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sábado, 19 de março de 2022

ESCRITO NAS ESTRELAS — ELIS REGINA, A "PIMENTINHA"

Elis Regina (☆1945/✞1982) foi uma cantora de enorme sucesso no Brasil. Reconhecida por muitos como a maior intérprete do país, ela trouxe vitalidade, emoção e expressividade para o cenário musical nos anos 60 e 70. Neste 17 de março de 2022, Elis completaria 77 anos de idade, se não tivesse nos deixado em 19 de janeiro de 1982, aos 37 anos. É um realese sobre a carreira marcante dessa cantora, considerada por muitos como insubstituível, o retorno da minha série especial de artigos "Escrito nas Estrelas".

Um nome, um mito... uma mulher


Elis, quando criança
Elis Regina Carvalho Costa, a Elis Regina, veio ao mundo no dia 17 de março de 1945, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Seus pais eram Romeu Costa e Ercy Carvalho.

Intensa, ela passou como um furacão pela Música Popular Brasileira entre a década de 1960 e o início da década de 1980, quando morreu precocemente, aos 37 anos, em decorrência de uma overdose de cocaína. 

Vendeu 4 milhões de discos em 18 anos de carreira. Qualidade vocal, presença de palco e personalidade colocaram Elis na história como uma das mais importantes cantoras e intérpretes brasileiras.

Elis era dona de uma personalidade intensa e teve uma vida bastante conturbada, portanto, cheia de muitas polêmicas. Ao longo de sua carreira, a fenomenal cantora fez importantes parcerias na música e foi responsável por revelar grandes compositores.

Primeiros anos


Elis, em sua icônica apresentação no I Festival de Música Popular
Brasileira, produzido e exibido pela Rede Record, em 1965
Elis descobriu a música muito cedo em sua vida, começando a carreira aos onze anos, em 1956. Foi nessa época que entrou para um programa da Rádio Farroupilha, em Porto Alegre. 

A atração se chamava "O Clube do Guri", era comandada por Ari Rego (☆1918/✞2007) e voltada para o público infantil.

Carreira musical


Mais tarde, em 1960, a cantora ingressa na Rádio Gaúcha e, no ano seguinte, tem seu primeiro álbum lançado. Intitulado "Viva a Brotolândia", o LP foi feito quando ela tinha dezesseis anos.

Segundo consta, alguns dos responsáveis pelo lançamento de Elis foram Wilson Rodrigues Poso, funcionário da gravadora Continental, e Walter Silva, produtor musical e jornalista.

Ainda no Rio Grande do Sul, Elis lançou outros discos, até que em 1964 já estava realizando muitos shows no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nesse ano, foi convidada a integrar o programa "Noite de Gala". Lá, conhece Ciro Monteiro (☆1913/✞1976), que apresentava o quadro e depois se tornaria seu primeiro parceiro musical na TV.

Ainda em 1964, Elis fixa residência na cidade de São Paulo e passa a se apresentar no Beco das Garrafas onde conhece Luís Carlos Mieli (☆1938/✞2015), produtor musical, e Ronaldo Bôscoli, figuras importantes em sua trajetória. Em 1967, Elis casa-se com Bôscoli.

Em 1965, a cantora participa e vence o I Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Excelsior, onde canta 'Arrastão', música de Edu Lobo e Vinícius de Moraes (☆1913/✞1980), que a apelidou carinhosamente de "Pimentinha".

Ainda nesse ano, compõe 'Triste Amor Que Vai Morrer', única música de sua autoria, feita em parceria com Walter Silva e gravada em 1966 por Toquinho, apenas instrumentalmente.

Apresentou ao lado do cantor Jair Rodrigues (☆1939/✞2014) o quadro "O Fino da Bossa", na TV Record, entre 1965 e 1967, onde lançou o álbum "O Dois na Bossa", tornando-se recorde de vendas.

Os anos seguintes foram dedicados à sua evolução técnica e vocal, foi também quando Elis passa a ser conhecida internacionalmente.

