- 🚨Válido salientar que as respectivas denominações e/ou instituições das quais faziam parte os criminosos citados, absolutamente nada têm a ver com os desvios de conduta e moral deles, uma vez que, desvios de conduta e de moral são inerentes a todos os segmentos da sociedade.
- 🚨Os casos que serão aqui relatados são oficiais e estão todos em linha com as denúncias oferecidas ao Ministério Público e em conformidade com publicações já anteriormente amplamente veiculadas pelos órgãos de imprensa, estando todos disponíveis para consultas na internet.
- 🚨Todos os links de pesquisas e citações estão disponíveis ao final de cada um dos artigos, dando os devidos créditos autorais.
O caso que veremos nesse capítulo dessa sequência especial da nossa série Eu Não Me Esqueci, é um dos estarrecedores na história criminal da atualidade.
Georgeval Alves Gonçalves, ex-pastor da Igreja Batista de Linhares, condenado por estuprar, torturar e matar o filho, Joaquim Alves Sales (3 anos), e o enteado, Kauã Sales Butkovski (6 anos), em Linhares, Espírito Santo, em abril de 2018. O crime chocou o país devido à brutalidade e à falsa versão de incêndio acidental inicialmente criada pelo réu.
Georgeval Alves Gonçalves, ex-pastor da Igreja Batista de Linhares, condenado por estuprar, torturar e matar o filho, Joaquim Alves Sales (3 anos), e o enteado, Kauã Sales Butkovski (6 anos), em Linhares, Espírito Santo, em abril de 2018. O crime chocou o país devido à brutalidade e à falsa versão de incêndio acidental inicialmente criada pelo réu.
O crime
| O pr. Georgeval, em entrevista no dia seguinte ao crime — Reprodução G1 |
As chamas atingiram apenas o quarto das crianças. Na época, o acusado contou que assistia a um filme com o filho e o enteado e os colocou para dormir.
Por volta das 2h, a babá eletrônica teria apitado e ele ouviu os gritos das crianças. Ele alegou que tentou salvá-los, mas os irmãos morreram carbonizados.
Inicialmente, o pastor George Alves, como era conhecido, que estava sozinho em casa com os meninos, disse que eles morreram neste incêndio que atingiu apenas o quarto onde as vítimas dormiam.
Na primeira entrevista à imprensa, ele chorou e disse que tentou salvar as crianças. Mas, segundo a polícia, a versão dele não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações.
Na primeira entrevista à imprensa, ele chorou e disse que tentou salvar as crianças. Mas, segundo a polícia, a versão dele não estava de acordo com os fatos apurados durante as investigações.
Vídeo da entrevista do Pastor George concedida ao Norte Notícia
passa por análise do comportamento verbal de Skinner
Horas depois, Georgeval fez um culto na igreja onde era pastor e foi a uma pizzaria em Linhares, onde apareceu com os pés enfaixados.
A perícia mostrou que o ex-pastor tinha apenas uma pequena queimadura no pé, e nenhuma marca no rosto, o que mostrou que sua versão dos fatos era incoerente.
A perícia mostrou que o ex-pastor tinha apenas uma pequena queimadura no pé, e nenhuma marca no rosto, o que mostrou que sua versão dos fatos era incoerente.
Durante a investigação do incêndio, foram encontradas marcas de sangue na casa.
Georgeval foi preso por tentar atrapalhar as investigações policiais. Após seis perícias na casa e 30 pessoas ouvidas, a Polícia concluiu que o pastor estuprou, agrediu e queimou o filho e o enteado vivos.
Georgeval foi preso por tentar atrapalhar as investigações policiais. Após seis perícias na casa e 30 pessoas ouvidas, a Polícia concluiu que o pastor estuprou, agrediu e queimou o filho e o enteado vivos.
E a "mãe"?
Durante as investigações, a mãe dos meninos, a pastora Juliana Sales Alves, chegou a ser presa por suspeita de omissão, mas a Justiça entendeu que não havia provas do envolvimento dela no crime, e o processo foi arquivado.
Na data do ocorrido, ela estava em um congresso em Minas Gerais, com o filho mais novo do casal. Atualmente, ela está em outro relacionamento e teve outro filho. É o famoso "vida que segue" e/ou "a fila andou".
