminho é usar suas redes sociais de maneira racional. Ou seja, de maneira prudente, para que as redes sociais sejam uma opção para seu lazer. Neste aspecto, que também não interfira em suas atividades fundamentais em seu cotidiano.

Portanto, não negligencie seus princípios e o que, de fato, é importante em sua vida. Então, traga o equilíbrio para os seguintes aspectos do seu cotidiano:

  • família;
  • relacionamentos amorosos e sociais;
  • atividades físicas;
  • trabalho e estudo;
  • ter disciplina para distribuir seu tempo;
  • encontrar diversas formas de satisfação pessoal;
  • se permita a novas experiências;
  • aceite o novo e se desafie sempre.

Influenciadores digitais também podem sofrer

Àquele que pode ser sua referência como pessoa, na verdade, pode estar precisando de ajuda urgentemente. Tendo em vista que se encontra em uma competição desenfreada entre os influencers, com uma angústia constante sobre números de curtidas e visualizações.

Em resultado, acabam sempre esperando por uma aprovação, com a necessidade de se autoafirmar a todo instante. Então, caso as críticas surjam, entram em um estado de depressão, ansiedade, tristeza e medo de rejeição.

Conclusão 

A influência é perigosa, e se não for usada adequadamente, pode gerar transtornos inimagináveis. A tendência é que esse movimento de influência permaneça consolidado na sociedade nos próximos anos, nesse cenário, a importância da responsabilidade social dos influenciadores é necessária não apenas com relação a questões comerciais e econômicas, mas também sobre o poder exercido nas diversas faces da influência interpessoal.

Diante do exposto, chegou a hora de usar a internet ao seu favor, para aprimorar sua saúde física e mental. Desse modo, não mais assumir a forma de outra pessoa, como um modelo perfeito a se seguir e espelhar. Caso contrário, não irá se construir corretamente como indivíduo.

[Fonte: Unicentrooriginal, por Chelsea Brito; ReP - Repositório de Produção USPoriginal, por Luciano Victor Barros Maluly Rafael Duarte Oliveira Venancio; Psicanálise Clínicaoriginal, acessado em 09/01/2024; Núcleo do Conhecimentooriginal por Liliane Alcântara de Abreu. Todas as fontes acessadas em 09/01/2024]

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TELETEMA — "ÁGUA VIVA - INTERNACIONAL"

Voltando à minha série especial de artigos, "Teletema", sobre as trilhas sonoras de novelas mais marcantes, neste capítulo, vou falar sobre essa trilha que foi um grande marco no segmento fonográfico das trilhas sonoras internacionais de novelas.

Fase transicional

O ano era o finalzinho da década de 1970 e já início de uma nova, a de 1980. No final da década de 70 e início dos anos 80, o mercado fonográfico mundial teve um crescimento considerável. 

Do pop rock ao new wave, nunca se viu tantos gêneros reunidos de uma só vez. E no meio de toda essa miscelânea, quem saía ganhando eram os jovens. Os anos 70 foram marcados pelo ápice do rock como estilo de música popular internacional, mas também foram diretamente impactados pelo surgimento da música pop como uma alternativa ao rock, que gradualmente foi dominando a indústria musical e o gosto do público.

Nesse período, o rock começou a se transformar com a criação de estilos bastante distintos e marcantes. As bandas deixaram de ser ecléticas e testar diferentes sonoridades, como era na década anterior, os anos 1960, com o objetivo de tornarem-se especialistas em apenas uma direção musical em seus repertórios.

Outro estilo muito marcante de rock dos anos 70 foi o punk rock, reconhecido pelo som e comportamento agressivo e revoltado. O metal rock também começa se firmar nos anos 70, abandonando definitivamente sua relação com o blues. A década também foi marcada pela psicodelia do rock progressivo, com seus acordes imensos e shows pirotécnicos.

A era Disco


A década de 1970 (ou Anos 70) foi um momento de grande mudança na cultura popular, e uma das maiores tendências dessa época foi a discoteca (Disco Music). A discoteca era mais do que apenas um estilo de música — era um estilo de vida completo que incluía roupas, dança, e um espírito de celebração e diversão. 

