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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

EU DIGO 'NÃO' À ISLAMOFOBIA

Aos meus irmãos em Cristo, quero esclarecer que minha intensão neste artigo NÃO É defender a prática do islamismo, e sim chamar a atenção pelo risco da chamada “islamofobia”, que consiste em ação e reação de ódio contra os muçulmanos. Aliás, essa reação choca frontalmente com um dos principais pilares do cristianismo: o amor ao próximo.

O "clamor" francês


Qual é hoje o principal problema da França? A dificuldade de adaptar o bem-sucedido modelo socioeconômico do Estado Providência à crise econômica e ao envelhecimento da população? A crise política na nação que inventou a Revolução, dois séculos atrás? Nada disso. Basta ler a imprensa francesa para perceber que, para a maioria dos políticos e dos intelectuais, o principal problema é o papel do Islã na sociedade e sua suposta incompatibilidade com valores democráticos. Não conheço detalhes sobre o rege a constituição francesa. O que falarei neste texto é com base no que anda sendo publicado pela imprensa mundial sobre o assunto.

Que os atos terroristas atribuídos e/ou assumidos pelos radicais fundamentalistas islâmicos, chamados de jhaditas são inomináveis de tão horríveis é fato que já foi mais que discutido e divulgado. Mas há um outro elemento de horror que tem que ver menos com o ato do que com as suas consequências. Confesso que, agora, é o que me dá mais medo. E é urgente advertir sobre o que está em jogo. Urgente não é impedir um crime que já não podemos impedir; nem tão pouco condenar os assassinos. Isso é normal e decente, mas não urgente. Também não é, certamente, espumar contra o islão, pelo contrário. 

Verdadeiramente urgente é alertar contra a islamofobia, precisamente para evitar o que os assassinos querem – e estão já a conseguir – provocar: a identificação ontológica entre o islão e o fascismo criminoso. A grande eficácia da violência extrema tem a ver com o fato de que apaga o passado, o qual não pode ser evocado sem justificar de alguma maneira o crime; tem que ver com o facto de que a violência é atualidade pura, e a atualidade pura está sempre grávida do pior futuro que se possa imaginar. Os assassinos de Paris sabiam muito bem em que contexto estavam a perpetrar a sua infâmia e que efeitos iam provocar.

O problema do fascismo e da sua violência atualizadora é que se trata sempre de uma resposta. O fascismo está sempre a responder; todo o fascismo se alimenta da sua legitimação reativa num quadro social e ideológico em que tudo é resposta e tudo é, por tanto, fascismo. O contexto europeu (pensemos na Alemanha anti-islâmica destes dias) é o de um fascismo crescente. Em França concretamente este fascismo branco e laico tem alguns defensores intelectuais de muito prestígio que, à sombra da Frente Nacional de Le Pen, vão aquecendo o ambiente a partir de púlpitos privilegiados com base no pressuposto, enunciado com falso empirismo e autoridade mediática, de que o próprio islão é um perigo para a França.

Atos terroristas são o extremo de uma ala muçulmana, mas não representam a maioria muçulmana


Há fatos que são (por sua própria natureza) injustificáveis. Não existe base moral (dentro dos valores ocidentais do século XXI) para justificar, amenizar ou tornar efêmero o crime de terrorismo. Entretanto, o movimento conservador no Brasil, tenta difundir uma falsa ideia correlacionando eventos terroristas de origem fundamentalista islâmica com a esquerda do país. Analogia totalmente sem sentido, basta analisar, minimamente, os pressupostos marxistas para entender o que estou falando. É bem verdade que os movimentos de esquerda tendem a apoiar a causa palestina e a luta contra os absurdos cometidos pelo Estado de Israel, entretanto, é um abuso, carecido de qualquer boa fé, dizer que apoiar a causa muçulmana é, fatalmente, apoiar o terrorismo.

Neste sentido, o que proponho hoje não é uma tentativa de discutir se a Charlie Hebdo, assim como as vítimas inocentes do atentado de sexta-feira 13, eram um conjunto de heróis que foram barbaramente atacados por parasitas da modernidade motivados por radicalismo religioso anti-democrático, essa não é uma visão sobre o Oriente Médio com toda sua riqueza e esplendor cultural. Na minha avaliação genocídio e terrorismo já são letras mortas, não perco um segundo do meu dia relativizando esses conceitos ou se houve algum grau de razoabilidade em um ataque terrorista, por que, definitivamente, não há.

A reflexão mais complementar para o tema, a meu ver, é: islamofobia. É o sentimento anti-islâmico, formado pela cultura conservadora ocidental que ganha muita força nos dias atuais, não apenas no Brasil, mas por todo mundo. Algo que me preocupa bastante, já que, tendo a aceitar, que durante períodos de excesso, a facção oposta partilha de um ódio semelhante àquele empregado sobre ela. Para ser claro, hoje o ocidente suscita ódio à cultura muçulmana, muito em resposta aos últimos fatos relacionados ao tema: Torres Gêmeas, ataque ao Metrô de Londres, Madri, Al Qaeda, Bin Laden, ISIS, Charlie Hebdo e atualmente o atentado na zona boêmia de Paris.

Do jihadismo fascista não espero senão fanatismo, violência e morte. Repugna-me, mas dá-me menos medo que a reação que precede - valha o paradoxo einsteiniano - os seus crimes. O “matem todos os muçulmanos” está de algum modo justificado pelos intelectuais que “preparam a guerra civil europeia” e pelos próprios políticos que respondem aos crimes com discursos populistas. 

