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quinta-feira, 7 de julho de 2022

PAPO RETO — QUEM É VOCÊ? UM INFLUENCIADOR OU UM INFLUENCIADO?

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:1,2).
Hoje em dia ser influenciador virou moda, virou profissão e das muito rentáveis. Ouvimos muito falar sobre esse assunto, sobre sermos influenciadores. Mas nós realmente temos sido?

Vivemos em um mundo totalmente corrompido pelo pecado. E, podemos notar que a maioria das pessoas que nos cercam, são influenciadas pelos pecados que aqui habitam.

E é nisso que nós, como cristãos, devemos nos diferenciar. Cristo nos chama para influenciarmos as pessoas que estão aqui, e não para sermos influenciados por elas. Somos nós que devemos fazer a diferença e brilhar nesse mundo de trevas. Não podemos nos conformar com o padrão deste mundo.

A Palavra de Deus nos ensina que devemos ser sal e luz dessa terra.
"Vocês são o sal da terra. Mas, se o sal perder o seu sabor, como restaurá-lo? Não servirá para nada, exceto para ser jogado fora e pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte" (Mateus 5:13,14).
A luz ilumina o ambiente onde ela está, logo ela é influenciadora, pois sem ela o ambiente se torna escuro. O sal dá sabor ao alimento, logo ele é influenciador, pois sem ele o alimento fica sem gosto.

Você entende a importância de ser sal e luz? As pessoas, mesmo sem perceberem, sempre procuram alguém para se espelhar.

As crianças olham para a atitude de seus pais, os funcionários olham para o modo de agir dos seus chefes, os cristãos olham para a atitude de seus líderes. Sempre haverá alguém para se espelhar em você.

E a nossa influência deve ser Jesus. Devemos olhar para Ele e nos espelharmos nas atitudes dEle. Fazer aquilo que Ele fez. Só assim podemos ser verdadeiros influenciadores (Hebreus 12:1,2).

Mas onde influenciar? Além das quatro paredes da Igreja e fora do ambiente online. Devemos influenciar dentro da nossa casa, no nosso trabalho, na nossa faculdade, em todos os lugares por onde passarmos.

E como influenciar? Não apenas falando, mas principalmente com nossas atitudes. Devemos ter atitudes de verdadeiros cristãos. Cristãos que tem os frutos do Espírito em suas vidas, que refletem a imagem do Senhor.

Uma coisa é certa, não existe meio termo. Se nós não somos influenciadores, nós seremos influenciados. E, talvez, influenciados pelas coisas e pessoas erradas.

E então, você é influenciador ou influenciado? É o que veremos no texto de mais um capítulo da série especial de artigos Papo Reto.

Algo mais que discursos


Um dos discursos mais comumente ouvido dentro das comunidades protestantes é a respeito da influência que se exerce sobre o mundo. Juntamente com a pergunta sobre a quantidade de almas "ganhadas para Jesus" no ano que se passou, numa espécie de balanço geral que contabiliza o seu comprometimento com a causa evangélica, a pergunta a respeito da influência que é exercida pelo fiel na faculdade, trabalho, família etc é uma das mais cotadas e esperadas quando o dia 31 de dezembro se aproxima. 

Como complemento desse balanço, há o caderno de alvos que é distribuído para que o fiel planeje o próximo ano em todas as áreas da vida e não são poucos, principalmente os mais jovens, que colocam que desejam "ganhar mais almas para Jesus" e ser influência na vida das pessoas com quem convivem.

O desafio da influência nos meios acadêmicos


Se você for um jovem que pretende entrar ou já está estudando numa escola universitária, encontrará um novo mundo no campo universitário. Um contexto demais hostil ao cristianismo. 

É bem sabido que o contexto universitário é predominante pelo ateísmo, pela ideologia comunista cultural, incentivo à tal ideologia de gênero, à bebida alcoólica, à uso de drogas e sexo. 

Estes fatores culturais universitários tão agradáveis aos olhos, à carne e a soberba da vida vão persegui-lo implacavelmente afim de engoli-lo! Infelizmente a pesquisa mostra que mais de 60% dos cristãos universitários são influenciados pela cultura universitária e se afastam da igreja.

Então como viver uma vida universitária sem ser influenciado pela sua cultura? A solução é viver uma vida de influenciador de Cristo! Isto é contra atacar! Ou você vive como um influenciador de Cristo ou é influenciado. Não há um meio termo. 

É uma pena que muitos universitários cristãos vivem como um cristão de guarda-roupa, e vivem escondidos sem revelar que são cristãos, achando que assim sobreviverão sem ser incomodados. Porém, muitos acabam sendo influenciados pela cultura universitária. Se você não viver como um cristão autentico, há um grande perigo de perder sua fé no campus universitário. 