Em 1974, lança em parceria com Tom Jobim (☆1927/✞1994) o célebre disco "Elis & Tom". Em 1976 é a vez do disco "Falso Brilhante", fruto do espetáculo homônimo, feito em parceria com Myriam Muniz (☆1931/✞2004) e César Camargo Mariano, com quem esteve casada entre 1973 e 1981. Muitos outros álbuns foram lançados pela cantora durante sua carreira.

Anos de chumbo


Elis e os filhos: João Marcelo (esquerda)
Maria Rita (centro) e Pedro Mariano (direita)
Elis Regina foi uma personalidade importante no combate à ditadura militar brasileira, posicionando-se conta o regime que assolou o país de 1964 a 1985. Só não foi presa ou exilada devido ao seu enorme reconhecimento.

Ela declarou em diversas entrevistas seu ponto de vista e optou por interpretar muitas canções que teciam críticas à ditadura.

Morte de Elis Regina


Elis Regina morreu em 19 de janeiro de 1982 após ingerir álcool, cocaína e remédios tranquilizantes. Quem a encontrou desacordada, e a levou para o hospital, foi seu namorado na época, Samuel McDowell.

O velório ocorreu no Teatro Bandeirantes, onde ela se apresentou no espetáculo "Falso Brilhante". O sepultamento ocorreu no Cemitério do Morumbi, em São Paulo. A morte precoce da cantora foi um grande choque para o país.

Os filhos de Elis Regina


Elis Regina teve três filhos. O mais velho, fruto de seu casamento com Ronaldo Bôscoli, é o empresário e produtor musical João Marcelo Bôscoli, nascido em 1970.

Do relacionamento com César Camargo Mariano nasceram Pedro Camargo Mariano, em 1975 e Maria Rita Camargo Mariano, em 1977. Os dois também seguiram carreira musical.

Versatilidade


Um dos primeiros pontos destacados pelo crítico musical Bob Tostes é a versatilidade. Ele lembra também da junção de talentos múltiplos de Elis. 
"Ela conseguia ser doce, agressiva, introspectiva… colocar a emoção que quisesse e que fosse preciso em cada interpretação. A emoção aflorava a ponto de ela chorar". 
Exemplo disso é o fim da canção 'Carta ao Mar', de Ronaldo Bôscoli e Roberto Menescal. Na gravação, dá para ouvir como a cantora se emociona e no final fica clara a voz embargada. 
"Ela soluça de uma forma tão bonita no fim da música, tão musical e ainda é dentro do tempo"
observa Tostes.

Além disso, cantava em inglês, francês, espanhol e 
"no que ela quisesse", 
segundo Bob, e passavam pelo samba, rock, jazz, bossa nova e MPB.

Inteligência musical


Outro fator fundamental na carreira de Elis Regina foi a capacidade que ela tinha em identificar o que funcionaria ou não artisticamente para ela. 
"Ela conseguia identificar e descobrir os talentos, como foi o caso do Fagner, por exemplo. Ninguém o conhecia e ela gravou"
relata Bob. 

Além disso, Elis dava vida às canções. 
"Quando ela gravou 'Mucuripe', composta por ele, parecia que a música era dela e de mais ninguém".
O mesmo aconteceu com outros artistas como João Bosco, Milton Nascimento, Belchior, Renato Teixeira e Ivans Lins. Os duetos e parcerias perduraram durante toda a carreira. 

Só para destacar alguns de grande sucesso: Jair Rodrigues, Rita Lee e Tom Jobim. O encontro com o maestro rendeu o álbum Elis e Tom que recebeu o título de um dos melhores LPs da história da Música Popular Brasileira.

"Elis & Tom", mais que um disco, um marco


Lançado em 1974, o disco tem arranjos do pianista e então marido de Elis, César Camargo Mariano. Em resumo, o álbum contém momentos de dueto e de Elis cantando sozinha acompanhada no violão ou piano. 

O maior sucesso do disco foi a gravação dela para 'Águas de Março'. Outros sucessos: 'Corcovado' e 'Inútil Paisagem' também estão presentes.

