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sexta-feira, 13 de março de 2020

CORONAVÍRUS: INIMIGO INVISÍVEL DEIXA O MUNDO EM PÂNICO

"Você não temerá o pavor da noite nem a flecha que voa de dia, nem a peste que se move sorrateira nas trevas, nem a praga que devasta ao meio-dia" (Salmo 91:5,6). 
O novo coronavírus é preocupante, com certeza. As autoridades internacionais têm de prestar atenção, desenvolver ações de vigilância, mas não é tempo de se desesperar. Pois é, apesar dessa avaliação de todos os infectologistas e até mesmo da OMS (Organização Mundial da Saúde), não é o que se visto ao redor do mundo. Muito pelo contrário. 

Pandemia e pânico


A expectativa do surgimento de uma pandemia (enfermidade epidêmica amplamente disseminada) causada por um vírus poderoso e incontrolável circula em algumas mentes apocalípticas. E, infelizmente, não se tratava de preocupação infundada. O fato é que mais uma vez surge uma ameaça microscópica capaz de atingir milhões de pessoas e causar mortes em massa. 

O surto do novo coronavírus, chamado de 2019-nCoV, que começou num mercado de carnes na cidade de Wuhan, na China, vem causando pânico global, derrubado bolsas de valores em todo o mundo e provocado perdas econômicas expressivas. A curva da epidemia continua ascendente, com mais de 4 mil pessoas contaminadas e o registro de centenas de mortes. 

Aqui no Brasil número de casos confirmados do novo coronavírus já passou de 100. Em balanço feito na tarde desta sexta-feira (13), o Ministério da Saúde registrou 98 casos. Mas, depois da divulgação oficial, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazonas confirmaram mais 9 casos. Assim, o total é de 107 brasileiros com a Covid-19. Outras 1.485 pessoas estão com suspeita da doença. Foram descartados, até agora, 1.344 casos. 

Conheça o histórico de contaminações por coronavírus 


A nova mutação do coronavírus, surgido na cidade chinesa de Wuhan, tem grande capacidade de contaminação e se tornou notícia no mundo todo, trazendo preocupação à população. 

Entretanto, há que se saber que outros coronavírus já tiveram proliferações importantes como agora, com grande mobilização mundial, mas não resultaram em uma grave crise global de saúde. Em 2002, a Sars – gripe aviária – se disseminou também a partir da China, teve pouco mais de 8 mil casos confirmados e causou 774 mortes ao redor do mundo. 

Já em 2012, a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), que surgiu a partir da Arábia Saudita, causou 858 mortes. Oitocentas pessoas é o que a gripe comum mata em um dia de inverno, ressaltam os infectologistas, sem ignorar que ainda é cedo para dizer como a epidemia vai se comportar. 
  • Veja no quadro abaixo os casos de várias pestes ao longo da história:
Reprodução: IstoÉ 

Informações: sempre é bom saber 


Os médicos infectologistas destacam que as principais medidas de prevenção são manter a higiene, lavar as mãos, evitar colocar a mão na boca, nos olhos, coçar o nariz, como no caso da gripe comum. E que as pessoas que apresentam maior risco são os grupos que também devem se prevenir de gripes e resfriados, como idosos, gestantes, pessoas transplantadas ou com câncer. 

Ainda de acordo com eles, esta é a mesma população que a priori, pelos dados iniciais, também têm predisposição para ter quadros mais graves pelo coronavírus. 

No Brasil, o Ministério da Saúde (MS) está realizando apenas o controle de notificações de casos. Pessoas com febre e sintomas respiratórios, que tenham visitado as regiões afetadas ou tenham tido contato com uma pessoa contaminada pelo coronavírus, devem procurar uma unidade de saúde. 

A OMS também monitora a situação, mas não houve nenhum decreto de emergência por conta do coronavírus. Representantes da OMS proíbem viagens turísticas para as regiões mais atingidas pela epidemia, cujo epicentro agora não é mais a China, no Continente Asiático, mas a Itália, no Continente Europeu. 

Na maioria dos casos, o coronavírus causa sintomas semelhantes aos de um resfriado ou uma gripe. Parte dos casos não desenvolve sintomas. Em pessoas que fazem parte dos grupos de risco, a doença pode evoluir para pneumonia e outras complicações respiratórias. 

O impacto do coronavírus na economia global 


Segundo o ministro da Economia brasileiro, Paulo Guedes, o surto pode reduzir o crescimento do Brasil entre 0,1 ponto percentual, na melhor das hipóteses, e 0,5, na pior. O dólar registrou vem registrando alta nos últimos dias. 
"É um câmbio que flutua. Se eu fizer muita besteira, ele pode subir. Se eu fizer muita coisa certa, pode descer"
disse o ministro em evento realizado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). 
"(Com as reformas), mais rápido são retomados os investimentos, e o dólar acalma"
concluiu.