Os anos 70 foram um período animado e musicalmente criativo como poucos. A era da Disco fez todo mundo dançar ao som das batidas eletrônicas dance music, e as boates (as então chamadas "discotecas") se tornaram extremamente populares.
Com o fim da guerra do Vietnã e, por consequência, o alistamento obrigatório dos jovens americanos, a juventude buscava por músicas para se divertir, dançar, celebrar a liberdade e não mais músicas de protesto contra as guerras como antes. Deste modo o estilo dançante da Disco Music ganhou popularidade.

1980, o fim da era Disco


A Era Disco terminou entre 1977 e 1979, quando o estilo musical foi mais popular. A música disco é um estilo dançável que combina um tempo acelerado do jazz com uma batida forte e intermitente do rock, muitas vezes com instrumentos latinos de percussão.

Nos anos 80, o cenário musical foi marcado pela aproximação entre o pop e o rock, com vários estilos de sucesso que misturavam elementos do punk com influências de outros estilos, como a própria já agonizante disco music, o reggae e a música eletrônica. Bandas como Talking Heads, B-52's, Blondie, Joy Division, The Clash, The Police e Devo misturaram elementos presentes no punk com influências de estilos mais sofisticados e dançantes.

A diversidade de estilos presente na década de 80 foi herança do punk e a ascensão comercial da canção pop. No rock, a fase pós-punk trouxe também a modernidade da new wave, um dançante rock eletrônico, e as novas variações do heavy metal, que iam do do melódico (os chamados "metal farofa") aos rápidos riffs de guitarras do trash metal. O estilo pop ganhou versão mais adocicada e suave do rock.

A trilha é marcante porque


Pois bem, convenhamos que, em meio a esse divisor de águas no cenário cultural e musical, não deve ter sido nada fácil para os produtores dessa trilha montar uma coletânea com músicas que atendessem ao gosto de um público imerso a tão expressiva diversidade de estilos e ritmos. 

Mas os produtores do álbum foram muito felizes na escolha do reportório que compôs a trilha internacional da novela "Água Viva", tanto que ela figura dentre uma das mais vendidas da década de 1980.

O primeiro verão da década de 80 não poderia ter sido comemorado de melhor forma do que com a estreia de "Água Viva", do Gilberto Braga (✰1945/✞2021), no horário nobre Global. 

O Autor abandonava as discotecas, principal locação de sua trama anterior (Dancin' Days/1978), e centrava a alta sociedade carioca em praias ensolaradas tendo o windsurfe como principal esporte explorado na trama.

A trilha sonora também marcava essa passagem. A capa da Lp internacional da trama, assim como o nacional, não trouxe nenhum dos astros da novela. Naquela época ainda não era praxe um dos atores do elenco estrelar capas de trilhas, isso viraria regra mais ou menos em meados de 1985 com a trilha de "Roque Santeiro-Volume 1", salvo algumas raras exceções antes (como ocorreu com as capas de "O Astro - Internacional", 1977; "Baila Comigo - Internacional", 1981 e o "Amor é Nosso - Nacional", 1981).


Na capa um close de uma vela das embarcações que os praticantes de windsurfe usavam na trama.





Trilha fake


O sucesso de "Água Viva - Internacional"  foi tão grande que oportunamente a Gravadora Continental lançou também uma coletânea com os temas internacionais da novela, porém em gravações não originais. Até a capa do disco lembrava a oficial lançada pela Som Livre.

Vamos às faixas


A trilha se divide entre baladas de várias vertentes e momentos mais dançantes, originados ainda da Disco Music, ritmo ainda em voga na virada da década.
São desse ritmo três faixas que foram usadas como tema de locação e que tocavam quando os personagens frequentavam as boates na trama. Impossível uma balada disco dos anos 70 e 80 e não lembrar imediatamente da contagiante  'Mandolay', do grupo americano La Flavour; 'D. I.S.C.O' do Duo Ottawan e 'The Second Time Around' do trio vocal americano Shalamar.

