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segunda-feira, 30 de março de 2020

PRINCÍPIOS BÍBLICOS: DA TEORIA À PRÁTICA

"Não cesses de falar deste livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, cuidando de fazer segundo tudo quanto nele está escrito. Então, farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido" (Josué 1:8).
O que significa nos dias de hoje ser alguém que vive os princípios bíblicos? É comum em nossa linguagem evangélica dizer: 
"Eu sigo os princípios bíblicos"
ou 
"princípios cristãos"
Mas qual o real significado de uma vida pautada em princípios bíblicos? A sociedade fala em princípios éticos, as empresas e instituições gostam de deixar bem claro quais são seus princípios, as famílias se orgulham de criarem seus filhos dentro dos princípios morais.

É muito comum em salas de espera de grandes empresas haver quadros nos quais são registrados de forma bem clara os princípios dessas empresas. Aliás, no meu curso de Administração, essa era uma das principais disciplinas. Quantas vezes nós mesmos falamos: 
"Aquela pessoa não tem princípios!"
ou 
"que falta de princípios!" 
Outras vezes durante muitas pregações ouvimos expressões como: 
"A vida do cristão deve ser uma vida de princípios"
ou 
"os nossos princípios são diferentes dos princípios deste mundo".
Mas afinal, o que é um princípio? Viver uma vida pautada em princípios bíblicos é apenas um "jargão" evangélico ou é algo que realmente traz mudanças à nossa vida?

Entendendo o que é princípio


A palavra "princípio" significa a origem, a causa, um rudimento, uma verdade absoluta. Um princípio é algo que não muda, difere-se de uma opinião, de uma boa ideia, não é relativo e não está preso a um contexto histórico, a uma época específica ou a um costume. 

A Bíblia é um livro que contém inúmeros princípios, verdades absolutas que não se prendem ao contexto histórico ou à época em que foram escritas: 
  • São princípios, verdades eternas.
Para identificarmos um princípio bíblico, devemos checar se ele é uma verdade no Velho e no Novo Testamento, se é uma verdade que pode ser aplicada no Brasil, na África, na China ou em qualquer outro lugar do mundo, se poderia ter sido aplicado em uma situação nos séculos passados e se poderá ser aplicado nos próximos séculos.

Um princípio é atemporal


O coração de Deus deseja que esquadrinhemos a sua Palavra e nela encontremos suas verdades eternas, pois os princípios da Palavra de Deus nos trazem a revelação de Quem é o próprio Deus. Quando começamos a pensar a partir de princípios bíblicos e não a partir de opiniões ou "achismos", o nosso estilo de vida muda se torna mais consistente.

O resultado de vivermos dentro dos princípios bíblicos é uma vida equilibrada, as nossas ações começam a ser governadas por Deus, tanto na congregação como vida social, familiar ou na administração dos nossos negócios.

A nossa mente torna-se "cativa" à mente de Deus; caminhamos em direção aos seus pensamentos e começamos a ver tudo que nos cerca numa perspectiva bíblica. 
"Derrubamos raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo o pensamento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5).

Da teoria à prática


Parece uma afirmação óbvia, mas realmente em nosso dia a dia, na vida da igreja, nos negócios, nos estudos, nos relacionamentos, nas decisões, parece existir uma distância entre os absolutos de Deus e a nossa própria maneira de governar a nossa vida. 

Vivemos um grande momento de expansão do evangelho, em que muitos se achegam a Jesus, à comunhão da Igreja. Como cumpriremos esse desafio de ensinar uma geração a agir e pensar como Deus pensa? Temos um privilégio e um desafio de ensinarmos a uma geração uma maneira de pensar, não de forma teórica, mas prática.

Mas como? Do que você está falando? Falo de como agimos ao fazer uma compra e nos sentirmos lesados em nossos direitos. Qual o princípio bíblico, qual a verdade de Deus a ser revelada em nós ao tratarmos o nosso funcionário? Qual o nosso pensamento e atitude ao ouvirmos uma reportagem sobre a rebelião em um presídio, uma devastação ecológica, um assassinato ou a corrupção no governo? 

A Igreja tem como prioridade preparar pessoas que "pensam como Deus pensa", que apresentem soluções bíblicas para uma sociedade sem respostas. Isso causará impacto na sociedade, cidade e nação.

Torna-se urgente aprofundarmos na perspectiva bíblica sobre as questões sociais, de governo e economia. A Bíblia nos aponta um caminho e não uma alternativa. Ela é a verdade.

Quando identificado e aceito, um princípio bíblico torna-se uma verdade interior que governa nossas ações. 
"Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes e penetra até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração" (Hebreus 4:12).

Andando em círculos


Às vezes temos a sensação de que andamos em círculos. Usamos uma terminologia evangélica, buscamos ao Senhor, mas há uma distância tremenda entre o nosso estilo de vida na igreja e fora do ambiente da igreja. Precisamos entender que o cristão, independente do ambiente em que esteja, continua a ser cristão. 

