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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

SERÁ QUE DEUS ACREDITA NOS ATEUS?

Um artigo publicado pela revista Época (Veja aqui http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2011/11/dura-vida-dos-ateus-em-um-brasil-cada-vez-mais-evangelico.html), em uma de suas edições de novembro de 2011, ainda hoje, 4 anos depois, vira e mexe tem sido usado por ateus – inclusive, acadêmicos – como base para provar a intolerância de crentes em relação aos ateus. Mas, afinal, quem são os ateus?

Ateus são chamados todos aqueles que não acreditam na existência de Deus. Escuta-se e mesmo se fala muito a respeito daqueles que se dizem ateus e para muitos passam então a serem, por defenderem essa crença pessoal, desqualificados como seres humanos, como se fossem menos, como se faltasse a eles algo. É a capacidade de discriminar e estabelecer preconceitos. 

Porém não basta dizer que não acredita em Deus para ser ateu. Muitos que assim se intitulam o fazem apenas para não precisarem assumir compromissos com suas escolhas. É evidente que muitos que se dizem crédulos também não assumem os compromissos que suas crenças lhes atribuem. 

O ateu não tem para si mesmo e para os outros a desculpa de que fatores outros, como energias, azares, invejas é que impediram o bom atingimento dos resultados. 

Para ele não há fantasmas agindo “na surdina” contra ou a favor. Há sim competência ou incompetência e merecimento ou não merecimento está vinculado apenas a isso, seu esforço próprio. 

Alguns ateus citam que a existência de dogmas impede o livre raciocínio. E, dadas a devidas proporções, é um fato comprovado, basta verificar a incapacidade das pessoas identificarem suas emoções e desejos apenas porque “ferem” suas crenças religiosas. Pecados e culpas estabelecendo os limites das reflexões e principalmente das possibilidades. 

Mas afinal de contas, qual é o “grande legado” dos ateus à humanidade? 

Simples. Se Deus não existe, o homem depende de si mesmo. Não dá para esperar do que ou de quem não existe. O ateu valoriza o homem acima de tudo. Consideram-se plena e totalmente responsáveis por si mesmos e por seus atos. São independentes ou dependentes de si próprios. 

A crença dos ateus é de que não há dogmas ou limites para suas existências. Atenção, isso não significa que para eles não existam valores. Eles tudo podem, mas pelos próprios valores sabem que nem tudo devem fazer. Por opção e coerência e não, como afirmam, por medo ou repressão. 

Contudo, há pessoas que se dizem ateístas e cujo comportamento é muito mais cristão do que os de religiosos ou crentes, que batem no peito a “palavra de Deus” e agem como verdadeiros marginais, prejudicando quem estiver a sua frente. 

“Diz o tolo em seu coração: Deus não existe” (Salmo 14.1). 


Esta é uma das principais declarações que a Bíblia faz sobre o ateísmo. Podemos destacar dois pontos: 

1. O ateísmo é uma tolice 


Negar a existência de Deus é tolice porque a existência de Deus é óbvia. A Bíblia em nenhum momento procura defender a existência de Deus porque ela é a mais elementar de todas as verdades. A Bíblia já começa afirmando categoricamente: “No princípio Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1.1). 

A Bíblia afirma que Deus não pode ser conhecido completamente por nós, mas pode ser conhecido suficientemente: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Romanos 1:20). 

Deus é claramente visto na criação. Desse modo, o ateísmo é considerado tolice porque ele é irracional, é ir contra o evidente, o razoável. Na verdade o ateísmo é a maior tolice possível de se existir. O ateu simplesmente fecha os olhos para as evidências e tapa os ouvidos para a razão. Mas por qual motivo ele faz isso? Isso nos leva ao próximo ponto: 

2. A tolice do ateísmo surge a partir do coração pecaminoso do homem 


Nenhuma pessoa torna-se ateísta por causa de argumentos, mas sim por causa do pecado em seu coração. Não existe um único argumento conclusivo que prove a não-existência de Deus. Em Romanos 1.19 a Bíblia afirma que os ateus não negam Deus pela lógica, mas pela injustiça: “os homens suprimem a verdade pela injustiça”. 

