Não é novidade a ninguém que a música cristã passou por uma verdadeira revolução nas últimas décadas. A década de 70 apresenta as bases para a grande transformação que a música cristã brasileira iria sofrer nas décadas de 80 e 90. Antes de conhecermos a história dessa bela e clássica canção do hinário evangélico, é preciso fazer uma breve análise da história da música cristã no Brasil.
A evolução da música gospel
Embora antes de 1980 já existisse um mercado de música religiosa de ritmos populares no Brasil, o termo gospel ainda não era utilizado para descrevê-lo. Esse termo foi popularizado no Brasil através do casal Estevam e Sônia Hernandes, líderes da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada em 1986, em São Paulo (SP).
Do mesmo modo, os trabalhos até a década de 1980 e parte dos anos 1990 não enfocavam o aspecto da diversidade dessa produção, mas, sobretudo em relação à música evangélica, os hinários e "corinhos" comuns nas igrejas protestantes desde os seus primórdios no país, além das canções de ritmos populares eram comumente utilizadas pelas comunidades paraeclesiásticas em suas atividades de evangelização nos anos 1960 e 1970.
Do mesmo modo, os trabalhos até a década de 1980 e parte dos anos 1990 não enfocavam o aspecto da diversidade dessa produção, mas, sobretudo em relação à música evangélica, os hinários e "corinhos" comuns nas igrejas protestantes desde os seus primórdios no país, além das canções de ritmos populares eram comumente utilizadas pelas comunidades paraeclesiásticas em suas atividades de evangelização nos anos 1960 e 1970.
A partir dos anos 2000, os trabalhos começaram a utilizar de forma frequente a expressão música gospel. No entanto, não existe uma definição pacífica do termo, até mesmo por ele ser articulado por diversos agentes em diferentes espaços sociais (mercado, instâncias religiosas, mídia, academia, etc.).
Devido a amplitude do termo em relação às suas vertentes, ainda encontramos alguns problemas existentes na tentativa de se estabilizar o conceito em definições precisas e que não levem em conta os diferentes contextos de produção, circulação e consumo da música.
A prática X a diversidade dos conceitos
É domingo e você sai de casa rumo à igreja. Durante o culto, o pastor convoca todos a cantarem alguns hinos da Harpa Cristã. A cena comum a muitos evangélicos remete à importante história da igreja brasileira.
Adotada como hinário oficial por muitas denominações, principalmente pelas Assembleias de Deus, a Harpa Cristã teve sua primeira versão lançada, em 1922, em Recife (PE). De lá para cá, o conjunto de hinos, elaborado inicialmente pelo missionário Samuel Nyström (✩1891/✞1960), passou por várias mudanças até o seu modelo atual com 640 louvores.
"O Rei Está Voltando"
'O mercado está vazio, seu trabalho já parou
O martelo dos obreiros, seu barulho já cessou
Os ceifeiros lá no campo, terminaram seu labor
Toda Terra está em suspense, é a volta do Senhor
O Rei está voltando, o Rei está voltando
A trombeta está soando, o meu nome a chamar
Sim o Rei está voltando, o Rei está voltando
Aleluias, Ele vem me buscar
Os vagões de trens vazios, passam ruas e quarteirões
Aviões sem seus pilotos, voam para destruição
A cidade está deserta, sua agitação parou
Sai a última notícia, é a volta do Senhor
O Rei está voltando, o Rei está voltando...
Vejo a multidão subindo, ouço o coro angelical
Todo o céu está se abrindo, em um bem vindo sem igual
Como o som, de muitas águas, nós ouvimos ecoar
Aleluias ao cordeiro, nós chegamos para o lar
O Rei está voltando, o Rei está voltando
A trombeta está soando, o meu nome a chamar
Aleluias, Ele vem me buscar'
Essa é a letra de um hino há tempos muito cantado pelos cristãos e, com os acontecimentos atuais no mundo, devido à pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, "O Rei Está Voltando" voltou a ser trilha sonora em muitas comunidades cristãs.
