"É tempo de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel. Presidentes anteriores haviam feito disso uma promessa de campanha, mas fracassaram em cumpri-la. Hoje, eu estou cumprindo",
afirmou o presidente americano em discurso na quarta-feira, seis de dezembro.
Trump afirmou também que a embaixada americana será realocada em Jerusalém - medida alvo de críticas na comunidade internacional pela possibilidade de comprometer a neutralidade dos EUA na mediação do conflito - e que a medida é parte de uma nova abordagem ao processo de paz entre Israel e Palestina.
"É um passo que já deveria ter sido dado no processo de paz e no trabalho para um acordo duradouro. Repetir a mesma fórmula do passado não produzirá resultados diferentes",
completou.
"Reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel é condição necessária para alcançar a paz. (...) Não é nada além do que o reconhecimento da realidade."
A resposta da Onu
A primeira reação internacional foi do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, criticando "medidas unilaterais" relacionadas à questão e afirmando que Jerusalém tem de ser reconhecida como "capital de Israel e da Palestina".
A transferência de embaixada é prevista em uma lei que o Congresso americano aprovou em 1995, que prevê, ainda, o reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado israelense.
A lei estipulava 31 de maio de 1999 como data final para a mudança de sede da embaixada, sob pena de sanções ao Poder Executivo. Contudo, incluía a possibilidade de adiamento do prazo por seis meses, caso necessário para "proteger os interesses de segurança nacional".
E é isso o que todos os presidentes desde então (Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama) têm feito.
Trump seguiu o exemplo de seus antecessores e, em junho, renovou a prorrogação por seis meses - decisão que o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, chegou a avaliar como "sábia", na época, tendo em vista que mover a embaixada em um contexto em que os dois lados reivindicam Jerusalém como capital poderia complicar as negociações para a retomada de um processo de paz genuíno.
Agora, com o prazo de sua última prorrogação expirado, Trump decidiu pela mudança a Jerusalém.
Questão política ou cumprimento profético?
A decisão unilateral dos Estados Unidos de reconhecerem Jerusalém como capital de Israel terá desdobramentos políticos que impactaram os acordos internacionais. Para muitos cristãos, a ação de Donald Trump é o cumprimento de profecias sobre o final dos tempos.
O pastor Hernane Santos, da Visão de Evangelismo Mundial, escreveu em suas redes sociais que a profecia de Zacarias 12:3 está se cumprimento, pois, reconhecer que Jerusalém é dos judeus trará conflitos na Terra. O versículo diz:
"E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-á contra ela todo o povo da terra".
O pastor da Comunidade Preciosa Graça em Campo Largo (PR) escreveu que este é "um momento histórico" e declarou que é a profecia bíblica se cumprindo.
"As profecias da Palavra estão se cumprindo diante de nossos olhos! Jesus está voltando",
escreveu.
De fato, a decisão americana irá colocar os povos da Terra contra os Estados Unidos e contra Israel, nas primeiras horas após o anúncio de Trump oito países pediram reunião de urgência na ONU e autoridades árabes prometeram "graves consequências".
Em entrevista ao portal JM Notícia, o pastor João Abrantes da Igreja Assembleia de Deus Madureira da Arse 92, em Palmas (TO), não vê a decisão unilateral dos Estados Unidos como uma profecia ou sinal do fim dos tempos.
"A Bíblia diz que Jerusalém a eterna capital do Senhor e também diz que Jerusalém será o centro do mundo na gestão do Anticristo",
declarou o pastor.
"Esse Anticristo terá muita influência, pois aglutinará as nações em torno do seu projeto que é uma aliança para ele reinar em Jerusalém",
completa.
Na visão do pastor, que é teólogo, Trump está sozinho nessa decisão e, sem apoio de outros países, não é possível fazer qualquer ligação entre esse fato e o Apocalipse.
"Não tem nenhum outro país a favor dessa decisão, portanto não tem uma profecia bíblica que possa embasar que se trata de uma profecia",
declarou.