Na data do ocorrido, ela estava em um congresso em Minas Gerais, com o filho mais novo do casal. Atualmente, ela está em outro relacionamento e teve outro filho. É o famoso "vida que segue" e/ou "a fila andou".
O julgamento
O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves foi condenado a 146 anos e 4 meses de prisão por estuprar, torturar e matar o filho e o enteado, os irmãos Kauã e Joaquim, em Linhares, no Espírito Santo.
O julgamento, então, ocorreu numa terça, 18, e quarta-feira, 19, de abril de 2023, às vésperas de completar cinco anos do crime, na sexta-feira, 21.
O julgamento seria realizado em 3 de abril, porém, no dia, a defesa do ex-pastor abandonou o salão do júri no Fórum, provocando o adiamento.
O julgamento, então, ocorreu numa terça, 18, e quarta-feira, 19, de abril de 2023, às vésperas de completar cinco anos do crime, na sexta-feira, 21.
Georgeval foi julgado por acusações de duplo homicídio qualificado, duplo estupro de vulnerável e tortura. Ele foi condenado a 146 anos e 4 meses de prisão, sendo:
• 40 anos de prisão pelo crime de homicídio por cada uma das vítimas;• 22 anos e 6 meses de prisão por cada vítima que ele estuprou;• 10 anos e 8 meses de prisão para cada vítima que ele torturou.
Cálculo do tempo de pena
Com os votos dos jurados em relação às perguntas formuladas pela Justiça, o juiz Tiago Fávaro Camata fez a dosimetria, que é o cálculo do tempo de pena, segundo cada acusação e agravante. São eles:
- Homicídio qualificado — foi fixada pena-base em 25 anos. Foram considerados agravantes de motivo torpe, crime cometido para ocultação de outro crime, meio cruel e contra descendente. Além disso, como foi cometido contra menor de 14 anos, a pena para o crime de homicídio ficou em 40 anos para cada uma das crianças.
- Tortura — 10 anos e 8 meses para cada criança.
- Estupro — foi fixada pena base em 12 anos. Com o agravante de uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e como foi praticado contra menores de 14 anos, a pena ficou em 22 anos para cada criança.
Confira na íntegra a nota do MPES:
"O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Linhares, novamente se solidariza com a família das vítimas e com a sociedade em razão dos graves crimes praticados.
O MPES obteve a condenação máxima do réu Georgeval Alves dos Santos em todos os quesitos apresentados aos jurados, a partir das provas incluídas no processo e dos depoimentos das testemunhas arroladas pela acusação.
O Ministério Público considera que, dentro do que é possível na legislação brasileira, a pena sentenciada ao réu foi proporcional aos crimes hediondos por ele cometidos e espera que o rigor da lei aplicada neste caso contribua para que barbaridades como as praticadas pelo réu jamais voltem a ocorrer."
O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves depôs no júri popular na madrugada da quarta-feira (19/04/13).
Foi a primeira vez que ele falou publicamente desde o ano do incêndio que vitimou os dois garotos em 2018, em Linhares.
Respondendo às perguntas do advogado de defesa, ele reafirmou diversas vezes que é inocente e que não violentou e nem matou os meninos.
Foi a primeira vez que ele falou publicamente desde o ano do incêndio que vitimou os dois garotos em 2018, em Linhares.
Respondendo às perguntas do advogado de defesa, ele reafirmou diversas vezes que é inocente e que não violentou e nem matou os meninos.
Ao ver um vídeo de um dos meninos, chorou bastante.
"Eu tenho uma perspectiva de futuro que eu possa provar minha inocência, pra que eu não deixe esse legado de um monstro, homicida, abusador, porque eu não sou essa pessoa.
Tudo isso não passa de um engano, de um erro. Eu não cometi esse crime, não incendiei nada, não assassinei os meus filhos" (Georgeval Alves).
Ele contou novamente a versão que havia dito recentemente para o psiquiatra forense de que não entrou no quarto dos meninos ao perceber o incêndio.
Ele reafirmou que teve medo de se queimar e que, por isso, correu para fora da casa para pedir ajuda.
