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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

QUERO DOAR MEUS ÓRGÃOS!



Cá venho eu para mais um assunto espinhoso e sobre o qual a igreja - talvez por desinteresse, talvez por desconhecimento, talvez por mera omissão - não se manifesta e nem se posiciona como deveria.

Vamos por parte. Inicialmente entendamos o significado do termo Teologia. De origem grega, etimologicamente significa: "tratado", "ciência de Deus", "estudo de Deus". O termo começou a ser utilizado pelos cristãos a partir de Euzébio de Cesárea. "Fazer teologia", não é inventar teorias a respeito de Deus e de Suas obras, nem mesmo "descobrir" a Deus, mas conhecer e compreender a revelação que Ele próprio deu de Si. Por isso, qualquer estudo de Deus que não tiver a Sua revelação como base, meio e princípio regulador não é "teologia, devidamente entendida. Teologia é o conjunto de verdades extraídas dos ensinos bíblicos a respeito de Deus e de Sua obra.

Teologia como ciência - Para mostrar o caráter científico de ciência, antes temos que definir o conceito de ciência. Se entendermos por ciência somente aquela disciplina caracterizada por uma aproximação à verdade (com um método e um poder sobre o real) ligado a uma gestão cuja exatidão é dirigida e verificada por uma experimentação, certamente a Teologia não é uma ciência, posto que o científico seria somente o rigorosamente verificável. Porém, se entendemos como ciência aquela disciplina que pode provar um objeto, um método próprio e possa desembocar em condições que se possam comunicar aos outros; nesse sentido poderíamos falar de ciência canônica, ciência bíblica e ciência teológica (em razão do rigor).

Sob este aspecto, Teologia é uma ciência porque existem verdades - conclusões que partem racionalmente de verdades - princípios, de modo que resulte que ambas (conclusões e princípios) sejam igualmente reveladas. Quer dizer, é ciência porque se habilita a obter conclusões de princípios revelados de tal forma que as conclusões também se considerem reveladas. Com esta definição então podemos entender que a teologia deve ocupar-se de tudo que envolve a vida, posto que ela (a Bíblia) É a Palavra de Deus e Deus o autor da Vida, logo todo assunto ligado a ética cristã (vida cristã) deve ser "teologizado". No caso aqui a doação de órgãos.

O que é transplante? 


Antes de entrar no assunto da doação de órgãos, entendamos também em que consiste um transplante. É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, pulmão, rim, pâncreas, fígado) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas...) de uma pessoa doente (RECEPTOR) por outro órgão ou tecido normal de um DOADOR, vivo ou morto. O transplante é um tratamento que pode salvar e/ou melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas.

A Transposição de órgãos, tecidos ou células de um ser (doador) para outro (receptor). Podem ser transplantados pele, osso, cartilagem, veias, córneas, pulmão, coração, fígado, pâncreas, rim, intestino, medula óssea, células do fígado e células do pâncreas produtoras de insulina. O transplante é indicado nos casos de falência desses órgãos, tecidos e células, quando não há a possibilidade de recuperação de suas funções com outros recursos. 

Quem pode e quem não pode ser doador


A doação pressupõe critérios mínimos de seleção. Idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e tipo sanguíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos a não ser para aidéticos e pessoas com doenças infecciosas ativas. Em geral, fumantes não são doadores de pulmão.

Agora sim, vamos à questão da doação


As discussões religiosas sobre doação de órgãos humanos para transplante, depende bastante de cada grupo religioso. Daí, poderíamos discutir, sobre o que pensam os cristãos católicos, os cristãos evangélicos, os espíritas, os budistas e outros. Por isso, estamos enfocando o assunto do ponto de vista da Bíblia. E a grande questão é: Que diz a Bíblia sobre doação de órgãos humanos para transplante? De modo geral, podemos dizer que não há nenhum texto bíblico que proíba ou que permita doação de órgãos humanos, uma vez que a prática era totalmente desconhecida nos tempos bíblicos. 

Doação/transplante de órgãos pode ser realizada através de um doador vivo, ou falecido. Constitui-se uma forma última (no sentido de não existir alternativa melhor) para tratamento de diversas doenças, que têm como ponto comum a possibilidade de levar a pessoa doente à morte em um intervalo de tempo menor do que poderia ser. O tratamento da pessoa doente tem pelo menos um de dois objetivos: aliviar um sofrimento (seja agudo ou crônico) e adiar a morte quando possível.

Habitualmente a função do transplante (e a transfusão de sangue é um transplante de órgãos) é postergar uma morte que pode ser adiada. Sua realização ética pressupõe uma série de aspectos a serem observados. E dentre inúmeros, há a imperiosa necessidade, por respeito ao doador, que a pessoa receptora tem de estar em estado de saúde tal que sua vida seja eficazmente prolongada - moribundos não são candidatos a receptores!

Ao tratar uma pneumonia em um idoso com antibiótico evita-se um óbito na grande maioria das vezes. Seria ético não tratar? Pode ser pensado que a morte nada é, que o cristão não a teme (e talvez a deseje, como Paulo chegou a escrever) - neste caso, o cristão não deveria procurar tratar a sua saúde, nem minorar o seu sofrimento, pois tudo está sob a soberana supervisão de Deus. É possível subscrever este raciocínio?

Onde está a indignidade da morte quando os recursos tecnológicos disponíveis são utilizados de forma ética e responsável? Conheço situações de absoluta conduta ética até aquelas de imperdoável obstinação terapêutica. Desconheço estudo que mostre qual é o que predomina, mas acredito ser muito maior a preocupação pelo correto proceder que pela insistência desumana.

É lícito e necessário discutir-se o que significa "morte cerebral" - termo ou situação sobre a qual as Escrituras dizem absolutamente nada. Sim, somos humanos, e lá no fundo, se estamos na fila de transplante de coração ou córnea (que exigem doador morto) há alegria na morte de alguém quando serei beneficiado. Vamos seriamente nos atrever a julgar a complexidade de sentimentos nesta circunstância? Vamos seriamente condenar tal pessoa por vivenciar estes sentimentos de uma forma frequentemente carregada de culpa?

O transplante eticamente realizado é a celebração da vida sobre a morte, é a morte de um prolongando a vida de outro. Ou, se preferir, tirando a frase do seu contexto, "ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos". O texto [de João 13:15] de maneira alguma é uma base bíblica para o tema, mas é plausível com a atitude do doador.

A não doação de órgãos viáveis, para pessoas corretamente identificadas como receptoras, obedecendo aos critérios públicos de prioridade (ou "fila", se preferir), é que se constitui uma negação dos princípios básicos do Evangelho: doar vida para que o próximo viva, para que o fraco seja fortalecido. Sem esquecer que sempre que um recurso bolado por nós beneficia alguém, principalmente de forma ética, o Nome do Senhor é engrandecido, Sua graça comum distribuída, Seu amor insondável e misterioso proclamado.