Como pastor assembleiano, João Abrantes acredita que o Anticristo irá surgir e aglutinar nações em torno de um projeto que será aprovado para que ele more em Jerusalém. Porém, como crente na pré-tribulação, ele acredita que a tribulação acontecerá apenas depois do arrebatamento.
Gostando ou não, querendo ou não...
Será mera coincidência que Jerusalém, a chave atual da paz mundial, foi originalmente chamada Salem, que significa "paz"? Ela foi governada naqueles antigos dias por uma das figuras mais enigmáticas na história: Melquisedeque, rei de Salem.
Ele aparece subitamente do nada nas páginas das Escrituras, depois desaparece. Esse era território pagão, mas Melquisedeque era "o [não um] sacerdote do Deus Altíssimo" (Gênesis 14:18; conforme Hebreus 7:1). Abraão, conhecido como "o amigo de Deus", admirava Melquisedeque como alguém maior que ele mesmo, honrou-o com uma oferta, e aceitou sua bênção (Gn 14:19,20; Hb 7:1,2).
Ele aparece subitamente do nada nas páginas das Escrituras, depois desaparece. Esse era território pagão, mas Melquisedeque era "o [não um] sacerdote do Deus Altíssimo" (Gênesis 14:18; conforme Hebreus 7:1). Abraão, conhecido como "o amigo de Deus", admirava Melquisedeque como alguém maior que ele mesmo, honrou-o com uma oferta, e aceitou sua bênção (Gn 14:19,20; Hb 7:1,2).
Conversando com Deus, Salomão chamou Jerusalém de "a cidade que tu escolheste..." (1 Reis 8:44). Jerusalém, com o seu destino profético pronto para atingir força total, apresenta uma mensagem clara para o mundo: a humanidade não é o produto do acaso e de forças evolucionárias cegas.
Nada no universo, nem a própria energia nem as míriades de formas em que se manifesta, pode ser explicado pelo acaso. Claramente as leis da física e química não iniciaram seu controle organizado sobre a matéria mas foram criadas por um Legislador; e tão obviamente quanto isso, o átomo e a célula viva, com sua organização e função incompreensíveis, só poderiam ter sido criados e concretizados por um Criador infinito.
Conclusão
Independente das especulações sobre o anúncio de Trump, em concordância com o universo que a cerca, Jerusalém declara ao mundo que a humanidade tem um lugar especial na criação de Deus e que um destino glorioso espera aqueles que reconhecerem e obedecerem ao Deus de Israel que escolheu Jerusalém como Sua cidade.
Se alguém gosta das implicações ou não, permanece o fato de que o papel, racionalmente inexplicável, desempenhado por Jerusalém foi profetizado na Bíblia milhares de anos atrás. E se alguém gosta das implicações ou não, permanece também o fato de que essas profecias bíblicas oferecem a única explicação racional para o lugar singular de Jerusalém no cenário mundial de hoje. Os fatos permanecem por si sós, e não podem ser refutados apesar de muitos israelenses e sionistas rejeitarem seu sabor milagroso.
Sem a Bíblia não é possível fazer sentido da história humana. Nós nos deparamos com apenas duas escolhas: ou a humanidade é simplesmente um acidente, que aconteceu em um dos bilhões de planetas (e se aqui, talvez em outros espalhados pelo cosmo), ou fomos criados por Deus para Seus próprios propósitos. É só o Deus da Bíblia que dá propósito e significado à Sua criação, e Ele decretou que Israel terá um papel importante em Seu plano.
Jerusalém! Ela é diferente de qualquer outra cidade na terra. Ela fica no centro da história e no próprio coração dos propósitos de Deus para este planeta e todos os seus habitantes. Essa é a "Cidade de Deus", onde Deus escolheu colocar Seu nome e para a qual Ele dará a última palavra. Quer goste ou não, o mundo inteiro não pode escapar das implicações dessa escolha.
[Fonte: BBC Brasil]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
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