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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

O RECONHECIMENTO DE JERUSALÉM COMO CAPITAL DE ISRAEL, CUMPRIMENTO PROFÉTICO OU MERA QUESTÃO POLÍTICA?

"É tempo de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel. Presidentes anteriores haviam feito disso uma promessa de campanha, mas fracassaram em cumpri-la. Hoje, eu estou cumprindo", 
afirmou o presidente americano em discurso na quarta-feira, seis de dezembro.

Trump afirmou também que a embaixada americana será realocada em Jerusalém - medida alvo de críticas na comunidade internacional pela possibilidade de comprometer a neutralidade dos EUA na mediação do conflito - e que a medida é parte de uma nova abordagem ao processo de paz entre Israel e Palestina.
"É um passo que já deveria ter sido dado no processo de paz e no trabalho para um acordo duradouro. Repetir a mesma fórmula do passado não produzirá resultados diferentes", 
completou. 
"Reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel é condição necessária para alcançar a paz. (...) Não é nada além do que o reconhecimento da realidade."


A resposta da Onu


A primeira reação internacional foi do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, criticando "medidas unilaterais" relacionadas à questão e afirmando que Jerusalém tem de ser reconhecida como "capital de Israel e da Palestina".

A transferência de embaixada é prevista em uma lei que o Congresso americano aprovou em 1995, que prevê, ainda, o reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado israelense.

A lei estipulava 31 de maio de 1999 como data final para a mudança de sede da embaixada, sob pena de sanções ao Poder Executivo. Contudo, incluía a possibilidade de adiamento do prazo por seis meses, caso necessário para "proteger os interesses de segurança nacional".

E é isso o que todos os presidentes desde então (Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama) têm feito.

Trump seguiu o exemplo de seus antecessores e, em junho, renovou a prorrogação por seis meses - decisão que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, chegou a avaliar como "sábia", na época, tendo em vista que mover a embaixada em um contexto em que os dois lados reivindicam Jerusalém como capital poderia complicar as negociações para a retomada de um processo de paz genuíno.

Agora, com o prazo de sua última prorrogação expirado, Trump decidiu pela mudança a Jerusalém.


Questão política ou cumprimento profético?


A decisão unilateral dos Estados Unidos de reconhecerem Jerusalém como capital de Israel terá desdobramentos políticos que impactaram os acordos internacionais. Para muitos cristãos, a ação de Donald Trump é o cumprimento de profecias sobre o final dos tempos.

O pastor Hernane Santos, da Visão de Evangelismo Mundial, escreveu em suas redes sociais que a profecia de Zacarias 12:3 está se cumprimento, pois, reconhecer que Jerusalém é dos judeus trará conflitos na Terra. O versículo diz: 
"E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-á contra ela todo o povo da terra".
O pastor da Comunidade Preciosa Graça em Campo Largo (PR) escreveu que este é "um momento histórico" e declarou que é a profecia bíblica se cumprindo. 
"As profecias da Palavra estão se cumprindo diante de nossos olhos! Jesus está voltando", 
escreveu.

De fato, a decisão americana irá colocar os povos da Terra contra os Estados Unidos e contra Israel, nas primeiras horas após o anúncio de Trump oito países pediram reunião de urgência na ONU e autoridades árabes prometeram "graves consequências".

Em entrevista ao portal JM Notícia, o pastor João Abrantes da Igreja Assembleia de Deus Madureira da Arse 92, em Palmas (TO), não vê a decisão unilateral dos Estados Unidos como uma profecia ou sinal do fim dos tempos.
"A Bíblia diz que Jerusalém a eterna capital do Senhor e também diz que Jerusalém será o centro do mundo na gestão do Anticristo", 
declarou o pastor. 
"Esse Anticristo terá muita influência, pois aglutinará as nações em torno do seu projeto que é uma aliança para ele reinar em Jerusalém", 
completa.

Na visão do pastor, que é teólogo, Trump está sozinho nessa decisão e, sem apoio de outros países, não é possível fazer qualquer ligação entre esse fato e o Apocalipse. 
"Não tem nenhum outro país a favor dessa decisão, portanto não tem uma profecia bíblica que possa embasar que se trata de uma profecia", 
declarou.

Como pastor assembleiano, João Abrantes acredita que o Anticristo irá surgir e aglutinar nações em torno de um projeto que será aprovado para que ele more em Jerusalém. Porém, como crente na pré-tribulação, ele acredita que a tribulação acontecerá apenas depois do arrebatamento.

Gostando ou não, querendo ou não...


Será mera coincidência que Jerusalém, a chave atual da paz mundial, foi originalmente chamada Salem, que significa "paz"? Ela foi governada naqueles antigos dias por uma das figuras mais enigmáticas na história: Melquisedeque, rei de Salem.

Ele aparece subitamente do nada nas páginas das Escrituras, depois desaparece. Esse era território pagão, mas Melquisedeque era "o [não um] sacerdote do Deus Altíssimo" (Gênesis 14:18; conforme Hebreus 7:1). Abraão, conhecido como "o amigo de Deus", admirava Melquisedeque como alguém maior que ele mesmo, honrou-o com uma oferta, e aceitou sua bênção (Gn 14:19,20; Hb  7:1,2).

Conversando com Deus, Salomão chamou Jerusalém de "a cidade que tu escolheste..." (1 Reis 8:44). Jerusalém, com o seu destino profético pronto para atingir força total, apresenta uma mensagem clara para o mundo: a humanidade não é o produto do acaso e de forças evolucionárias cegas. 

Nada no universo, nem a própria energia nem as míriades de formas em que se manifesta, pode ser explicado pelo acaso. Claramente as leis da física e química não iniciaram seu controle organizado sobre a matéria mas foram criadas por um Legislador; e tão obviamente quanto isso, o átomo e a célula viva, com sua organização e função incompreensíveis, só poderiam ter sido criados e concretizados por um Criador infinito. 


Conclusão


Independente das especulações sobre o anúncio de Trump, em concordância com o universo que a cerca, Jerusalém declara ao mundo que a humanidade tem um lugar especial na criação de Deus e que um destino glorioso espera aqueles que reconhecerem e obedecerem ao Deus de Israel que escolheu Jerusalém como Sua cidade.

Se alguém gosta das implicações ou não, permanece o fato de que o papel, racionalmente inexplicável, desempenhado por Jerusalém foi profetizado na Bíblia milhares de anos atrás. E se alguém gosta das implicações ou não, permanece também o fato de que essas profecias bíblicas oferecem a única explicação racional para o lugar singular de Jerusalém no cenário mundial de hoje. Os fatos permanecem por si sós, e não podem ser refutados apesar de muitos israelenses e sionistas rejeitarem seu sabor milagroso.

Sem a Bíblia não é possível fazer sentido da história humana. Nós nos deparamos com apenas duas escolhas: ou a humanidade é simplesmente um acidente, que aconteceu em um dos bilhões de planetas (e se aqui, talvez em outros espalhados pelo cosmo), ou fomos criados por Deus para Seus próprios propósitos. É só o Deus da Bíblia que dá propósito e significado à Sua criação, e Ele decretou que Israel terá um papel importante em Seu plano.

Jerusalém! Ela é diferente de qualquer outra cidade na terra. Ela fica no centro da história e no próprio coração dos propósitos de Deus para este planeta e todos os seus habitantes. Essa é a "Cidade de Deus", onde Deus escolheu colocar Seu nome e para a qual Ele dará a última palavra. Quer goste ou não, o mundo inteiro não pode escapar das implicações dessa escolha.

[Fonte: BBC Brasil]

A Deus toda glória. 
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E nem 1% religioso.

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