Além do impacto na economia local, há também os efeitos nas exportações. Importante comprador de commodities brasileiras, a China sofreu forte impacto econômico do surto, com cidades sob quarentena e empresas fechadas. O país asiático também tem papel relevante como fornecedor para a indústria local, especialmente a de produtos eletroeletrônicos. 

E se a economia de um país cresce, em geral isso representa mais riqueza e mais empregos. Isso é medido a partir da análise de variações no Produto Interno Bruto, o PIB, ou nos valores de serviços e bens produzidos, em geral no período de um trimestre ou de um ano. 

Em razão do surto de coronavírus, a economia global pode crescer na taxa mais baixa desde 2009, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), conhecida como "clube dos países ricos". Investidores estão preocupados com o impacto do coronavírus ao redor do mundo. 

Grandes mudanças nas bolsas de valores, onde participações em empresas são negociadas, podem afetar investimentos de fundos de pensão e de poupanças individuais. A última semana de fevereiro registrou o pior desempenho do mercado desde a crise econômica de 2008. 

Veja mais impactos negativos que podem ser causados em decorrência da pandemia de coronavírus no mundo 

  • Fábricas em paralisação – A China é responsável por um terço das manufaturas no mundo e líder das exportações de bens de consumo. Mas a atividade da chamada "fábrica do mundo" foi paralisada para tentar conter a disseminação da doença. A Nasa (agência espacial americana) afirmou que os satélites de monitoramento de poluição detectaram uma queda dos níveis de dióxido de nitrogênio ao redor da China. Os dados indicam que isso se deve, em parte, ao recuo da atividade econômica causado pelo surto. O impacto foi sentido na cadeira produtiva de grandes empresas, como Diageo, JCB e Nissan, que se baseiam na produção chinesa e em mais de 300 milhões de trabalhadores. 
  • Consumidores compram menos – O medo do surto resulta também em pessoas optando por evitar atividades que poderiam expô-las ao risco de infecção, como sair para fazer compras, por exemplo. Restaurantes, revendedoras de carros e lojas têm registrado quedas na demanda. As vendas de carros na China, por exemplo, caíram 92% durante a primeira metade de fevereiro. Por outro lado, fabricantes como Tesla e Geely estão vendendo mais pela internet. Entregas de telefones celulares também devem sofrer um grande recuo no primeiro semestre de 2020 – o setor estima, por outro lado, que a recuperação seria rápida. A Apple já detectou essa demanda fraca. 
  • Setor de turismo sofre com restrições – Com o aumento do número de casos em cada vez mais países, muitos lugares têm adotado restrições a viagens para tentar conter o avanço do surto. O governo britânico, por exemplo, recomendou que ninguém viaje para a província chinesa de Hubei, onde o vírus surgiu em dezembro. Há também recomendações a quem viaja para a Itália, país com mais casos da doença na Europa. O setor aéreo tem sido fortemente impactado, com cancelamentos de voos pelas empresas e pelos passageiros. Levantamento da empresa de análises de dados Forward Keys indica que os voos internacionais para a China caíram 55,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Especialistas do setor turístico do Reino Unido também falam do impacto dos turistas chineses que deixaram de viajar – mais de 400 mil visitam o país todos os anos, além de gastarem três vezes mais que a média, cerca de R$ 10 mil cada. 
  • Ativos valorizados – É difícil falar em efeitos positivos do surto quando pessoas morrem ou ficam isoladas em suas casas. Mas em termos puramente financeiros, há algumas valorizações em meio ao recuo de tantos setores. Há aumento das vendas de produtos de limpeza, por exemplo, além das máscaras. O preço do ouro, tradicionalmente considerado um porto mais seguro em tempos de incerteza, também subiu. Em fevereiro, a cotação atingiu o maior valor em sete anos: US$ 1.682,35 a onça-troy (cerca de 30 gramas).
Também podemos citar o impacto negativo nas áreas do esporte e da cultura. Principalmente na Europa, eventos desses segmentos tiveram alterações em suas realizações e muitos deles foram até mesmo cancelados. Nos EUA, o principal evento de basquete, a NBA, cancelou a temporada, depois de um jogador, o pivô francês Rudy Gobert, do Utah Jazz, ser diagnosticado com o novo coronavírus  .

Conclusão 


Embora se perceba uma reação rápida e vigorosa das autoridades sanitárias de todos os países, coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o problema é seríssimo e exige reforço das barreiras de controle e aumento da vigilância do transporte internacional de passageiros para evitar que o 2019-nCoV se alastre. 

Idosos, crianças, gestantes, pessoas com males crônicos como diabetes (que, aliás é o meu caso) ou alguma cardiopatia, são especialmente vulneráveis e correm mais risco de serem atingidas de forma severa pela doença. Enfim, mais do que simplesmente o pânico, o ideal é que cada um de nós faça seu dever de casa no que tange à prática contumaz dos hábitos básicos de higiene pessoal. No mais, é vida que segue.
  • Escrevi mais sobre este assunto aqui. 

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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