Só para ilustrar o quão gigante é o registro do encontro entre Elis Regina e Tom Jobim, o álbum é aclamado por crítica e público, inserido em livros, enciclopédias e compêndios nacionais e internacionais de música. 

Também foi escolhido por críticos e jornalistas como o 11º melhor disco de música brasileira pela Rolling Stone. No contexto educacional Elis e Tom é tema obrigatório no Vestibular da Universidade do Rio Grande Sul.

A voz


Elis Regina em Paris / Getty Images

Afinação é uma das características básicas para os cantores. Então, a comentar a partir deste ponto vale destacar o poder da voz de Elis Regina. 

A extensão vocal ia do grave ao agudo, transitando entre a técnica refinada, a emoção e a teatralidade. 

Dessa forma, improvisava melodias junto à banda. Ela também foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como um instrumento na Ordem dos Músicos do Brasil. 
"Ela reunia características de intérpretes brancos, negros, brasileiros, internacionais"
afirma Bob. Abaixo, veremos algumas curiosidades na história e na carreira dessa impressionante artista.

Curiosidades


Bob Tostes teve alguns momentos curiosos e marcantes ao lado de Elis Regina. Isso porque é amigo de Roberto Menescal, que, por sua vez, foi produtor e amigo de Elis Regina. 

Foi assim que ele se aproximou da cantora. Um belo dia, todos foram para a casa de Bob Tostes e ele ofereceu a típica goiabada com leite para um pequeno lanche bem mineiro. 
"Mas ela estava colocando a goiabada dentro do copo de leite. Então, eu disse que não era assim, que deveria misturar dentro da boca: uma mordida na goiabada e um gole de leite"
relembra aos risos.

