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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

FRUTO DO ESPÍRITO — 5) BENIGNIDADE E BONDADE

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei" (Gálatas 5:22,23).

Benignidade 

(Amabilidade)


Benignus, "generoso, bondoso", literalmente "bem nascido", de bene, "bem", mais gignere, "gerar".
Benignidade (ou amabilidade) é a maneira como exercemos bondade, ela tem a ver com delicadeza, sensibilidade para com outras pessoas. Benignidade é ser atencioso e cuidar do próximo acima de si mesmo, mesmo que isso algumas vezes demande privação de conforto, prazer, tempo e disposição. Deus é benigno e demonstra sua benignidade de muitas formas, em Atos 14:17 Paulo afirma que uma das formas que Ele a demonstra é nos sustentando:
"E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho, sendo benigno para convosco, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações."
Jesus é também um grande exemplo de benignidade. Uma marca de sua vida que revela muito dessa característica é a sua disposição em atender com bondade as pessoas que O interrompiam. Leia os evangelhos e repare quantas vezes Jesus foi interrompido pelas pessoas. Mesmo nas interrupções Ele tratou todos com ternura. No extremo de Seu sofrimento conseguiu importar-Se com outras pessoas acima de Si mesmo: quando respondeu às mulheres a caminho da cruz 
("...não choreis por mim mas por vós e pelos vossos filhos...", Lucas 23:28
e quando em seu últimos momentos pediu que João cuidasse de sua mãe (João 19:25-27).

Como tratamos as pessoas ao nosso redor quando estamos nos sentindo mal? Quando estamos sofrendo? Como respondemos àqueles que interrompem nossa rotina?

Sabemos que nosso Deus manifesta a benignidade (Romanos 2:4; 11:22; cf. Salmo 136:1). E, como vimos, no ministério do Senhor Jesus narrado nos Evangelhos, podemos claramente perceber tamanha benignidade demonstrada por Ele também (e/ou até) para com os pecadores (Marcos 10:13-16; Lc 7:11-17,36-50; 8:40-56; 13:10-17; 18:15-17; 23:24; João 8:1-11; 19:25-27).

A benignidade não é uma manifestação natural, o que é natural é nosso egoísmo e nossa especialidade em pensar em primeiro lugar em nós mesmos, o Único que pode nos ensinar o caminho da benignidade é o Único que realmente o percorreu até o fim.

Diretamente resultante do amor, somos aconselhados a demonstrar benignidade. Isso significa que não devemos causar dor a ninguém (Mateus 5:43-48; Lc 6:27-38).

Bondade


Uma pessoa bondosa é aquela que se compromete a fazer o bem sem se preocupar se alguém a observa e reconhece. O bem que faz está acima de seu prazer pessoal e pela prática do bem está disposta a sacrificar seu tempo, seus recursos materiais e a si mesmo.

Jesus, conforme afirmou o apóstolo Pedro, andou por toda parte "fazendo o bem". Jesus se importava profundamente com cada pessoa, e não fazia o bem para ser visto e elogiado (ao contrário dos líderes religiosos de seu tempo)

Muitas vezes durante sua vida Jesus foi tentado a abandonar o bem absoluto e a trilhar um caminho mais fácil, (quando o diabo O encontrou no deserto — Lc 4:1-13, quando Pilatos lhe fez uma proposta — Jo 18:33-38, quando a multidão queria aclamá-lO rei — Lc 23:37). Mas ao invés de ceder, fez o que era certo e perseverou até o fim consumando em seu último momento de vida a maior e mais bondosa obra realizada na história humana: a auto entrega de um Santo por todos os pecadores que existiram e haveriam de existir. 

A bondade pode ser traduzida como a generosidade presente no coração e expressa nas ações daqueles que são guiados pelo Espírito. É a excelência moral e espiritual produzida pelo Espírito Santo em nós que nos capacita a zelar pela verdade e pelo que é correto. Essa bondade no leva a rejeitar tudo o que é mal e perverso.

Conclusão


Sobre a benignidade, foi Martinho Lutero quem disse:
"Os seguidores do evangelho não devem ser inflexíveis e amargos, mas antes, gentis, suaves, cor-teses e de fala mansa, o que deveria encorajar outros a buscarem sua companhia... A gentileza pode dar-se bem até mesmo com pessoas ousadas e difíceis..."
É muito mais fácil as pessoas se aproximarem de nós, inclusive para serem perdoadas por nós, se somos gentis. Se você é crente, o Espírito está desenvolvendo um fruto em seu interior, e esse fruto inclui a benignidade; então, você precisa ser benigno, gentil. Você precisa exercitar a gentileza.

Bondade é uma qualidade daquele que faz coisas boas para os outros, naturalmente e sem interesses "por trás". O crente deve ser naturalmente bom. O crente deve pensar sempre em fazer o bem. A bondade deve fazer parte de seu estilo de vida. A razão é porque ela faz parte do fruto do Espírito que habita nele.

A parábola do bom Samaritano serve de exemplo aqui... Não importa se o sujeito é meu inimigo, eu devo agir com bondade para com ele... Às vezes se faz necessária a repreensão, uma atitude mais dura, mas até isso deve e pode ser feito com bondade; deve e pode ser feito por bondade e não por maldade. Os motivos do crente, aquilo que o impulsiona a agir de uma determinada maneira deve ser bom, ainda que a atitude em si, a princípio não seja considerada boa por parte daquele que foi objeto dela.

Por fim, quando nós cristãos escolhemos fazer o bem, escolhemos também cooperar com Deus na luta contra o mal que avança, sem piedade, sobre o mundo.
"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rm 12:21).
[Praticantes — Pregações Cristãs; Estilo Adoração, por Daniel Conegero que é escritor, professor de teologia e pregador da Palavra de Deus. Daniel é formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Ele é líder do projeto evangelístico Estilo Adoração. Seus estudos bíblicos já foram lidos por mais de 10 milhões de pessoas em diversos países.]

A Deus, toda glória. 
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