  • Não é possível suportar o assassinato como forma de angariar órgãos; não é possível suportar pastores que não proclamam o perdão dos pecados pela cruz de Cristo, mas a via do enriquecimento fácil pelo suborno (?!) de Deus Pai.
  • Não é possível suportar quadrilhas que vituperam o correto exercício da medicina traficando órgãos; não é possível suportar políticos que são tão evangélicos quanto lobos, e que usam de um discurso fácil e raso para se manterem confortavelmente aboletados nos seus mandatos.
  • Não é possível enxergar no profissional médico um assassino serial frio e calculista (ainda que exista); não é possível enxergar no pastor e no missionário um falsário e um farsante (ainda que exista).


Conclusão


Por último, no meu país a baderna, a criminalidade generalizada e a corrupção deslavada e impune não são a tônica! Ou se o são, também assim é na Argentina, nos Estados Unidos, na Itália, na Grã-Bretanha, na Austrália, para citar apenas alguns. E, o fato de haver desvios de conduta, não pode ser usado como justificativa para a não observância do bem advindo de atitude tão nobre. Não querer ser um doador - seja lá por qual motivo for - é um direito que assiste a todos. Querer sê-lo, idem. Eu quero ser um doador. Quando eu partir dessa para uma incomparavelmente melhor, podem retirar tudo o que ainda puder ser útil à outrem.


[Fonte: Almanaque Abril 2002]

domingo, 28 de dezembro de 2014

MUNDO BIZARRO: CASO RICHTHOFEN 12 ANOS DEPOIS

Tela de abertura do jogo Suzy and Freedom, baseado no Caso Richthofen, desenvolvido pelo psicólogo Nicolau Chaud (reprodução)

A história de vida desses jovens, revela o que pode acontecer com uma juventude afastada de Deus e dos princípios estabelecidos por Sua Palavra. Há 12 anos, como agora, o Brasil recém tinha passado pelo segundo turno das eleições presidenciais. Como agora, o PT teve o seu candidato eleito para comandar o País por quatro anos. E, como agora, Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos, protagonistas de um crime brutal, eram assunto nacional.

Se em 2002 a garota, então com 18 anos, provocou choque e escândalo ao planejar o assassinato dos seus pais, Manfred e Marisia von Richthofen, assassinados com golpes desferidos com barras de ferro por Daniel Cravinhos, com a ajuda do irmão Cristian (o casal teve as cabeças dilaceradas e os rostos desfigurados por causa da violência dos golpes) em 2014 voltou às manchetes pelo amor – e sem nenhuma relação com Daniel, o então namorado. Aliás, o "motivo" para matar os pais, foi justamente o fato de eles, ricos e de família tradicional, não aceitarem o relacionamento de Suzane com Daniel, que era de família humilde, moradora de periferia.
A então feliz(?) família von Richthofen

Aos 30 anos, Suzane poderia passar o dia longe da prisão de Tremembé, no interior de São Paulo. Mas o coração não deixa: a detenta está casada com uma colega do presídio, e a progressão para o semiaberto a levaria para outro instituto penal.
Cristian (cúmplice), Daniel (executor) e Suzane (mentora) em 20002

Suzane, nova vida?


Embora não seja mais a garota de classe alta que passava férias na Europa, morava em uma mansão na zona sul de São Paulo e estudava nas melhores escolas, Suzane von Richtofen ainda se destaca por onde passa. No Tremembé, onde está desde 2007, virou chefe da fábrica de roupas do presídio e protagonizou um triângulo amoroso brutal. Na fábrica de roupas, também trabalhavam Sandra Regina Ruiz Gomes (conhecida como “Sandrão”), 31 anos, e Elize Matsunaga, 32 anos. 

A chefe Suzane, condenada pelo assassinato dos pais em 2002, se apaixonou por Sandra, presa pelo sequestro e morte de um adolescente em 2003. Mas Sandra tinha um relacionamento com Elize, encarcerada pelo assassinato e esquartejamento do marido, Marcos Matsunaga, em 2012.

Na disputa por “Sandrão”, Suzane levou a melhor. Com o casamento – na verdade, um documento de reconhecimento afetivo exigido pela instituição –, ela deixou a “ala das evangélicas”  –  sim, a ela se diz "crente"  –, que sempre habitou desde que foi presa em Tremembé, e agora está com Sandra na cela das casadas. Lá elas convivem com mais oito casais. Se houver briga ou traição na história, terão que se manter longe desse espaço por seis meses - quarentena cumprida por Sandra após o rompimento com Elize Matsunaga.

A situação não é nova para Suzane: ela sempre despertou paixões nas penitenciárias. Em Rio Claro, duas funcionárias do presídio se apaixonaram por Suzane e facilitaram sua vida de detenta, permitindo regalias como acesso à internet. Já em Ribeirão Preto, ela acusou um promotor de assediá-la dizendo que ia tirá-la da “vida de crimes” (com informações do site Folha). 

Em recente entrevista à revista feminina “Marie Claire”, Suzane disse que sonha em ser mãe, construir uma família e que gostaria de se reconciliar com o irmão, Andreas, 27 anos – recentemente ela abriu mão da briga pela herança dos pais. “Estou pagando pelo meu erro e quero a chance de recomeçar”, afirmou.
Suzane e sua companheira, a "Sandrão"

Daniel, vida nova?


O ex-namorado de Suzane von Richthofen se casou neste sábado em Moema, na zona sul de São Paulo. Daniel Cravinhos, 33 anos, foi condenado a 39 anos de prisão pela morte de Manfred e Marísia. Ele aproveitou a saída temporária de Natal e Ano-Novo para oficializar a união com a biomédica Alyne da Silva Bento, 27 anos, evangélica, filha de uma agente penitenciária. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Em entrevista ao jornal, a nova sogra de Daniel , Sumaia Bento, 52 anos, disse que apoia a união, apesar dele ter sido condenado justamente por matar os sogros, em crime ocorrido em 2002.  "Acredito muito em Deus. Alguém teria que dar uma nova chance ao Daniel e, se ele [ele quem, Deus?] me escolheu, aceito", disse.

Segundo o jornal, o casal se conheceu em 2012, quando ela foi ao presídio de Tremembé para visitar o irmão, que foi preso por participação em um roubo. Amparado por 15 convidados, Daniel desceu do carro e não falou com a imprensa antes da cerimônia realizada por um pastor, que durou cerca de 30 minutos. Após o casamento, ele foi embora dirigindo, separado de Alyne, para a festa do casal.
Daniel e a esposa Alyne, posando para uma das várias selfies postadas em redes sociais 

Cristian, o "figurante"


Ao deixar a penitenciária P2 de Tremembé, no interior de São Paulo, em entrevista concedida ao programa Domingo Espetacular (Record) em maio último, Cristian Cravinhos disse que tenta não se lembrar do crime e fala de planos mais "modestos" para o futuro. Ele disse que "tenho de recuperar o tempo perdido de maneira inteligente que seja boa para todos (...)" e que "espero poder preencher um pouco do vazio que deixou por muitos anos (...). Mas espero muito mais a oportunidade, não só da minha família, mas de toda a sociedade me dar a chance de reconstruir a minha vida, para que eu possa fazer também minha família feliz."
Cristian em entrevista ao programa Domingo Espetacular

O crime que chocou o Brasil


Manfred e Marísia dormiam quando Suzane, o namorado dela, Daniel, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na garagem no carro da jovem. A polícia conta que Suzane foi até o quarto dos pais para conferir se eles estavam dormindo.

