Neste ano, os EUA elegeram, após uma campanha acirrada, tumultuada e marcada por situações nunca antes vistas, o seu 46º presidente. Após embates, polêmicas e a resistência por parte de seu antecessor, o republicano Donald Trump, o democrata Joseph Robinette "Joe" Biden Jr., 78 anos, tomou posse na quinta-feira (21), em cerimônia modesta, devido à pandemia do novo coronavírus. Que tanto a campanha, quanto a posse de Joe Biden foram marcadas por polêmicas, ninguém questiona, mas há quase seis décadas uma tragédia marcou a história da presidência do país mais importante do mundo.
A tragédia
Era uma manhã ensolarada de sexta-feira, quando o presidente e sua esposa foram recebidos no aeroporto de Dallas. Tratava-se do segundo dia da viagem de campanha eleitoral de Kennedy, candidato à reeleição, pelo conservador estado do Texas. Ele sugeriu pessoalmente que o teto da limusine fosse levantado para o seu desfile pela cidade.
Uma hora após seu desembarque, o 35º presidente dos Estados Unidos é atingido por disparos letais na Dealey Plaza. Seu coração ainda bate quando, poucos minutos mais tarde, ele dá entrada no Parkland Memorial Hospital. Porém, a bala que atinge a cabeça do presidente torna impossíveis todas as tentativas de salvá-lo. Aos apenas 46 anos de idade, Kennedy sucumbe aos ferimentos.
Jackie pranteava seu marido, uma nação chorava o político que a tantos inspirara. Após a cerimônia fúnebre na Catedral de São Mateus em Washington, a viúva e os dois irmãos do homem de Estado acompanham o caixão com os restos mortais do democrata. Menos de cinco anos mais tarde, também Robert Kennedy (✩1925/✟1968) seria vítima de um atentado.
As teorias de conspiração sobre o assassinato de J.F.K.
Alienígenas. Maçons. Mafiosos. Duplos. O Homem do Guarda-Chuva. Um trabalho interno. Muito antes de existirem fake news, houve o assassinato do Presidente John F. Kennedy e a imensidão de teorias da conspiração que se lhe seguiram.
Um autor estimou que os teóricos da conspiração acusaram
"42 organizações, 82 assassinos e 214 outras pessoas de estarem envolvidas no assassinato".
Segundo um inquérito de 2013, 62% dos americanos acreditam que aconteceu algo mais do que apenas a ação de Lee Harvey Oswald (✩1939/✟1963), sozinho num sexto andar sobre a Dealey Plaza em Dallas.
Quem foi John Fitzgerald Kennedy
O dia 26 de junho de 1963 foi um dos mais marcantes da era John F. Kennedy.
Neste dia, em um discurso em Berlim Ocidental, ele disse a lendária frase
"Ich bin ein Berliner" (Sou um berlinense), para demonstrar solidariedade
com os moradores da cidade dividida.
John Fitzgerald Kennedy nasceu em 29 de maio de 1917 em Massachusetts. Filho de pais ricos, teve uma juventude privilegiada. Seu pai, Joseph P. Kennedy (✩1888/✟1969), era empresário e foi embaixador no Reino Unido. "JFK", como ficou conhecido, frequentou escolas particulares e estudou na renomada universidade de Harvard. John Fitzgerald Kennedy
passou à história popular como o presidente que encarna o ideal norte-americano. Jovem, bonito, charmoso, enérgico, firme em suas convicções, dialogante e progressista. Primeiro católico que chegou ao Salão Oval, o líder que enfrentou a URSS na crise dos mísseis e cuja determinação levou o homem à Lua.
O homem empenhado em renovar e rejuvenescer a democracia de seu país e que, com sua mulher, a bela e inteligente Jackie Kennedy (✩1929/✟1994, posteriormente Jacqueline Lee "Jackie" Bouvier Kennedy Onassis),
transformou a Casa Branca em uma nova Camelot. A esposa de JFK, Jackie, levou elegância e glamour à Casa Branca. Embora tenha sido primeira-dama por apenas dois anos, sua elegância e seu estilo influenciaram não só toda uma geração, como também as primeiras-damas que a sucederam. Desde 1965, um dos dois jardins da fachada sul da Casa Branca se chama Jardim Jacqueline Kennedy.
Com seu charme e carisma, Kennedy conquistou rapidamente o coração de muitos americanos. Ao mesmo tempo, seu mandato foi marcado por crises e conflitos – como a fracassada invasão da Baía dos Porcos, em 1961, contra o regime comunista em Cuba. Em 1962, o mundo escapou por pouco de uma guerra nuclear. O mérito por tudo ter acabado bem é creditado a Kennedy.