A Bíblia afirma que o ateu nega a existência de Deus porque ele decidiu viver para o pecado. Ou seja, convém ao ateu que Deus não exista. Como afirmou Agostinho: “Ninguém nega Deus a não ser que lhe interesse que Deus não exista”. 

Só entre os homens pecadores encontram-se os ateus. A Bíblia afirma que até os animais não duvidam da existência de Deus: “Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do SENHOR fez isso?” (Jó 12.7-9). Mais que isso, a Bíblia afirma que nem mesmo os demônios duvidam da existência de Deus: “Você crê que existe um Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem - e tremem!” (Tiago 2:19).

Como cristãos, é importante nos posicionarmos quando a nossa fé é vilipendiada. Muitas vezes, os argumentos utilizados por ateus são fracos e desprovidos de uma base filosófica adequada. No entanto, o despreparo de muitos cristãos, tanto do conhecimento bíblico quanto da Filosofia e metodologia do pensamento, faz com que certas respostas aos questionamentos ateístas não sejam dadas. Daí, se nos prepararmos, o “jogo” será invertido e não seremos nós os envergonhados. 

Conclusão 


Para finalizar, é preciso deixar claro que Deus é cognoscível mediante a fé na Sua revelação. Os argumentos usados, embora sejam razoavelmente lógicos, não servirão para que as pessoas se acheguem ao Eterno em adoração. Esta é uma postura que tem início na fé que o próprio Deus planta no coração humano (Efésios 2:8). Embora todo o sistema cristão seja coerente e verdadeiro em suas propostas, ninguém se tornará um seguidor de Cristo através do exercício intelectual (apenas). Sem fé, todo o arcabouço argumentativo favorável ao cristianismo será rejeitado, por mais que se mostre que ele faz total sentido. 

Deus não precisa ser provado, todas as evidências estão debaixo de nossos narizes, e ainda por cima, Ele se revelou de maneira especial através da escrituração de Sua palavra e na encarnação de Jesus Cristo, o logos divino. Esse texto não foi escrito com o intuito de provar que Deus existe, mas sim, explanar que o ateísmo é contraditório em seus pressupostos. Frente às questões últimas da vida, não existem respostas melhores que as resposta do Cristianismo, por isso devemos apresentá-las ao homem do século XXI, que possui os mesmos dilemas dos gregos pré-socráticos. Dilemas que não desapareceram mesmo após a “entronização” da Razão, como previam os iluministas. 

Devemos anunciar que temos a Verdade que liberta (João 8:32, 36), orando para que Deus liberte da cegueira aqueles a quem Lhe aprouver chamar para Si e integrar Seu Reino. E muitos dos que foram postos nas fileiras dos remidos, um dia se disseram ateus convictos. Foi assim com C. S. Lewis, só para citar um exemplo notável. Portanto, tendo a oportunidade de debater com um adepto do ateísmo, lembre-se de que aquele oponente do presente pode vir a ser um irmão de fé no futuro. Então, dose sempre as palavras e não deixe de orar. 

A salvação pertence ao SENHOR! (Jonas 2.9). 


A Bíblia desqualifica o ateísmo como crença válida revelando sua irracionalidade, inconsistência e incoerência. Dessa maneira, a Bíblia não perde tempo com o ateísmo, ela se preocupa com a idolatria. O primeiro dos Dez Mandamentos é contra a idolatria não contra o ateísmo. O grande perigo da civilização não é que ela não creia em Deus, mas que ela se entregue à fantasias e imaginações ímpias. Os homens nunca deixarão de crer em algo, eles sempre estão em busca de Deus, de sentido, de propósito, de vida eterna. Assim, os homens sempre estão fazendo deuses para si. Mesmo os ateus adoram deuses, seja o sexo, o vício, o dinheiro, o status, ou até mesmo um filósofo. 

A grande pergunta não é: “Deus existe?”, mas sim: “Que tipo de Deus existe?”. Por isso Jesus também não se preocupou tanto com o ateísmo, mas com a idolatria. A preocupação dele não era apenas que as pessoas acreditassem em Deus, mas sim no Deus verdadeiro. Ele orou assim: “Está é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). 

[Fonte: The Cristian Post]

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