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sábado, 15 de agosto de 2015

CUIDADO COM OS PREDADORES SEXUAIS

Predadores sexuais são pessoas - em sua maioria homens - com o hábito criminoso de assediar crianças com propósitos para a prática de pedofilia e abuso sexual. O número de prisões por pornografia infantil vem crescendo no País nos últimos anos. Em 2013 (estimativa mais recente, os números de 2014 ainda não foram liberados pelas autoridades), 134 pessoas foram presas em flagrante, revelando um aumento de 127% em relação ao ano de 2012, quando 59 foram penalizadas. A exposição de crianças e adolescentes fica ainda mais fácil em tempos de redes sociais. Por isso, todo cuidado é pouco na hora de publicar fotos de filhos e familiares na internet. Com a popularização do aplicativo WhatsApp, os predadores sexuais encontraram mais uma ferramenta para o assédio e aliciamento de crianças e adolescentes.

O levantamento foi realizado pela Polícia Federal e pela Safernet Brasil, organização que faz o monitoramento da violação dos direitos humanos pela rede mundial de computadores. A pornografia infantil é uma forma de violência sexual, que ocorre com a produção, venda ou divulgação de fotos, filmagens ou registros de nudez com apelo sexual envolvendo menores de idade. Não se trata obrigatoriamente de expor o ato sexual. Expor cenas de nudez pornográfica já se configura como crime.

No Brasil, só no ano passado, foram feitas 80.195 denúncias contra mais de 24 mil sites diferentes. O número é crescente e revela o perigo no mundo virtual.

A exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais é comum, mas é preciso ter cuidado, pois isso pode chamar atenção de exploradores sexuais. Nos dias de hoje, muitas informações pessoais como endereço, telefone e e-mails podem ser encontradas por pessoas de má índole.

Os pais devem ficar sempre atentos. Deixar o filho navegar sozinho na internet é como deixá-lo em um local público sem vigilância. Explique a ele os perigos e o oriente a como utilizar a rede com segurança. Não se pode negar que a internet é uma ótima ferramenta para educação e aprendizagem, mas guarda tantos perigos quanto o mundo real. E  não tem nada dessa conversa politicamente correta, papo de divã de psicólogo, de "violação da privacidade dos filhos". Filhos menores são responsabilidade dos pais e estes, portanto, têm direitos sobre eles. O que melhor, os pais violarem a privacidade dos filhos ou predadores sexuais os violentarem?

                                     
Fora do mundo virtual os casos de exploração sexual também requerem atenção por parte de pais e/ou responsáveis legais de crianças e adolescentes. Esses são crimes ocorrem em todo o país e são cometidos pelos mais variados personagens. É claro que, em certos locais, a exploração sexual está ligada à pobreza. No Vale do Jequitinhonha (MG), crianças fazem programas em troca de 50 centavos. No Rio de Janeiro, temos casos em que meninas chegam a ganhar 500 dólares, ou R$ 1,99. A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Congresso que investiga redes de exploração sexual de crianças e adolescentes no Brasil descobriu que o tráfico interestadual de crianças para fins sexuais é comum e que os crimes nas regiões de fronteiras são uma realidade. 

Perigo à vista


Outro ponto é que muitos líderes religiosos (quer sejam da Igreja Católica, Evangélica ou de religiões afro-descendentes e outras) usam seu poder para explorar crianças sexualmente. Também há os casos onde os abusos são praticados por parentes (avôs, pais, tios), pessoas próximas (primos, padastros, vizinhos) que têm um relacionamento de intimidade e confiança com a família da vítima. Ou seja, qualquer indivíduo torna-se um suspeito em potencial. E se engana quem pensa que os exploradores são encontrados só na classe média. Entre eles estão juízes, policiais, jornalistas, advogados, médicos e engenheiros. Devido à prostituição infantil que ainda é uma triste realidade nas estradas brasileiras, é grande o número de caminhoneiros que são exploradores sexuais de menores.

Como os predadores online atuam?


Os predadores online fazem o seguinte:

  • Buscam crianças em redes sociais, blogs, salas de bate-papo, mensagens instantâneas, e-mails e outros sites.
  • Seduzem seus alvos com atenção, carinho, bondade e até mesmo presentes.
  • Usam perfis falsos, geralmente com fotos de astros mirins, super heróis, personagens de séries, filmes e desenhos.
  • Mentem a idade e em muitos casos fingem ser menores.
  • Conhecem as músicas atuais e os passatempos que provavelmente interessam às crianças.
  • Ouvem e se compadecem com os problemas das crianças.
  • Tentam diminuir as inibições dos jovens, introduzindo conteúdo sexual gradativamente em suas conversas ou mostrando-lhes material de sexo explícito.
  • Também podem avaliar as crianças que conhecem online para um posterior encontro pessoal.