A versão é diferente daquela dada inicialmente à polícia em que ele teria aberto a porta do quarto e tateado a beliche onde as crianças dormiam sem encontrá-las.
"Fui ate lá (quarto dos meninos) bati a porta e recebi um vácuo de calor. Eu não entrei no quarto. Fui para a sala, gritei desesperado. Fui tentar voltar pelo corredor e não consegui voltar mais pelo corredor porque tava muito quente, muito calor.
Tentei abrir a porta da sala e não estava abrindo, me desesperei, comecei a passar mal com a respiração. Nesse momento fui para a garagem, comecei a andar de um lado pro outro pedindo ajuda.
Eu estava desesperado, eu estava com muito medo, com medo de morrer. Eu não sabia qual era a dimensão do incêndio, não sabia que era só no quarto. Saí gritando na rua só de cueca" (Georgeval Alves).
Contudo, não adiantou esse depoimento do então rel. Ele foi condenado por unanimidade entre os jurados.
A sentença foi lida no Fórum de Linhares, onde o caso foi julgado, depois de uma reunião entre os jurados do Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem.
A sentença foi lida no Fórum de Linhares, onde o caso foi julgado, depois de uma reunião entre os jurados do Conselho de Sentença, formado por seis mulheres e um homem.
No local, familiares das crianças e amigos se uniram para acompanhar o julgamento. Quando a sentença foi lida, a família comemorou e aplaudiu.
Desdobramentos
A defesa de Georgeval Alves Gonçalves disse que pediria anulação do júri para tentar um novo julgamento.
De acordo com o advogado do ex-pastor, Pedro Ramos, a decisão dos jurados foi contrária às provas apresentadas ao Conselho de Sentença e, por isso, haveria a necessidade de uma nova audiência.
De acordo com o advogado do ex-pastor, Pedro Ramos, a decisão dos jurados foi contrária às provas apresentadas ao Conselho de Sentença e, por isso, haveria a necessidade de uma nova audiência.
O advogado afirmou respeitar a soberania do veredicto, porém acreditava que
“o julgamento ocorrido em Linhares tenha se dado de forma diversa do que vem sendo decidido nos tribunais anteriores”.
Conclusão
Cronologia dos eventos
- Abril de 2018 — Georgeval agrediu e violentou as crianças, que ficaram desacordadas. Em seguida, ele ateou fogo ao quarto onde elas estavam, provocando suas mortes por carbonização.
- Versão inicial — Georgeval alegou que o incêndio foi acidental e que teria tentado resgatar as crianças, chegando a aparecer em um vídeo sujo de fuligem.
- Investigação e prova dos crimes — O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e a polícia investigaram o caso e descobriram a verdade. Exames de DNA confirmaram a presença de material genético de Georgeval em Kauã, revelando o abuso sexual.
- Julgamento e condenação — Em abril de 2023, após dois dias de júri popular, Georgeval foi condenado a 146 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, estupro de vulnerável e tortura.
- Outros detalhes do caso — Participação da esposa: A então esposa de Georgeval e mãe das vítimas, Juliana Pereira Sales Alves, foi acusada de ter conhecimento dos riscos que as crianças corriam sozinhas com o marido e foi presa, mas libertada pouco tempo depois.
- Defesa — A defesa de Georgeval informou que iria recorrer da decisão, mas a condenação em primeira instância se manteve.
- Repercussão — O caso teve grande repercussão nacional, gerando comoção e revolta em todo o Brasil.
Georgeval Alves cumpre a pena que lhe foi imposta. As notícias de 2023 indicam que a defesa pretendia recorrer, mas os desdobramentos de possíveis recursos não são proeminentes nas informações públicas.
Não há notícias relevantes sobre novos desenvolvimentos no caso em 2025, uma vez que a condenação definitiva ocorreu em 2023.
A maior parte das informações disponíveis refere-se aos eventos que levaram ao julgamento e à sentença.
A maior parte das informações disponíveis refere-se aos eventos que levaram ao julgamento e à sentença.
Caso Kauã e Joaquim, impossível ser esquecido: eu não me esqueci!
Ao Deus Todo-Poderoso e Perfeito Criador, toda glória.

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