Deus não nos chamou a uma vida dúbia, pensamentos e atitudes inconstantes. 
"Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; se é Baal, segui-O. Porém o povo nada lhe respondeu" (1 Reis 18:21).
A sociedade e as escolas nos ensinam que uma verdade é condicionada ao tempo e às experiências pessoais; contudo, como ensinar os pensamentos de Deus, seus absolutos, seus princípios a um mundo em constantes mudanças, em que tudo é relativo, adaptável, flexível e cada verdade é construída de maneira única? 
"Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firme; porque ele confia em ti" (Isaías 26:3). 
"Pois quem conheceu a mente do Senhor que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo" (1 Coríntios 2:16).

Colocando em prática


Você já parou para pensar que se todos respeitassem uns aos outros – e a si mesmos – a maioria dos problemas do mundo não existiria?

Pensar assim não é ingenuidade, por mais que pareça.

Pense bem: se houvesse respeito pelo próximo, ninguém roubaria, mataria, desobedeceria ao pai e à mãe, trairia o cônjuge, mentiria, seria corrupto ou corruptor ou teria inveja para cobiçar o que não lhe pertence. Se respeitassem a Deus, muitas pessoas não blasfemariam nem se entregariam a outros "deuses", no sentido real ou no figurado. Se respeitassem a si mesmas, não se prejudicariam com coisas desnecessárias e que em nada edificam.

Achou isso familiar? Sim, há milênios essas regras foram divulgadas nos tão conhecidos Dez Mandamentos revelados por Deus a Moisés no alto do monte Sinai. Para quem não sabe, eles são a base da Justiça de vários países do mundo atual.

Se desde a época do Êxodo esses mandamentos fossem obedecidos, o mundo não veria tantas catástrofes – principalmente as sociais – e tragédias que nos espantam no noticiário todos os dias. O próprio Deus já dava a dica: respeito é simplesmente a base de tudo. De tudo mesmo: do amor, da família, do trabalho, dos estudos, da saúde e da sociedade.

Coerente com a obediência


Desde aqueles Mandamentos lavrados em pedra, o que um filho de Deus fala deve combinar com o que ele faz. Muitos dizem que amam alguém em um casamento, por exemplo, enquanto traem aquela pessoa, a humilham, a usam para satisfazer seus próprios interesses ou tentam manipulá-la para que ela mude e seja de acordo com o que desejam dela, não respeitando quem ela é. Quem ama não faz isso e quem se ama não se permite fazer parte de um relacionamento tóxico assim.

De que adianta um adulto ensinar a uma criança a respeitar os mais velhos, mas soltar piadinhas ou reclamar quando um idoso é atendido antes numa fila? Além de o pequeno achar que isso de respeito é só papo furado, ele vai imitar essa atitude. Criança vê, criança faz. E aí nasce mais um indivíduo que não está "nem aí" para os direitos do outro nem quanto ao seu espaço e às suas opiniões – algo, infelizmente, muito comum hoje em dia.

Isso levanta outra questão. Um dos princípios básicos das leis de muitas sociedades é de que o seu direito termina onde começa o do próximo. Isso faz pleno sentido, mas nem sempre funciona na prática. Aquela pessoa que "fura" o sinal vermelho, liga o som a todo volume de madrugada atrapalhando o sono dos vizinhos ou se apodera de um objeto que está "dando sopa" costuma ser a mesma que fica indignada quando fazem essas mesmas coisas com ela. Como pode querer o que ela mesma não dá?

Conclusão

Começa em cada um de nós


O nosso Deus continua o mesmo. Ele estabeleceu para toda e qualquer área de nossa vida um padrão, um caminho que sempre conduzirá à vida, a uma maneira de pensar e agir coerentes com a nossa fé. Parar de andar em círculos significa ter uma direção certa, um lugar aonde se quer chegar, ser estável e saber que todas as nossas atitudes encontram na Palavra de Deus orientação. Embora pareça simples, nem sempre vivemos a prática de "fazer conforme tudo o que nela está escrito"!

Quem se respeita e obedece de verdade a Deus e aos Seus Mandamentos, se preserva. Munida de respeito por si mesma, a pessoa nunca se meteria com o que destrói sua saúde física, mental, social e, sobretudo, espiritual. Ela dá valor a seu descanso e procura adotar hábitos saudáveis que somem muito à sua qualidade de vida.

Nem sempre somos respeitados por quem procuramos respeitar. Cabe aqui, portanto, o mesmo princípio da confiança: não podemos saber se podemos confiar em alguém, mas podemos cuidar para sermos confiáveis, o que também é uma forma de respeito pelos outros.

O Senhor Jesus cita os dois Mandamentos que representam toda a Lei divina: 
"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10:27).
A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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