"Disse o Senhor Deus: 'Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como que diante dele' (...) Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne" (Gênesis 2:18,24; conforme Mateus 19:5; Efésios 5:31).
Hoje em dia, com o crescimento cada vez mais acentuado da oficialização e reconhecimento legal dos relacionamentos homoafetivos (inclusive nas vertentes evangélicas [ditas] inclusivas), assim como o índice incômodo no número de divórcios, acompanhado de novo(s) casamento(s), o entendimento de que o projeto do casamento é de Deus, está se tornando cada vez mais subjetivo.
Mas, sob a égide desse entendimento, ou seja, mesmo considerando ser o casamento um projeto de Deus, no entanto, a administração dele é dos cônjuges, está nas mãos deles e eles são quem devem lutar por ele.
Em uma análise especificamente bíblica, é preciso compreender que, ao criar a mulher, Deus procurou atender às necessidades afetivas do homem e, consequentemente, da mulher, e também atender á procriação e perpetuação da raça humana (Gn 1:26-28).
ENTENDENDO O CASAMENTO COMO UM PROJETO DE DEUS
O surgimento da família vem através da união de um homem com uma mulher, pois foi assim que o próprio Deus planejou. O casamento não é invenção do homem, vem de Deus. Deus é o mentor. Foi Ele o primeiro juiz de paz a celebrar um casamento, pois nasceu no Seu coração a união entre Adão e Eva, formando assim a família, uma das Suas obras primas
Uma adjutora para o homem
Deus identificou que o homem estava só, mesmo depois de várias criações. Disse o Senhor (Gn 2:18). A ajuda da mulher é substancial ao homem. Corresponder é falar a mesma linguagem, é estar à altura. Todos os animais tinham o seu par, mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
Então, Deus criou a mulher da própria costela do homem. É importante ressaltar que o casamento é uma instituição monogâmica (Gn 2:24). Uma única correspondência de um para um. Não se aceita bigamia e poligamia. Cada um tenha a sua própria mulher e cada uma tenha o seu próprio marido (1 Coríntios 7:2).
O homem e a mulher receberam a incumbência da procriação, isto é, povoar a terra e perpetuar a raça humana. Sendo assim, cada casal contribui com a sua parcela. A geração de filhos é a coisa mais linda e consagrada que verificamos na união de um casal.
Além de serem considerados herança do Senhor (Salmo 127:3), os filhos são os frutos do ventre e a felicidade do casamento. Eles não são um mero acidente biológico, mas o planejamento de Deus para preservar a espécie humana. A propagação do gênero humano foi entregue aos cônjuges, que deverão exercer com responsabilidade e amor essa ordenança do Senhor.
O que significa o "ser uma só carne" no contexto matrimonial?
A união física do casal deve ser com amor e consensual. A Palavra de Deus mostra essa união em uma só carne (Gn 2:23). Não é apenas sexo. É sentir a dor do outro. É complementar uma ao outro. É a felicidade de um alcançando também ao outro. É estar intimamente ligados de corpo e alma.
A passagem bíblica de Eclesiastes 4:9-12 enfatiza o companheirismo e a ajuda mútua (tanto no contexto conjugal, quanto também no de amizades). No casamento, as duas pessoas se comprometem a viver uma em função da outra, procurando o entendimento, a compreensão e compartilhando todos os momentos da vida juntos, não importando quais sejam eles. O relacionamento e o companheirismo fazem parte do viver em sociedade (Gn 1:31). O casamento, é, portanto, uma simbiose de espírito, alma e corpo, entre os cônjuges.
Firmado em Deus
O casamento precisa estar firmado em Deus. Foi Ele quem criou e Ele sabe preservar, sabe consertar; porque o cordão de três dobras não se rompe facilmente (Ec 4:12).
A família foi criada por Deus para cumprir a Sua vontade e é a coroa da Sua criação. O casal precisa temer ao Senhor para vá bem e seja bem-aventurado, para que o seu lar seja de harmonia e de felicidade (Sl 128).
O casamento é uma instituição honrada (Hebreus 13:4). Ele é mais do que um contrato. É um pacto sagrado, uma aliança divina. O casamento é algo de destaque que deve ser honrado por todos.
CASAMENTO COMO UMA CRIAÇÃO DIVINA
O significado profético do casamento na cultura judaica
A Torá nos ensina que os casamentos são 'combinados' nos Céus. Diz o Talmud (no tratado Sotá 2a):
"Quarenta dias antes da concepção é decretado nos Céus que a filha desta pessoa está prometida ao filho daquela outra".
Segundo o Zohar, o casamento é a união de duas metades de almas que foram colocadas em corpos separados quando a alma desceu à terra. Nos planos Divinos essas "almas gêmeas" vão ser reunidas através do casamento.
Mas não podemos esquecer do livre arbítrio. Por isso, apesar de Deus estar envolvido na predestinação de cada par, a decisão final cabe ao indivíduo, já que cada um de nós pode interferir em seu próprio destino.