O mandato presidencial do democrata, de 1961 a 1963, coincidiu com o ápice da Guerra Fria, incluindo a construção do Muro de Berlim, a crise de Cuba e a guerra do Vietnã. O jovem e carismático JFK incorporava, para muitos, a esperança numa renovação dos Estados Unidos. Seu assassinato representou uma ruptura profunda na consciência americana.
Seu assassinato, em 22 de novembro de 1963, pelo disparo de Lee Harvey Oswald, em Dallas, fez dele um mártir pop como Guevara (✩1928/✟1967), Marilyn Monroe (✩1926/✟1962) e James Dean (✩1931/✟1955).
"Happy Birthday, mr. President!"
JFK (à direita) era considerado mulherengo. Diz-se que teve várias amantes e contato com garotas de programa. Um de seus casos extraconjugais mais famosos foi com Marilyn Monroe (centro, que, inclusive, protagonizou o icônico vídeo em canta "Parabéns pra Você", diante uma multidão, no evento em comemoração aos 45 anos dele, realizado no dia 19 de maio de 1962 durante um evento de arrecadação do Partido Democrata na casa de shows Madison Square Garden, em Nova York). Símbolo sexual e ícone de Hollywood, Monroe também teria tido um caso com Robert (à esquerda), irmão de JFK. Ela morreu quatro meses depois, sob circunstâncias até hoje não esclarecidas.
Da vida real para a ficção
E depois, as teses de conspiração sobre sua morte, convertidas quase em certezas por Oliver Stone no filme JFK (1992), fizeram com que todo o mundo conhecesse a teoria da bala mágica.
Esse filme tornou o promotor Jim Garrison, interpretado por Kevin Costner, o paradigma do homem incorruptível em busca da verdade diante de um aparato estatal corrupto. Kennedy fora um mártir, um bom rei assassinado pelos esgotos do Estado e da máfia, que, diziam, ele havia enfrentado.
Mito controverso
Ao longo dos anos, porém, o mito JFK mostrou suas fraquezas e contradições. Um bom punhado de obras, de memórias de colaboradores a sérias investigações históricas, revelaram essa face sombria.
Foi um produto de marketing
JFK não surgiu do nada. Para muitos, era um produto criado por seu pai, Joseph P. Kennedy, um magnata que ocupou cargos importantes no Governo dos EUA. O fundador do clã tem uma biografia cheia de pontos obscuros, como revelado por "The Patriach", uma monumental obra biográfica de 800 páginas assinada por David Nasaw e publicada em 2012.
Assassinatos em sequência: coincidências?
A sequência de fatos abaixo, pode até parecer um roteiro de filme ou série policial, mas não é. Foi exatamente assim que tudo aconteceu:
- 1) John Fitzgerald Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos, foi morto a tiros enquanto desfilava com a primeira-dama em uma limusine aberta. O então governador do Texas John Connally (✩1917/✟1993), que estava sentado diante do presidente no carro, ficou ferido, mas sobreviveu.
- 2) Uma hora depois, o policial texano JD Tippit, que investigou o crime, também foi morto a tiros. E em seguida, policiais prenderam Lee Harvey Oswald, que teria atirado no presidente de um edifício no trajeto do desfile.
- 3) Cerca de 12 horas depois do assassinato, Oswald foi acusado de matar Kennedy e JD Tippit.
- 4) Mas no dia seguinte, 24 de novembro, o próprio Oswald foi morto a tiros no departamento de polícia de Dallas por Jack Ruby, um dono de bar local, que assistia a sua chegada. Sua morte foi registrada ao vivo na televisão. Ruby foi condenado à morte pelo assassinato de Oswald. Ele chegou a apelar para a Justiça, mas morreu de câncer em 1967, antes de conseguir um novo julgamento.
Conclusão
Das tragédias ao legado
A foto de 1962, em que JFK aplaude descontraidamente os filhos Caroline e John brincando no Salão Oval, acabou ficando famosa. Nem sempre a família Kennedy foi tão feliz. Vários reveses marcaram o clã. O irmão de John, Robert, foi morto. Outros membros da família morreram em acidentes, quedas de avião, por causa de drogas ou suicídio. O assassinato de JFK foi a tragédia mais grave.
Mesmo muito tempo após o enterro, em 25 de novembro de 1963, ainda eram sentidas consequências da era Kennedy. Cada presidente que sucedeu a JFK foi comparado a ele. Como teria sido seu governo, se não tivesse sido morto após 1.036 dias na presidência? O que ele teria mudado no mundo? Talvez o mito viva justamente porque estas perguntas não têm resposta.
[Fonte: DW Brasil; Aventuras na História]
A Deus toda glória.
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E nem 1% religioso.
O uso correto da máscara não precisava ser obrigatório, por se tratar de uma proteção individual extensiva ao coletivo. É tudo uma questão não de obrigação, mas de consciência.
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