Autorizados por ela, Daniel e Cristian entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. Foram inúmeros os golpes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar o casal.

Durante o assassinato, Suzane esperou no andar de baixo da casa. A jovem revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou 5.000 dólares e R$ 8.000 guardados por Manfred.

Depois da morte dos pais, Suzane foi com Daniel para um motel. Às três da madrugada, a jovem deixou Daniel em casa e foi em busca do irmão Andreas em uma LAN house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao se depararem com os pais mortos, Suzane acionou a polícia.

Na madrugada do dia 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos à prisão pelo assassinato do casal. Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

A Lei dos Crimes Hediondos

Daniel (direita) [Andreas, irmão (centro) de] e Suzane (esquerda) no enterro do casal Richthofen, antes de serem desmascarados

De acordo com especialistas consultados pelo site Terra, a falta de perspectiva de ressocialização dos presos é justamente a principal falha da Lei dos Crimes Hediondos, que completa 20 anos em 2014. E o assassinato do casal Richthofen pode ilustrar esse tema.

O macabro episódio tramado por Suzane von Richthofen e pelos irmãos Daniel e Christian Cravinhos  –  Este, aliás, como no início, continua fora dos focos midiáticos e segue cumprindo sua pena sem muitas aparições. Sua última aparição na mídia foi em entrevista exclusiva concedida ao programa Domingo Espetacular da Rede Record.  –  foi um dos homicídios mais marcantes do Brasil. E fez parte de uma coleção de casos famosos que se enquadra na Lei dos Crimes Hediondos, que completou 20 anos em 2014. 

A lei, criada em grande parte após a comoção popular causada pelo assassinato da atriz Daniela Perez por Guilherme de Pádua, em 1992, tinha como objetivo aumentar a punição para crimes que estivessem enquadrados nos seus artigos. O problema é que, de acordo com os especialistas, ela não serviu para diminuir o número de crimes violentos. 

Atualmente, são 155 mortes violentas por dia, com uma proporção de 29 assassinatos por 100 mil habitantes. De acordo com o último Mapa da Violência, de 2014, o número de assassinatos aumentou de 49.695 em 2002 para 56.337 em 2012.

3º ACIDENTE AÉREO COM VOOS NA MALÁSIA EM 2014

Viajar de avião na Malásia virou um exercício de extrema coragem. O ano de 2014 não foi nada bom para aviação na Indonésia. Um avião da Malaysia Airlines, um Boeing 777, caiu na Ucrânia oriental, enquanto cobria a rota entre Amsterdã e Kuala Lumpur, no dia 17 de julho. Todos as 298 pessoas a bordo da aeronave morreram. Mas o acidente mais misterioso, foi também com um boing 777,  no dia 08 de março, o voo MH370 da mesma companhia, com 239 pessoas a bordo sumiu dos radares. Desde este dia, ninguém sabe até hoje  o que aconteceu e o caso está se tornando um dos maiores mistérios da história da aviação. O que se tem sobre esse acidente são apenas hipóteses teóricas, algumas, inclusive, tão absurdas e lunáticas que não mereciam crédito algum. Conheça abaixo 10 hipóteses para o desaparecimento.

1. Explodiu no ar: O avião teria explodido em pleno voo. Se fosse verdade, os destroços deviam estar no mar na região do último contato, o que não aconteceu.

2. Queda no mar: para mim, esta é a teoria mais provável. E se caiu no mar, tem de haver destroços. O impacto do avião com a água deve ter despedaçado o mesmo, e várias partes de um avião boiam na água, como os acentos. Como o oceano é gigantesco, eles presumiram que o local onde deveria estar quando sumiu e concentraram suas buscas naquela região. Só que nada foi encontrado até o momento.

3. Tornou-se Invisível ou desapareceu no ar: Esta teoria é sensacional. Deborah Dupre escreveu no Examiner levantou esta hipótese. O avião poderia ter desaparecido ou tornado-se invisível por meio da utilização de uma avançada tecnologia, eletrônica, que vem sendo desenvolvida, em vários países, no campo dos armamentos. É uma idéia interessante, considerando que das 239 pessoas à bordo daquele vôo 20 são (ou eram) pessoas envolvidas exatamente com a chamada tecnologia para fins de defesa de ponta eletrônica aeroespacial, nas já antevistas, guerras eletrônicas.

4. Queima de arquivo: No avião existiam 20 ou mais pesquisadores altamente capacitados que trabalhavam com tecnologia de ponta. Essas 20 pessoas eram figuras importantes no cenário das tecnologias de última geração, todas trabalhavam para uma mesma empresa: a corporação Freescale Semiconductor, Inc.  A Freescale Semiconductor, Inc confirmou essa informação: dos vinte, doze residiam na Malásia e oito, na China. E não estavam envolvidas somente com E-WARFARES - Guerras eletrônicas. Em aspecto amplo, lidam com a chamada energia de RF - Radiofrequência em um espectro de aplicações muito mais amplas. 

5. Ataque terrorista: dois iranianos embarcaram com passaportes falso. Isso levantou a suspeita de atentado terrorista. Mas é provável que não.

6. OVNIs: Um OVNI teria sido detectado em radar nos momentos próximos ao sumiço do avião. Os que defendem essa teoria lunática, afirmam que o vôo 370 da Malásia pode ter sido levado por extraterrestres. 

7. Pousou em uma remota ilha do oceano índico: A sugestão é baseada na análise dos dados de radar apresentada pela agência de notícias  Reuters, indicando que a aeronave não estava voando de forma "cega" em direção ao noroeste. Citando fontes não identificadas que "estão familiarizadas" com a investigação, a Reuters reportou que seja lá quem for que estava pilotando o avião perdido, estava seguindo os pontos de navegação que levariam a aeronave até as Ilhas de Andaman. Os dados do radar não mostram a aeronave sobre as Ilhas Andaman, mas somente uma rota conhecida que levaria até elas, citou a Reuters.

8. Entrou em uma "nuvem eletrônica": Nuvens eletrônicas causam perda temporal e fazem os aparelhos enlouquecerem e foram descritas no livro "The Fog: A Never Before Published Theory of the Bermuda  Triangle Phenomenon" ("A Neblina: uma teoria jamais publicada sobre o fenômeno do Triângulo das Bermudas"),  de autoria de Rob MacGregor e Bruce Gernon,  onde eles contam um relato acontecido com eles. Será que o avião entrou em uma destas nuvens, seus instrumentos enlouqueceram e eles voaram em direção errada? Excelente opção para um roteiro de filme de suspense, bem no estilo hollywoodyano. 