Como os pais podem minimizar os riscos de uma criança tornar-se vítima?


  • Converse com seus filhos sobre predadores sexuais e os potenciais perigos online.
  • Use software de controle dos pais integrado aos novos sistemas operacionais, como Windows 7, Windows 10,  Windows Vista ou que possa ser baixado gratuitamente, como Configurações da Proteção para Família do Windows Live.
  • Siga os limites de idade dos sites de redes sociais. A maioria dos sites de rede social exige que os usuários tenham 13 anos ou mais. Se os seus filhos estiverem abaixo da faixa etária recomendada para esses sites, não deixe que eles os usem.
  • As crianças pequenas não devem usar salas de bate-papo, os perigos são grandes demais. À medida que as crianças ficam mais velhas, oriente-as para salas de bate-papo infantis bem monitoradas. Estimule inclusive seus filhos adolescentes a usarem salas de bate-papo monitoradas.
  • Se os seus filhos participam de salas de bate-papo, procure saber quais eles frequentam e com quem conversam. Monitore pessoalmente as áreas de bate-papo para ver que tipo de conversas ocorre.
  • Instrua seus filhos a nunca deixar a área pública da sala de bate-papo. Muitas salas de bate-papo oferecem áreas privadas onde um usuário pode ter um bate-papo sozinho com outro – e os monitores não podem ler essas conversas. Em geral, são chamadas de áreas de “sussurro”.
  • Mantenha o computador conectado à internet em uma área comum da casa, nunca no quarto da criança. É muito mais difícil para um predador estabelecer um relacionamento com seu filho se a tela do computador for facilmente visível. Mesmo quando o computador estiver em uma área pública de sua casa, sente com seus filhos quando estiverem online.
  • Seus filhos mais jovens devem usar o endereço de e-mail da família em vez de ter suas próprias contas de e-mail. À medida que vão ficando mais velhos, você pode pedir ao seu Provedor de Internet (ISP) para configurar um endereço de e-mail separado, mas o correio dos seus filhos ainda pode permanecer na sua conta.
  • Diga a seus filhos para nunca responderem mensagens instantâneas ou e-mails de estranhos. Se os seus filhos utilizam computadores em locais fora de sua supervisão - biblioteca pública, escola ou casa de amigos -, informe-se sobre as proteções usadas no computador.
  • Fique atento se seus filhos estão com a mania de acessarem a internet de madrugada.
  • Se todas essas precauções não surtirem efeito e seu filho encontrar realmente um predador online, não o culpe. O criminoso é sempre inteiramente responsável. Adote medida decisiva para impedir qualquer contato de seu filho com essa pessoa.

Como seus filhos podem reduzir o risco de se tornarem vítimas?


Há uma série de precauções que as crianças podem tomar, inclusive:

  • Nunca baixar imagens de uma fonte desconhecida – elas podem conter sexo explícito.
  • Usar filtros de e-mail .
  • Contar para um adulto imediatamente se acontecer alguma coisa online que os faça se sentirem desconfortáveis ou assustados.
  • Escolher um nome de tela de gênero neutro que não contenha palavras sexualmente sugestivas nem revele informações pessoais.
  • Nunca revelar informações pessoais sobre si mesmos (inclusive idade e sexo) ou informações sobre sua família a outras pessoas online e não preencher perfis pessoais online. Para regras mais específicas sobre informações pessoais em sites como o Windows Live Spaces ou o MySpace, consulte Como ajudar seus filhos a usar sites sociais com maior segurança.
  • Interromper qualquer comunicação por e-mail, conversas por mensagens instantâneas ou chats se alguém começar a fazer perguntas demasiado pessoais ou com teor sexual.
  • Afixar o acordo familiar online perto do computador para lembrá-los de proteger sua privacidade na Internet.

O que fazer se seu filho estiver sendo ameaçado?


  • Se seu filho receber fotografias com sexo explícito de um correspondente online, ou se ele for assediado sexualmente por e-mail, mensagens instantâneas ou qualquer outro meio online, contate a polícia local. Guarde toda a documentação, incluindo endereços de correio eletrônico, endereços de sites e registros de bate-papo para apresentar à polícia. 
  • Procure arquivos pornográficos ou qualquer tipo de comunicação sexual em seu computador - esses são muitas vezes os sinais de alerta. Todas as páginas visitadas na internet ficam registradas. Crie o hábito de olhar quais páginas seu filho tem visitado.
  • Monitore o acesso do seu filho a todas as comunicações eletrônicas ao vivo, como salas de bate-papo, mensagens instantâneas e e-mail.

Enfim, é imprescindível que todos fiquemos atentos e vigilantes, pois o adversário está ao derredor, bramando feito um leão, buscando a quem possa tragar.

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