Como já dito, é fato que a Disco Music dava seus últimos suspiros naquele início de década, e alguns dos astros remanescentes do ritmo tentavam buscar novos horizontes para suas carreiras, o caso do grupo Voyage que entrava na trilha de "Água Viva" com um rock dançante na música 'I Don´t Want To Fall In Love Again', características que eles começavam a seguir em seu terceiro disco de carreira.

Marcos e Janete, os personagens do Fábio Jr. e Lucélia Santos, ganharam uma das baladas da trilha como tema de amor do casal que passou por muitos percalços no decorrer da história. Escrita e interpretada por Smokey Robinson, um dos criadores da Motown Records, teve destaque absoluto com a soul ballad 'Cruisin'' entre outros sucesso que emplacou.

Outra balada romântica que marcou a trilha e a década foi 'Just Like You Do', tema do Lígia (Betty Faria) e Miguel (Raul Cortez), na voz doce da Carly Simon, mas conhecida como a ex-mulher de James Taylor.

Sueli, uma das grandes interpretações de Ângela Leal na tv , passou a trama inteira tentando se fazer notar pelo protagonista Nelson Fragonard (Reginaldo Faria) e ganhou como tema internacional para acompanhar essa paixão não compreendida/correspondida  a música 'Lead Me On' da Maxine Nigthingale, que abria o lado A do disco. 

'Babe', tema do Edir (Cláudio Cavalcanti) e Márcia (Natália do Valle), da banda Styx , fez tanto sucesso que tornou o grupo americano de rock progressivo e seu então vocalista Dennis De Young conhecidos mundialmente.

Jimmy Cliff — um jamaicano apaixonado pelo Brasil — enriqueceu a trilha com 'Love I Need' que,  mesmo tendo sido um grande hit, inexplicavelmente tocou pouquíssimo em "Água Viva"
Curiosamente um conterrâneo de Jimmy Cliff que não estava na trilha fez uma participação especial em um dos capítulos da trama. Peter Tosh (1944/1987) estava no Brasil participando de um festival de jazz e aceitou o convite de cantar em um dos capítulos como se fosse um antigo amigo da socialyte Stela Simpson, a icônica personagem da veterena Tônia Carrero (1922/2018).

Lígia e Nelson, os protagonistas vividos pela Betty Faria e Reginaldo Faria, ganharam a balada de letra triste e sentimental 'Just When I Needed You Most', na voz do Tony Wilson (um dos intregrantes do grupo soul Hot Chocolate). Nelson ainda ganhou um tema internacional individual — a belíssima balada 'Ships' do Barry Manilow. 

A então garotinha Isabela Garcia encantou o público com seu talento e graciosidade na pele da doce Maria Helena, a órfã que encontrava o pai Nelson no decorrer da novela. Sua personagem ganhou um tema internacional instrumental — 'Memories' do Bianchi, mas cá pra nós a personagem merecia um tema muito melhor. Essa música parece mais com um tema fúnebre.


'Do That To Me One More Time' da dupla Susan Case & Sound Around (no disco, interpretada por outra dupla, The Capitain & Tennile) foi o tema da Lourdes Mesquita (o embrião de Odete Roitman), a vilã falida vivida magistralmente por Beatriz Segall (✰1926/✞2018) na trama , e a emocionante balada 'Never (Gonna Let You Go)' de outra banda remanescente da Disco Music, a Charme, embalou a personagem Sandra, vivida pela Glória Pires.

Conclusão


Como podemos ver — e para quem é amante da boa música, compreender — a trilha sonora internacional de "Água Viva" é sem dúvida alguma uma das grandes coletâneas que merece ser sempre revisitada e, por certo, consta obrigatoriamente na playlist de quem tem excelência no seu gosto musical (como, às favas com a falsa modéstia, este que vos subscreve). É óbvio que vai receber o meu seleto selo de
[Fonte: Jornal da USP, original, acessado em 01/09/2024; E10 Blog, original por Evaldiano de Sousa, acessado em 01/09/2024 — com pesquisas realizadas também nos sites Observatório da TV / Teledramaturgia e Memória Globo]

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