9. Triângulo do Dragão ou Mar do Diabo: muitas pessoas começaram a associar o desaparecimento do avião com o Triângulo do Dragão, que é conhecido como Triângulo das Bermudas do Pacífico. O local é famoso pelo desaparecimento de navios, aviões e submarinos. Será que ele sumiu com mais um avião? Pouco provável, pois a última localização conhecida do avião estava a mais de 2.500 do local.

10. Suicídio: As autoridades também investigaram se o piloto teria derrubado a aeronave numa tentativa de suicídio. 

11. Foi para em uma base controlada pelo Talibã: À época suspeitou-se que  o Capitão Zharie Ahmad Shah, piloto do Voo 370, fosse cúmplice do sequestro da aeronave, falou-se que a mesma poderia estar numa base controlada pelo Talibã, no Afeganistão. Nada comprovado.

Enfim, o ano está chegando ao fim, e 239 pessoas simplesmente desapareceram nos ares malaios. O fato já tinha saído do noticiário, mas pode voltar com a nova tragédia envolvendo outro voo da Malásia.

Avião desaparece com 162 pessoas na Malásia


Um avião da companhia AirAsia com 162 pessoas a bordo (155 passageiros e sete tripulantes) perdeu contato com as autoridades em terra neste domingo, enquanto sobrevoava o mar de Java após a decolagem de uma cidade provincial na Indonésia com destino a Cingapura. Os dois países lançaram uma investigação imediata e uma operação de resgate, mas ainda não há nenhum sinal do paradeiro da aeronave, mais de seis horas após o seu desaparecimento. O vôo QZ8501 interrompeu o contato com a torre de controle às 7h24m deste domingo, 28 (21h24 de sábado em Brasília), quarenta minutos após a decolagem.

A AirAsia, uma companhia aérea regional de baixo custo, presente em vários países do Sudeste Asiático, disse em um comunicado que o avião desaparecido, um Airbus A320-200, seguia o plano de voo programado. No entanto, antes de perder a comunicação, tinha solicitado um desvio devido às condições meteorológicas, ainda no espaço aéreo controlado pela Indonésia.

“Não ousamos supor o que aconteceu, exceto que ele perdeu o contato”, disse a jornalistas Djoko Murjatmodjo, diretor-geral interino dos Transportes, na Indonésia. Ele acrescentou que a última comunicação entre o controle de tráfego aéreo piloto foi às 6h17 (horário local, 20h17 de sábado no Brasil), “quando perguntou se ele poderia evitar uma nuvem virando à esquerda e subindo até mais de 34 mil pés”. 

O gerente disse que não havia nenhum sinal de socorro do voo QZ8501. Segundo Murjatmodjo, acredita-se que o avião tenha desaparecido em algum lugar sobre o Mar de Java entre Tanjung Pandan na ilha de Belitung, e Pontianak, na parte indonésia da ilha de Kalimantan. Ele também acrescentou que o capitão tinha um número significativo de horas de voo (6.100), e que o primeiro oficial tinha um total de 2.275 horas de voo.

O contato com o aparelho foi perdido cerca de 42 minutos depois de decolar do aeroporto para a cidade de Surabaya, na Indonésia, disse Hadi Mustofa, um funcionário do Ministério dos Transportes, a televisão indonésia “MetroTV”. O Airbus decolou do aeroporto internacional Juanda de Surabaya, no leste da ilha indonésia de Java, às 05h20, e sua aterrissagem estava prevista em Cingapura às 08h30 (22h30 de Brasília).

De acordo com um comunicado da direção da aviação civil de Cingapura, o contato foi perdido no espaço aéreo indonésio, "200 milhas náuticas (350 quilômetros) a sudeste da fronteira entre as regiões de informação de voo de Jacarta e Cingapura". O avião tinha dois pilotos, cinco membros da tripulação e 155 passageiros, incluindo 16 menores de idade e um bebê, informou a companhia em um comunicado. Autoridades indonésias tinham dito anteriormente que a bordo da aeronave estavam 161 pessoas, provavelmente porque não tinham contabilizado a criança.

A companhia aérea informou que entre os passageiros havia seis estrangeiros - três sul-coreanos, um cidadão de Cingapura, um da Malásia e um britânico. Em meio aos seis tripulantes, um era francês. No aeroporto de Surabaya, dezenas de parentes estão sentado em uma sala, muitos deles falando em seus celulares e chorando. Alguns pareciam atordoados.

Com esse terceiro acidente envolvendo voos malaios, são 699 pessoas mortas. Assim, viajar de avião nos céus malaios são uma arriscada aventura. Alguém se habilita?

Fonte: G1 e UOL

sábado, 27 de dezembro de 2014

OUÇO DEUS ME CHAMAR

Muitas situações nos impedem de ouvir a voz de Deus. Ele nos chama, assim como chamou a Samuel (1 Sm 3), porque quer nos tratar, ter um particular conosco, é o Deus da coletividade nos chamando à individualidade. Quando nos chama, Seu propósito é pessoal. É o Deus oleiro na atividade de moldar o vaso. É a metamorfose do ser: da terra à forma de vaso, preferencialmente, de honra. Ao nos chamar, o grande Deus está expressando seu eterno desejo de ter comunhão conosco. É o projeto do Édem, forma original da criação. Estar na presença dEle é condição fundamental para que conheçamos o Seu coração, distingamos sua voz e passemos a agir em concordância com sua boa, perfeita e agradável vontade. E nisso não há o acréscimo de dores.

Certas vezes, porém, somos por demais "tagarelas". É absolutamente impossível ouvir a voz de Deus se não damos a Ele tempo para falar conosco. A Palavra nos diz que pedimos mas não recebemos porque pedimos mal (Tg 4:3). E, pedir, é o verbo mais conjugado em nossos monólogos com Deus. É lícito pedir, existe o tempo de pedir, obviamente, mas é necessário ter a direção de Deus para saber como e em que tempo pedir. Se pedirmos no tempo em que devemos simplesmente esperar, é certo de que não receberemos. Se pedirmos no tempo em que devemos dar, certamente não seremos atendidos. Há tempo para todo o propósito debaixo do céu... (Ec 3). Nosso desejo somente será satisfeito à medida do propósito e da vontade de Deus (de novo ela, sempre ela), que é boa, perfeita e agradável (Rm 12:2).

Em outras ocasiões, nossa racionalidade falha e imperfeita nos impede de perceber que o Senhor fala conosco através das circunstâncias. A Palavra nos diz que se queremos algo de Deus, devemos entrar em nosso quarto, fechar a porta e pedir em secreto, porque o Pai que nos vê em secreto nos recompensará (neste contexto, entendamos que, não é a visão de Deus que é secreta e sim Sua resposta será secreta em sintonia com nossa petição que foi secreta): é o princípio da intimidade. Isso inclui ouvir a voz de Deus, receber Sua direção e conhecer o Seu coração. Reflitamos na história a seguir.