O exemplo mostra como a personalidade da artista era leve e irreverente. Ademais, neste ponto, Tostes relembra também da altura de Elis. 
"Ela só media 1,52 e disse mais de uma vez que gostaria que Deus a tivesse feito um pouquinho mais alta"
conta Bob. A questão da altura nos leva a uma das características artísticas de Elis. Ela era baixinha, mas se tornava uma gigante no palco durante as interpretações.
  • 1. Em Londres
Elis impressionou o maestro inglês Peter Knight e sua orquestra ao gravarem juntos o disco Elis in London, de 1969, ao vivo, sem repetir nenhuma das doze canções. Foi aplaudida de pé pelos músicos ao final da gravação. O disco só seria lançado no Brasil em 1982, após sua morte.
  • 2. Brasil e família
Por duas vezes, Elis desistiu de desenvolver sua carreira internacional na Europa por saudades dos filhos e do Brasil. Ela se dizia uma cantora eminentemente brasileira.
  • 3. 'Black Is Beautiful'
Elis foi diretamente investigada pelo DOPS, órgão de repressão da ditadura militar, e chegou a ser intimada para depor nesse departamento, devido a sua ligação musical com o movimento negro norte-americano (evidenciada pela gravação da canção 'Black Is Beautiful', em 1971) e por interpretar compositores tidos como subversivos. Um diplomata sueco chegou a ser detido durante uma manifestação anti-ditadura por portar um LP de Elis.
  • 4. Elis & Tom
Elis foi reprovada por Tom Jobim, em 1964, durante as audições para o disco Pobre Menina Rica, sob a alegação de que ela ainda era muito provinciana. Exatamente dez anos depois, gravaram juntos o disco Elis & Tom, histórico registro da MPB. O disco foi o presente dado à Elis pela gravadora ao completar dez anos de gravações na antiga Philips, atual Universal.
  • 5. Chico Buarque
A música 'Atrás da Porta' — minha canção preferida interpretada por ela —, gravada por Elis em 1972, ainda não estava finalizada e era apenas um rascunho quando foi ouvida por Roberto Menescal, seu produtor à época. Elis gravou apenas a parte inicial da letra, fazendo vocalises durante o resto da canção. O registro foi enviado a Chico Buarque, que a finalizou instantaneamente.
  • 6. 'Romaria'
Elis não gostava de cantar sucessos antigos em seus shows, e a partir de 1978 deixou de cantar a clássica 'Romaria' — da autoria de Renato Teixeira — particularmente após uma fã vir lhe pedir um autógrafo, aos prantos, segurando uma imagem da senhora Aparecida, como se "viesse receber uma bênção".
  • 7. Interpretação
Alguns compositores ficavam receosos de gravar suas próprias canções após Elis as ter interpretado, tão forte era a marca de seu registro. Gilberto Gil, após vê-la cantando 'Se Eu Quiser Falar Com Deus' em um show, se perguntou: 
"Como é que eu vou cantar essa música agora?"
  • 8. Jogos de palavras
A canção 'Aprendendo a Jogar', de Guilherme Arantes, registrada no disco "Elis", de 1980, foi criada a partir de brincadeiras que a própria Elis fazia com os ditados, como 
"Água mole em pedra dura vale mais que dois voando".
  • 9. Trilha sonora
A canção 'Me Deixas Louca (Me Vuelvos Loca)', seu último sucesso e parte da trilha sonora da novela "Brilhante", de 1981, foi enviada para Simone, Maria Bethânia e Gal Costa, e ignorada pelas três antes de Elis gravá-la.
  • 10. Religião
Elis era espírita, estudiosa de Allan Kardec (☆1804/✞1869 — escrevi artigo especial sobre ele ➫ aqui) e chegou a psicografar cartas. além de fazer shows beneficentes para instituições sociais. Devido à sua afinidade com a religião, foi convidada a participar de um especial em homenagem a Chico Xavier (1910/2002 — escrevi texto especial sobre ele ➫ aqui), cantando a canção 'No Céu da Vibração', de 1980.
  • 11. Piano
Elis estudou piano brevemente durante a infância com uma professora particular. Após concluir a fase inicial, a professora sugeriu a procura de um conservatório que, por sua vez, exigia que o aluno tivesse o instrumento em casa. 
"Entre comer e ter o piano, meus pais escolheram comer, o que a longo prazo eu achei ótimo"
disse Elis em entrevista em 1972.
  • 12. Festivais
Elis Regina defendeu duas músicas no I Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965. Embora tenha ganhado o festival com a música 'Arrastão' (Edu Lobo e Vinícius de Moraes), dizia que sua favorita era 'Por Um Amor Maior' (Francis Hime e Rui Guerra), cujo registro está no álbum "Samba Eu Canto Assim”, gravado antes do festival e lançado em seguida.
  • 13. Luta por direitos autorais
Os direitos trabalhistas dos músicos brasileiros eram preocupação permanente de Elis Regina. Em 1978, criou a Associação de Músicos e Intérpretes (ASSIM), na tentativa de reparar músicos do que considerava uma grande injustiça: ao gravar discos, instrumentistas eram obrigados a abrir mão de seus direitos conexos.
  • 14. "Ella Fitzgerald" brasileira
Após se apresentar no Festival de Jazz de Montreux, na Suíça, em 1979, Elis era chamada pelo público e pela crítica europeus de "a nova Ella Fitzgerald (☆1917/✞1996)". Antes de se apresentar, Elis teve uma crise de choro ao se lembrar que ela, filha de lavadeira, iria se apresentar no mesmo palco que os grandes gênios da música mundial. 

Ao final de show, foi convidada a se apresentar, sem ensaio, com Hermeto Paschoal, numa apresentação que até hoje é considerada histórica. Por não ter aprovado seu desempenho no show, Elis não autorizou o lançamento do álbum, que veio ao público apenas após sua morte, em 1982.
  • 15. Bilheteria
O espetáculo "Falso Brilhante" (1976) é considerado um marco do show business brasileiro. Ficou 14 meses em cartaz, com 257 apresentações e público de 280 mil pessoas. Teve gastos iniciais de 560 milhões de cruzeiros e arrecadação em bilheteria de mais de 8 bilhões de cruzeiros.
16. Vanguarda Paulistana

