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domingo, 21 de janeiro de 2018

OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CRISTIANISMO: 1) ARREPENDIMENTO

“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2).
O arrependimento é o primeiro passo para os que querem ter uma vida de intimidade constante com Deus. Sem um profundo arrependimento não há remissão de pecados, ou seja, o perdão só se torna evidente em nossas vidas quando houver de fato quebrantamento gerado pelo arrependimento.

ARREPENDIMENTO É MUDANÇA DE MENTE


Comecemos este estudo com o seguinte versículo 2 do capítulo 3 do evangelho de Mateus. A palavra “arrependimento” é bem destacada aqui, e se encontra no modo imperativo, ou seja, é necessário e fundamental para a conquista de algo. “Arrependei-vos” no seu contexto original émetanoew/metanoeo que significa: mudança de mentalidade, mudar a mente para melhor. 

É interessante perceber que todo o processo e gestação do pecado está na mente, assim como o pecado é gerado primeiramente em nossa mente, sua concepção no sentido de “dar à luz” se dá no coração, e o texto principal para esta afirmação é: 
“...Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1:15). 

ARGUMENTO É MUDANÇA DE ATITUDE 


Um dos principais alvos do arrependimento é a mudança de mentalidade, digo isso, por que há muitas pessoas que sempre estão confessando e pedindo que o Senhor os perdoe e sempre estão neste círculo vicioso, sempre praticando as mesmas coisas, os mesmos pecados e com isso tentam cauterizar sua consciência e muitas vezes escoram-se na graça dizendo: Deus é amor! Ele vai me perdoar. 

E tantos outros argumentos infundados a fim de aliviarem todo o fardo da culpa sobre suas vidas. Muitos se esquecem que, após toda mudança de mentalidade, deve sempre haver uma mudança de atitude, um estado verdadeiro de voltar-se para dentro de si mesmo fazendo assim, uma sondagem e uma auto-reflexão com o propósito de tão somente ver o seu estado, conscientizar-se segundo a Palavra de Deus e obedecer a voz do Eterno quando Ele diz: 
“… Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1:16). 

ARGUMENTO É O RECONHECIMENTO DA DEPENDÊNCIA DE DEUS 


Então, o primeiro passo para o arrependimento é ver o seu estado em pecado (sondagem, auto-reflexão). O segundo passo é o voltar-se para dentro de si mesmo, é admitir que de fato houve um pecado (conscientização), e o terceiro passo é obedecer a voz do Senhor (mudança de atitude). 

Estes são os três elementos de fundamental importância para se ter uma vida de propósito diante do Eterno. Elementos estes que mortificam a carne, onde o mortificar da carne torna-se também um ato de amar e obedecer ao Senhor. 

Veja o seguinte texto sobre a mortificação da nossa carne: 
“… Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gálatas 2:19,20). 
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive assentado à direita de Deus” (Colossenses 3:1). 
A morte de Cristo na cruz acabou com a nossa corrupção anterior. Pela morte de Cristo na cruz, tornei-me totalmente separado (morto para) da minha antiga forma de sentir e agir. 

Um pronome que se destaca neste texto, e de suma importância é a palavra “sou eu” – egw/ego, que apenas é expresso na Bíblia quando algo está sendo enfatizado. Preste bem atenção que o verbo “estar” é que está sendo crucificado, e que aqui está na primeira pessoa do singular “estou crucificado”, ou seja, quem está sendo crucificado é o próprio ego, o próprio “eu”

Podemos tirar várias verdades dessa consideração, como por exemplo: se eu verdadeiramente estiver disposto a ter uma vida de renúncia do pecado, mortificando o meu “eu” ou ego, experimentarei então, uma nova vida com Cristo Jesus, e só então poderei dizer assim como o apóstolo Paulo escreveu em Gálatas: 
“...Cristo vive em mim” (2:20b). 
Isso implica num senhorio absoluto de Cristo em nossas vidas, tendo assim, o controle sobre nossa mente, vontade e coração; corpo, alma e espírito e apresentando-nos perante Deus como um sacrifício vivo perfeito e agradável. 
“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmos 51:17).  
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1). 

