"Deus é fé, o mal é dúvida. Onde tem fé, há Deus; onde há dúvida, há o mal. Onde não há fé, não há Deus, onde não há dúvida, não há o mal" (Autor desconhecido).
Por mais dinheiro, sucesso e realizações que uma pessoa obtenha, sempre existe alguma situação a ser resolvida na vida dela. Quando ela se encontra nessa condição, normalmente empenha a própria força para resolvê-la, mas a resolução de muitos problemas não depende apenas disso.
Para alcançar a cura de uma doença, por exemplo, nem sempre os medicamentos ou procedimentos cirúrgicos são suficientes. De forma semelhante, colocar o casamento nos eixos não depende apenas do amor que existe entre o casal.
Do mesmo modo, alcançar a prosperidade não está relacionado somente ao empenho do empreendedor e da disposição dos seus funcionários. É para esses casos que existe o Altar e a confiança do que é feito nEle.
Entendendo o poder do Altar
Essa foi a proposta que Elias fez aos sacerdotes de Baal e de Assera e também ao povo de Israel (1 Reis 18), quando viu que eles culpavam a Deus pela falta de chuva e pela seca na região, mas não se atentavam para o seu estado de destruição espiritual.
Reunir todos no Altar foi a primeira dificuldade que Elias enfrentou e sacrificar foi a segunda. Depois de restaurar o Altar, colocar o cordeiro sobre ele e derramar água ao redor do animal, o fogo desceu do céu, mostrando a todos Quem era o Único Deus, mas o problema [a falta de chuva] não foi resolvido de imediato.
Foi preciso que Elias confiasse no resultado daquela atitude. É isso também que ocorre hoje em dia: decidir chegar até o Altar é o primeiro passo e sacrificar é o segundo, mas não o último.
É preciso ainda manter confiança no que foi realizado, ou seja, para que o resultado seja conforme o esperado, não se pode duvidar de nada, como está descrito:
"Peça-a, porém, com fé, não duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte" (Tiago 1:6).
No caso do povo de Israel, a chuva não veio com facilidade. No entanto, como Elias tinha feito o sacrifício certo no Altar Certo [tanto que houve a descida do fogo], ele disse ao rei Acabe que já ouvia o ruído de uma abundante chuva (1 Rs 18:41), apesar de ainda não ver nenhuma nuvem. Pela fé, ele usou o sentido de audição para profetizar com seus lábios a água que viria do céu.
A Palavra de Deus diz que Elias subiu ao monte Carmelo, se inclinou por terra e orou. Depois, pediu ao seu servo para olhar se tinha sinal de chuva para o lado do mar e a resposta foi negativa.
A seguir, orou pela segunda vez e depois mais cinco vezes, até que seu servo lhe trouxe as boas-novas:
"Eis aqui uma pequena nuvem, como a mão de um homem (…)".
Foi o bastante para que o profeta confiasse na tempestade que viria em seguida.
Entendendo o contexto
Ou seja, a Palavra nos ensina que a oração de fé envolve perseverança e sincera expressão do que há no mais íntimo da alma. O mesmo homem que havia orado anteriormente e que de pronto foi atendido [no caso da descida do fogo] teve sua confiança provada.
Por seis vezes, Elias orou para que chovesse e não viu a resposta. Na sétima, apenas um sinal, uma pequena nuvem, até que os céus se abriram e chuva abundante desceu. Mesmo que não haja qualquer sinal da nossa resposta no momento, devemos prosseguir crendo e também estar preparados para receber o que pedimos.
Vencendo as dúvidas
Nem todos os que se propuseram a se entregar no Altar tomaram de fato essa atitude, mas, se você chegou até Ele, agora é hora de confiar e fazer um esforço ainda maior para se blindar da dúvida.
Assim como a fé é poder, a dúvida também é poder. Enquanto o poder da fé estiver ativo, o poder da dúvida perde a força. Mas, se o poder da fé relaxar, é óbvio que o poder da dúvida vai prevalecer.
É preciso lembrar que a dúvida gera medo e outros sentimentos que impedem a ação de Deus. Pedro, discípulo do Senhor Jesus, obedeceu ao pedido dEle para andar sobre as águas e até deu alguns passos sobre ela, mas não permaneceu confiando.
Ao reparar no vento e no mar agitado, ele acabou afundando (Mateus 14:30). Isso quer dizer que a confiança precisa ser constante. Existem três formas em que o mal pode colocar a dúvida em uma pessoa:
• Na própria cabeça — fazendo ela pensar que nunca vai vencer, que está muito velha, não tem estudo, se sentindo inferior as outras pessoas e etc.
• Usando alguém — coloca você para baixo, diz que está difícil, que já tentou, mas não venceu e você também não vai vencer e etc.
