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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

VICIADOS [EM] ELETRÔNICOS

Se alguém pensou que eu iria "demonizar" os jogos virtuais ou falar sobre as supostas "mensagens subliminares" por detrás deles se enganou. Não sou destes. Não gosto destes "besteirois". Quero apenas chamar a atenção para o perigo de alguém se viciar nesses jogos ao ponto de se tornar um dependente. 

O criador de um desses jogos virtuais, disse em entrevista ao Site UOL Tecnologia quando lançou um jogo de Boliche Medieval da Netfilter: "Logo na primeira semana conseguimos pagar o investimento feito para o desenvolvimento do aplicativo". Nesse tal jogo, até a fase 10, que tem como objetivo derrubar pinos de boliche, o aplicativo sai de graça. Porém, para continuar jogando, o usuário tem a opção de baixar os outros níveis, mas paga por isso.

Se nada vem de graça no mundo real, imagina no virtual? Grande parte desses aplicativos não tem custo algum, basta que o usuário baixe-os e pronto. Como um "peixe", o consumidor caiu na rede e foi consumido pelas sensações que o novo companheiro causa. Porém, o que parece apenas um divertido passatempo esconde um mundo cruel e, o que é pior, viciante.

Há casos em que o jogador fica jogando mais de 16 horas por dia! A vida desse indivíduo é baseada nos jogos. A dependência é gradativa: primeiro é um hobby, depois vira uma compulsão e está caracterizada a dependência. Assim, toda a vida da pessoa é atrapalhada, pois tudo passa a girar em torno dos jogos. E, se não estiver jogando, fica irritado, não consegue nem raciocinar. É a abstinência. Passa a não acreditar em si própria. E jogando quanto mais a pessoa ganha, mais se sente poderosa. 

Porém, chega uma hora que começa a prejudicar a saúde e aí a se percebe que precisa de mudança. Especialistas que tratam de viciados em internet destacam a estratégia usada na fabricação desses divertimentos e fala do que eles são capazes. Segundo eles, os jogos são feitos para que as pessoas ganhem pontuação. Por isso, as primeiras fases de um jogo são fáceis de conquistar. Com isso, causam dependência e aumentam o ego e a vaidade do jogador. Eles também fazem questão de destacarem que muitos, sem perceber, entram num estado de "anestesia emocional" toda vez que se depara com situações difíceis. Eles explicam que isso é uma habilidade natural do ser humano, de procurar "fugas" para se sentir melhor.

Em entrevista ao site Forbes, o criador do jogo Flappy Bird, Dony Nguyen, disse o porquê tirou seu jogo do mundo virtual. "Ele [o Flappy Bird] foi criado para jogar por alguns minutos, quando você está tranquilo. Mas tornou-se viciante. Acho que virou um problema e, para resolver esse problema, é melhor remover o Flappy Bird. Não tem volta." Nesse jogo, a pessoa controlava o voo de um pássaro, que precisava atravessar um caminho sem fim e cheio de obstáculos para ganhar todos os pontos.

Psicólogos afirmam que, para o dependente nesse tipo de jogo, existe a "sensação de vitória"; pois o sucesso que a pessoa não tem na vida, adquire no jogo. Quem se acha vitorioso nesse campo deve ficar atento, pois até coisas que parecem inofensivas e ingênuas são exploradas por quem visa apenas o lucro. E tudo em nome da diversão, do nosso bem-estar. Será mesmo? 

A busca por estratégias que viciem o usuário só deixam claro que, por mais que o jogador se sinta o campeão das fases mais difíceis de tais jogos, na verdade, está sendo apenas mais uma marionete nas mãos das empresas e se transformando num perdedor das coisas simples da vida.

Dependência em séries é comparada à dependência em drogas


Com o aumento da velocidade da internet e a explosão de sites destreaming, o hábito de assistir a maratonas de séries de TV nunca foi tão comum. Um estudo realizado pela Universidade do Texas, no entanto, comprovou que pessoas que assistem a mais de 2 episódios consecutivos da mesma série de TV são propensas a sentimentos destrutivos como solidão, depressão e deficiência de autocontrole. Os cientistas pesquisaram a rotina de 316 jovens americanos e descobriram que aqueles que mais assistiam a maratonas de séries eram mais suscetíveis a emoções negativas e tendiam a descontar os problemas da própria vida nas produções de TV. O estudo foi divulgado pela universidade em todo o mundo e ainda afirma que o “vício em séries” já pode ser considerado uma doença e gerar ainda sintomas como obesidade, dependência e negligência de relacionamentos e atividades.

Um estudo realizado pela empresa de Neuromarketing Labs concluiu que os aficcionados de séries sentem os mesmos sintomas de dependência que os viciados em drogas. Produtos televisivos como The Walking Dead, Breaking Bad, A Teoria do Big Bang ou Guerra dos Tronos podem criar síntomas físicos de adição como suores, pulsação acelerada e descida da temperatura corporal. O relatório da Neuromarketing Labs assegura que, quando um espectador está a assistir a uma dessas séries, o corpo segrega uma conjunto de hormonas que têm ainda um efeito "calmante". Isto porque, revela o mesmo estudo, o cérebro humano é masoquista, na medida em que prefere as séries que despertam emoções mais fortes - sejam elas positivas ou negativas - e por isso mesmo precisa de algo que contraponha de imediato esse efeito.

Conclusão


Engana-se quem pense que esse tipo de doença só acomete os "mundanos". Há um sem número de crentes aprisionados tanto nos jogos virtuais quanto nas séries. O problema é que este tipo de dependência compromete a espiritualidade dessas pessoas. Os jogos e as séries assumem o lugar que deve ser exclusivamente de Deus na vida do crente. Consequentemente esses irmãos passam a orar menos, a ler menos Bíblia, a ir menos vezes nas reuniões de culto... até que quando assustam já não há mais relacionamento algum com Deus.

E esse é um "mal hereditário", pois filhos de pais dependentes em jogos virtuais se tornam dependentes também. Outro fenômeno envolvendo esse vício é quando vemos filhos de crente que não conhecem um versículo bíblico sequer, são carnais e espiritualmente insensíveis, mas se revelam verdadeiras "feras" nos joguinhos eletrônicos. Se seus joelhos se dobrassem na proporção que seus dedinhos se movimentam nos teclados dos dispositivos eletrônicos, eis uma geração de jovens abençoados e cheios do Espírito Santo. 

O mesmo acontece com as séries. Há adolescentes e jovens crentes que viram noites e dias presos às maratonas intermináveis de séries. A mediocridade espiritual dessa turma pode ser constatada pela intensidade de sua carnalidade.

Enfim, qualquer coisa que nos aprisione nos afastando de Deus deve ser descartada. Se há algum mal nos jogos e nas séries é você quem irá decidir, entretanto, qualquer coisa que nos aprisione e nos afaste de Deus está sim sendo usado pelo diabo, o principal interessado em derrubar cristãos - "Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." - 1 Pedro 5:8 Fica a orientação para que vigiemos sobre aquilo que nos aparenta ser inofensivo: "Agarrai-nos as raposas, as pequenas raposas que devastam nossas vinhas, porquanto as nossas vinhas já estão em flor." - Cânticos 2:15

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