A metáfora da realidade


Fulano gostava muito de sair. Para ele, era muito difícil permanecer em casa. Mas num determinado dia, algo " o incomodava" a permanecer em seu quarto. Embora reconhecesse que era o Espírito Santo quem o chamava para comunhão com Deus, em seu quarto, ele preferiu acreditar que que aquele pensamento era apenas uma "coisa da sua cabeça", uma "cisma". Estava decidido a dar uma volta a pé, mas começou a chover. Então, pensou: "Bem, posso sair de carro." Entretanto, o carro estava sem combustível. Pensou novamente: "Bem, é só no posto de gasolina e abastecer." Conferiu, pela internet, o seu saldo bancário e constatou que estava quase zerado. Não poderia gastar aquela quantia, pelo menos não naquele momento. Pensou ainda: "Bem, já que estou na internet, posso dar uma passadinha no Face. Sem saber por quê, seu computador "travou". Deus insistia em convidá-lo para incomparáveis momentos em Sua presença, mas o fulano insistia em desviar sua atenção para diversas outras coisas, menos para atender ao agradável convite do Senhor. Quem mais, além de mim, já viveu algo parecido?

Muitas situações semelhantes podem acontecer conosco, embora fosse melhor que não acontecessem. O Senhor espera nossa pronta obediência ao Seu chamado, à Sua voz. Ele anseia por nós, anseia por estar conosco, anseia por falar conosco. O que tem faltado é apenas reciprocidade. Mas enquanto houver vida em nós, ainda há chance de mudar essa situação. Reflitamos nisso.

"Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas. Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.  (...) As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem (...)."

(Jo 10:14 - 16, 27; grifos meus)

Vídeo: "Ouço Deus Me Chamar" - Pastora Ludmila Ferber

O ÊXODO SEGUNDO RIDLEY SCOTT

Para os amantes da sétima arte, fica aqui minha dica. O mais novo filme de Ridley Scott ("Alien", "Blade Runner", "Thelma e Louise", "Gladiador", "Prometheus".), "Êxodo: Deuses e Reis" faz uma boa parceria com outro longa lançado sem muito alarde aqui no Brasil em 25 de dezembro de 2014: "Noé", de Darren Aronofsky. Em comum, as produções possuem o tema bíblico, mas também a forma ousada em que pretendem contar suas histórias. Sem se prenderem completamente ao que já está escrito, os longas tentam jogar uma nova luz sobre tais acontecimentos da Bíblia. E é exatamente aí que  está a "ferida" para o público cristão (em especial, os evangélicos) que vão às salas de exibição ávidos por uma narrativa fidedigna das Escrituras.

"Êxodo..." é uma adaptação da história bíblica do Êxodo, segundo livro do Antigo Testamento. O filme narra a vida do profeta Moisés (Christian Bale - "Batman, begins"), nascido entre os hebreus na época em que o faraó ordenava que todos os homens hebreus fossem afogados. Moisés é resgatado pela irmã do faraó e criado na família real. Quando se torna adulto, Moisés recebe ordens de Deus para ir ao Egito, na intenção de liberar os hebreus da opressão. No caminho, ele deve enfrentar a travessia do deserto e passar pelo Mar Vermelho.

Luzes, Bíblia, ação!


Os mitos religiosos tomaram a cena em Hollywood. Após o sucesso de Noé, dirigido por Darren Aronofsky, agora é a vez de “Êxodo...", que conta a história de Moisés, um dos mais notórios profetas da história, que se faz presente em escrituras judaicas, cristãs e islâmicas. Assim como seu antecessor, o longa de Scott tem como grande virtude os efeitos visuais, que sobrepujam a construção dos personagens.

Não que as passagens de Moisés sejam uma grande novidade para os amantes da sétima arte. Em 1956, o diretor Cecil DeMille adaptou sua história para as telonas, através do filme "“Os Dez Mandamentos"”. À época, faturou o Oscar de efeitos visuais. Em 1998, foi a vez do estúdio Dreamworks contar a vida do profeta através da película "“O Príncipe do Egito"”, animação que rendeu boas críticas, mesmo voltado ao público juvenil.

O que entendi do que vi


Nesta versão, ao invés de construir toda a história de Moisés, Scott optou por colocá-lo logo de cara no alto escalão do Egito. Ao lado de seu primo Ramsés (Joel Edgerton, de “Star Wars”), eles travam batalhas e defendem o império de Seti (John Turturro, de “Efeito Colateral”). Porém, em uma dessas campanhas, o profeta entra em crise ao saber sua verdadeira identidade hebraica. Ao mesmo tempo, a mãe do futuro faraó, Tuya (Sigourney Weaver, Oscar de Atriz Coadjuvante em “Uma Secretária de Futuro”, uma espécie de "queridinha" do diretor, esteve também em "Aliem" e suas mal fadadas sequências), consegue manipular o filho para destitui-lo de seu posto no império, o que é obedecido, ainda que com certa relutância.

A partir desse momento, se constrói a história que todos conhecemos: passando pela fuga do antigo príncipe egípcio para o deserto, pelo o casamento com Zéfora (que é pouco explorado pela película), até o momento da revelação dos desígnios de Deus para que Moisés liberte o povo hebreu. Tudo isso se constrói em alta velocidade, o que é um dos pontos a se lamentar da película, já que a falta de contextualização faz com os personagens fiquem artificiais. Os hebreus, por exemplo, são praticamente meros figurantes em um dos ápices da história, que são as 10 pragas lançadas sobre o Faraó do Egito e seu povo. 

Apesar da narrativa decepcionar, o longa tem pontos elogiáveis, que certamente não fugirão da percepção do expectador. Como os efeitos sonoros e visuais ao longo da trama, que dão a entender que a equipe técnica teve intenso trabalho. Outro clímax da película é colocar uma criança para representar o Criador do Universo. A figura pueril traz impacto em meio à crueldade das pragas lançadas por Deus sobre os egípcios. 

Conclusão


Em suma, “"Êxodo: Deuses e Reis"” dificilmente será um filme que ficará marcado na história, ao contrário de "Noé", seu antecessor. É possível até que outras obras futuramente retratem melhor a história do profeta Moisés. Porém, ainda assim,  é uma boa pedida para esse fim de ano, principalmente para quem tem um apreço pelas passagens bíblicas. Não vou dizer que só Deus salva, mas umas das coisas que fazem deste filme algo melhor é a forma como retrata o Deus do Antigo Testamento, que é visto em cena como uma criança (Um tanto autoritária, diga-se. Seria essa a idéia que Scoth tem de Deus?). Apesar do pouco tamanho, Deus aparece sempre como uma figura certa de suas atitudes e também ameaçadora. Não é aterrorizante, mas não seria surpresa se Scott revelasse ter baseado seu Deus em garotos de filmes de terror, como "A Profecia".