• Usa a própria natureza — não é normal uma pessoa que perdeu tudo se levantar, é impossível você conseguir.
Só quem está na fé pode vencer, conforme está escrito no texto de Tiago, anteriormente citado.
O lado bom da dúvida
O que pode ser uma fraqueza espiritual também pode ser uma atitude honesta diante da infinitude divina, dos mistérios da vida humana e da realidade incompleta aos nossos olhos.
Longe de uma desculpa para o "rio sem margens" da pós-modernidade, onde tudo é cinza, lidar sinceramente com nossas dúvidas teológicas é valorizar a fé que temos.
Afinal, como diz Alister McGrath (teólogo cristão, apologista, professor de Teologia, Religião e Cultura, na King's College, de Londres e pesquisador sênior do Harris Manchester College, em seu livro "Como Lidar com a Dúvida" (2008, Editora Ultimato, 176 páginas):
"duvidar significa, muitas vezes, fazer perguntas ou expressar incertezas do ponto de vista da fé. A pessoa crê, mas enfrenta dificuldades com essa fé ou tem alguma preocupação. Fé e dúvida não se excluem mutuamente – mas fé e incredulidade, sim".
Por isso, a dúvida como incompreensão — e não incredulidade — faz parte da caminhada da fé. "O Deus Que Eu Não Entendo", outro lançamento da Ultimato, expõe esta relação na mente e no testemunho de Christopher J. H. Wright, um renomado teólogo que foi, por décadas, companheiro de ministério de John Stott.
No livro o autor afirma que
"conhecer a Deus, amá-lo e confiar nele de todo o coração, de toda a alma e de toda a força não é o mesmo que entender Deus em todos os seus caminhos. (...) Existem áreas do mistério em nossa fé cristã que estão além do mais acurado estudo e até dos mais profundos exercícios espirituais".
No entanto, confessar dúvidas não é descartar certezas. Ninguém voa cortando suas próprias asas. A dificuldade talvez seja discernir o que são asas e o que são apenas acessórios de voo. Por isso, é tão importante voltar ao essencial.
N. T. Wright também assumiu, em seu livro "Simplesmente Cristão" (2008, Editora Ultimato, 256 páginas, a "imensa tarefa" de
"descrever a essência do cristianismo, tanto para recomendá-lo aos de fora como para explicá-lo aos de dentro. É claro que ser cristão no mundo de hoje é qualquer coisa, menos simples. Mas se há um tempo em que é necessário dizer, do modo mais simples possível, o que cada coisa significa, parece-me que é agora",
escreve Wright.
Conclusão
Nesta caminhada de fé não estamos sozinhos. Contamos, entre outras, com o Espírito Santo que
"nos guia a toda verdade" (João 16:13),
com a comunidade que nos ajuda a discernir as coisas, com a sociedade e com a Bíblia — como revelação de Deus para a humanidade. A respeito desta última, vale a pena ler também "Por Que Confiar na Bíblia — Respostas a 10 perguntas Difíceis", de autoria de Amy Orr-Ewing (2008, Editora Ultimato, 144 páginas).
Em meio ao bombardeio acadêmico, e ao que ela chamou de "era da incerteza", levanta respostas considerando conceitos históricos, a singularidade e contemporaneidade da Bíblia, a encarnação de Cristo e o conceito de verdade.
A fé é uma ponte para Deus, a dúvida desestrutura uma pessoa. A dúvida sempre vem quando Deus está para abençoar uma pessoa, e se ela duvida, ou dá ouvidos à dúvida, ela acaba perdendo a benção; como foi o caso de pedro, que enquanto olhou para a fé, andou por sobre as águas, mas quando duvidou, começou a afundar.
Observe que Jesus, no caso de Pedro — também anteriormente citado —, estava perto e quando ele clamou, Jesus estendeu a mão e ainda chamou a atenção dele:
"...por que duvidaste?".
Deus está sempre perto para dar a mão aos que nEle crêem. Na dúvida você não cresce, não anda, só destrói, sem a dúvida não há o mal. Se todos disserem que vai dar errado, mas você está na fé, você vence.
A oração aflita do homem à afirmação de Jesus
("...tudo é possível ao que crê...")
continua atual:
"Eu creio! Ajuda na minha falta de fé!".
E você? Está na fé ou na dúvida? Na fé o problema cai, na dúvida o problema te vence!
[Fonte: Folha Universal, original — por Cinthia Cardoso; Ultimato]
Ao Deus Perfeito Criador, toda glória.
Fique sempre atualizado! Acompanhe todas as postagens do nosso blog https://conexaogeral2015.blogspot.com.br/. Temos atualização diária dos mais variados assuntos sempre com um comprometimento cristão, porém sem religiosidade.
E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. A pandemia, graças à vacinação, está controlada, mas, infelizmente, ainda não passou, a guerra não acabou.
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