No fim do ano passado, um jornalista francês chamado Éric Zemmour lançou um livro ("Le suicide français") que se tornou imediatamente um best-seller, tendo vendido perto de 400 mil exemplares. No livro, ele expõe seu racismo em cada página. Em entrevista a um jornalista italiano sobre a situação da França, Zemmour manifestou o desejo de deportar todos os muçulmanos do país. Um perfeito "arauto da extrema-direita francesa", como o chamou o jornal Le Monde. Zemmour se transformou no maior representante da islamofobia francesa. 

Suas posições racistas soam ainda mais chocantes quando se sabe que Zemmour pertence a um povo que foi vitima do genocídio nazista. Mais de setenta mil judeus franceses foram deportados para a Alemanha pela polícia francesa do marechal Pétain, que colaborava com Hitler. 

Conclusão

A Bíblia não é islamofóbica, defendê-la, portanto, não se caracteriza islamofobia


Jesus e Sua obra redentora, é o tema principal e razão de ser Bíblia. São mais de 300 profecias sobre a Sua pessoa no Antigo Testamento, sendo 25 em torno de Sua morte e ressurreição redentoras. E todo o Novo Testamento trata tão somente do Ele fez e ensinou e de como praticar. Nisto se baseia a fé cristã.

O Novo Testamento é o crivo pelo qual precisa passar o cristão, em sua confissão e comportamento, no contexto de uma comunidade, a igreja local. Já que o conceito de sociedade, nação, cultura e civilização cristãs é, do ponto de vista bíblico, simplesmente espúrio. Uma das maiores dificuldades de compreensão para um islâmico do que seja a verdadeira fé (e conduta) cristã reside justamente no referido conceito equivocado. Pois tendem se ater nas formas (institucionais e organizadas) não cristãs e até anticristãs de “cristianismo”, verificadas e consagradas ao longo da História secular. Como se Cruzadas, Inquisição, guerras religiosas, Escravidão, Racismo, Mercantilismo e Capitalismo, etc., no passado, estivessem em consonância com os ensinos de Jesus. Assim como nos dias de hoje a pseudo-liberdade cristãs dos que se dizem crentes, mas, não se afastam da sodomia, da nudez, da vulgaridade e demais comportamentos imorais. A simples leitura do Novo Testamento desfaria por completo tal disparate; sabendo que o basicão de tudo está resumido no Sermão da Montanha (Mateus 5, 6 e 7).

A total dicotomia Bíblia-Alcorão, pode também ser considerada pelo fato de que Allah, Alcorão e Maomé inexistem nas Sagradas Escrituras. E torna-se importante, a bem da verdade, tanto enfatizar quanto esclarecer que não é a Bíblia que toma Alcorão como fonte para sua autoridade: ela antecede-o em quase 2000 anos. O Alcorão é que intenta desafortunadamente fazê-lo. E, assim fazendo, teria que ser corroborado por ela e com a mesma concordar. Mas, porém, todavia, entretanto: não é o que acontece.

Então, além de um ato de amor, visando oferecer aos islâmicos a única oportunidade de salvação, se faz a pregação e a defesa da fé cristã também para que verdades históricas e teológicas se estabeleçam. Se o Islamismo afirma ser o Alcorão parte da revelação do Deus da Bíblia, pelas próprias Sagradas Escrituras é facilmente demonstrável que não pode ser.

O cristão precisa defender as Sagradas Escrituras de afirmações, ensino e condutas execráveis, como a do mais importante líder islâmico. Mas, já está claro que estamos a entrar em uma nova Idade Média. E tão somente dizer a verdade sobre a fé cristã em comparação as religiões tenderia à criminalidade. Ou à islamofobia, como querem alguns adeptos de Maomé, em tal absurda inversão de valores, cujo intuito não seria de que fechemos os olhos ou entendamos “aceitáveis” as justificativas para o terror que a cada dia repercute seus atos insanos na mídia internacional?

O curso da História caminha para o seu desfecho inevitável e um destes dois legados tende a prevalecer: o de Jesus ou o de Maomé. E o que precisa ficar bem claro, em se tratando de legado para a humanidade: enquanto o mais virtuoso dos cristãos de todos tempos não se compara a Jesus, em termos de conduta de manifesto amor a Deus e a todos os homens, o mais execrável integrante do Estado Islâmico não supera a Maomé em atrocidades. Mas, os entendidos sabem o final de todas as coisas. E como disse o profeta Daniel (12:9-10), há palavras que foram encerradas e seladas, mas, somente até o tempo do fim (Este tempo, nosso tempo.). E... “muitos serão purificados, embraquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão.”

Por enquanto a islamofobia ainda é algo imaginário e serve como pano de fundo para inflamados discursos de intelectuais. Estes mesmos ilustres intelectuais ignoram completamente a cristofobia (ódio aos cristãos) real que já mata mais de 100 mil cristãos por ano. Como cristãos, não podemos permitir que a islamofobia se torne uma realidade. Devemos antes alcançar a todos, tanto possíveis islamofóbicos, quanto os já existentes cristofóbicos com a invencível mensagem do amor: o Evangelho de Jesus Cristo, o príncipe da PAZ! 

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