Ficha Técnica


Título: Êxodo: Deuses e Reis (Exodus: Gods and Kings) 
Nacionalidade: EUA, Reino Unido, Espanha
Gênero: Épico, Ação
Direção: Ridley Scott
Elenco: Christian Bale, Joel Edgerton, John Turturro, Ben Kingsley, Aaron Paul, Ben Mendelsohn, María Valverde, Sigourney Weaver e outros.
Duração: 2h31min

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

E ENTÃO É NATAL?!

Natal - que para a maioria dos cristãos simboliza o nascimento de Jesus Cristo - embora seja um momento especial na vida de milhares de pessoas, não é comum para diversos povos. Aqui mesmo no Brasil, algumas vertentes dos evangélicos não comemoram a data por acreditarem que ela faz referências implícitas (ou explícitas, dependendo do prisma de cada um) à ritos pagãos. Outros já consideram a data excelente oportunidade evangelística, uma vez que, acreditam eles, as pessoas estão mais sensíveis ao recebimento da Palavra, pelo fato de que o foco principal seja o nascimento do Filho de Deus. Outros defendem ainda o argumento de que a data é um  momento - em muitos casos, único durante o ano todo - de alegria, confraternização e comunhão entre familiares e amigos.

Para culturas como islamismo, budismo, judaísmo, hinduísmo, taoísmo e xintoísmo, o nascimento de Jesus Cristo tem um significado diferente daquele pregado pelos cristãos. Apesar disso, respeitam quem festeja a data. Vejamos:

No Islã


Os muçulmanos não celebram o Natal, mas respeitam e honram a personalidade em cujo nome esta festividade é observada: Jesus Cristo.  Eles acreditam que Jesus, filho de Maria, foi um grande profeta de Deus. Cada muçulmano o honra, o respeita e o ama, até porque, segundo a crença islâmica, Deus disse no Alcorão Sagrado: "Dizei: cremos em Deus, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e as tribos. No que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor".

Eles ainda reforçam que a data é tida como um dia como qualquer outro e que os muçulmanos possuem apenas duas festividades: a festa do Desjejum, ao fim do mês do Ramadan, e a Festa do Sacrifício, que assinala o fim da peregrinação de milhões de pessoas à Meca e lembra o sacrifício do profeta Abraão. A festa está na essência de lembrar os ensinamentos dos profetas e não apenas nos comes e bebes. Ou seja, a felicidade vem acompanhada do cumprimento da adoração de Deus. Nesta época de dezembro, mas especificamente no dia [que parte do cristianismo acredita ser o] do nascimento de Jesus, não há alteração na alimentação dos mulçumanos, tampouco na questão dos enfeites e compras por motivo do Natal.

Testemunhas de Jeová


As Testemunhas de Jeová, inclusive em seu site oficial, explicam que os seguidores comemoram apenas a morte e não o nascimento de Jesus Cristo.bComo explicam, os apóstolos e os primeiros discípulos de Jesus não comemoravam o Natal. Para eles não há provas de que Jesus tenha nascido em 25 de dezembro, já que a data de seu nascimento não foi registrada na Bíblia. Acreditam que o Natal não é aprovado por Deus porque se origina de costumes e rituais pagãos. E é nisto que exatamente acreditam muitos cristãos (evangélicos). Até os argumentos são os mesmíssimos. 

Os Budistas


Seguindo a tradição Kadampa, a monja Kelsang Chime (leia-se Time), do Centro Budista Kadampa, em Jundiaí (SP), explica que os seguidores deste estilo de vida, "comemoram a comemoração" das pessoas e das famílias e por isso acreditam que a alegria é a melhor parte que ocorre no Natal. Mas ela enfatiza que esta satisfação e este espírito deveriam persistir o ano todo. “Jesus é considerado um Buda, um ser iluminado e por isso toda essa alegria é bem-vinda, principalmente a união entre as pessoas. Podemos, sim, enfeitar nossas casas, participar de uma ceia de Natal, mas não temos um alimento preferido porque aceitamos o que nos é oferecido, pois temos a prática de contentamento.”

Os locais que adotam o budismo como religião - entre eles Vietnã, China, Tibet, Camboja, Coreia do Sul, Butão, Burma, Hong Kong, Japão, Mongólia, Cingapura, Sri Lanka, Tailândia - não se envolvem com a característica particular do nascimento de Jesus Cristo. Eles admiram e respeitam a tradição, mas Jesus para a crença é considerado um ‘bodhisattva‘, ou seja, um ser de sabedoria elevada, que segue uma prática espiritual que visa remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres, mas não é "um Deus".

O verdadeiro sentido do Natal


A verdadeira história do Natal é a história de Deus se tornando um ser humano na Pessoa de Jesus Cristo. Por que Deus fez isso? Porque Ele nos ama (João 3:16, 17)! Por que o Natal foi necessário? Porque precisávamos de um Salvador (Isaías 9:6)! Por que Deus nos ama tanto? Porque Ele é o próprio amor (1 João 4:8). Por isso nossa comemoração deve ser diária e não em uma data específica. 

O verdadeiro significado do Natal é o amor. Deus amou os Seus e forneceu uma maneira - a sua maneira, única maneira  - para passarmos a eternidade em Sua presença. Ele deu o Seu único Filho para carregar em nosso lugar a punição por nossos pecados. Jesus pagou o preço por completo e, quando aceitamos esse dom gratuito do amor, somos livres da condenação. "Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós" (Romanos 5:8).

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

TELAS QUE FALAM

As Escrituras falam da voz que clama no deserto, que um dia florescerá e será transformado em jardim. Falam do pássaro que encontra abrigo nos altares do santuário do Senhor. Falam do pastor cuidando do seu rebanho, do povo de Israel atravessando pelo meio do mar Vermelho como se fosse em terra seca. Falam da sequidão de estio e do povo clamando por água. Falam de rios que alegram a cidade de Deus. Falam de pescadores, tempestades, redes cheias de peixes, povo sendo curado, gente partilhando pão e peixe. Enfim, todas essas passagens mexem com nossa imaginação, pois são elas mesmas ricas imagens da realidade humana.

A obra de Anderson Monteiro, artista plástico paulista, é construída basicamente de imagens do cotidiano. São quadros e fotos retratando pessoas, lugares, momentos cheios de alegria, beleza e dor. Algumas obras desenvolvem a temática cristã, como os quadros da série “O Messias” ou também da série “Montaria”, centrados na figura de Jesus. Seu rosto sereno e ao mesmo tempo expressivo, a barba cobrindo-lhe a face, o manto sobre o corpo.

Outras obras falam da importância da arte na vida cotidiana, incluindo quadros como o “Um poeta e um violão”, dedicado a Stênio Marcius, ou como o quadro de perfil de Jorge Camargo cantando de olhos fechados. Em tudo se vê o respeito pelo trabalho do músico. E por falar em música, há também quadros dedicados aos músicos de jazz, da série “Jazz for You”. Saxofonistas, trompetistas, bateristas, pianistas e contrabaixistas interagindo em jam sessions que parecem vibrar na tela. Eles celebram a importância da arte e da beleza na vida.