ARREPENDIMENTO É SINÔNIMO DE VIDA 


É interessante que a palavra “vive”, vem do grego zwh/zoe que significa: Absoluta plenitude da vida, tanto em essência como no caráter, que pertence a Deus e, por meio dEle, ao “logos” ou o Verbo Eterno (Yeshua Ha Mashiach – Jesus Cristo, o Messias) em quem o “logos” ou o Verbo Eterno assumiu a natureza humana (João 1:1,10,14; 1 Jo 1:1; Apocalipse 19:13). 

Em João, denota Jesus Cristo como sendo a essência da Palavra de Deus, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota também seu ministério na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Filho de Deus, anunciado visivelmente através de suas palavras e obras. 

Este termo “Logos” é bem familiar para os judeus, e na sua literatura é muito usada para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. É a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. 

É de suma importância aplicar essa palavra em nossas vidas, pois o “Logos”, o Verbo Eterno vive em nós, trazendo-nos constante transformação em nosso caráter que é a sede da nossa conduta moral. E governando nossas vidas cumprindo assim, o plano de salvação em nós por meio do seu amor Eterno. 

ARREPENDIMENTO TAMBÉM ENVOLVE AS EMOÇÕES 


Para que haja o genuíno arrependimento em nós é preciso também que as nossas emoções sejam curadas, vejam o seguinte texto: 
“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia” (Salmos 32:3). 
Eis aí uma palavra o qual nos revela não somente o confessar dos pecados do dia-dia, pecados o qual muitos tratam como se fossem “pecadinhos”, se é que existe tal grau de pecado. Pecado é pecado. O texto vai muito mais além, pois, fala-nos principalmente de pecados ocultos e não confessados, e as conseqüências que acarretam sobre aquele que encobre suas transgressões. 

O autor do texto o qual lemos anteriormente está agora relatando o seu estado o qual se encontra extremamente enfermo pelo fato de ter permanecido em silêncio ante o seu pecado. Observem bem esse fato, logo após esse relato e pelo fato de ter-se visto em condição de enfermidade o qual penso ser extrema. Há então, o ato de humilhar-se em quebrantamento perante Deus. 

O pecado de fato mata as emoções, fere a integridade de consciência e principalmente, nos afasta de Deus o que é mais lastimável. 

O único remédio é abrir o coração numa atitude de confissão perante o Eterno Deus. Não se esquecendo assim, que antes de toda confissão deve vir primeiro um genuíno arrependimento e consequentemente, uma mudança de atitude, e isso implica em mudar a rota, é dar um giro 360º rumo à vida eterna. 
“Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. 'Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado'” (Salmos 32:5).  
“O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). 

CONCLUSÃO 


É bastante importante compreendermos que, quando confessamos nossos pecados a Deus, o “deixar” deve ser o alvo proposto e motivacional para nossas vidas. 

A solução que o apóstolo Paulo nos apresenta é primordial para alcançarmos o alvo proposto (a vida eterna – a Nova Jerusalém). 

Observem bem há duas realidades: o alvo proposto pelo pecado e do outro lado, alguns alvos o qual nos conduzirá ao principal (a Nova Jerusalém). O servo fiel em primeiro lugar procura caminhar em direção ao que o Senhor tem proposto sobre sua vida, rompendo assim, inteiramente com o pecado deixando para trás e prosseguindo para o alvo. 

O seu prazer é fazer a vontade do Senhor que sempre o respalda e o ajuda a vencer barreiras, assim como: pecados, traumas, dúvidas, vícios, bem como outras barreiras que o impedem de vencer. E é nesta tão grande perseverança que mora uma tão grande conquista.
  • Escrevi mais sobre esse assunto aqui.
A Deus toda glória. 
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