O matrimônio recebe o nome hebraico de kidushin (consagração, santificação ou dedicação), pois o casamento é uma ocasião sagrada no judaísmo. É um mandamento divino, a criação de um laço sagrado.
O casamento entre dois judeus é visto como o início de uma nova vida para ambos. O casal passa a ter uma relação exclusiva, e isto implica em uma dedicação total entre o noivo e a noiva para que possam tornar-se o que a Cabalá descreve como
"uma única alma em dois corpos diferentes".
Em uma primeira análise, o Shir Hashirim, Cântico dos Cânticos, um dos mais belos livros da Bíblia, de autoria do rei Salomão, parece ser uma canção de amor entre um homem e uma mulher.
Os sábios judeus ensinam que, ao ser analisada mais cuidadosamente, a obra pode ser considerada uma alegoria do amor entre Deus e o povo de Israel. O fato de o rei Salomão ter utilizado o amor entre homem e mulher como alegoria mostra o quão poderoso e sagrado deve ser o amor — pois sagrada e indissolúvel é a união entre Deus e Israel.
A união e o amor entre os cônjuges são descritos com insistência nas biografias dos patriarcas (Abrahão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó e Lea e, mais tarde, Jacó e Raquel. Estes dois últimos vivem uma das mais bonitas histórias de amor em toda a literatura, uma relação repleta de devoção e ternura.
Com Isaac e Rebeca o texto bíblico relata o primeiro casamento conhecido na história da humanidade. Descreve Rebeca entrando na tenda de Sara, a falecida mãe de seu futuro marido. O Midrash indica que os milagres que se realizavam através de Sara e que haviam cessado com a sua morte, reaparecem através de Rebeca.
O manual do fabricante é a Bíblia Sagrada
O casamento é totalmente sedimentado nas Sagradas Escrituras. O casamento não é um contrato social, logo, não é uma mera instituição, mas uma aliança permanente entre um homem e uma mulher. O casamento não pode ser em caráter experimental, mas em definitivo.
O casamento tem características marcantes que o tornam diferente de todas as demais instituições. Querem acabar com o casamento, mas não conseguirão, pois o que Deus faz, ninguém pode desfazer.
Quem criou forneceu o manual de uso, Todo equipamento precisa de orientação para o seu manuseio e funcionamento. Quem não seguir as instruções do fabricante poderá danificar o seu produto. A Palavra de Deus é o manual, a bússola, o direcionamento. A Bíblia está recheada de regras básicas para manter o nosso casamento forte e a família unida.
Merece ser especialmente esclarecido a nós que o manual não admite machismo nem feminismo na relação marido e mulher. O relacionamento deve ser pautado na observância do papel de cada um, sem atropelos e sem querer um mandar no outro e tomar a dianteira de forma escravizadora. Tudo está bem definido de forma clara e objetiva para que não haja reclamação posterior.
Quem quer se dar bem na vida deve cumprir as regras
Os casais cristãos devem se conscientizar de que enquanto não forem observados os princípios bíblicos concernentes ao casamento não terão o sucesso esperado. Há leis que regem o lar. Se, em algum momento, elas forem desrespeitadas, trarão consequências graves à família.
O casal deve viver as ordenanças divinas, sempre obedecendo aos princípios que Deus estabeleceu para o casamento, para que a família goze das bênçãos prometidas. Podemos afirmar que casa é uma construção de cimento e tijolos, no entanto, lar é uma construção de valores e princípios.
O casamento é uma instituição moral. Ele mostra valores, crenças, princípios e costumes que orientam o comportamento da sociedade no casamento de acordo com a natureza de Deus.
A imoralidade na área sexual é um mal, assim como a indecência de não saber possuir o próprio corpo em santificação e honra (1 Tessalonicenses 4:4). O cristão deve conservar-se puro, pois a imoralidade deforma o caráter diante de Deus e apaga a imagem e semelhança de Deus (Gn 1:27). Ele não nos criou para a imundícia. As práticas ilícitas são abomináveis ao Senhor (Romanos 1:26,27).
Conclusão
Três pilares que sustentam o casamento
Há três pilares que sustentam o casamento. Vamos conhecê-los:
- O primeiro deles é a presença de Deus — Podemos afirmar que a presença de Deus fortalece o espírito e dá consistência e harmonia ao casamento, levando o casal a adorá-lO em espírito e em verdade (João 4:24).
- O segundo pilar do casamento é o amor — Podemos afirmar que o amor enche o coração.
- O terceiro pilar é a responsabilidade — Podemos assegurar que a responsabilidade é a tarefa de cuidar um do outro.
Quando estabelecido segundo a vontade de Deus e orientado de acordo com a Bíblia, o casamento tem a garantia do sucesso. O casamento firmado em Cristo produz resultados surpreendentes, passando por cima das barreiras e sendo exemplo de união perfeita para a sociedade.
[Fonte: Seara de Cristo, por Ademilson Braga; Morasha]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
Respeite a etiqueta e o distanciamento sociais e evite aglomerações. Não confuda avanço na vacinação e flexibilização com o fim da pandemia
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