Nota-se, nos quadros de Anderson, a presença das pessoas, seja individualmente, em suas atividades diárias, seja em duplas, caminhando juntas, trabalhando no campo, interagindo, cooperando, ou seja simplesmente andando em meio à multidão. É o caso da séria intitulada “Pessoas”, que mostra uma multidão caminhando junta. Os rostos mais variados, mulheres, homens, jovens, idosos, bebês levados ao colo, gente de toda cor. Percebe-se, no entanto, uma incompletude nos rostos, que aparecem de modo difuso, às vezes apenas o nariz, às vezes apenas os olhos, às vezes apenas um vulto indefinido. Parecem sugerir que todos estamos na mesma condição, carentes de completude, ou escondidos no anonimato da vida urbana.

Por fim, Anderson dá importância à ternura que aparece no rosto das crianças, como nos quadros “Minhas filhas” e “A Família”. Neles se vê o abraço, o apoio mútuo. Há também o belo quadro “Vilarejo”, inspirado na canção de Marisa Monte e que mostra a beleza e a leveza de um lugar simples e abençoado. Para Makoto Fujimura, outro grande artista cristão, carecemos cada vez mais de “arte, amor e beleza” (2013).

Em tudo se vê, na obra de Anderson Monteiro, uma obra de arte que traz cuidado para com a cultura, uma arte que transpira amor e beleza, que são duas grandes contribuições do artista cristão à sociedade contemporânea. Quando trata de temas do cotidiano, percebem-se nos quadros os sinais de esperança, fé e amor, que segundo Calvin Seerveld são as marcas essenciais da arte feita por cristãos. Do ponto de vista do fazer artístico, “[d]as três coisas que as Escrituras dizem que são permanentes – fé, esperança e amor – a mais humana é a esperança” (Seerveld, 2014, p. 24). E ela é a que mais se mostra nos quadros de Anderson Monteiro.

* Fonte: Arte e Cristo - a criatividade cristã *

A PEDRA REJEITADA SE TORNA PEDRA PRINCIPAL

“Quem é este que escurece os meus desígnios com palavras sem conhecimento? Cinge, pois, os lombos como homem, pois eu te perguntarei, e tu me farás saber. Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe assentou a pedra angular [Jó 38: 2–6].

A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular; isto procede do SENHOR e é maravilhoso aos nossos olhos [Sl 118:22, 23 (texto repetido por Jesus em Mt. 21:42)].

Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular [Atos 4:11].

Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular [1 Pedro 2:6, 7]."

Enquanto eu fazia minha caminhada noturna, o Senhor me trouxe ao espírito essa revelação de Jesus como sendo a pedra angular na edificação da Igreja/Reino. Por causa das distorções heréticas da Maçonaria e dos Mórmons, essa revelação não é muito explanada pela igreja. É uma revelação de Deus para e sobre Sua igreja, negligenciada por causa dos erros alheios. Eu, que não tenho absolutamente nada a ver nem com a maçonaria e nem com o mormonismo, trago este artigo tendo como tema Jesus, a Pedra Angular.

Um estudo mais apurado dessas passagens nos trás a revelação da arquitetura espiritual de Deus nos fundamentos da Igreja de Cristo. É algo de uma perfeição, de um enquadramento matemático. E essa a Igreja Noiva, sem máculas, pois, foi assim, com precisão matemática, que o Arquiteto do Universo (absolutamente nada a ver com conceitos maçônicos) ergueu a Sua Igreja.

A Pedra Angular


Pedra angular (gr. pinnah) – Significa: “canto, chefe ou bastião”, esta palavra é utilizada em duas formas: “canto” de objetos quadrados; e, “canto” de chefe. 

O que quer dizer o seguinte: Quando os construtores iam começar a construção de um prédio – dessa forma foi construído o templo em Jerusalém – eles pegavam duas grandes pedras, a aparelhavam de tal forma a possuírem ângulos perfeitamente retos e precisos, daí uma delas era separada ou rejeitada, e a outra pedra escolhida era colocada como sendo a primeira pedra da construção, da qual, todo o prédio era levantado.

Ao final da obra, aquela pedra que originalmente fora rejeitada, é colocada no topo, no final da construção. Se no caso, dela se encaixar de forma precisa no canto, entre todas as demais, este seria o sinal de que a obra estava perfeita, caso contrário, toda a obra seria rejeitada. Jesus é esta última pedra, aquela que no início fora rejeitada pelos construtores, mas que no final, tornou-se a principal pedra de toda a construção.

As Escrituras revelam o Senhor Deus como o sábio construtor, aquele que mui sabia e poderosamente, estabeleceu os fundamentos da terra e de todo o universo. Ele mesmo se revela como sábio construtor a Jó, para quem faz perguntas relativas ao seu infinito poder, e faz uma revelação importantíssima pois como sabemos, Jó era contemporâneo de Moisés, Deus revela Seu filho, Jesus Cristo, como a pedra angular, nesta construção.

Tomando este texto de forma isolada, ficamos sem autoridade para asseverar isto, mas caminhando por alguns séculos à frente, encontraremos nas Escrituras, a confirmação desta revelação tão maravilhosa. No primeiro capítulo de João, verso 3 temos: “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” Agora sabemos que o Senhor Jesus Cristo, é a pedra angular na construção de todas as coisas.

Mas as Escrituras revelam também, que Jesus Cristo foi colocado como a pedra angular de algo ainda maior. Muito maior que o mundo, ou mesmo o universo, Jesus é a pedra angular de algo que prefigura o próprio reino de Deus.

Aqueles homens no qual originalmente haviam recebido a incumbência de apresentar ao mundo o Deus verdadeiro, rejeitaram o fundamento daquilo que eles defendiam até a morte, que eram as leis de Deus. Eles se esqueceram daquela pedra fundamental, e passaram a edificar em cima de outros fundamentos, como a tradição, o preconceito e o orgulho.

Pois bem, Jesus veio ao mundo a fim de revelar a Deus, e estabelecer Seu reino entre os homens, e para isso, Ele, Jesus, deixa clara a necessidade de se destruir o templo – “Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” – Jo. 2:19 – pois Ele próprio o reedificaria em apenas três dias.

Jesus não falava em termos materiais, Ele não estava falando em termos de construção em si, do templo que durara cerca de 40 anos para ser erguido, mas Ele falava em termos simbólicos.  O povo judeu era um povo orgulhoso pela sua história, ainda que eles se esquecessem do quanto tinham se desviado de Deus. O seu orgulho estava sustentado no fato de terem sido eles, o povo escolhido de Deus para serem o depositário da Sua Palavra (Rm. 3:2), mas eles foram os primeiros a se desviarem dela. 

Jesus lhes falava do orgulho, da vaidade de seus corações e da segurança que tinham em suas tradições, Jesus lhes falava que em apenas três horas tudo aquilo em que eles se orgulhavam e se apoiavam, seria destruído por eles mesmos, e que seriam necessários apenas três dias para se reedificar, não um templo; ou uma organização; ou uma nação; ou uma nova estrutura de leis, normas e condutas, mas o “símbolo” do Reino de Deus sobre a terra. Este que teria a grande incumbência de trazer a restauração de todas as coisas, este símbolo é a IGREJA. Agora, edificados - nós, a Igreja - n’Ele, a Pedra Angular.