O exemplo de Daniel e seus amigos


Na Bíblia, Deus nos apresenta um jovem de fé que lutou firmemente para viver como um influenciador de sua fé em vez de viver sendo influenciado pela cultura pagã. Nome dele é Daniel. 

Daniel e seus amigos foram deportados para Babilônia junto com o povo de Jerusalém após a destruição da cidade pelo rei Nabucodonosor. Daniel e seus amigos eram jovens intelectuais de família real e de nobres. Por isso, o rei da Babilônia queria usá-los dentro do seu palácio como seus assistentes.

Então, o rei tentou fazer uma culturalização babilônica na vida deles: ensino da língua e da cultura caldeia, mudou seu nome para um nome caldeu, e por fim tentou mudar a fé deles. Daniel aceitou todas as mudanças, mas fez questão de que sua fé no Senhor não seja influenciada. O versículo 8 do primeiro capítulo do livro de Daniel diz, 
"...resolveu Daniel, firmemente não contaminar-se..."
Embora a ração diária, finas iguarias e o vinho da mesa do rei eram muito valiosos, sabiam antes que tinham sido oferecidos ao deus babilônico Marduque, por isso, Daniel resolveu firmemente não se contaminar seu coração pela idolatria. 

Deus viu sua fé e abençoou ricamente seu servo Daniel. Deus lhe deu conhecimento e inteligência em toda cultura e sabedoria, e ainda poder de interpretar sonhos e visões (1:17). E ainda Deus lhe deu o privilégio de servir como um aconselhador do rei por quatro reinados (1:21).

Babilônia é uma nação que simboliza anti-Deus tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Sua ostentação e riqueza ilustra bem o mundo de hoje, principalmente ao mundo universitário. 

Daniel e seus amigos facilmente teriam sido engolidos pela cultura babilônica, mas eles tomaram a decisão de não se contaminar pela cultura babilônica, mas viver com a fé autêntica como influenciador de Javé para o mundo babilônico.

Possivelmente, através da influência de Daniel e seus amigos, muitos conheceram a Deus Javé pois no final do livro afirma que 
"os que a muitos conduzirem à justiça resplandecerão como as estrelas eternamente (12:3)
se referindo a eles. 

Você não quer viver uma vida de influenciador do evangelho de Cristo na sua escola universitária? Você não crê que Deus colocou você lá como missionário para evangelizar seus colegas? 

Você não quer resolver firmemente no seu coração a não se contaminar à cultura universitária, mas viver uma vida cristã autêntica? Por que você já não começa a orar a Deus pedindo Sua benção para poder viver como um cristão autêntico?

Influenciando em meio aos influenciadores


Quanto a ser influência na vida das pessoas, pela fé cristã, não há nada de errado. O Cristianismo, desde sua origem, é chamado a ser influência no mundo, seguindo o exemplo de Jesus Cristo. O problema se dá quando, na ânsia de ser influente na sociedade, esse Cristianismo assume uma postura absolutista, excludente e de dono da verdade.

Não é de hoje que o movimento evangélico tem dificuldade em se colocar na zona de interseção entre influenciar e ser influenciado. Desde os primeiros momentos da Reforma, o discurso de que o lado de cá estava certo e, então, não deveria ouvir e considerar nada que vinha do lado de lá se fez presente, bastando, para isso, lembrar as diversas guerras que houve entre Protestantes e Católicos.

E em tempos atuais, então, essa postura ainda é percebida em seguimentos conservadores dos dois lados. 

Conclusão


Somente um Cristianismo que não tenha a postura absolutista se mostrará efetivamente como uma boa influência para o mundo, sendo reflexo do amor de Deus, que ao longo da história chama a todos e todas para o diálogo, para a abertura ao outro e o acolhimento do diferente.

Isso acontecendo, quem sabe a pergunta de final de ano no movimento evangélico que mencionamos no início desse texto, mude para: 
"Como foi seu aprendizado e ensino para com os que pensaram diferente de você esse ano?"
Essa, com certeza, seria uma retrospectiva que valeria a pena ser feita.

Se queremos viver como um influenciador de Cristo na sociedade, é preciso que abandonemos a manipulação e nos abramos ao diálogo pautado na mensagem do evangelho que liberta.

[Fonte: Dom Total, por Fabrício Veliq é mestre e doutorando em teologia pela Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte (FAJE), doutorando em teologia na Katholieke Universiteit Leuven — Bélgica, formado em matemática, graduando em filosofia pela UFMG e graduando em Teologia pela UMESP. Membro do grupo de pesquisa Fundamental and Political Theology em KU Leuven e do Grupo de Pesquisa Estudos de Cristologia da FAJE.]

Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia, graças à vacinação, está controlada, mas, infelizmente, ainda não passou, a guerra não acabou.

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