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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

DEUS NÃO É RELIGIOSO

A palavra religião, em resumido conceito, significa religar o homem a Deus. Neste contexto, Jesus seria a "religião universal", pois Ele é o único caminho (ainda que aja quem opte pelos atalhos que só fazem levar a um inusitado labirinto de contradições, incertezas e equívocos). Só Ele tem o poder de levar o homem novamente a Deus (João 14:6), embora muitas "religiões" (os atalhos) prometam isso por rotas tão diferentes. Em si, nada há de errado com a palavra religião. 

Entretanto, dá-se a ela a mesma conotação de religiosidade, que é a prática metódica de todos os ritos de uma cerimônia religiosa ou dos preceitos de determinada religião, muitas vezes sem saber o significado deles. Quando afirmamos que a nossa fé não é uma religião, e sim um relacionamento com Deus, estamos dizendo que ão estamos "engessados" por esteriótipos de qualquer natureza que seja. Somos livres diante de Deus. As nossas manifestações de amor e de adoração ao Senhor não são pré-estabelecidas, e não temos um "compêndio" para nos ensinar a relacionar com o Senhor. 

A religiosidade fecha as portas e celas de frieza espiritual e as torna totalmente aprisionadas por grades de metodismos. Os "religiosos" se prendem tanto a regras e 'leis" que se esquecem de que Deus não habita em templos construídos por homens (Atos 17:24). Muitos dos que procuram cumprir todos os rituais, obedecer todas as leis e realizar grandes obras fazem muito mais para dar uma satisfação a si mesmos e à comunidade do que para agradar a Deus. Não que sejam falsos, mas o sistema que escolheram ou que lhes foi imposto é que não é verdadeiro. O Senhor requer o nosso coração (mesmo não sendo Ele um "açougueiro"), e não as nossas ações, as quais, sem a intensidade do Espírito, não têm nenhum valor para Ele (Jo 4:24; Efésios 2:8).

Em novidade de vida


Somos ensinados a andar em novidade de vida e de espírito (Romanos 6:4; 7:6). Mas o que vem a ser essa "novidade"? Primeiramente, vamos relembrar o significado dessa palavra. Novidade expressa qualidade ou caráter de novo, originalidade, singularidade. Que coisa linda! Nosso Pai deseja que vivamos com originalidade, criatividade. Assim como as paisagens mudam para um viajante, assim deve ser a nossa vida diante de Deus. Não somos uma pintura, algo estático, fomos criados pelo Autor da vida. Herdamos dEle a capacidade para criar, para inovar. Um dia nunca é igual ao outro; por que, então, viver lamentando, murmurando, maldizendo a "sorte"? A nossa sorte é o Senhor (1 Pedro 1:21). Acaso amaldiçoaremos o nosso Deus? Ainda que o choro dure toda a noite, a alegria vem ao amanhecer (Salmo 30:5). 

Vivemos por fé e não por circunstâncias (Hebreus 10:36). Que tipo de vida temos apresentado ao Senhor? Ao chegarmos diante dEle, estamos oferecendo nossas vidas como ofertas novas ou bolorentas? A vida é um presente de Deus, cuidemos dela com carinho. Não deixemos que a "poeira" do desânimo, da ingratidão, da incredulidade e da revolta tire o brilho que o próprio Criador imprimiu nela. Vivamos com prazer, permitindo nos experimentar essa novidade que Deus nos dá a cada amanhecer. Olhemos nos espelho, sorrimos, digamos bom dia para nós mesmos. 

Agradeçamos a Deus porque Ele fez um dia especialmente para nós vivermos e desfrutarmos as bênçãos que Ele mesmo nos preparou com tanto amor. Nem sempre temos dias de sol, mas mesmo em meio a tempestade, temos a segurança de melhor enfrentar a fúria do mar com o Senhor do que permanecer em "terra firme" cada trilha, cada caminho; em todas as situações e em todos os omentos. Vivamos em novidade de vida; Cristo em nós é a esperança da glória. E não existe novidade maior do que a glória que nos está preparando o Senhor.

Em novidade de espírito


Viver em novidade espírito é também um desafio maravilhoso. Quando nascemos de novo, nascemos no espírito, e a nossa relação com Deus é restaurada. Ficamos felizes e até ensaiamos alguns voos. Alguns conseguem sair do chão e alçar voos de águia, enquanto ouros permanecem "ciscando" migalhas. Mas o Senhor disse "novidade de espírito", e ninguém pode buscar algo novo se não levantar os olhos para ver além dos montes. Se você tem andado cabisbaixo, eleve agora os seus olhos e contemple a glória de Deus. 

Não estou falando de alguma coisa inatingível, mas do amor do Pai, que nos concedeu Seu próprio Espírito para que jamais nos sintamos desamparados (Jo 14:26). Andar em novidade de espírito é exatamente o oposto de ser religioso. A religiosidade prende o espírito numa forma preestabelecida, sem movimento, sem vida. A novidade de espírito que nos propõe o Evangelho é o andar na presença de Deus durante todo o caminho. Esse andar está relacionado com aprender, aceitar e praticar a Palavra de Deus. 

É a Bíblia que nos faz conhecer a Deus e à Sua vontade. Só seremos íntimos de Deus quando tivermos intimidade com a Sua Palavra. É preciso investir tempo no nosso relacionamento com o Senhor. É preciso conhecer e prosseguir em conhecê-lO. É preciso aprender a ouvi-lO e, para ouvi-lO, é preciso conhecer, discernir a Sua voz. Assim nosso espírito ficará alinhado com o Espírito Santo, e, então, caminhemos realmente em novidade de espírito. 

Conclusão


Deus não é religioso. Deus não é religião. Ele é vida, é poder em ação. Tenhamos a Palavra de Deus como o nosso alimento diário genuíno e desenvolvamos uma vida de intimidade com o Pai. Assim, caminharemos em novidade de vida e de espírito e seremos uma fonte a jorrar pelos dutos do ventre a água viva que flui do trono de Deus.




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