A Igreja


A igreja do Senhor Jesus Cristo, em sua origem, foi edificada pelos fundamentos dos primeiros apóstolos e profetas, tendo Cristo como o principal sustentador dessa edificação, cuja formação não era de tijolos ou cimentos, e sim de pessoas que figuradamente são chamadas de pedras vivas em Cristo e que são o Templo Vivo onde Deus quer se mover e habitar.

Enxergando por essa ótica espiritual, da mesma maneira que as pessoas eram figuradamente chamadas de pedras vivas e de templos vivos, assim também são tipologicamente chamadas de IGREJA DO SENHOR ou IGREJA DE CRISTO.

Portanto, quando citamos Igreja do Senhor, não estamos fazendo referência a um templo construído de tijolos e cimentos e sim a todos aqueles que transformaram suas vidas em um Templo Vivo onde Deus se move e habita.

Dizer que a igreja do Senhor foi edificada sobre os fundamentos dos apóstolos e profetas, remete-nos a entender que as primeiras pessoas a serem estabelecidas como igreja do Senhor, foram ensinadas por aqueles que receberam de Deus um comissionamento, um envio, uma autoridade, um direcionamento, um poder e um conhecimento sobre-excelente a respeito da vontade do Pai, e uma autorização para mover-se num nível maior de unção dentro do Reino de Deus.

Portanto foram ensinadas a moverem-se sem temor dentro daquela que era boa, perfeita e agradável vontade de Deus! Esses fundamentos foram lançados pelos primeiros apóstolos e profetas que receberam de Deus a revelação dos modelos celestiais para implantar naqueles que seriam o Templo onde o Espírito Santo iria habitar.

Se a Igreja foi edificada com fundamentos apostólicos e proféticos, ou seja, ensinos e modelos enviados dos céus, de Deus, logo é uma igreja com estrutura, modelos e padrões celestiais, o que a torna, então, em uma Igreja Apostólica e Profética! Sendo assim, é uma igreja que possui um nível de autoridade enviada dos céus para estabelecer os propósitos de Deus para o seu Reino.

SOBRE AS ÁGUAS

¶ "E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão.  E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só. E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário; Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais. E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o, e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste? E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus. Mateus 14:23-33 (conforme Salmo 29:3)" ¶

O mar estava revolto. O Mestre não estava presente. Todos no pequeno barco temiam pela sua própria vida. Depois das três horas da madrugada, os discípulos pescadores já não sabiam o que fazer, ainda que aquela não fosse uma situação inédita. Tempestades em alto mar, mar bravio, corredeiras, naufrágios, barcos à deriva... todos esses desafios são comuns aos homens do mar e a experiência os capacita a vencer a todos eles. Entretanto, aqueles homens, liderados por Pedro, todos, exímios pescadores já se sentiam perdidos. 

Após muitas tentativas, forças e esforços empregados, cansados, ensopados, suados, exaustos, depois das três horas da madrugada, os discípulos pescadores avistaram um homem andando sobre as águas e se encheram de medo. Medo? Eles poderiam ter pensado que estavam tendo uma alucinação, efeito da exaustão. Isto seria possível. Mas tiveram mesmo foi medo. Medo de uma situação que certamente já haviam enfrentado anteriormente e não só por uma vez. Medo de uma circunstância sobre a qual tinham o domínio da experiência. Pensaram que estavam vendo um "fantasma". O efeito alucinógeno do medo nos faz ver fantasmas. É o "efeito Gasparzinho".

Mas Jesus estava não só no controle daquela embarcação como também no controle daquela situação. Logo ele se apressou em se identificar. O interessante é que Jesus não se preocupou em exortar os discípulos por terem tido medo. Ele logo se manifestou em frente ao medo  que deles irradiava. Pedro, afoito como sempre, diz: "Se é tu mesmo, manda ir ter contigo." Ousado o moço. Mas, teve medo do mar enfurecido. O que impulsionou a atitude de Pedro foi a certeza de que, se fosse mesmo Jesus, ele estaria seguro. Alguém teria que "arriscar", que fosse ele então, já que estava na liderança da embarcação justamente por ser o mais experiente. 

Ao ouvir Pedro, Jesus falou um simples "Vem!". Não havia tempo e nem era o momento para longos discursos. "Vem!", simples assim. O "vem" dAquele que detém o mundo em Suas mãos. Pedro, impetuoso, foi ter com ele. O mar e o vento, também impetuosos, continuavam sua investida. O barco, mesmo que cambaleante, ainda era uma referência, mesmo provisória, de segurança. Ao sair do barco, Pedro sai do seu suposto domínio e entra na dimensão do domínio de Deus: o sobrenatural. Não sabemos quantos passos Pedro deu, mas sabemos que ele andou.

Como homem natural, Pedro tirou os olhos de Jesus, o seu alvo, Aquele que poderia mantê-lo imerso sob as furiosas águas, sentiu a força do vento contra si e, então começou a afundar. Pronto. E agora? Pedro dominava a situação dentro do barco, agora ele estava fora do barco. Perdeu o controle. O que ele faria? A única coisa que ele poderia fazer naquele momento seria clamar por socorro. E foi o que ele fez. Imediatamente Jesus estendeu Sua mão.

Não critiquemos Pedro. Não façamos juízo de valores sobre ele. Nós agimos da mesma forma. De tempos em tempos nossa vida passa por tempestades, por turbulências, por mares revoltos. Entretanto, quando Cristo está presente, há uma esperança. Ele sempre está pronto a nos estender Sua mão, mas há momentos em que seremos desafiados a andar sobre as águas. São os momentos dos desafios da fé. São os momentos em que somos desafiados a sair da dimensão do físico e mergulhamos fundo na dimensão do sobrenatural. A Bíblia chama isso de milagre.

Precisamos estar com nossos olhos fixos em Jesus, o nosso farol, o nosso ponto de referência e com os nossos ouvidos atentos à Sua voz, para que, quando ouvirmos o seu "Vem!", não duvidarmos em nosso coração de que realmente é Ele quem nos chama.  Animados, logo começamos a dar os primeiros, podem ser poucos ou muitos passos, cada um de nós dentro de sua realidade. Infelizmente podemos tirar os olhos do Mestre, olhamos para os problemas, sentimos o vento das impossibilidades e podemos afundar vertiginosamente, saindo da imersão do sobrenatural e sendo afogados na submersão dos problemas.

Não importa quanto tempo andaremos por sobre as águas olhando pra Jesus, se não desviar os olhos, não afundaremos. Enquanto olhamos para o Mestre, somos invencíveis. Se deixarmos nossa natureza espiritual dominar nossos sentidos, não haverá razão para olhar para outro lugar, senão para Jesus.