De conteúdo escatológico, a composição é sobre a esperança que sempre ressurge quando os acontecimentos do dia-a-dia vão assumindo o ar de realidade da Palavra Profética de Deus, a confirmação das profecias com as notícias do jornal do dia, que apontam para a iminente, certa, porém ainda não sabida para quando, segunda vinda de Jesus para o resgate, ou arrebatamento, de sua Igreja, crença comum à maioria cristã mesmo em sua mais variada distinção dogmática e denominacional.
Os sinais, para quem estuda a escatologia, são muito claros, embora não se deva ler a Palavra de Deus com o jornal na mão, é o que orienta muita gente séria, sensata e equilibrada, justamente para se evitar que se propaguem ainda mais especulações que alimentem a já quase incontrolável disseminação das seitas e suas absurdas heresias.
Como nasceu o hino
Uma das mais belas canções sobre o arrebatamento, "The King is Coming (O Rei Está Voltando)" foi escrita pelo casal Bill e Gloria Gaither , do clássico coral gospel Gaither Vocal Band, natural de Battle Creek, Michigan (EUA).
Escrita no final dos anos 70 por Bill e Gloria, a história é contada em detalhes no livro "Something Beautiful" (sem tradução para o português). A autora relata que a ideia surgiu durante um jantar com o marido e os amigos, Chuck Millhuff e Jim Bohi.
Os dois evangelistas compartilharam sobre um sermão que ouviram de Jim Crabtree (✩1871/✞1908) acerca da volta de Cristo e de como ele gritava
"O Rei está voltando! O Rei está voltando!".
Depois que os amigos foram embora, Gloria e Bill continuaram a conversar. Eles queriam uma música com um
"cenário musical que seria algo simples e grandioso como uma procissão de coroação".
Ao piano, Bill começou a compor a melodia enquanto Gloria escreveu a letra.
No livro, ela conta que após escrever, sentiu-se gasta e tremendo de excitação. Ao levar as palavras para o marido, ele imediatamente tocou e as cantou
"ajustando-as como uma luva para a música que ele estava ouvindo".
Além de incorporar a Harpa Cristã na versão mais atualizada, "O Rei Está Voltando" foi gravada por vários artistas como Ozéias de Paula, Luiz de Carvalho (✩1925/✞2015) e Mara Lima, dentre outros. Em 2001, o grupo Banda & Voz lançou uma versão da música no CD "Banda & Voz e Amigos – Corinhos Insquecíveis 2", com participação de Marina de Oliveira, sendo essa, inclusive, a minha versão preferida.
Conclusão
Talvez por medo, ansiedade ou orgulho, muitos cristãos querem muito ouvir sobre a vinda de Jesus, dizem que os sermões escatológicos fazem falta hoje por causarem medo da condenação ao inferno nas pessoas e, por esta razão, estes sermões "fazem com que" elas ajam de forma mais "piedosa" por medo do juízo divino.
Mas isso não é verdade! A mensagem mais importante das Escrituras é a mensagem do Evangelho e o Dia da Segunda Vinda não será nada mais que a consumação da salvação da condenação ao castigo eterno daqueles que Deus elegeu antes da fundação do mundo para que fossem parte do Seu povo (cf. Efésios 1:4-7; 1 Pedro 2:9,10) – e, por favor, não confunda ou distorça minhas palavras, NÃO ESTOU falando ou sugerindo absolutamente nada sobre a doutrina da predestinação.
Estes são todos os que O recebem, e se preparam para este Dia (Mateus 25), sendo este preparo realizado por Ele mesmo em nós. Sua Volta será também para a condenação daqueles que não O receberam (cf. João 3:13-21). Nós, que somos também aqueles que O receberam (17:20, 21), não devemos temer o Dia da Segunda Vinda, mas como disse o apóstolo Pedro, esperá-lo ansiosamente e "apressar" a sua chegada, através de um procedimento santificado a cada dia pelo próprio Deus habitando em nós através de Seu Espírito Santo e nos fazendo perseverar na fé (cf. Judas 24, 25a).
Que Deus nos preserve assim, em comunhão com Ele, e que possamos, com alegria dizer, como Noiva, junto com o Espírito: Vem! Amém! Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus seja com todos (Apocalipse 22:17,20,21).
Ao hino eu deixo o meu seleto carimbo de
[Fonte: Pleno.News]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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