Em 1982, Elis Regina revelava em entrevista ao "Jogo da Verdade" (TV Cultura) que Itamar Assumpção e Arrigo Barnabé eram os artistas que lhe chamavam atenção naquele momento. 
"Com 'Sabor de Veneno', (Arrigo Barnabé), eu tinha delírios, o olho virava de paixão”.
  • 17. A despedida
No início de 1982, pouco antes de sua morte, em 19 de janeiro, Elis começava a preparar um novo disco. Anotações na agenda da cantora traziam lista do que podia ser o repertório de seu novo trabalho, com músicas de Milton Nascimento ('Nos Bailes da Vida', 'Tudo Que Você Podia Ser') e Tom Jobim ('Falando de Amor'). Que, infelizmente, nunca poderão receber a interpretação singular da cantora.
  • 18. A era dos festivais
Até 1963, Elis gravou um total de quatro discos, que não fizeram muito sucesso. São eles "Viva a Brotolândia" (1961), "Poema de Amor" (1962), "Elis Regina" (1963) e "O Bem do Amor" (1963). No entanto, essa história começou a mudar em 1965 quando se apresentou no festival de música da TV Excelsior. Ao interpretar 'Arrastão', de Vinicius de Moraes e Edu Lobo, encantou. Isso garantiu um convite para trabalhar na televisão e ainda rendeu o título de primeira estrela da canção popular brasileira.

O título veio quando passou a apresentar o "Fino da Bossa" ao lado de Jair Rodrigues. O programa é o mais importante do estilo. A realização e consagração da carreira artística de Elis Regina no festival da TV Excelsior foi o ponto de partida para um período de efervescência artística na produção cultural brasileira. 

Não podemos ignorar que em 1965 o Brasil sofria com o primeiro ano de Ditadura Militar e as severas consequências do AI-5. Mesmo assim, ao longo de 20 anos, diversos artistas foram revelados nos festivais promovidos pela televisão. Só para exemplificar, nomes como Chico Buarque, Edu Lobo, Milton Nascimento, Caetano Veloso e Gilberto Gil surgiram no período.

O mais interessante é que a era dos festivais foi importantíssima para a produção dentro da música popular brasileira, mas, além disso, ajudou a promover a difusão e formação da idade nacional.
  • 19. Músicas de Elis Regina
Algumas das música que fizeram grande sucesso na voz de Elis Regina, foram: 'Como Nossos Pais' (1976) — 'Como Nossos Pais' (escrevi artigo especial sobre esta canção ➫ aqui) é talvez o maior sucesso na carreira de Elis, foi gravada por ela em 1976, integrando o álbum "Falso Brilhante". O autor da canção é o músico Belchior (☆1946/✞2017), que a gravou também em 1976 no disco "Alucinação" (escrevi artigo especial sobre este disco ➫ aqui).

Essa música traz uma grande carga sentimental sobre o contexto da época, no auge da ditadura militar no Brasil. A letra também é carregada de um enfrentamento entre gerações, talvez por isso seja tão atual ainda hoje.

'O Bêbado e a Equilibrista' (1978) — Essa é uma composição de João Bosco e Aldir Blanc, feita em 1978. Elis a gravou em 1979 no disco Essa mulher, e a música foi a de maior sucesso do álbum. Com um forte apelo contra a ditadura, foi vista como um hino pelas liberdades e pela Anistia (escrevi artigo especial sobre esta canção ➫ aqui).

Conclusão


Em 2016 foi lançado o filme "Elis", que retrata a vida da cantora. Dirigido por Hugo Prata, a produção traz a atriz Andreia Horta — irrepreensivelmente — interpretando Elis Regina. A história narra a vida da cantora desde o começo da carreira até a sua trágica morte. 

Apesar de receber algumas críticas negativas, o filme, em análise geral, fez sim jus ao registro e memória dessa cantora que não foi em absoluto um falso brilhante e cujo nome estará para a eternidade escrito nas estrelas.

[Fonte: Cultura Genial, por Laura Aidar — Arte-educadora e artista visual; EBC, por Marcus Bringel e Anderson Falcão]

A Deus toda glória.

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